Depois de pegar estrada na 3a. feira pouco antes da hora do almoço, passei por Itatiba, peguei o Pedro Hauck e seguimos caminho rumo a Petrópolis, onde pretendíamos escalar algumas vias. A viagem foi tranquila (exceto o caminho que fizemos por Volta Redonda e por uma parada policial que achava que poderia encontrar algo errado no carro - esse é um dos motivos de eu não andar com quem carrega drogas por ai) e, no começo da noite, estávamos em Petrópolis procurando um albergue para nos alojar, o que foi em vão. Sem ficar perdendo tempo na cidade seguimos estrada e, mais uma vez, fiquei em um trailer no 5a. da Barra em Teresópolis.
No dia seguinte acordamos sem pressa nenhuma, arrumamos as coisas e, depois do almoço, fizemos compras no supermercado e pegamos estrada direto para o Refúgio das Águas (do Sérgio Tartari), onde sempre fico quando vou pra Salinas. Lá de noite um macarrão no jantar e em seguida uma fria noite de sono.
Na 5a. feira acordamos não muito cedo (7h40), tomamos café e logo seguimos a trilha que leva à base do Capacete. Nossa idéia nesse dia, para aclimatar com as vias da região, foi fazer a via CERJ D3 5o. V (A0/VI+) E2 400m. Eu havia feito parcialmente essa via há 2 anos quando, com o Osvaldo, nos perdemos próximo a enfiada em artificial e seguimos de lá direto para o cume da montanha.
Apesar de irmos tarde e entrarmos na via às 11h a escalaqda foi tranquila e rápida. Às 15h estávamos assinando o livro de cume e em seguida fazendo o rapel pela Sérgio Jacob para seguir de volta para o abrigo e merecido banho, jantar e noite de sono.
No dia seguinte acordamos preguiçosos no mesmo horário, comemos e seguimos a trilha até a base da via Roberta Groba D3 5o. V+ E3 450m, que também começamos a escalar por volta das 11h.
Essa escalada, tanto pelo comprimento da via quanto por alguns lances mais trabalhosos, foi um pouco mais demorada e chegamos no cume por volta das 16h. De lá mais uma passagem rápida no cume para depois rapelar e voltar para o abrigo.
No abrigo um macarrão com molho branco com gorgonzola, um bom banho e depois mais uma noite de sono. Hoje é nosso dia de descanso. Agora estou escrevendo o texto e ajustando as fotos no abrigo para depois só copiar e colar pro meu site. Daqui a pouco desceremos para Nova Friburgo para conectar a internet, almoçar e fazer umas cópias das vias que pretendemos escalar nos próximos dias. Algumas das vias já estáo definidas e o clima está perfeito, é só escalar!
Enviado por Tacio Philip às 15:49:07 de 16/07/2011
Semana passada, nos dias 6 e 7 de Julho, escalei com a Aline duas vias em Pedralva: a primeira foi a Tião Simão (5º VIsup A1+ E3 330m), via que eu queria escalar há algum tempo e, a recém terminada, Ossos do Ofício (5º VI E3 400m), sendo que fizemos a primeira repetição desta via sem contar com a participação de algum dos conquistadores.
A ideia de ir para Pedralva já passava pela cabeça há algum tempo, foi lá que considero meu começo verdadeiro em escalada tradicional, quando escalei, com o Pedro Hauck e Leo Moreira a via Evolução, em 2006. Então, com a ideia de escalar a Tião Simão atualizei algumas infos e, ao falar com o Zé Nunes (do blog http://rotadaescalada.blogspot.com/), ele me disse que havia novas vias para serem repetidas. Sem perder tempo peguei os croquis, alguns betas e confirmei a ida para Pedralva.
A Aline e eu saímos de São Paulo na 3ª feira, dia 05/07, mais ou menos na hora do almoço. Depois de buscá-la em sua casa almoçamos e seguimos os quase 300km (3,5h) de estrada até o hotel Panela Velha, onde costumo ficar. Lá demos uma volta pela cidade, jantamos e logo fomos dormir.
No dia seguinte acordamos cedo, às 7h estávamos tomando café e, pouco tempo depois, na estrada novamente. Passamos pela casa do Sr. Tião Simão (sempre muito prestativo com escaladores), deixamos o carro ao lado do curral (apesar de ser possível subir até onde fomos com 4x4 - e depende o 4x4 até ir mais - acho que não vale a pena, o tempo que se perde abrindo e fechando porteiras é maior que o tempo que levaria a pé para subir). Lá pegamos as mochilas e logo começamos a subida pela estrada de terra rumo à parede.
Chegando próximo da parede passamos na base das vias Suanuarcu, Rachacuca (vias que eu havia escalado em 2008) e pouco tempo depois chegamos à base da Tião Simão (5º VIsup A1+ E3 330m). Sua base não tem como ser confundida, ela começa bem embaixo de um platô com árvores a 60m de altura e possui na sua base uma fenda larga que pode ser protegida com peças grandes (as quais não tinha levado para poupar peso).
Começando a escalada pela linda fenda diagonal consegui a proteger com um friend #5 (Rock Empire, equivalente a Camalot #3) e depois segui sua escalada por face até sua primeira parada. Logo a Aline se juntou a mim e guiou a 2ª enfiada até o platô, onde começa a enfiada chave da via, uma escalada mista com lances em livre e lances em artificial (buracos de cliff). Enquanto pude fui subindo em livre até que, em um lance bem vertical onde não achava um pé decente e muito menos uma agarra razoável para as mãos, claramente mais que 7b como informado no croqui, peguei os talons, estribos e segui alguns lances em buracos de cliff e chapeletas. Fui fazendo uma escalada em artificial onde era necessário e em livre onde dava até que, depois de pelo menos 1h, cheguei na 3ª parada da via para que a Aline a subisse (em livre em alguns trechos e jumareando com prussic em outros).
Dali em diante o resto da escalada é toda em livre. Deixamos então algumas costuras que não precisaríamos, assim como estribos e talons na parada e segui guiando a 4ª enfiada, sendo seguido pela Aline que guiou a 5ª (sendo sua primeira guiada em uma via tradicional com proteções móveis). Na sequência segui pela 6ª enfiada e a Aline depois na 7ª, sendo essa uma enfiada fácil mas com apenas uma proteção fixa (que a Aline não viu e pulou) e o restante protegida em móvel.
De lá, uma última e tranquila enfiada até o topo da parede, passando pelo final das vias SuanuArcu e Racha Cuca e depois uma trilha até quase o topo do Pedrão (terminamos a via mas como já era tarde não subimos até o cume da montanha).
De volta ao final da via fizemos algumas fotos e em seguida descemos até a última parada da via. De lá começamos os infindáveis rapéis até o chão, com direito a muitos cactus nos espetando no caminho, e já com as headlamps na cabeça chegamos ao chão onde nos desequipamos e seguimos por um caminho mais direto, que havíamos pensado enquanto estávamos na parede, em direção à estrada onde havíamos deixado o carro.
De volta ao carro seguimos o caminho de volta, novamente encontramos o Sr. Tião Simão que disse ter nos visto na parede, e dissemos que voltaríamos no dia seguinte. De lá um pouco de estrada até o hotel para o merecido jantar, banho e noite de sono.
Indo escalar a via Ossos do Ofício em Pedralva
No dia seguinte também acordamos cedo, tomamos café e seguimos estrada rumo a casa do Sr. Tião. Lá deixamos o carro e seguimos então pela trilha que leva ao bananal, onde encontramos com seu filho e o Sr. Tião mesmo nos ajudou a encontrar a trilha que leva à base da via Ossos do Ofício(5º VI E3 400m), via que tinha acabado de ser conquistada e ainda não havia sido repetida por um grupo que não contasse com um dos conquistadores na cordada.
Na base da via nos equipamos e a Aline começou a guiar a primeira enfiada. Na seguida foi minha vez e fomos alternando as enfiadas até a 4ª parada, onde a Aline achou melhor que eu continuasse guiando uma enfiada que no croqui diz "Expo!", mas bem tranquila e com movimentos muito bonitos em uma boa sequência de grandes agarras.
No final dessa enfiada chega-se em um pequeno trecho de trilha, de onde a via continua por um diedro sem fenda. Apesar do croqui graduar esse lance em 6º eu o achei bem tranquilo. Ele ainda está bem sujo, mas com o tempo e com as agarras mais visíveis ele deve ser recotado em 5º ou no máximo 5º sup. Seguindo fui até sua parada onde, mais uma vez a Aline se juntou a mim e, como estava cansada, segui guiando também a 7ª enfiada da via, essa sim um 6º grau (talvez um 6º sup) e com certeza o "filé" da via com movimentos de equilíbrio em pequenos regletes e lances em fendas de diversos tamanhos. De lá mais uma vez dei seg para a Aline e sem perder tempo segui pela última enfiada até o final da via.
Como no dia anterior acabamos demorando por ter seguido para o "quase" topo da pedra, dessa vez resolvemos descer direto e logo começamos a fazer algumas fotos e preparar o rapel. A essa hora eu já não me sentia bem na parede, havia dormido mal no hotel com alergia e aparentemente uma forte gripe viria me nocautear (e nocauteou no dia seguinte). Fomos então descendo e, ainda de dia, chegamos na base da parede (novamente muito espetados por cactus) onde vimos que algumas formigas haviam cortado uns pedaços da mochila da Aline e do meu rack (que deixamos na base junto com os tênis).
De lá seguimos pela trilha atravessando o bananal, aproveitei para diversas fotos do Pedrão com a luz do entardecer e logo chegamos na casa do Sr. Tião Simão, que nos aguardava com uma sacola de mexericas! Novamente agradecemos por tudo e seguimos então para o hotel para jantar, tomar um banho fervendo e depois dormir. E realmente a gripe com talvez um princípio de pneumonia haviam me pegado.
Depois da escalada das vias Tião Simão e Ossos do Ofício em Pedralva
No dia seguinte acordamos um pouco mais tarde, fomos tomar café, arrumamos as coisas e por volta das 9h30 pegamos estrada de volta para São Paulo. O caminho de volta foi tranquilo e a única coisa que me incomodava era a dor no corpo, tosse e febre. Chegando fomos para a casa da Aline onde almoçamos e, depois de deixá-la na 90 graus às 16h, fui para casa dormir e tentar me recuperar.
O resto do final de semana foi de molho em casa a base de alguns remédios e muito descanso para me recuperar. Nos próximos dias pegarei estrada com o Pedro para algumas boas escaladas por ai.
Continuando o post sobre a Escalada do Dedo de Deus pela face L (Maria Cebola) e Dedo de Nsa Sra no feriado entre os dias 23 e 26 de Julho, no dia 26, Domingo, colocamos todas as fichas na mesa e apostamos em uma melhora no clima para entrarmos na via Diedro Salomith D4 5º VIIa (A0/VIIb) E2.
Acordamos às 6h com o despertador e depois de enrolar um pouco levantamos, acabamos de colocar os equipamentos ainda úmidos na mochila e saímos para tomar café da manhã. Logo em seguida fomos para a estrada, deixamos o carro no local de sempre e mais uma vez começamos a caminhada pela trilha do dedo de deus. Subimos em ritmo leve mas constante e, 39 minutos depois do começo da trilha estávamos no trecho com cabos de aço. Colocamos as sapatilhas e sem perder muito tempo seguimos, bem espertos olhando para tentar identificar o começo da via.
Na bifurcação da trilha das vias setor Leste e Teixeira deixamos uma das mochilas, levando na outra apenas água, lanche, os tênis e headlamps e pouco tempo depois de uns lances de trepa pedra achamos o início da via. Ele não está tão obvio como indica o croqui já que o primeiro grampo, que um dia deve ter sido visível da trilha, sequer foi encontrado por nós, mas fica em um trecho ligeiramente plano e aberto da trilha, subindo por uma rocha suja até onde encontramos um "P" da via em si (ao lado de muitos banbuzinhos).
Na base acabamos de nos equipar e subi guiando a 1ª enfiada, a emendando até a 2ª parada, feita equalizando em um grampo "P" e uma árvore. Nesse dia, diferente de muitos outros onde me sinto muito adrenado na 1ª enfiada de uma via, estava hiper relaxado e tranquilo, inclusive pulei umas proteções para evitar perda de tempo. De cima dei seg para o Victor que logo se juntou a mim e seguiu guiando a 2ª enfiada e metade da 3ª, o diedro em si, onde preferiu descer até a 3ª parada da via e deixar que eu continuasse, e assim fizemos.
Fui seguindo pelo lindo diedro, assumo que em um lance ou outro dei uma roubadinha usando um "P" como ponto de apoio, mas logo estava na 3ª parada montando a segurança para que o Victor subisse.
Saindo da P3 vem o 1º crux da via, uma travessia (VI+) que contorna uma grande laca e depois segue por um lance que, em livre o croqui diz ser VIIa mas eu preferi poupar as forçar e o subir em artificial (A0) por ser bem negativo e atlético (mas assumo que fiquei com vontade de fazer o lance em livre!). Vencido o lance em artificial a via segue por um VI em uma fenda com um pouco de mato em uns lances muito bonitos até a P4, bem ao lado de um empilhado de blocos abaixo de um grande teto. Desse lugar, para a esquerda, segue a via Gilda Bordes e, para a direita, enfiada em trepa pedras e trilha feita pelo Victor, sai na trilha da via Leste (ponto que havíamos visto na nossa primeira subida do dedo no feriado) e onde continua a 5ª enfiada da via.
A 5ª enfiada tem outro crux "chato", ela sai em um único lance em artificial (A0) e logo segue tranquila por lances que começam em 5º grau, vão piorando para 6º até chegar no crux geral da via, um 7a que tem que ser feito em livre. O pior de tudo é que a proteção nesse lance é muito, mas muito estranha. Ou você protege bem para a direita e faz a travessia para a esquerda até um P após o crux, ou, após esse P a direita, segue para esquerda descendo, protege em outro P e segue para cima para vencer o crux. Eu não me achei em nenhum dos movimentos e acabei o passando depois de laçar o P com uma fita, mas faz parte da aventura. Depois disso a via continua em lances mais tranquilos até a P6, que no nosso caso era a P5 devido termos emendado uma enfiada.
De lá dei seg para o Victor e logo que ele chegou seguiu emendando as duas próximas enfiadas, uma primeira que é um mixto de trilha e chaminé e a segunda que segue em um diedro com aderência em rampa de pedra musgada (fácil mas tenso!). De lá ele montou a segurança para que eu me juntasse a ele.
Na P8 começa a enfiada mais bonita da via, uma fenda que deve ter uns 15 metros de altura quase toda protegida em móvel. Antes de entrar nesse lance dei uma boa descansada, bebi uma água, um carboidrato e, depois de me concentrar, entrei para escalá-la.
Essa enfiada precisa de peças grandes, nesse dia estava com o rack do Victor e usei camalots números 3 e 2 logo no seu começo. O bom é que a fenda, escalada com entalamentos de mão e pés, vai ficando mais estreita e mais para cima pude usar peças números 1 e 0.75, quando ela chega no seu crux, um lance praticamente sem boas fendas para a mão (onde tem fenda é onde você pode proteger, e foi isso que eu fiz com outro camalot e nut) e acabei fazendo o movimento em artificial fixo e móvel, vencendo assim o lance e chegando até a 9ª parada da via, que possui apenas 1 "P" e de onde começa uma longa enfiada em artificial.
Montei a segurança, o Victor se juntou a mim e logo seguiu pelo artificial. No croqui mostra um artificial com umas 4 ou 5 proteções fixas, mas isso foi apenas economia de quem fez o croqui! Na verdade ele segue por quase 20 "P"s até passar por uma parada e seguir em escalada em livre (5º grau) até uma parada quase no cume do Dedo. Essas duas enfiadas foram guiadas pelo Victor e logo em seguida, com o final da tarde chegando e o clima tendo colaborado com nós, cheguei até a parada e segui para o cume!
No cume guardamos o material que não seria mais usado e, sem perder muito tempo, assinamos (pela 2ª vez na semana) o livro de cume e começamos a longa descida, isso depois de 7h de escalada desde o início da via e vendo um lindo entardecer alaranjado atrás do Cabeça de Peixe, Garrafão e montanhas desse complexo.
A descida, metade já no escuro, foi mais uma vez pela via Teixeira, dessa vez sem cordas presas em cabos de aço e, cerca de 2 horas depois da nossa saída do cume (por volta das 17h30), estávamos no final da trilha seguindo para a lanchonete para o merecido pastel (e o Victor aproveitando para matar 2 energéticos + coca-cola!).
Saindo da lanchonete passamos no trailer para fecharmos a conta, trocar as roupas imundas e imprestáveis que estávamos usando (principalmente eu que usei a mesma camiseta, calça e meias nos 4 dias durante as escaladas) e, sem demorar, colocamos tudo no carro e pegamos estrada rumo São Paulo.
O primeiro trecho de estrada foi com o Victor e aproveitei para dormir um pouco, acordando mesmo quando já estávamos na Dutra subindo a serra das Araras. Pouco tempo depois foi minha vez de assumir o volante e segui então até um Graal ou ArcoIris (na verdade nem lembro!) próximo de Roseira, onde fizemos uma pausa para jantar. De lá segui ainda mais um pouco até o começo da Carvalho Pinto, onde o Victor acordou e assumiu o voltante até sua casa na Sta Cecícia, onde chegamos às 3h20 da madrugada.
Lá joguei minhas mochilas no porta-malas do carro (havia deixado na garagem do prédio do Victor) e, 25 minutos depois estava em casa, morto de cansaço, caindo na cama para a merecida "noite" de sono.
Apesar de ter sido um dia extremamente cansativo, foi excelente (talvez até por isso, dia "light" não tem graça). Conseguimos escalar a via que era a meta principal da viagem (mesmo com previsão do tempo que só tentava nos fazer desistir) e ainda escalamos outras vias mais tranquilas no nosso "processo de aclimatação".
E ainda sobraram outras vias e cumes na região para serem escalados, ainda essa temporada voltarei por lá!
Esse texto faz parte de uma série de testes de produtos a pedido do Kiko (Marcus Araújo) da Proativa, distribuidora no Rio de Janeiro de diversas marcas relacionadas ao montanhismo, escalada e atividades ao ar livre como Deuter, Sea to Summit, Lorpen, Primus, Suum entre outros.
O liner deve ser usado dentro do saco de dormir e, por ser feito de um tecido de grande capacidade térmica (thermolite), aumenta assim a temperatura mínima de conforto. Além disso, ele serve para proteger o saco de dormir, impedindo que o mesmo se suje devido ao uso.
A Sea to Summit possui diversos modelos de Liner e o que adquiri foi o modelo Thermolite Reactor Extreme. Esse modelo tem 399g e minha ideia de compra-lo foi para uso com meu saco de dormir de temperatura de conforto de +15ºC, onde me sinto confortável até temperaturas de +10ºC nas montanhas do Brasil.
O mesmo foi utilizado em diversas montanhas do Brasil, com destaque a 5 noites bivacando (dormindo ao ar livre) na região do Parque Nacional do Itatiaia mais 8 a 10 noites em abrigo de montanha no Parque Nacional do Itatiaia, São Bento do Sapucaí e Andradas. Apesar do fabricante informar que ele aumenta a temperatura do saco de dormir em até +15ºC, eu me decepcionei com o produto. Como minha ideia era utilizá-lo em temperaturas mais baixas sem precisar usar um saco de dormir mais quente e pesado, eu esperava me sentir confortável nele em temperaturas de pelo menos 0ºC, já que o saco de dormir é para +15ºC e como informei, durmo confortavelmente em temperaturas de +10ºC, mas não foi isso que aconteceu.
Nas situações em que estava bivacando a situação foi um pouco agravada devido ao vento, sendo que nesses casos, cheguei a pegar temperatura de 4,7ºC de acordo com o relógio e passei muito, mas muito frio a noite (mesmo com um bom isolante térmico e lona protegendo do sereno). Dentro de abrigos, e em uma cama, a temperatura mínima que enfrentei foi por volta de 8ºC e, nesse caso, dormi bem quente, mais que o normal se utilizasse apenas o saco de dormir a uma temperatura de 10ºC.
Ao meu ver, esse liner aumenta a capacidade do saco de dormir entre +5 a +8ºC no máximo, não 15ºC como informado pelo fabricante. Inclusive, como o produto informa o aquecimento como +15ºC/25ºF, se você efetuar uma simples conta com conversões de unidades de temperatura (é necessária as operações já que não se pode converter diretamente os 15ºC em 25ºF), verá que um ganho de 15ºC nem matematicamente é possível, é só seguir o seguinte raciocínio:
Se usar como referência um saco de dormir para +15ºC:
15ºC = 59ºF
59ºF - 25ºF = 34ºF
34ºF = 1,1ºC
logo o aumento de temperatura foi de 15ºC - 1,1ºC = 13,9ºC (menos que os 15ºC informados).
Se usar outras temperaturas de referência o resultado é o mesmo.
Acredito que informar esse aumento de temperatura não tenha sido má fé do fabricante, talvez apenas uma conversão de unidades incorreta do setor de marketing e, mais que isso, o teste para certificação do produto em situações super controladas. Um doa fatores, já que estamos em um país tropical, é a umidade, que faz com que soframos mais com temperaturas baixas que em situações de baixa umidade, o que pode ter sido a referência para os testes.
Mesmo assim recomendo o uso. Ele aumenta a temperatura de conforto do saco de dormir em pelo menos +5ºC e o manterá mais limpo. Só não compre esperando milagres informados na embalagem ou nos sites.
Esse item pode ser encontrado em diversas lojas do Brasil por um preço médio de R$190,00.
Há cerca de 2 meses fui contatado pelo gerente comercial da SOS Vitta, empresa fabricante de rações de sobrevivência, para que eu fizesse um teste e analisasse um de seus produtos, a ração sólida.
Apesar do foco principal do produto ser para uso em barcos, botes, navios etc, é um item interessante para caminhadas, como foi o meu uso em algumas montanhas do Brasil.
O produto vem em um pacote com 500 g da ração, sendo separados em 6 pacotes individuais super resistentes embalados a vácuo. Não é informada a composição do produto nem quantidade calórica em cada porção mas, como se trata se uma ração de emergência, onde é indicado o consumo de uma a cada 24 horas (em caso que não esteja praticando atividades físicas, apenas aguardando um eventual resgate), com certeza é um item bem calórico e com sais minerais.
Ao pegar uma porção individual, devido a embalagem, ela parece um disco bem sólido. Ao abrir e deixar entrar ar, nota-se que parece uma paçoca, bem quebradiça, e com sabor bem agradável, me lembrando as bolachas bono doce de leite (só que bem esfareladas). Eu as experimentei em mais de uma situação em caminhadas em montanha e servem como uma alternativa aos tradicionais pacotes de bolacha que costumo levar para comer durante o dia. Inclusive hoje em dia deixo sempre uma na mochila para eventual emergência.
Abaixo informações sobre o produto enviadas pela SOS Vitta:
A Ração solida da S.O.S Vitta foi desenvolvida com a mais alta tecnologia e manufaturadas com ingredientes altamente selecionados para cada pacote com 550 gr Atingir 10.000 kj, que são exigidos pelas legislações vigentes.
Produto homologado pela Marinha do Brasil DPC N 135/2010.
Desenvolvida e elaborada em parceria com a Cereal Chocotec, instituto de Tecnologias em alimentos ? ITAL com receita patenteada junto ao instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI)
Tornou-se uma das melhores Rações Sólidas de Sobrevivência do mundo.
Uso:
Para fornecer uma dieta equilibrada para a sobrevivência no mar em todo o mundo. Aprovado para uso a bordo de botes e balsas salva-vidas. As embalagens de alta qualidade também inclui instruções de uso em 3 idiomas diferentes
Dúvidas sobre o produto e sobre como adquirir diretamente pelo site do fabricante: http://www.sosvitta.com.br.
Enviado por Tacio Philip às 11:42:16 de 01/07/2011
Aproveitando o feriado prolongado e a folga do Victor, logo na 4ª feira por volta das 15h pegamos a longa estradas rumo a Teresópolis, RJ, onde, 500 km depois, chegamos no trailer que havíamos alugado, por volta das 23h.
No dia seguinte, dia 23, a ideia era fazer algumas escaladas de "aclimatação" para nos acostumarmos com a rocha, trilha, etc, ou seja, conhecer o ambiente (principalmente eu que só havia subido o Escalavrado na região). Acordamos cedo, arrumamos as tralhas e bem leves levando só o mínimo necessário (cadeirinha, freio, 4 costuras e uma corda de 8mm), depois de passar em uma padaria para o café da manhã, seguimos para a trilha que leva ao dedo de deus.
A trilha começa bem na estrada que sobe a serra do Rio para Teresópolis, bem ao lado do 3º bueiro de quem desce após o ponto chamado "santinha", e às 9h30 começávamos a subir por suas pirambeiras. A subida é bem inclinada e não dá trégua, mas mesmo assim nossa subida foi boa e depois de 40 min estávamos no trecho onde começa a subida por cabos de aço. Lá uma pausa para água, colocar as sapatilhas e então subir os longos e intermináveis trechos de cabo de aço até que, depois de outros 40 ou 50 minutos, chegamos em baixo de grande neblina, ao verdadeiro início da via Leste do Dedo de deus.
Como o Victor já havia feito essa escalada mais de uma vez ele seguiu guiando a primeira e logo em seguida foi minha vez, me unindo a ele na 1ª parada. De lá segui guiando pela Variante Maria Cebola preocupado com a neblina cada vez mais densa que deixava a rocha molhada e escorregadia.
Mesmo eu estando preocupado com o clima, cada vez mais úmido, como o Victor conhecia bem o caminho e disse que ainda estava "tranquilo" seguimos agora por suas chaminés, passando por um par de escaladores de Petrópolis, até que, pouco depois de 3h do começo da caminhada na estrada chegamos ao cume do dedo de deus, 4ª vez do Victor e primeira minha.
Cume do Dedo de Deus pela Leste (Maria Cebola)
No cume uma breve pausa para fotos, assinar livro de cume, dois videozinhos e, 15 minutos depois da chegada, começamos nossa descida, agora pela via Teixeira, que possui uma linha melhor para os rapéis.
Recado para o Alessandro no cume do Dedo de deus
O começo da descida foi tranquila até o último rapel da Teixeira, quando a corda se prendeu em um cabo de aço e o Victor logo se prontificou a subir um pouco para liberá-la. Tirando isso o restante foi tranquilo, quanto mais descíamos melhor ficava o clima, e aproveitando que estávamos ainda com um bom pique, depois de acabarmos de nos desequipar após o último rapel que nos deixou na base da parede do 1º cabo de aço da subida, resolvemos descer puxando o ritmo, fazendo o trecho que levamos 40 minutos para subir em apenas 16 minutos de descida, tendo completado assim, a subida e descida do dedo de deus (estrada-estrada) em menos de 6 horas (contando pausas, corda presa e a garôa forte que nos acompanhou boa parte do tempo).
De volta ao carro uma pausa para pastel, depois o merecido e longo banho quente (onde aproveitei para lavar a corda que estava imprestável de tão sujo, liberando água que parecia caldo de feijão) e, depois de uma Petra escura em um shoppingzinho fomos para um ótimo rodízio de massas, onde nos empanturramos e depois voltamos para o trailer para dormir.
Para o dia seguinte não apostamos em tempo bom e acordamos tarde, não sendo possível então fazer alguma escalada mais forte. Depois do nosso café da manhã resolvemos então subir o Dedo de Nsa Sra, montanha vizinha ao Dedo de deus, entre ele e o Escalavrado.
A subida foi muito tranquila e, mesmo com os trechos finais em artificial (A1), chegamos ao seu cume, dessa vez ensolarado, depois de 2h15 de caminhada da estrada. No cume algumas fotos, vídeo, assinar o livro de cume e, depois de alguns minutos, começamos nossa descida de volta ao carro, onde chegamos depois de menos de 4h do início da caminhada, parando mais uma vez para o pastel, depois um merecido açaí, antes de voltarmos para o merecido banho. De noite mais uma vez um rodízio de massas (depois também de uma cerveja Teresópolis escura em um restaurante japonês) e antes das 21h estávamos na cama, com os equipos prontos para o dia seguinte, nossa verdadeira meta para a viagem.
Cume do Dedo de Nsa Sra no PNSO
No dia seguinte, Sábado dia 26/07, acordamos 6h, preguiçosos levantamos às 6h30 e tivemos uma péssima surpresa: clima fechado, carro molhado, vegetação molhada e visibilidade zero! Como não seria possível escalar assim voltamos para a cama e fomos descansar, muito decepcionados já que o feriado estava acabando e o próximo dia seria nosso último por Teresópolis.
Sem muita pressa e desanimados saímos do trailer por volta das 10h, tomamos nosso café da manhã e resolvemos fazer então uma trilha. A idéia inicial era o Cabeça de Peixe, com trilha que começa na "Santinha", mas acabamos seguindo por outro leito de rio indo até a base do dedo de deus, onde acreditamos ter encontrado a base da via Os impermeáveis, um big wall com duração de 3 dias que pretendemos escalar dentro de algum tempo.
Mesmo sem nenhum cume esse dia foi cansativo, não existe uma trilha definida mas apenas uma sequência de totens que indicam mais ou menos por onde você deve seguir. Além disso os trechos finais são bem inclinados onde existe inclusive corda fixa para ajudar na progressão. E de uma coisa esse dia valeu: além do exercício físico, reconhecemos e marcamos o caminho para a base da via para um futuro retorno.
De volta ao carro, já no final do dia, depois de umas 5h de caminhada, mais pastel, mais açaí, mais banho e depois, um pouco cansados do rodízio de massas fomos então em um rodízio de pizzas! O jantar foi ótimo e, acompanhado de cervejas Teresópolis e St Gallen, por volta das 21h voltamos para a merecida noite de sono.
O dia seguinte seria nossa última chance para realmente escalar uma das vias para qual fomos para Teresópolis. Então, apostando nossa última ficha, mesmo com uma previsão de tempo informada pela Aline não muito animadora, fomos deitar com os equipos prontos e no dia seguinte subiríamos de qualquer maneira. Mas o relato dessa via merece uma página a parte, e virá nos próximos dias! ;-)
Na sexta feira antes do final de semana passado (dia 17), depois de ter acabado de voltar de São Bento de Sapucaí, à noite o Osvaldo, Victor e eu pegamos estrada rumo a Andradas, MG. A viagem foi tranquila com apenas uma pausa para lanche e, por volta da meia-noite, estávamos no Abrigo Pântano nos preparando para dormir.
No dia seguinte acordamos sem muita pressa, tomamos café da manhã e subimos até a base da Pedra do Pântano onde nos equipamos e o Osvaldo começou guiando a 1ª enfiada da via Savamu (5º VIsup). Na sequência foi o Victor e, para evitar que a parada ficasse congestionada com nós 3, antes de eu entrar na parede o Osvaldo seguiu para a 2ª parada, de lá deu novamente seg para o Victor e ai sim entrei na parede, esticando direto até a parada onde me aguardavam.
Lá, sem perder muito tempo peguei o resto de equipo que eu precisaria e segui então pela 3ª (e linda!) enfiada da via (um diedro em móvel), dei segurança para o Osvaldo e na sequência subi para a 4ª parada, onde o Osvaldo chegou logo em seguida e de onde demos segurança para que o Victor emendasse as 3ª e 4ª enfiadas.
De lá o Victor seguiu sem parar e foi então até o final da via, na 6ª parada, onde logo subimos o Osvaldo e eu para depois fazermos os longos rapéis de volta ao chão.
Mesmo tendo demorado para escalarmos em 3, ainda havia tempo e muito dedo para queimar, entrei então na via Nini van Prehn 5ºVsup (essa graduação é da conquista da via, hoje em dia é um VIsup porque quebraram muitas agarras). Eu entrei achando que seria um passeio na parede, mas a via é exigente e dolorida, é bem vertical e toda em minúsculos regletes afiados. Da 1ª parada dei seg para o Osvaldo que se juntou a mim, seguiu até o final e de cima deu a seg para que eu também concluisse a via.
De volta ao chão o Victor entrou na Monstro do Pântano (6ºVI) e, depois de ter desistido na 3ª ou 4ª proteção entrei para escalá-la, tendo ido até a 1ª parada e descido. De lá trilha de volta para o abrigo, um merecido banho e depois jantar próximo da Praça da Cidade antes de voltar ao abrigo para capotar na cama.
No dia seguinte acordamos bem preguiçosos, tomamos café e novamente seguimos até a base da Pedra do Pântano. Lá enrolamos bastante e depois o Osvaldo entrou na Monstro do Pântano (6ºVI), emendando as 2 enfiadas como eu havia feito na 1ª vez que a escalei. Na sequência foi o Victor, indo até mais ou menos metade da 1ª enfiada e depois eu, indo até sua parada e dando seg para que o Victor se juntasse a mim na parada e me desse segurança para eu ir até o seu final.
De volta ao chão, por volta da hora do almoço, descemos para o abrigo, arrumamos as coisas e seguimos estrada de volta para São Paulo, onde chegamos no começo da noite.
Apesar da distância (quase 300km) e número de pedágios (mais de R$54 ida e volta) a região é interessante e possui vias bonitas que valem a pena serem escaladas, principalmente se a pessoa procura um "campo escola" para vias tradicionais protegidas em móvel. Com certeza voltarei!
E algumas das fotos (feitas por mim, Victor e Osvaldo) estão no link Escaladas em Andradas.
Enviado por Tacio Philip às 14:22:24 de 27/06/2011
Depois de um final de semana escalando na Pedra do Bau e Bauzinho com o Victor veio uma "semana" bem curta com apenas 2 dias e na 4ª feira cedo busquei a Aline e pegamos estrada mais uma vez rumo a São Bento do Sapucaí.
Chegamos no centro de São Bento na hora do almoço, paramos para almoçar e em seguida subimos para o estacionamento do Bauzinho onde, por volta das 13h, começamos a caminhada rumo a base da via Galba Athaide (5º Vsup), na face Norte da parede.
Na base nos equipamos e logo comecei a guiar a primeira enfiada a achando um pouco exposta em um lance, depois descobrindo que achei isso por ter pulado uma das suas proteções. Da parada fiz a segurança para a Aline que em seguida continuou guiando a 2ª enfiada.
Da 2ª parada segui passando pelo crux e logo dava segurança para a Aline que continuou guiando até o final da parede, me dando segurança das grades de proteção já quase no topo do Bauzinho. Já no final da via guardamos as coisas e fomos então caminhando até o topo para umas fotos e depois para a merecida descida para São Bento.
Na cidade comemos o esperado Açaí, compramos comida e fomos para o abrigo para um bom banho e depois preparar o jantar (depois de bater um papo, beber um chá quente e ver o Eclipse com o Eliseu). O jantar foi o de sempre macarrão com atum e milho (mas muito bom) junto com uma cerveja Xingu e em seguida fomos deitar.
No dia seguinte acordamos, tomamos nosso café da manhã, arrumamos todas as tralhas e seguimos de carro para o começo da trilha que leva até a Ana Chata. Pouco antes da hora do almoço começamos a subida e, depois de 40 minutos, estávamos na base nos equipando e eu começando a subir a 1ª enfiada da via Justiceiro (4º VIsup), via que eu havia feito apenas a 1ª enfiada há alguns meses com o Rodrigo. O crux dessa enfiada é bem na saída, em uma sequência com pouquíssimas e minúsculas agarras e abaulados antes de chegar na 1ª proteção, uma chapeleta antiga a uns 6 metros do chão.
Com o tempo a via foi melhorando até chegar em uma sequência de fendas protegidas em móvel, alcançando em seguida a 1ª parada, a uns 40 metros do chão. De lá fiz a segurança para a Aline e logo que ela chegou segui a 2ª enfiada em lances muito bonitos com fendas e lacas protegidas em móvel. Na parada mais uma vez esperei a Aline e de lá já via o real crux da via: um grande teto!
Me preparei psicologicamente e logo comecei a subida até a base do teto que felizmente possui boas proteções fixas (uma sequência de 3 chapeletas). Lá descansei e então entrei na sequência de lances atléticos em uma parede bem negativa com grandes agarras, um lance que pelo croqui é um VIsup mas que me lembrou muito os lances de teto das vias Rock n Roll e Pânico na Pedra da Divisa!
Depois de vencer o teto em um movimento de boulder segui por lances fáceis até umas fendas onde montei uma parada em móvel e esperei que a Aline se juntasse até mim. Nessa hora seguimos pela crista até a parada da via Lixeiros, onde nos encontramos com 2 pessoas que haviam subido pela Peter Pan e, em vez de subir ao cume, rapelamos para a trilha e seguimos de volta para a base da parede para escalarmos mais uma via.
Durante a descida fiquei de olho no horário e por volta das 15h30 comecei a guiar a primeira enfiada da via Elektra (4ºV), a via mais longa e que eu mais repeti na Ana Chata (e a mais bonita também). Da parada dei a segurança para a Aline que seguiu guiando emendando a 2ª e 3ª enfiadas, parando na base da parede mais vertical.
De lá segui para a 4ª parada (feita em uma árvore em local muito confortável e bonito) e logo que a Aline chegou segui pelo filé da via, a 5ª enfiada em móvel por uma sequência de arestas, emendando até a 6ª parada, sendo seguido logo pela Aline.
Da 6ª parada vimos o Sol de pôr no horizonte então sai pelo lance que considero o crux da via, um lance em um balcão sem agarras ou pequenos regletes arredondados que segue com sequência de ótimas agarras até a última parada, bem abaixo do cume da Ana Chata.
No cume guardamos os equipamentos, fizemos umas fotos, bebemos o restante da água, colocamos as headlamps e começamos a descida por trilha até o carro, onde chegamos por volta das 19h.
De volta à cidade paramos para jantar e mudamos então o plano inicial, que era de voltar no mesmo dia para São Paulo, mas resolvemos voltar ao abrigo e pegar estrada somente no dia seguinte, pela manhã. Depois da ótima janta no Sabor da Serra com Lasanha e morango com creme e sorvete de sobremesa voltamos para o abrigo para o merecido banho e noite de sono.
No dia seguinte, 6ª feira, acordamos cedo, levamos todas as tralhas para o carro e fomos então até uma padaria tomar o café da manhã. De lá uma pausa para colocar combustível, dar uma ducha no carro e depois estrada sem parar de volta a São Paulo.
Esse "final de semana" no meio da semana foi muito proveitoso. Mesmo repetindo a via Elektra (acho que pela 5ª ou 6ª vez) escalei duas vias inéditas, a Justiceiro e a Galba Athaide, ambas vias muito recomendadas! Também foi bom porque foi a primeira vez que a Aline escalou nessas paredes de São Bento.