Aproveitando o feriado prolongado de páscoa, na 4ª feira à noite a Paula e eu pegamos estrada rumo Visconde de Mauá. Depois de um pouco de trânsito (como esperado) por volta das 23h o carro já estava estacionado próximo ao Poço da Maromba e começávamos a subida pela trilha.
O começo da trilha foi bem tranquilo mas depois de pouco mais de 1h ela começou a fechar e algumas vezes saímos do caminho principal (devido à pouca frequência a essa trilha ela está se fechando - além disso há árvores caídas deixando o caminho mais confuso ainda). Com isso, em vez de ficarmos procurando o caminho ou varando mato achamos melhor ficar onde estávamos mesmo e continuar no dia seguinte. Então atravessamos o riacho próximo de nós e 10 m achamos uma área um pouco mais aberta onde pudemos abrir os isolantes e bivacar.
A noite foi bem fria (cerca de 8ºC e eu com um saco de dormir para 15ºC) mas tudo correu bem. No dia seguinte tomamos nosso café da manhã, arrumamos as coisas e reencontramos a trilha principal (que estava ao nosso lado a 10m de distância). De lá seguimos sem problema algum até a base do "Marombinha" onde desviamos da trilha para a crista. Seguimos até seu cume (onde abaixo vimos outro grupo seguindo o mesmo caminho) e depois de uma breve pausa seguimos caminho até o cume do Pico da Maromba (15º ponto mais alto do Brasil segundo o anuário estatístico do IBGE.
Pouco antes do cume e no próprio cume uma pausa para fotos (diversas panorâmicas espetaculares da região do Agulhas Negras) e um merecido lanche. Depois mais caminhada descendo pela crista oposta do Maromba até que atravessamos o riacho entre ele e o Pico Cabeça de Leoa onde reabastecemos nossa água e logo achamos um local mais protegido para a 2ª noite de bivac.
Preparamos nossa janta, vimos o outro grupo chegar até próximo da água, acampando do outro lado do riacho (5 barracas, 5 pessoas?!?!?!) e logo fomos dormir (por volta das 18h). Essa noite foi mais fria ainda, não recomendo ninguém bivacar com saco de dormir para 15ºC se for pegar uma noite estrelada com 4,7ºC!!!
No dia seguinte acordamos cedo e seguimos nosso rumo indo até o cume do Pico Cabeça de Leoa (23ª segundo o IBGE) atravessando toda sua extensão até a base oposta, de onde podíamos ver de "perto" o Gigante. O Leoa é uma montanha com 5 ou 6 cumes e vale a pena sua travessia como fizemos.
Na sua base procuramos a trilha que levasse ao Gigante e, depois de uma pausa para lanche, encontramos um caminho "menos pior" que nos levou até o topo de um vale com mata fechada. Lá não havia mais trilha e para atravessar tivemos que abrir caminho entre mato e bambus. Pouco tempo depois achamos alguns totens mas aparentemente levavam para lugar nenhum, sempre terminando em precipício ou mata muito fechada. Nessa hora achamos melhor esperar o outro grupo que vinha nessa direção, enquanto isso fui procurar - sem sucesso - água, e um longo tempo depois chegaram até nós o Carlos (Mamute) e Angelo. As outras 3 pessoas haviam desistido e estavam retornando.
Lá batemos um papo, olhamos o que nos esperava e como a Paula e eu tínhamos pouca água (4L os dois) achamos melhor desistir de seguir o caminho e retornar. O Carlos e o Angelo seguiram e depois soube que levaram mais dois dias para chegar até o Gigante.
A volta foi mais tranquila, voltamos pelo caminho que tínhamos aberto e, em vez de subir novamente para o cume do Leoa, preferimos contorná-lo e paramos para bivacar na sua base próximo a outro ponto de água, onde chegamos já no escuro. Lá jantamos e em seguida mais uma noite fria intercalando sono com muito frio.
No nosso 4º dia acordamos, fizemos nosso café da manhã e resolvemos subir um cume que ainda não tínhamos explorado, o cume secundário do Pico da Cara de Gorila, que apelidamos de Gorilinha por ser praticamente igual ao seu irmão mas com 40m a menos de altitude. Para chegar a ele seguimos por um tempo margeando o Leoa e depois atravessamos pelo vale até sua base, próximos à garganta entre os dois cumes. Lá deixamos as mochilas e em menos de 20 min estávamos no cume fazendo algumas fotos.
A descida foi rápida, pegamos as mochilas e seguimos então para o lado da Garganta, atravessamos os riachos e fizemos uma pausa mais longa em uma laje de pedra por onde corria o rio. De lá seguimos pela face Oeste do Gorila até que atingimos o seu cume (32ª se acordoc om o IBGE). Essa montanha é pouquíssimo visitada e nos registros de cume a última visita havia sido a nossa em Julho de 2010.
No cume mais fotos, deixamos um pote para tentar manter secos os registros de cume (estavam molhados e com o plástico corroido) e logo começamos a descida pela crista parando apenas no encontro dos riachos que descem do Maromba e do vale entre o Gorila e Leoa. Lá uma longa pausa para lanche, mais fotos, pegar água e em seguida a longa crista que nos levou de volta ao cume do Pico da Maromba.
No cume vimos nuvens pesadas e logo começou a chover. Colocamos os anoraks e sem perder muito tempo começamos a descer pela sua crista oposta (onde felizmente vimos a nuvem se dissipar e a chuva parar). Pouco antes de chegar na subida final do Marombinha descemos direto para a trilha da travessia e rapidamente estávamos ajeitando nossas coisas sob a pedra próxima da água (onde mais uma vez faríamos nosso bivac). Voltamos até a água, nos recarregamos e depois preparamos nosso jantar e fomos dormir (já preparado psicologicamente para a 4ª noite fria com meu "quente" saco de dormir para +15ºC - felizmente essa noite fez apenas 10,2ºC).
No nosso último dia de caminhada acordamos sem muita pressa, preparamos o café, arrumamos as coisas e seguimos o caminho de volta pelo mesmo caminho que havíamos subido. Andamos pouco mais de 1h até que chegamos à bifurcação da trilha que leva ao escorrega do Maromba (por onde havíamos subido) ou para o Vale das Cruzes, caminho que não conhecíamos e por onde subimos varando mato ano passado. Decidimos descer pelo Vale das Cruzes e na hora do almoço estávamos no final da trilha seguindo pela estrada à procura de uma carona.
Andamos poucos minutos e logo conseguimos uma carona que nos levou até a estrada principal. De lá mais 5 min de caminhada e em seguida outra carona que nos levou até Maringá, onde paramos para um pastel (caro pra caramba!). Como de lá seria mais complicado conseguir carona achamos uma pessoa que fazia transporte por lá e, por R$30, nos levou em um Jipe Toyota até onde o carro havia ficado estacionado durante esses 5 dias.
De volta ao carro uma breve pausa para lanche em uma cafeteria de um pessoal com quem havíamos conversado antes de subir e depois mais estrada, fazendo apenas uma pausa em um camping para ver se um amigo ainda estava por lá (Requeijo) e depois parando apenas na Dutra para um merecido jantar e para abastecer o carro.
O resto do caminho foi tranquilo, pegamos um pouco de trânsito na Dutra na altura de Pinda mas logo o trânsito andou quando seguimos pela Ayrton Senna e Rodoanel, deixando a Paula em sua casa e seguindo para um merecido banho depois de 5 dias no meio das "trilhas" do lado esquecido do Parque Nacional do Itatiaia.
Apesar de não conseguirmos seguir mais como esperávamos, o feriado foi bem aproveitado, fizemos uma "semi-travessia" entrando por uma trilha e saindo por outra e pudemos repetir alguns cumes e explorar outros que não conhecíamos. Agora é esperar uma outra oportunidade para explorar a região e ver o que vai dar. Mas esse ano provavelmente meu foco estará mais na escalada em rocha do que nas montanhas. Além de motivos pessoais outro que faz com que eu não esteja tão animado com as montanhas são as proibições sem sentido do icmbio, tenho um projeto pessoal que não posso concluir porque algumas das montanhas estão com acesso fechado (e se fossem próximas isso não atrapalharia, mas elas estão a alguns milhares de quilômetros de São Paulo).
As últimas semanas estive bem ocupado e sem tempo para ajustar fotos e colocar relatos por aqui, mas de uma forma resumida, nos dias 8 e 15 de Abril estive em Pedra Bela dando um curso sobre escalada em rocha para oficiais do Curso de Especialização de Oficiais - Bacharel em Educação Física, do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Nesse curso, além da parte prática onde todos puderam praticar escalada em rocha na Pedra do Santuário de Pedra Bela (foram montados vários top ropes), falei sobre os equipamentos utilizados na prática de escalada em rocha, suas modalidades e principalmente sobre ética e conduta esperada pelos escaladores. O curso foi bem aproveitado pelos alunos e espero que dos dois grupos eu tenha conseguido que algum se identifique com o esporte e se torne também um escalador (eu tenho bastante amizade com alguns militares, alguns deles parceiros de escalada, e acho que está faltando no meio mais pessoas assim).
No outro final de semana, dia 15, depois de me encontrar com o Rodrigo Poli seguimos estrada rumo a São Bento do Sapucaí onde encontramos com o Tchesco no abrigo do Eliseu. No Sábado o Rodrigo e eu subimos até a Ana Chata e comecei a escalar a via Justiceiro, indo até sua 1ª parada. O Rodrigo, meio enferrujado (precisa voltar a treinar hein!) acabou não conseguindo subir então desci e fomos então para uma via mais tranquila, a Elektra, maior via da Ana Chata e na minha opinião a mais bonita.
A escalada da Elektra foi bem mais tranquila (espero que sem muitos traumas para o Rodrigo) e no final da tarde estávamos no topo da Ana Chata admirando a paisagem. De lá seguimos pela trilha de volta ao carro, fomos comer o tão esperado Açaí na praça, um banho e a noite demos uma passada no aniversário do Eliseu Frechou onde ficamos algumas horas batendo papo, comendo pizza e degustando algumas cervejas.
No cume da Ana Chata depois de escalar a via Elektra
No dia seguinte, com a preguiça nos dominando acabamos não escalando e aproveitamos para voltar cedo para São Paulo e evitar trânsito. Logo depois do almoço deixei o Rodrigo em sua casa e de lá pude ir para a minha para um merecido descanso e horas de sono (a gripe estava ameaçando de me pegar).
Eu não tenho vergonha nenhuma de dizer que sou um péssimo desenhista e que, mesmo gostando de artes e sendo fotógrafo, eu não consigo sequer desenhar uma bola ou um quadrado, mas felizmente tenho amigos com muito talento.
Para os meus cursos mais recentes contratei o Alessandro (alessandro_sp@hotmail.com) site http://alessandroaugusto.carbonmade.com/, um amigo e parceiro de montanhas e pedaladas de Itu para fazer as ilustrações. Abaixo um exemplo da minha "grande" arte com a idéia inicial do que eu pensava para a ilustração do meu curso de escalada em rocha e depois o resultado final. Acho que ele conseguiu captar "razoavelmente bem" a idéia e melhorar "um pouquinho" o meu desenho (e detalhe para o fato de "eu estar" em todas ilustrações - e sempre me dando mal!).
As últimas semanas foram muito corridas. No Sábado dia 26/03, depois de uma semana de cursos de fotografia (Lightroom e curso básico), fui com a Paula no show do Iron Maiden no Estádio do Morumbi. Lá encontrei com o Leonardo (RJ) e com o Tales (PR), outros dois fanáticos pela banda, como eu, que conheci em 2009 (no show do Iron, só podia). O show, da turnê The Final Frontier, foi espetacular e trouxe além de 5 músicas do album mais recente alguns clássicos.
No dia seguinte, 27/03, logo cedo peguei um vôo para o Rio de Janeiro e à noite, depois de longas e longas horas viajando até o HSBC Arena (próximo do autódromo), me decepcionei com o cancelamento do show do Iron Maiden por lá. O motivo do cancelamento foi a grade de separação entre a pista e o palco que simplesmente não aguentou o empurra-empurra no começo do show, fazendo com que o mesmo fosse cancelado após a primeira música. Além disso toda a organização do show foi tosca.
Bruce Dickinson anunciando cancelamento de show do Iron Maiden no RJ
Saindo do HSBC Arena o Leonardo e eu voltamos para Laranjeiras (fiquei hospedado na sua casa) e depois de uma longa noite de sono, no dia seguinte passei pelo aeroporto (onde pude trocar a data do meu voo de volta para São Paulo) e no começo da tarde passamos novamente pelo martírio de "viajar" até onde fica o HSBC Arena (com direito a pausa para almoço no shopping Barra - que já é longe e é bem antes do HSBC!).
Leonardo e eu na fila para o show do Iron Maiden (2º dia)
Nesse 2º dia correu tudo bem, o show foi espetacular (como sempre) e nenhum imprevisto. Ao final do show voltamos para o apto do Leonardo e, no dia seguinte, pouco antes do almoço segui para o aeroporto (onde tentei em vão adiantar meu voo e como não consegui aproveitei o tempo livre para ir almoçar próximo do forum do Rio) e no final da tarde, por volta das 17h estava no carro indo para casa quando o Pedro me ligou falando que já tinha chegado na minha sala de aula.
Eu mal cheguei em casa, comi alguma coisa, separei as coisas e segui para a sala de aula. Nesse dia, às 19h, começaria meu novo curso de escalada. Mesmo com a correria tudo deu certo e no período da noite começamos a passar a parte teórica do curso para 10 dedicados alunos.
No dia seguinte, dia 30, consegui uma folga para respirar e colocar as coisas atrasadas em dia e, no dia seguinte, dia 31, mais uma aula teórica do curso de escalada.
No final de semana os cursos continuaram: no Sábado foi a aula prática do curso de escalada (realizado em Pedra Bela - SP) onde todos os alunos puderam colocar na prática os conceitos aprendidos em sala de aula e no dia seguinte, Domingo, mais uma turma do curso de manuseio de GPS Garmin, dado pelo Pedro e por mim em minha sala de aula em São Paulo - SP.
Para não perder o costume da correria, na 3ª feira pouco antes do almoço novamente embarquei em congonhas, agora destino Curitiba, onde me encontrei com o Tales no aeroporto e logo em seguida com o Leonardo no shopping estação. De lá, depois do almoço, seguimos para o Expotrade para mais um show do Iron Maiden, o último da turnê no Brasil.
A entrada do show foi meio desanimadora devido o tamanho da fila (e pelo fato da pista vip ser maior que a pista normal, uma sacanagem isso), mas logo que o show começou esquecemos de tudo isso e conseguimos assistir o show bem próximos da grade. Como sempre um ótimo show!
Na saída do show me despedi do Tales e Leonardo e peguei uma carona com o Pedro e a Camila para sua casa. Lá uma breve noite de sono e no dia seguinte de manhã o Pedro já me deixou no aeroporto para meu retorno à São Paulo. No aeroporto eu encontrava diversos outros fãs com camisetas do Iron Maiden e não deixava de pensar que a minha "maratona Iron Maiden" havia acabado, agora é esperar a próxima turnê pelo Brasil.
Maratona Iron Maiden - The Final Frontier Tour 2011 (Dance of Death)
De volta a São Paulo mais alguns poucos dias para colocar a casa em ordem até que, na sexta-feira de madrugada (6h), o Osvaldo me buscou em casa e seguimos para Pedra Bela onde ministrei uma aula de escalada em rocha para o "Curso de especialização de oficiais - bacharel em educação física" dos bombeiros e polícia militar.
Pouco depois do almoço, com o final da aula fizemos uma pausa para um merecido almoço em churrascaria de Bragança Paulista e no final da tarde estava em casa, morto, só pensando em deitar um pouco e recuperar as horas de sono perdidas.
E hoje, Sábado dia 10, mais curso. Hoje dei mais um curso de manuseio de calculadoras hp para alunos de engenharia e agora aproveitei um pouco do tempo livre para atualizar o blog.
E o ritmo ainda não diminuiu. Ainda esse mês darei mais uma aula para os oficiais dos bombeiros e polícia militar, curso de fotografia e no começo do mês de Maio curso de escalada, programação RPN para calculadoras hp, macrofotografia e Lightroom (veja aqui mais informações sobre todos os cursos - inscrições abertas!). E essa correria e agenda lotada tem um motivo: a chegada da temporada de montanhismo e escalada. Em breve tirarei algumas semanas (ou meses) de quase férias para poder aproveitar mais meu tempo nas montanhas e escaladas. E não vejo a hora disso!
Por enquanto vou me animando com o próximo feriado e planejando mais uma vez o ataque a duas montanhas pouco frequentadas. Vamos ver se essa vez elas saem! ;-)
Abertas as inscrições para novas turmas de cursos www.macrofotografia.com.br em São Paulo/SP:
(últimas turmas do semestre, próximas turmas apenas em outubro!)
Curso Conceitos Básicos de Fotografia
Este é um curso de fotografia que ensinará os conceitos básicos e fundamentais para um controle total do resultado obtido na fotografia. Nele abordarei sobre câmeras, lentes, uso de velocidade, abertura, ISO, fotometria, modos de operação da câmera (M, AV, T etc), uso básico do flash etc.
aula teórica - 5ª feira 28/04 das 19h30 às 22h30
aula prática - Sábado 30/04 das 9h30 às 15h30
aula teórica - 2ª feira 02/05 das 19h30 às 22h30
Carga horária total de 12h.
Mais infos sobre o curso em http://www.macrofotografia.com.br/blog/2011-02-21T12-03-36_Curso_Conceitos_Basicos_de_Fotografia_-_Fotografia_basica.php
Curso Completo de Macrofotografia e Close-up
aula teórica - 4ª feira 04/05 das 19h30 às 22h30
aula prática - Sábado 07/05 das 9h30 às 15h30
aula teórica - 2ª feira 09/05 das 19h30 às 22h30
Este é um curso para quem já começou a fotografar e quem conhecer mais sobre o mundo da macrofotografia e close-up. São mostrados os acessórios existentes para esse tipo de foto assim como as técnicas para facilitar a fotografia.
Carga horária total de 12h.
Mais infos sobre o curso: http://www.macrofotografia.com.br/blog/2011-02-24T14-49-00_Curso_Macrofotografia_e_Close-up_-_curso_de_fotografia_completo_em_Sao_Paulo.php
Curso Adobe Photoshop Lightroom 3 - intensivo no final de semana
Curso voltado à todo fotógrafo digital que queira ajustar suas imagens usando o software Adobe Lightroom 3. Ensinado desde os conceitos básicos (para quem realmente está começando) até quem já conhece o programa e quer se aprofundar.
aulas teórico/práticas - Sábado e Domingo (07 e 08/05) das 9h00 às 18h00
Carga horária total de 16h. Curso com certificado.
Mais infos sobre o curso: http://www.macrofotografia.com.br/blog/2011-02-11T18-29-50_CURSO-_ADOBE_PHOTOSHOP_LIGHTROOM_3.php
As aulas teóricas serão na sala de aula macrofotografia.com.br na Av. do Cursino e as práticas (quando aplicável) no Jd. Botânico (atual Parque Fontes do Ipiranga).
Na última sexta-feira, dia 18, depois do Rafa se encontrar comigo em casa pegamos estrada e seguimos para São Bento do Sapucaí. No caminho uma pausa no Voo Livre para almoço em Sto Antônio do Pinhal e no começo da tarde estávamos estacionando o carro próximo ao Bauzinho e começando a trilha até o colo entre ele e o Bau.
Essa hora o clima ainda estava bom e haviamos decidido entrar na via Meia Lua, um 6º grau todo em móvel que emenda na normal do bauzinho.
Na base da via, que fica à esquerda da Tudo Bem que eu havia escalado com o Patrick há algumas semanas, nos equipamos e logo comecei a subí-la. O começo foi tenso, como sempre é minha 1ª enfiada do dia, mas aos poucos me encaixei na via, subi seu diedro aberto e comecei a travessia para a esquerda até chegar no ponto que ela continua vertical para cima, bem ao lado da trilha. Nesse ponto, depois de umas tentativas adrenadas de continuar sai para a trilha, montei uma parada em móvel e dei segurança para que o Rafa também a escalasse.
O Rafa veio na sequência e depois de deixar a adrenalina baixar resolvi tentar mais uma vez o lance onde eu havia parado (principalmente porque agora eu poderia proteger o lance melhor já que a peça que eu precisava havia sido usada anteriormente). Dessa vez com o psicológico melhor me encaixei tranquilamente no movimento e segui em uma sequência mais tranquila que o começo até o final, onde ela se une a penúltima parada da normal do bauzinho.
Na parada montei sege quando o Rafa começou a subir a chuva desceu. Sem termos muito o que fazer já que não era apenas uma garôa o desci, fiz rapel até a base, guardamos as coisas e embaixo de chuva voltamos pela trilha até o carro. De lá alguns minutos de estrada e finalmente o merecido Açaí.
Mesmo desanimados com a chuva passamos no abrigo do Eliseu para tirar as roupas molhadas e depois fomos falar com ele, que nos disse que no dia seguinte o tempo estaria melhor e recomendou que ficássemos. Mais animados fomos então ao centro comprar nosso jantar, voltamos para o abrigo, cozinhamos o macarrão e junto do Luiz (que eu havia conhecido no abrigo em outra ocasião) jantamos e em seguida fomos dormir.
O dia seguinte, Sábado, amanheceu nublado e garoando mas aos poucos melhorou. Como o Rafa não conhecia (e como seria certeza de parede seca) fomos então escalar na Falésia dos Olhos. Chegamos lá cedo com o local totalmente vazio, nos equipamos e fomos escalar a via Quabradeira (6ºsup) (onde tanto eu quanto o Rafa a encadenamos na 2ª entrada). Aos poucos foi chegando mais gente, inclusive uma galera da 90 graus.
Depois dos braços voltarem ao normal aproveitamos também que haviam equipado a via Sonho de Ícaro (7b), uma linda via que eu havia entrado (sem encadenar) na outra única vez que eu havia estado na Falésia dos Olhos. Dessa vez, melhor treinado e com muitas dicas do Bizu e Marcão a encadenei sem nenhum problema. Fato que foi feito também pelo Rafa pouco tempo depois (e sendo o primeiro 7b dele).
De volta ao chão mais enrolação, mais descanso, lanche, descanso e com o final da tarde chegando recuperamos as costuras do Rafa (que estavam sendo usadas em outras vias), entrei novamente na quebradeira para desequipá-la e em seguida seguimos estrada de volta para São Bento.
No abrigo jantamos o restante do macarrão do dia anterior, guardamos as tralhas e pegamos estrada para São Paulo, onde chegamos no final da noite.
Mesmo com a chuva no Bauzinho a viagem rendeu: fiz uma via esportiva em móvel que eu nunca havia escalado no Bauzinho e também retornei à Falésia dos Olhos onde encadenei as vias Quabradeira e Sonho de Ícaro. E com a chegada do Outono o clima só tende a melhorar, que venha a temporada!
Esse texto faz parte de uma série de testes de produtos a pedido do Kiko (Marcus Araújo) da Proativa, distribuidora no Rio de Janeiro de diversas marcas relacionadas ao montanhismo, escalada e atividades ao ar livre como Deuter, Sea to Summits, Primus, Suum entre outros.
Para esse teste, colocarei meus comentários gerais sobre os alimentos Liofoods que experimentei e não apenas à amostra recebida, que infelizmente não pode ser muito bem analisada por não vir com informações sobre preparo além de ter uma quantidade minúscula do alimento.
Até hoje eu experimentei alguns dos "pratos" de alimentos liofilizados como macarrões, kits de comida, kit de emergência, alguns complementos para mistura e a qualidade de todos os produtos é boa, o sabor agradável (alimentos liofilizados não perdem sabor) e "teoricamente fáceis de preparar", precisando apenas que seja adicionado água quente ou fria ao produto e aguardar até sua reidratação.
Entretanto, escrevi "teoricamente fáceis de preparar" pois na prática, principalmente quando você quer preparar sua refeição em um ambiente externo, não é tão simples assim. Para pratos simples, como um macarrão, o preparo é super simples: basta despejar o conteúdo do pacote em uma panela/prato (ou usar a própria embalagem), adicionar a quantidade de água recomendada (às vezes um pouco mais), tampar, aguardar o tempo indicado (normalmente tem que aguardar mais) e pronto, sua refeição está pronta.
O problema ocorre quando são refeições mais complexas, como por exemplo um prato com arroz, feijão, farofa, carne e batata. A não ser que você queira preparar uma refeição no formato de ração, misturando tudo em um mesmo recipiente, colocando água e pronto, você precisará de muitos frascos, um para cada item. Eu cheguei a preparar alguns alimentos como este mas com certeza nunca mais os levarei para viagens onde não tenho uma mesa e muitos frascos para preparo (normalmente tenho no máximo 2 panelas e pratos). E, ao meu ver, se é para comer uma ração com tudo misturado apenas para dar energia e matar a fome (muitas vezes a opção mais rápida e leve) você não precisa se preocupar tanto com um conteúdo mais elaborado de ingredientes e sabor (até porque ao misturar tudo você sentirá o sabor de tudo e de nada ao mesmo tempo).
Outro ponto negativo é o preço. Uma refeição para uma pessoa sai por pelo menos R$ 10,00 (varia de acordo com o cardápio, normalmente para mais), o que é bem elevado se comparado a qualquer outro tipo de alimento utilizado em ambiente outdoor. Tudo bem que o preparo desse tipo de alimento pelo fabricante não é simples e dispendioso, mas se você tiver acesso aos preços do fabricante (o que normalmente quem usa esse alimento tem), perceberá que o valor cobrado nas lojas de artigos outdoor tem no mínimo 100% de lucro.
Considerando que o fabricante já teve seu lucro operacional e custos adicionados ao preço, o lojista vender o produto com mais 100% de lucro torna o valor do item proibitivo. Eu não pagaria R$ 35,00 por um kit de refeição para 2 pessoas.
Ai inclusive fica uma dica para a Liofoods: se vocês passarem a vender seu produto pelo site no preço "normal" de atacado provavelmente vocês venderão mais do que é vendido para os lojistas que ficam com os itens encalhados nas prateleiras.
Mas tirando a questão preço e a dificuldade de preparo de alimentos mais elaborados a qualidade é muito boa, são leves, compactos e práticos. O que faço hoje em dia é não usar mais refeições completas nas minhas viagens mas levar apenas algum complemento. O feijão, carne moída e frango desfiado eu realmente recomendo!
Em breve mais testes!
Enviado por Tacio Philip às 14:43:59 de 17/03/2011
No Sábado antes do feriado do carnaval, dia 5, saímos de São Paulo a Paulinha, Parofes, Victor e eu rumo ao desconhecido.
Nossa idéia inicial era fazer um reconhecimento e quem sabe um ataque a um cume pouco explorado e visitado da Mantiqueira. Quanto ao nome da montanha, vou parafrasear o que um amigo meu, o Dom, diria: "o nome começa com T: T-RESSA!!!". Então, depois de longas horas de estrada (com direito a um congestionamento enorme na saída da Carvalho Pinto para a Dutra) chegamos no final de uma estrada de terra que eu havia mapeado usando carta topográfica e Google Earth e começamos a caçar caminhos e informações.
Como está acontecendo em muitos lugares, esse é mais um local fechado pelo icmbio sem justificativas e a base de ameaças aos proprietários (nos informaram que foi fechado e que o icmbio ameaçou tomar as terras se alguém entrasse por aquelas trilhas - mas o engraçado é que nelas se encontra atividade de exploração bem recente com pedras quebradas para uso em pavimentação de ruas). Mas isso não importa, andamos um pouco pelo local e logo depois conhecemos um casal que estava passando o carnaval na região, um caseiro que vive há 25 anos no local e depois de muitas horas de bate papo e muita chuva nos deixaram dormir na área de sua casa. O Parofes e o Victor bivacaram na varanda da casa enquanto a Paula e eu dormimos no porta-malas do carro.
No dia seguinte acordamos cedo, fizemos nosso café da manhã e, mesmo embaixo de forte garôa, saímos para explorar um pouco a região. Descobrimos o caminho para acessar a trilha e então fomos nós 4 mais o André (da casa onde ficamos) fazer uma caminhada e explorar o local. Acabamos andando em uma trilha pouco aberta e depois um pouco de vara-mato até voltarmos para a trilha que havíamos explorado no dia anterior. Como o clima não melhorava (e nem ameaçava mostrar melhoria) desistimos de fazer busca pelo caminho e então retornamos para a casa, arrumamos nossas coisas, nos despedimos do André e sua esposa e filhas e seguimos estrada, agora rumo ao conhecido.
O projeto da montanha "T" (de T-ressa) está aguardando novos dias, ele não foi abandonado mas a próxima investida será provavelmente por outro caminho, um que já conhecemos parcialmente, então aguarde.
Saindo de lá seguimos pela estrada e algum tempo depois, depois de um milho verde na Garganta do Registro estávamos em Itamonte e seguindo rumo Alagoa para subirmos o Pico do Garrafão, 29ª montanha mais alta do Brasil de acordo com o anuário estatístico do IBGE (veja nesse link informações sobre a subida dessa montanha pela Paula e eu no ano passado).
O começo da estrada foi tranquilo, seguindo por asfalto, depois por calçamento com blocos de cimento, depois terra batida boa até que foi piorando e cada vez mais os trechos com lama iam aumentando e ficando mais frequentes (nessas horas senti falta de estar com o Defender, mas no momento estou o vendendo, caso tenha interesse dê uma olhada no link www.defender110.com.br). Aos poucos fomos seguindo e olhando enormes desmoronamentos na serra (realmente enormes, só não foram divulgados por felizmente não serem regiões com habitações como aconteceu na região serrana do RJ) e chegamos então ao primeiro ponto (e mais tenso) da estrada: um atoleiro com uns 20 m de comprimento.
Parei o carro, descemos, olhamos, pensamos o melhor caminho e com o carro mais leve (Victor e Parofes atravessaram a pé) atravessei o atoleiro com o carro. Mas isso era apenas o começo da preocupação: passamos, e agora teríamos que também voltar!
Atravessando atoleiro com a Palio Weekend
Depois desse trecho a estrada voltou a ficar boa e pouco tempo depois estavamos estacionando o carro próximo da casa do Sr. Odir e começando a caminhada (embaixo de chuva) para o Garrafão (ou Pico Sto Agostinho). A subida, apesar de um pouco mais longa que na outra vez já que deixei o carro mais distante, foi tranquila e em 1h30 estávamos no cume da montanha fazendo uma breve pausa de 5 min para foto antes de pegarmos o rumo de volta.
A descida, agora embaixo de chuva mais forte, foi bem rápida e na nossa cabeça a maior preocupação era o atoleiro na volta. Se na ida já foi ruim, imagina na volta, com mais chuva! Sem perder muito tempo descemos e em 1h10 estava perguntando ao Sr. Odir se havia algum caminho alternativo para ir embora e ele dizendo que o melhor era o que viemos.
De volta ao carro não perdemos tempo e seguimos pela estrada de terra até chegar, mais uma vez, em frente ao trecho com lama. Lá mais uma parada, todos descemos do carro, olhamos o lugar e enquanto atravessavam a pé (e o Parofes filmava, veja abaixo o vídeo editado que ele fez) atravessei novamente o trecho sem perder muito tempo e com algumas boas derrapadas. Nessa hora todos estavamos surpresos com o carro (uma Palio Weekend Trekking 1.4), ela realmente se comportou muito bem!
Thundertank na mantiqueira!
Seguimos pela estrada, mais a frente outro trecho preocupante que passamos sem problema e logo chegamos ao trecho de terra batida e estável (ao lado de diversos desmoronamentos - inclusive o pessoal da região ficou "ilhado" por algumas semanas até que as estradas fossem reconstruídas). Em alguns trechos paramos para algumas fotos, vídeos e pouco tempo depois estávamos de volta em Itamonte nos hospedando no "clássico" hotel Leoni (em cima da loja de óleo do posto de combustível) :-)
Desmoronamentos na região de Alagoa - MG
Um merecido banho e em seguida um merecido jantar e fomos então andar pela cidade indo até a praça em frente à igreja onde havia tido algo de carnaval (felizmente tinha acabado e só tinha sobrado a sujeira pelo chão, mas sem barulho). Lá um churros, depois uma outra caminhada, depois de volta um sorvete e voltamos então para o hotel para a merecida noite de sono.
No dia seguinte acordamos sem pressa, fizemos nosso café da manhã no quarto, arrumamos as coisas e pegamos estrada de volta à São Paulo para evitar o trânsito do carnaval. O retorno foi tranquilo com direito a algumas pausas (inclusive na Decathlon de São José) e chegando em São Paulo um lanche no Subway do Center Norte, deixei cada um em sua casa e pude voltar para descansar e tirar as coisas molhadas da mochila.
Apesar de não termos êxito na exploração da montanha "T" o carnaval foi proveitoso. Concluímos que o caminho antigo (essa montanha era subida mais frequentemente há alguns anos) está inviável e voltaremos por outro caminho. Aproveitamos também para subir o Garrafão (inédito para o Victor e Parofes) e demos muitas, mas muitas risadas durante a viagem toda! Também aproveitei para testar melhor alguns itens fornecidos pela Proativa e logo publicarei minhas observações por aqui.
Eu nem fotografei nesses dias, as fotos aqui publicadas são da Paula ou do Parofes, mas se quiser ver como é o Pico do Garrafão sem chuva dê uma olhada no link de imagens Pico do Garrafão.
Enviado por Tacio Philip às 17:34:32 de 15/03/2011