Na última Sexta-feira o Victor Carvalho e eu saímos rumo a São Bento do Sapucaí. Depois de algumas horas de estrada estávamos em Sto Antônio do Pinhal jantando e logo em seguida em São Bento do Sapucaí comprando o café da manhã do dia seguinte e depois fomos para o abrigo do Eliseu para uma merecida noite de sono.
No dia seguinte acordamos às 7h com o despertador, levantamos, tomamos café, arrumamos as mochilas e seguimos de carro até o estacionamento do bauzinho. De lá uma caminhada até a base do col e logo encontramos a base da via Nóia de Cão (6ºsup 55m), que fica ao esquerdo de uma grande laca que forma um local perfeito para um eventual bivac.
Na base nos equipamos e eu fui o escolhido para guiá-la. Minha primeira escalada do dia é sempre tensa mas fazer o que? Então logo comecei a subir os primeiros e delicados movimentos da saída da via (ao meu ver o crux), dei uma roubadinha quando necessário e logo havia passado as duas primeiras proteções (chapeletas), colocado um "nut psicológico", cheguei na 3ª chapeleta e, quando saia da 4ª proteção, com a chapa na altura dos meus pés e com uma costura de 120cm uma agarra quebrou e voei. Foi uma queda de uns 3 metros que serviu para me acordar para o restante do dia.
De volta a escalada continuei a via, só que agora sem confiar muito em agarras "boas" (na verdade a que quebrou era um reglete bem pequeno) e aos poucos fui me soltando na via e a escalada começou a fluir. Após mais alguns metros cheguei em um lance muito bonito da via, onde ela passa embaixo e ao lado de um pequeno teto, todo protegido em móvel. Passando esse lance o restante é passeio, já estando em uma parede bem positiva e seguindo até sua parada, a 55m do chão.
Na parada dei seg para o Victor e algum tempo depois ele chegou até a parada e seguiu direto até a base da trilha que passa embaixo do col (trilha que usamos para acessar a via Domingos Giobbi há 2 anos).
Na base começamos a procurar a via Gregos e Troianos mas por engano entramos na via Pimenta Honesta (6º VIsup 140m). O Victor começou a guiá-la e se encrencou com o movimento final, onde deve-se montar sobre um platô e logo chegar a uma sequência de boas agarras e parada então resolveu descer. Eu entrei em top até lá e depois de quebrar um pouco a cabeça resolvi o problema e consegui passar o movimento, seguindo até a parada da via, sendo seguido pelo Victor.
Pouco tempo depois saí para a 2ª enfiada da via (crux), além de uma saída complicada em pequenos regletes ela piora logo depois de montar em um platô inclinado onde segue em uma sequência protegida com chapeletas na direita. Mesmo o croqui falando que é um 6ºsup eu considero sendo um lance de 7a/b.
Passado o crux logo estava na 2ª parada e em seguida o Victor, já cansado e com os braços bombados, chegou até mim. Sem perder muito tempo segui então guiando a 3ª enfiada, essa mais fácil e muito bonita com vários lances em boas agarras e bem vertical (em alguns pontos levemente negativa).
No final da via emendei na via Anormal (4º), seguindo até esticar a corda, a meros 3m da parada, onde montei uma parada em móvel para que o Victor começasse a escalar e em seguida eu pudesse ir até a sua parada final, bem embaixo do Teto do Bau.
Em seguida o Victor chegou e como estávamos cansados e o final da tarde chegando desistimos da ideia de entrarmos também na Pássaros (6ºsup), que nos levaria até o topo do Bau então montamos o rapel e logo descíamos pela via Normal até o col e de lá seguimos por trilha até o estacionamento onde o carro nos aguardava.
Mesmo não tendo completado o objetivo inicial (e tendo feito uma outra via, que na hora nem sabíamos qual era, por engano), a escalada foi excelente e até agora a mais exigente do ano. Foram diversas horas na parede com movimentos delicados, proteções em móvel e muita parede pela frente. Tudo que eu quero para esse ano!
De volta ao carro passamos no abrigo para um merecido banho e depois fomos jantar um rodízio de massas antes de voltar ao abrigo e capotar de sono na cama.
No Domingo acordamos novamente com o despertador às 7h mas, mais preguiçosos, demoramos um pouco mais para levantar, arrumar as coisas e sair. Seguimos novamente até o bauzinho e dessa vez fomos pela trilha que nos levou até o col e o Victor entrou na 1ª enfiada da via Fissura Corneto. O começo correu bem mas logo o Victor percebeu que o lance que a via desmoronou (na 1ª enfiada) fez com que 2 proteções fossem embora e sua graduação subisse muito, impedindo que a mesma fosse escalada (pelo menos por nós). Devido a isso ele desescalou e como estávamos cansados do dia anterior e agora abalados psicologicamente com a via que tentaríamos, subimos até o topo pela via Normal do Bauzinho (3º), um passeio que eu ainda não havia feito.
No topo víamos centenas de pessoas chegando de Campos do Jordão (muitos arrumadinhos como se estivessem indo em uma "balada") e como já estávamos próximos da hora do almoço resolvemos descer para São Bento para almoçar, arrumar as coisas e pegar estrada para São Paulo.
Depois do almoço e com as coisas arrumadas passamos ainda pelo centro para um Açaí e depois estrada até São Paulo, onde peguei o carro que havia ficado na casa do Victor e de lá segui para casa.
O final de semana foi muito proveitoso e os próximos dias (ou melhor, semanas ou meses) prometem. Amanhã, no final de semana, no feriado e no próximo mês estou com a "agenda" lotada com escaladas. Esse ano promete!
E as poucas fotos que fiz nesses 2 dias em São Bento podem ser vistas no link Escaladas na Pedra do Bau.
Enviado por Tacio Philip às 21:05:53 de 14/06/2011
No último final de semana estive em São Bento do Sapucaí (SP) com o Victor Carvalho para algumas escaladas na região da Pedra do Bau. Além das escaladas, aproveitei para testar dois itens recém adquiridos: o novo freio autoblocante Grigri 2 da Petzl e o mosquetão Gridlock da Black Diamond.
GriGri 2 - Petzl http://www.petzl.com/en/outdoor/belay-devices/grigri
O Grigri é um freio autoblocante da Petzl que com certeza é o sistema mais utilizado no mundo. O lançamento do primeiro modelo foi há mais de uma década e, ano passado, a Petzl anunciou o seu substituto, chamado de Grigri 2.
As diferenças principais entre o antigo modelo e o novo são o tamanho - o novo modelo é 25% menor e com isso 20% mais leve (185g) que o modelo anterior - e a possibilidade de uso com uma faixa maior de diâmetro de cordas únicas de escalada - antes de 10 a 11mm e agora de 8.9 a 11mm, alteração importante já que, com o avanço dos equipamentos de escalada, as cordas estão se tornando cada vez mais finas.
Eu possuo o Grigri desde 2002 e gosto de seu funcionamento pela praticidade e segurança - tanto para segurança do guia quanto para segurança do segundo em uma cordada tanto no loop da cadeirinha quanto na equalização da parada. O grigri 2 eu recebi há menos de um mês e esse final de semana fiz pela primeira vez seu uso.
Como diferença marcante ao comparar ambos os freios está o tamanho: o novo é bem menor, mais leve e possui um desenho mais moderno, arredondado. O funcionamento é exatamente o mesmo, ele possui um sistema móvel que, ao ser tracionado, "morde" a corda fazendo com que a mesma trave, podendo ser liberado com o uso de sua alavanca.
Com um olhar mais minucioso você percebe as especificações para cordas mais finas (marcado com 3 estrelas para diâmetros entre 9.4 e 10.3mm e com duas estrelas para os diametros entre 8.9 e 9.4mm e 10.3 e 11mm, ou seja, caso não puxe a corda com cuidado ele continuará a travando quando usado com cordas mais grossas (fato percebido na prática como com o modelo anterior).
Na internet achei relato falando sobre a possibilidade da corda passar por local errado no frio após sua montagem e com isso prejudicar o seu funcionamento, travando a corda. Eu o testei com cordas entre 9.5 e 10.5mm e a única possibilidade da corda passar pela abertura lateral do grigri 2 é com muita força de vontade e má intenção. De qualquer forma, um diretor técnico da Petzl respondeu sobre esse comentário (postado no site Desnivel) informando que não há nenhuma falha no projeto do equipamento. Ao meu ver isso foi feito apenas com o intuito de prejudicar a marca.
Para o meu uso o grigri 2 foi totalmente aprovado.
Mosquetão Gridlock - Black Diamond (BD) http://www.blackdiamondequipment.com/en-us/shop/climb/carabiners/gridlock-screwgate-carabiner/
O novo mosquetão Gridlock recebeu premiações como "inovação tecnológica" e "escolha do editor" devido a um sistema que "divide" o mosquetão em duas partes evitando que o mesmo se mova ao dar segurança, impedindo que o mesmo seja usado em uma direção na qual a sua resistência a carga é menor. E mesmo com isso, continua com um tamanho bom para uso e baixo peso (76g).
A inovação no sistema desse mosquetão é com uma alavanca que separa a base do mosquetão, que deve ficar próxima ao loop da cadeirinha quando se dá segurança (não importa o freio usado) do topo do mosquetão, onde passará o sistema de freio e em alguns casos a corda.
Com essa alavanca, após colocar o mosquetão no loop da cadeirinha, a única maneira de invertê-lo é abrindo novamente o seu gatilho, que faz com que a alavanca se abra junto a sua parede e permita assim a passagem. Após a colocação correta do mesmo na cadeirinha, montagem do sistema de freio e trava de seu gatilho, não vi possibilidade do mesmo "sair do lugar".
Essa característica é importante já que quase todos os mosquetões possuem uma resistência maior de carga em um eixo distinto e, muitas vezes, ao usar algum sistema de freio, com a movimentação do mesmo, o mosquetão pode se inverter ou, em situação pior, ficar com o freio e loop o forçando no seu eixo mais fraco, contra o gatilho. Com esse novo sistema isso não acontece.
Eu recebi esse mosquetão há pouco menos de um mês e o testei com os freios grigri2 e ATC Guide usando corda simples de 10.5mm e dupla de 8.2mm, respectivamente. Em ambos os casos, em nenhuma situação o mosquetão se inverteu ou posicionou o freio de modo a sobrecarregar o gatilho. Sua colocação no loop é um pouco mais trabalhosa que um mosquetão com trava "normal" mas, para pessoas que prezam por segurança, é um detalhe que não desmerece sua característica principal de segurança e eu recomendo seu uso.
Para o meu uso o mosquetão GridLock foi totalmente aprovado.
Sistema de segurança com o Grigri 2 e mosquetão Gridlock
Enviado por Tacio Philip às 19:06:21 de 13/06/2011
Apesar de muita gente sequer ler os manuais dos itens que compra (principalmente dos equipamentos de escalada), eu sou um leitor (ou no mínimo um folheador atento) de manuais e catálogos de marcas esportivas.
Os manuais sempre trazem informações importantes sobre o funcionamento e procedimentos corretos de uso dos equipamentos de escalada, o que pode fazer a diferença entre vida e morte (literalmente). Alguns catálogos também são muito úteis. Feitos para divulgar a marca e seus produtos, muitos trazem dicas de uso além de simplesmente promover o item.
Entre os catálogos, na área de escalada em rocha, o que mais gosto é o da marca francesa Petzl. Eu conheci esses catálogos em 2000, quando comecei a escalar e, hoje em dia, tenho a coleção completa com todos catálogos esportivos e alguns industriais de 1999 até 2011.
E, para quem não tem acesso à versões impressas (obtidas com importadores, lojistas etc.) há a opção de baixar a versão online, em formato pdf para leitura no computador ou impressão das áreas que mais interessar.
Semana passada, aproveitando a reserva que o Alessandro havia feito para o abrigo Rebouças, no dia 26 de Maio a Aline e eu fomos ao supermercado, almoçamos e sem seguida pegamos estrada rumo ao Parque Nacional do Itatiaia.
A viagem foi tranquila e com poucas pausas, sendo uma delas para um refrigerante e café grátis no Arcoíris de Roseira (onde normalmente paro para usar o banheiro) e depois estrada direto até as proximidades do parque, onde paramos para "acampar" no porta-malas do Defender.
No dia seguinte acordamos cedo e, depois de passar para dar uma olhada no falecido Alsene, seguimos para a entrada do parque onde esperamos a chegada do Alessandro e Fernanda. Com autorização para o abrigo entregue, taxas pagas, chaves na mão seguimos todos no Defender até o abrigo onde logo descarregamos as mochilas e começamos a por as coisas em ordem. Pouco tempo depois o pessoal foi chegando e, enquanto eles saiam para fotografar, a Aline e eu colocávamos a mochila com equipo de escalada nas costas e seguíamos para o Prateleiras.
O parque está tendo uma ótima manutenção, diversas trilhas foram trabalhadas e estão mais abertas e com erosões contidas. Ponto positivo para o parque. Entre essas trilhas a do Prateleiras, super aberta e marcada.
Chegando na base do Prateleiras sugeri subirmos pela face Norte, caminho que eu ainda não conhecia e assim o fizemos. O começo foi bem tranquilo até que chegamos a base de uma parede com diversas chapeletas. Achando que a via era por ali, "por segurança" coloquei a sapatilha, me encordei e comecei a escalar. Logo no começo percebi que estava "um pouco" mais difícil que o 3º grau que era indicado no guia. Tentei mais algumas vezes, deixei a mochila em uma costura e, depois de algumas tentativas, cheguei até a 2ª proteção da via! Lá eu vi que estava realmente errado e que não rolava continuar, então desci para a base e fui ver no croqui onde eu havia entrado: em um 7c de aderência! (via Portas da Percepção).
De volta ao chão, e agora no caminho certo, seguimos sem muito problema até o topo das Prateleiras onde fizemos algumas fotos e conheci dois Paulos, um dos quais já me conhecia aqui pelo meu site e haviam subido pela "Idalício". Ficamos um tempo batendo papo e depois sugeri descermos de rapel até a base. Como tínhamos 2 cordas de 60m, com o rapel pouparíamos tempo. Todos aceitaram e pouco tempo depois estávamos na base da via "Chaminé Idalício" e seguindo para a base da "Sexto Sentido" (VIsup), uma das vias mais bonitas que já escalei.
Na base da via me equipei e logo a subi sem muito sofrimento. A Aline entrou em seguida e, depois de cair logo na saída, a desci até o chão para que começasse novamente e nessa 2ª tentativa mandou a via que ela havia tentado em outra oportunidade por lá. Para fechar o dia, e gastar um pouco mais os dedos, entrei mais uma vez na via - quase voei quando meus dois pés escaparam quando ia passar a corda na 3ª costura mas consegui me segurar só na mão direita - e, depois que voltei ao chão, guardamos as coisas e seguimos de volta ao abrigo para o merecido jantar e noite de descanso.
No dia seguinte acordamos, tomamos nosso café da manhã e sem muita pressa saímos para um dos meus objetivos da viagem: um cume rochoso que pode ser visto da estrada na altura do Morro do Couto, mas do lado oposto da estrada. Fazia alguns meses que eu pensava em ir até lá e essa era uma boa oportunidade. Saímos do abrigo sentido Agulhas e logo desviamos para fora da trilha subindo praticamente em linha reta até o "altarzinho", cume rochoso que pode ser visto do abrigo e parece com a Pedra do Altar. Lá uma breve pausa e seguimos então pelas cristas e vales ora em laje de pedra, ora em campo de altitude atravessando pequenos riachos até que, depois de mais algumas horas de caminhada, chegamos ao esperado cume. Logo que estavamos chegando percebi uma coisa: a montanha que eu queria subir há alguns mêses eu já havia subido, isso em 2003 quando, ao terminar a travessia Rebouças Mauá, procurava um caminho alternativo para chegar ao carro que havia ficado no Alsene.
No cume nublado algumas fotos, um vídeo (abaixo) e logo planejamos o caminho de volta. Eu não queria voltar pelo caminho que havíamos ido nem pela trilha da travessia então logo vi um caminho possível de ser descido e que sairia diretamente na estrada, e deu certo! Após algumas lajes, alguns riachos e mato aberto com muito alecrim do mato estávamos na estrada a poucos minutos do abrigo para mais um bom jantar e uma noite fria de sono.
O 3º dia no parque (29/05) foi reservado para o Agulhas Negras. Mais uma vez saimos do abrigo e seguimos até a base da via Bira onde o Pedro, Parofes e eu havíamos nos perdido no ano passado (veja o relato dessa roubada). Dessa vez, com mais atenção e mais tempo, a escalada foi pelo caminho certo e, mesmo após alguns momentos de stress em lances super expostos, principalmente uma canaleta com 2 proteções beeeem distantes da base, logo no começo da tarde estávamos no cume Itatiaiaçu do Agulhas assinando o livro e nos preparando para a longa descida de volta ao abrigo para o merecido descanso e jantar.
O último dia reservado para escaladas no parque foi separado para a Pedra do Altar. Depois de levar um pessoal de carro até o estacionamento (só o Defender tinha ficado ao lado do abrigo), voltamos, pegamos as mochilas e seguimos pela trilha aberta rumo ao Altar. Pouco antes de chegar à base das vias fizemos uma pausa para lanche (e para nos aquecer no Sol) e depois fomos até a base das vias Café na Cama (III) e Chá para Dois (IV), sendo que acho que ambas são 4º grau. Essas vias são bem tranquilas mas o vento frio fez com que eu me lembrasse da Patagônia (principalmente porque além de escalar de anorak e com frio existem várias lacas e a corda ficou presa em uma delas, fazendo com que eu tivesse que subir mais uma vez para poder soltá-la).
De volta ao chão mais um lanche e, agora aquecidos com as escaladas, fomos para a via Alexandra (3ºsup A1). Essa é a via mais longa e antiga do Altar, de 1977 (ano que nasci) e começa mais a esquerda por uma rampa muito tranquila, depois entra em um lance com muito musgo e mato até que, depois de uma travessia razoavelmente tensa, entra no lance em artificial, que talvez já tenha sido liberado por alguém e deve dar um "7º alguma coisa pra 8º". Depois de forçar bem os braços em uma enfiada inteira em artificial fixo (só puxando nas costuras, não havia levado estribos) a Aline também subiu e de lá, depois de mais um movimento em artificial, segui pelo restante em livre da via (parte em chaminé) até o seu final. De lá, logo que a Aline chegou seguimos para o cume, nos desequipamos, comemos um lanche e seguimos pela trilha de volta ao abrigo com o cair da noite.
No abrigo mais bate papo (só havia restado o Flávio já que todos tinham ido embora) e, depois de fazer mais uma foto noturna de longa exposição ao lado do abrigo, acordamos no dia seguinte atrasados, rapidamente acabamos de arrumar nossas coisas (quase tudo estava pronto desde a noite anterior), comemos, jogamos tudo no porta-malas e seguimos de volta para casa. Felizmente o Flávio havia ficado no abrigo e foi ele que achou minha câmera (a compacta G11) caida embaixo de uma das camas (provavelmente caiu quando fui buscar as outras mochilas). Só hoje recebi de volta a câmera e pude colocar as fotos aqui no ar.
A volta foi bem tranquila (retornei por Itamonte, Passa-Quatro etc), dei uma passada para ver como está a estrada de acesso à Toca do Lobo (início da Serra Fina) e na metade da tarde estávamos em São Paulo.
No mesmo dia, 3ª feira, dei com o Victor a 1ª aula da 3ª turma do Curso de escalada em rocha, na 5ª feira a segunda aula e passei o resto da semana "de molho" me recuperando de uma bela dor de garganta, resultado dos vários dias no frio no PNI (alguns dias fez temperatura negativa fora do abrigo já que de manhã haviam poças d´água congeladas).
Hoje ainda fiquei de molho depois de cancelar uma escalada com o Osvaldo e aproveitei para atualizas fotos e alguns códigos no meu site, entre eles os links para Twitter que agora reduzem automaticamente o tamanho dos links e inclusão do link "+1" do Google.
Para os próximos dias nada programado, mas assim que eu voltar a ficar 100% novas escaladas virão!
E as fotos dessa viagem já podem ser vistas no link Escaladas no PNI.
Enviado por Tacio Philip às 18:29:38 de 04/06/2011
Há cerca de um ano e meio, dia 26/Out/2009, saí de São Paulo e segui com alguns amigos para a Pedra Grande de Atibaia, onde minha meta era escalar a via Dont Do It, um via em artificial que segue por uma micro fenda em um grande bloco negativo próximo do cume (que eu já olhava há algum tempo).
Chegando em Atibaia, depois de montar um top na chaminé lateral para o pessoal me equipei e comecei a subí-la. O começo foi bem, sequência de micronuts, algum microfriend e cheguei no seu crux, na metade da parede. Lá fui testar um Camhook (equipo para escalada artificial) que eu havia comprado há pouco tempo, me apoiei nele, fui subir um drgrau e... voei! Resumindo, levei uma bela queda onde saquei 3 peças da parede e tive o grande azar de uma delas (a primeira, o camhook) acertar em cheio minha mão e me lesionar (o que me rendeu alguns meses sem poder escalar direito e depois alguns muitos Reais para as sessões de fisioterapia esportiva). Mais detalhes desse dia podem ser vistos no link Voando (e abrindo o ziper) em escalada na Pedra Grande de Atibaia.
O tempo passou, em 2010 não fiz nenhuma escalada artificial mas, com a chegada da temporada 2011, e com planos de escalar outro bigwall, veio à necessidade de treinar. Inicialmente pensei em treinar no Visual das Águas escalando a via do teto (A1), a Fenda do Francês (A2) e por ai vai, mas depois de pensar mais um pouco pensei em ir direto para um tratamento de choque: escalar a via que eu havia me machucado em 2009.
Na 4ª feira, logo depois do almoço busquei o Defender (resolvi voltar a usá-lo na temporada de escalada), a Aline e eu pegamos estrada e na metade da tarde estavamos na base da via. Lá me equipei, respirei fundo e, às 16h10, comecei a escalada. Coloquei um primeiro micronut, subi no estribo, coloquei um segundo micronut (ele saiu e acertou meu capacete), recoloquei e ele aguentou e continuei a subida.
O começo da via foi bem estressante, como não escalava esse tipo de via há mais de 1 ano fui bem devagar, relembrando os conceitos, tentando não fazer nada errado e, principalmente, não cair.
Depois de alguns minutos peguei um pouco mais de ritmo e, depois de uma sequência de umas 4 colocações ruins (que dificilmente aguentariam uma queda) coloquei a primeira proteção à prova de bomba. Lá pude respirar um pouco. Na sequência outra proteção excelente (melhor ainda que a anterior) e em seguida uma péssima, um micronut nº1 em uma fenda rasa! Mas como tinha boas proteções abaixo segui e ele suportou bem o meu peso, mas isso era só o começo.
Nessa hora cheguei no crux da via, um lance com fenda paralela, fina e rasa, onde não cabia nada decente! E tinha sido nesse lance que eu cai usando o camhook na tentativa anterior. Fiquei uns 5 min parado olhando para a parede, descansando, respirando, pensando até que vi que a única saída para eu continuar era usando o camhook (que eu não estava nem um pouco animado em usar) ou um copperhead, equipamento que eu nunca havia usado. Na dúvida decidi pelo copperhead.
O copperhead parece com um nut mas a diferença é que sua cabeça é redonda, de cobre, e ele deve ser literalmente martelado na fissura onde será preso. É um equipamento que suporta apenas o seu peso (sendo otimista) e não uma queda. Prestando muita atenção e lembrando na teoria de colocação o fixei e vi que ele realmente funciona. Coloquei o estribo, transferi meu peso e continuei a escalada.
Dali em diante a via foi melhorando, teve só uma outra colocação duvidosa mas depois cheguei em uma sequência com 3 microfriends excelentes, o que me fez relaxar e seguir sem perda de tempo até o final da via, onde há um "P". E já era 17h40, 1h30 para escalar os cerca de 12 metros daquela fenda negativa!
No topo montei meu rapel, desci tirando as peças da via (algumas deram trabalho para tirar) e, com as últimas luzes da tarde, descemos de volta para o carro e de lá seguimos para o centro de Atibaia para uma merecida esfiha no Califa e depois mais estrada de volta para São Paulo.
A escalada dessa via foi muito tensa, em vários lances eu estava bem adrenado mas no final correu tudo bem e recuperei boa parte da confiança em escalada artificial com esse tratamento de choque. Agora é só treinar mais um pouco e nos próximos meses encarar os verdadeiros desafios.
As fotos feitas pela Aline durante a escalada estão no link Escalada Artificial em Atibaia e abaixo um vídeo feito durante uma pausa para respirar.
Enviado por Tacio Philip às 11:16:48 de 26/05/2011
Esse texto faz parte de uma série de testes de produtos a pedido do Kiko (Marcus Araújo) da Proativa, distribuidora no Rio de Janeiro de diversas marcas relacionadas ao montanhismo, escalada e atividades ao ar livre como Deuter, Sea to Summits, Lorpen, Primus, Suum entre outros.
A meia testada foi o modelo Heavy Trekker, uma meia destinada a caminhadas pesadas. Esse modelo é confeccionado com sistema TriLayer® composto por três camadas: poliéster hidrofóbico (PrimaLoft®), fibra natural (Lã de Merino) e poliamida (Nylon) e encontrado a venda nas lojas de equipamentos esportivos em 3 tamanhos (P, M e G).
Minha primeira caminhada com essa meia foi no feriado do carnaval, quando, mesmo embaixo de chuva, subi mais uma vez o Pico do Garrafão, na região de Itamonte (MG). Mas como foi um uso curto, apenas um dia e cerca de 3 a 4 h de caminhada, achei melhor testá-la melhor antes de postar meus comentários.
A segunda vez que usei a meia foi mais intenso. Foi durante o feriado da páscoa quando explorei, durante 5 dias, diversas montanhas do PNI, entre elas o Pico da Maromba, Cabeça de Leoa e Cara de Gorila.
E, para completar, também a usei há 2 semanas, quando fiz a travessia Rui Braga, também no PNI (inclusive nesse caso molhei meus pés após afundar em um charco até a altura da coxa).
Em todos esses casos usei sempre a mesma meia e sem usar outra embaixo (hoje em dia raramente uso duas meias), junto com uma bota impermeável com sistema GoreTex. As minhas considerações não poderiam ser mais favoráveis: a meia é excelente!
A meia é super confortável e bem quente, muito útil nas caminhadas pelas serras mais altas do Brasil no Outono ou Inverno. Além disso, por causa de sua composição bactericida (Lã de Merino), mesmo após 5 dias contínuos de caminhada ela continuou sem odores insuportáveis, o que é muito bem vindo quando você vai fazer uma caminhada longa e quer poupar peso sem levar vestuário extra.
Além disso ela mantém seu pé seco o tempo todo, mostrando ter uma boa condução de umidade e evaporação. Inclusive, na travessia Rui Braga, após encharcar os pés, a única coisa que fiz foi torcê-la e trocar de pé, dessa maneira a evaporação é acelerada (como só havia molhado um dos pés dessa maneira você faz com que os dois pés fiquem razoavelmente úmidos em vez de um seco e outro bem molhado) e em poucas horas voltei a sentir meus pés razoavelmente secos.
O único inconveniente é o preço que assusta um pouco, por volta de R$ 70,00 nas lojas de equipamentos. Mas se você pensar que é um modelo que terá uma longa vida útil e que em uma viagem você não precisará levar outro par de meias (eu costumo levar no máximo um par de meias para a caminhada e um outro par apenas para dormir) o valor é diluido no uso e resulta em um ótimo custo benefício.
Para mais informações sobre a Lorpen e suas meias veja o site www.lorpen.com.br.
Enviado por Tacio Philip às 15:57:43 de 25/05/2011
Há duas semanas, na Sexta-Feira 13 de Maio peguei estrada logo antes do almoço e segui para Itu, onde me encontrei com o Alessandro, almoçamos, deixei minha bike e seguimos para Resende (RJ).
O caminho, apesar de longo (cerca de 400 km) foi tranquilo e passou rápido graças ao bate-papo durante toda a viagem. Chegando em Resende, pouco antes das 18h, encontramos o hotel onde a Nath havia feito nossas reservas, largamos as coisas no quarto e logo fomos jantar no "calçadão" um prato enorme com arroz, feijão, frango, salada, farofa etc por R$6,00!
Antes de voltar para o hotel, para definitivamente estufar o estômago e garantir a reserva para os próximos dias, passamos no Bobs e "completamos o tanque" com o famoso milk-shake de Ovomaltine (500ml). De lá atravessamos a rua de volta ao hotel, ficamos um tempo assistindo TV esperando fazer um pouco a digestão, arrumamos as mochilas e logo fomos dormir.
No dia seguinte acordamos antes das 6h e logo descemos para o café da manhã, encontrando no saguão do hotel a Paula, Bárbara, Marcia, Requeijo e Mario. Pouco tempo depois chegou também a van que nos levaria para a parte alta do PNI com a Nath (quem organizou e agitou a travessia), Eduardo (pai) e Eduardo (filho) além do motorista. Por volta das 7h estávamos todos prontos e seguíamos estrada para o PN Itatiaia.
Na entrada da parte alta a Nath mostrou a autorização para a travessia, autorização para a "hospedagem" no abrigo Massena (burocracias e mais burocracias) e logo depois de pagar (isso é rápido e aumentaram o valor) estávamos com as mochilas nas costas seguindo pela estrada até próximo do abrigo Rebouças. Lá uma pausa para usar o banheiro, aproveitei para visitar o abrigo e ver se as fotos que eu, o Alessandro e mais uns amigos doamos para decorar o abrigo ainda estavam lá (felizmente sim e em perfeito estado) e logo seguimos pela estrada até o começo da travessia, no final da estrada, por onde começa a descer por uma trilha erodida.
A descida foi tranquila e rápida. Fizemos uma pausa para lanche no 2º charco (onde afundei uma das pernas até a coxa) e logo estávamos no abrigo Massena, um abrigo que deve ter sido espetacular há algumas décadas mas hoje em dia está em ruínas (veja o vídeo abaixo).
Enrolamos um pouco, demos uma ajeitada nas coisas e logo eu, o Ale, Requeijo, Paula e Bárbara largamos as mochilas e seguimos leves para o Morro do Urubu, uma montanha muito fácil e pouco explorada no PNI (e é a 34ª montanha mais alta do Brasil de acordo com o Anuário Estatístico do IBGE). Fazia algum tempo que eu queria retornar a essa montanha. Na primeira vez que a subi foi embaixo de garôa forte e com visibilidade zero, dessa vez eu esperava uma visão do vale e das "costas" do Prateleiras e Pedra Assentada, mas o clima não colaborou muito mais uma vez.
Apesar de não ter chuva havia muitas núvens e mal se via o Prateleiras. Mas tudo bem, acontece. De lá, depois de um descanso e algumas poucas fotos seguimos por mais 1 h de caminhada e logo chegamos de volta ao abrigo onde o resto do pessoal se aquecia ao lado da lareira.
No abrigo preparei meu jantar e com o chegar da noite logo fui dormir (tendo acordado e conversado um pouco alguns minutos depois e me mudado de lugar depois que o Requeijo começou a roncar como um trator e a Paula e Bárbara não paravam de conversar). A noite foi longa e fria, mesmo usando um liner que na teoria segura +15ºC do saco de dormir passei frio com uma temperatura amena de 9ºC (mas o testarei mais uma vez antes de postar minhas observações).
No dia seguinte acordamos, tomamos o café da manhã, subi até uma casa de pedra próxima para umas fotos e logo às 8h50 saímos para o 2º dia de caminhada. O pessoal estava meio parado procurando o caminho então tomei dianteira e fui abrir caminho pelo famoso charco. Apesar de longo e com trechos molhados consegui o atravessar sem molhar meus pés. E aproveitando que estava na frente e não estava afim de muito bate-papo apertei o passo e segui o caminho pela trilha super aberta em direção ao vale.
A trilha de descida começa bem tranquila e aberta rumo ao vale e depois começa a contorná-lo. Do outro lado o tempo todo via a Pedra Cabeça de Leão, Leoa, Gigante e Ovo e depois de uns 40 min do abrigo cheguei no primeiro ponto de água - onde parei 5 min - e em seguida diversos outros. Algum tempo depois a trilha começa a entrar em mata mais fechada até que chega em alguns trechos bem mais fechados devido a pouca frequência de pessoas por lá (é uma travessia bonita e que vale a pena, mas a burocracia afasta muita gente - inclusive por isso eu nunca tinha feito!).
O tempo foi passando, depois de 2h de caminhada passei pelo abrigo Macieira, fiz um lanche, tirei umas fotos e logo segui meu caminho. Como eu estava descendo rápido logo percebi que ficaria muito tempo esperando no final se eu mantivesse o mesmo ritmo. Para evitar isso (pelo menos um pouco) diminui um pouco e aproveitei para ajudar a recuperar a trilha em alguns trechos onde a mesma estava fechada com bambus e outros matos "chatos" atravessando o caminho (inclusive um deles literalmente me fisgou como peixe quando um de seus espinhos, de um galho, veio em minha direção e cravou por dentro da minha boca!).
Mesmo diminuindo o ritmo cheguei ao final da trilha às 13h45, quase 5h depois da saída do Abrigo Massena. Em seguida chegou a Paula e Bárbara e depois de 1 h o Alessandro. Essa hora já tinha feito meu lanche no inseparável tostex e depois fiquei enrolando sentado em frente ao posto de fiscalização até que chegaram o Requeijo, Nath e Mario. Mais um tempo passou e por volta das 16h20 chegou também a Márcia e os dois Eduardos.
De lá voltamos para Resende com a van que nos buscou, nos despedimos e, depois de mais um milk-shake de Ovomaltine - só que agora de 700ml - o Alessandro e eu seguimos estrada de volta a Itu, onde chegamos por volta das 22h.
No dia seguinte, para não deixar as pernas esfriarem, fomos pedalar. Como não queríamos sujar as bikes fizemos um roteiro só por asfalto e que durou 3h (58,8 km). O Ale foi de bike speed e eu aproveitei para testar uma bike moderna nesse estilo, já que o mais perto que eu havia pedalado tinha sido uma antiga Caloi 10 que eu tive há uns 15 anos. O pedal foi muito bom, na volta em uma boa descida cheguei a 71,4km/h (marcado no GPS) e na hora do almoço já buscávamos a filha do Ale na escola. De lá voltamos para sua casa para o merecido banho, almoço e logo segui estrada para São Paulo.
O resto da semana foi tranquila mas o final de semana foi corrido. No Sábado acordei antes das 6h e às 7h14 meu voo levantou rumo a Belo Horizonte e de lá, um taxi que me aguardava, me levou para a PUC-MG em Contagem para meu Curso Operacional hp48/49/50g para alunos de engenharia. Saindo de lá voltei para o aeroporto (felizmente consegui adiantar meu voo) e às 20h20 desembarcava novamente em Congonhas para voltar para casa, ajeitar as coisas, dormir e no Domingo dar novamente o mesmo curso, agora para uma turma na minha sala de aula aqui em São Paulo.
O decorrer dessa semana promete ser tranquila também. Nos próximos dias estarei por aqui, saindo no máximo a uma distância de uns 60km de SP (talvez amanhã) para testar se o Defender está em ordem e para o final de semana tenho planos de viagem (se tudo correr bem com muitas escaladas - mais detalhes só na volta).
A travessia Rui Braga no PNI é uma travessia que recomendo a todos. Além de tranquila e praticamente só descida (pouco mais de 18 km) ela é bem histórica já que foi há muito tempo o único caminho para quem quisesse acessar o planalto do parque, onde fica o Agulhas Negras e diversas outras montanhas. Infelizmente a burocracia não deixa com que mais pessoas a percorra (já que tem que reservar com pelo menos 10 dias de antecedência, confirmar depois de alguns dias, reservar o "abrigo" Massena etc etc etc). Mas mesmo assim vale a pena! E valeu pela Nath que se encarregou de toda essa parte burocrática, inclusive com a reserva do hotel onde fiquei hospedado de Sexta para Sábado e da van que nos levou na parte alta e buscou na parte baixa.
As últimas semanas foram absurdamentes corridas. No Sábado, dia 30/04, fui com o Marcão e Fabinho para Atibaia, deixamos o carro no Frango Assado da Fernão Dias e pedalamos até o topo da Pedra Grande.
A pedalada foi pesada mas valeu a pena. Mesmo subindo duas das subidas empurrando (os 2 crux da subida bem final da estrada) o passeio valeu a pena. Eu já havia subido a Pedra Grande uma dezena de vezes a pé, uma centena de carro e uma outra vez pedalando, saindo do bairro do portão, subir por esse "novo" caminho foi interessante. E no final deu mais de 51km com 1085m de desnível acumulado! Algumas fotos podem ser vistas no link Pedal Pedra Grande - Atibaia.
No dia seguinte, dia do trabalho (1º de Maio) passei trabalhando. Depois de uns 10 anos montei mais uma turma do meu curso de programação USER-RPL (calculadoras hp48/49/50). Foi legal relembrar esse curso e ter alunos mais interessados em aprender do que em fazer cola na hp, coisa comum no curso operacional RPN hp48/49/50 que dou quase todo mês :-)
E o restante da semana também foi bem corrido. Na 3ª e 5ª (dias 3 e 5 de Maio) dei com o Pedro Hauck e com o Victor Carvalho, dois parceiros de escalada, as duas aulas teóricas de nosso novo Curso Básico de Escalada em Rocha. As aulas foram na minha sala de aula na Av. do Cursino e para uma turma cheia, com 12 alunos!
Na 4ª feira também não tive pausa, durante o dia o Pedro e eu fomos até a Pedreira do Dib, em Mairiporã, para algumas escaladas. Como há rumores do local ser fechado e usado como aterro pela empresa que esta construindo o rodoanel, achamos interessante ir enquanto é possível (e inclusive, em uma sessão bem nostálgica comecei escalando a via "Caminho Suave", a primeira via que escalei, há uns 11 anos). Algumas fotos podem ser vistas no link escaladas na Pedreira do Dib - Mairiporã.
Saindo de lá uma passada para pastel na Zona Norte e depois, correndo para chegar a tempo, de noite foi a aula teórica de um outro curso meu: macrofotografia e close-up. Esse para alunos que já tem base em fotografia "normal" e querem se aprofundar em macrofotografia (se não sabe o que é veja meu site www.macrofotografia.com.br ;-)
E o final de semana continuou com cursos: no Sábado a aula prática do curso de macrofotografia, no Jardim Botânico de São Paulo (atual parque fontes do Ipiranga) e no Domingo a aula prática do curso básico de escalada em rocha na Pedra do Santuário, em Pedra Bela, São Paulo. Dois dias cheios e cansativos mas que valeram a pena pelo retorno que tive com os alunos de ambos os cursos. Espero ter conseguido "formar" novos escaladores e fotógrafos macro. Algumas fotos estão disponíveis nos links Aula prática do Curso de Escalada e algumas das minhas macros no tacio.macrofotografia.com.br.
E para não perder o ritmo alucinado da semana. No Domingo mesmo, depois de ter saído de Pedra Bela quase 18h, segui para São Paulo, deixei o Michel na 90 graus (onde peguei a Aline) e fomos então para o show do Finntroll, uma das bandas "estranhas" que eu gosto (banda finlandesa de black metal com toques folk). O tempo foi cronometrado: entrei no Manifesto às 20h30 e a banda estava começando a entrar no palco para começar o show! Foi quase 1h30 de músicas e foi um dos melhores shows que vi na minha vida! Assistir show de bandas pequenas e pouco conhecidas em locais pequenos é espetacular (mas não tão pouco conhecidas, o Manifesto estava mais lotado e o show mais agitado que shows do Paul Dianno e Blaze Bayley que também assisti por lá!). E as fotos estão no link Show Finntroll.
E ontem, 2ª feira (09/05), foi a 3ª aula do curso macrofotografia e close-up. Nessa aula puder ver o resultado obtido pelos alunos na aula prática, fazer comentários, tirar dúvidas e bater papo.
Mas agora diminuirei um pouco o ritmo. Com a chegada da temporada de montanhismo e escalada a prioridade são as escaladas e montanhas. Esse final de semana farei uma travessia que quero conhecer há alguns anos e, se der (e vai dar) repetir outros cumes pouco frequentados do PNI. Mas mesmo assim não consigo "fugir" do trabalho, no dia 21 provavelmente irei para Contagem (MG) para curso de calculadora hp (e dia 22 o mesmo curso em SP). Mas ta bom, afinal tenho também que pagar as contas!
E abaixo um filme que fiz no show do Finntroll da música Trollhammeren (e abaixo a versão original sem tanto chiado no audio).
Enviado por Tacio Philip às 21:46:24 de 10/05/2011