Após quase 20 anos de experiência em montanhismo e escalada, tendo já subido uma centena de montanhas e outras centenas de vias de escalada, senti-me qualificado para poder oferecer, como presente de aniversário para a Lorena, os meus serviços de guia de montanha nas longínquas e isoladas montanhas rochosas em Monte Verde, o qual é um dos primeiros complexos rochosos de altitude ao Sul da grande Serra da Mantiqueira.
Sendo assim, após o nosso café da manhã reforçado, na manhã daquele Sábado quente e ensolarado, dia 4 de fevereiro de 2017, separamos nossa alimentação para a caminhada, nossos anoraks para proteção das possíveis intempéries climáticas, headlamp para emergência e garrafas de água para hidratação, colocamos tudo na mochila, a mochila dentro do carro, nós também nos colocamos dentro do carro e seguimos estrada, desde Bragança Paulista, no estado de São Paulo, seguindo pela tão famosa e perigosa BR-381, a "Fernão Dias", até o estado de Minas Gerais, destino: Monte Verde.
Apesar de longos 80 km de estrada a viagem correu bem. No caminho atravessamos a divisa de estado SP-MG sem nenhuma ocorrência grave e, depois de atravessar próximos ao centro da cidade de Camanducaia, nosso último ponto em uma grande cidade, seguimos os outros quilômetros que nos levaram serra acima até o pequeno povoado de Monte Verde, que consiste basicamente em apenas uma rua com comércio e já localizado a mais de 1500 m de altitude no sopé daquela porção Sul da Serra da Mantiqueira.
Em Monte Verde, como não precisávamos adquirir nenhum suprimento, seguimos direto por uma de suas esburacadas estradas de terra, sempre seguindo serra acima, até o ponto onde tivemos que abandonar o carro, colocar a mochila nas costas e iniciar a caminhada, isso já próximo das 9h30 da manhã.
Iniciamos a caminhada com um clima agradável, o Sol não nos agredia com sua força de verão devido às árvores que fechavam a trilha sobre nossas cabeças assim como algumas nuvens, que ora sim, ora não, encobertavam sua força e diminuía ser calor sobre nós. Logo no início cruzamos por outras pessoas em sentido contrário que, provavelmente, desciam por não querer se arriscar a subir as montanhas com aquelas condições, mas nós analisamos todos prós e contras e decidimos prosseguir.
Algum tempo se passou, a cada minuto ganhávamos mais altitude e logo chegamos ao famoso "platô", local até onde a maioria dos expedicionários costuma ir, mas nós queríamos mais. Olhamos o relógio no GPS e, como ainda havia tempo, seguimos então pela crista da Serra em direção Norte, visando alcançar o maior número de montanhas possíveis nesta expedição, e assim o fizemos. Foi nessa hora que, logo que saímos do platô e adentramos à trilha na mata fechada, passamos por três e, logo mais adiante, mais um cavalo selvagem que provavelmente habitam aquela mata à beira dos cumes rochosos.
Durante nossa ida, aproveitando o clima ainda favorável, passamos ao lado do cume conhecido localmente por "Chapéu de Bispo", devido sua formação rochosa singular e vertical, e seguimos então até o "final" dessa trilha que atravessa a crista da serra, saindo em um outro ponto, de mais fácil acesso por veículos, onde havia mais exploradores desbravando suas trilhas.
De lá, por uma trilha mais movimentada e dotada de algumas construções, como algumas escadas precárias mas funcionais de madeira para facilitar em alguns trechos expostos de escalada, fomos seguindo até a bifurcação que leva à já próxima "Pedra Redonda", que possui esse nome devido seu formato, em uma das faces, que lembra um sólido geométrico ovóide e, mais adiante, em um acesso menos frequentado, a trilha que levaria até a "Pedra Partida", mais distante, e que ganhou este curioso nome devido, ao ser vista do povoado de Monte Verde, apresentar uma grande rachadura que a divide em mais de uma rocha.
Com o tempo passando e já sozinhos na trilha fomos seguindo, sendo depois de algum tempo acompanhados por um cachorro, talvez fosse uma mistura de espécies de lobos selvagens, até que chegamos, após quase infindáveis 2 horas de caminhada, ao pequeno cume rochoso da famosa "Pedra Partida", a 2039 m de altitude sobre o nível do mar.
Sentindo o cansaço após esse longo percurso e, sabendo que havia uma longa volta a nos esperar, fizemos uma boa pausa para lanche, descansamos uns minutos, para o lado Norte da Serra víamos a "Pedra da Onça", local que ficou em nossa lista para uma futura expedição exploratória, para o Leste o vale, a 1500 m abaixo de nós, onde estão as cidades de Taubaté e São José dos Campos e, ao Sul, a crista por onde havíamos vindo, passando pelo Platô, Chapéu de Bispo, Redonda, com, bem ao fundo, a Pedra Selada, ponto mais alto deste trecho de serra.
Vendo uma tempestade se aproximar pelo Sudoeste acabamos de nos alimentar, fiz umas últimas fotos e então seguimos nosso caminho, pela mesma trilha que havíamos percorrido para até lá chegar. Chegando, mais uma vez, à bifurcação da Pedra Redonda, decidimos também escalar até seu cume, a 1943 m de altitude, onde encontramos outros exploradores mas onde não ficamos por muito tempo já que, ao fundo, para o Sul, de onde havíamos vindo e para onde devíamos voltar, as nuvens de tempestade se mostravam cada vez mais perigosas e próximas, nesse momento víamos que provavelmente seria difícil escapar da tempestade.
Sem perder tempo fomos seguindo nosso caminho de volta, passamos novamente pelo ponto onde víamos diversos veículos 4x4, de empresas locais, que provavelmente haviam levado exploradores até aquele ponto (quem sabe alguns dos que encontramos no cume da Pedra Redonda - espero que tenham percebido a tempestade se aproximando) e seguimos novamente mata adentro, pela trilha, que nos levou até a base da Pedra Chapéu de Bispo.
Lá, próximos à base, encontramos um casal que chegou a nos perguntar para onde seguia aquela trilha mas, como provavelmente não estavam preparados, não seguiram adiante e logo voltaram pela trilha mais curta até o ponto onde é possível um resgate por alguma empresa do povoado.
Neste momento a Lorena e eu começávamos a sentir algumas gotas de chuva caindo sobre nós mas, como ainda estava fraca, demos então a volta na Pedra e logo começamos o seu trecho de escalada final, subindo por algumas íngremes faces de granito rochoso, em alguns trechos facilitado por alguns vergalhões de aço chumbados na rocha, até que atingimos o seu cume, com a chuva começando a aumentar de intensidade, o que aumentaria, em muito, o perigo que corríamos para desescalar aquele exposto trecho rochoso final.
No cume não ficamos nem 30 segundos. Chegamos, marquei o ponto no GPS, observando os 1953 m de altitude que o aparelho indicava e começamos a descer, com muita cautela pelo fato da rocha ficar mais molhada e, com isso, mais escorregadia, a cada gota de chuva que descia das nuvens até ela.
Felizmente não houve nenhum imprevisto durante aquela estressante descida e logo estávamos novamente, em "terra firme", podendo seguir por trilha, sentido Sul, para o ponto de onde havíamos vindo. Foi neste momento que fizemos ainda mais uma pausa, mas sem perder muito tempo, para vestir nossos anoraks e tentarmos nos proteger da chuva que aumentava a cada segundo, começando a nos deixar molhados com toda aquela água vinda do céu que, além de nos molhar diretamente, nos molhava também quando encostávamos na molhada vegetação da mata que nos cercava.
Fomos seguindo a trilha, logo chegamos ao Platô, a cerca de 1930 m de altitude e, ao fundo, víamos a Pedra Selada, ponto mais alto daquele trecho de serra e que era uma das nossas metas do dia. Digo era porque, com a chuva sobre nós ameaçando se tornar uma tempestade, o prudente foi abandonar o projeto inicial e partir em retirada para um local mais seguro, sem nos arriscarmos indo até mais um outro cume, que felizmente pode nos esperar para uma próxima investida.
Sentindo aquele nó na gargante a aperto no coração por ter que abandonar uma tão planejada expedição sem completa-la, mas com a consciência que era o mais sensato a fazer visto as condições climáticas instáveis da região que só se mostravam piorar, iniciamos então o caminho de descida que, após algum tempo, nos levou de volta, já às 14 h, ao ponto onde havíamos abandonado o carro. Molhados, mas agora sim, seguros.
De volta ao carro, mesmo com a estrada de terra agora molhada, não tivemos problemas para descer até o povoado de Monte Verde, demos uma volta exploratória de carro para um trecho que eu ainda não conhecia, voltamos ao centro, estacionamos e fomos então, meio que em vão, procurar alguma opção acessível para nos alimentar. A essa hora, tendo apenas nos alimentado com nossas provisões de caminhada (e tendo elas acabado), devido ao desgaste físico da expedição o nosso corpo já pedia descanso e comida.
No povoado passamos por algumas lojinhas e paramos para nos aquecer, em um pequenos bar, com 2 capuccinos quentes (mas não tinham nada de alimento, a vendedora disse que teria que fechar cedo neste dia e por isso tudo tinha acabado). De lá, tendo enganado um pouco a fome voltamos a caminhar, pensamos em parar em uma pastelaria mas, ao ver o cardápio e constatar que um simples pastel de carne custava R$16,00, desistimos e seguimos nosso caminho (provavelmente esse local nem atendesse em língua portuguesa, aparenta mais um desses restaurantes de acesso fechado e super restrito voltado apenas aos "gringos" que vão até o povoado devido à fama de suas montanhas ao redor).
Voltamos a andar pela praticamente única rua de comércio do vilarejo, fomos muito bem atendidos em algumas outras vendas regionais, experimentamos alguns queijos, doces, a Lorena não perdeu a oportunidade de provar algumas pingas locais e eu de comprar em uma daquelas vendas, para ajudar a fomentar o comércio daquele povoado, uma de suas cervejas artesanais feitas na cidade, a qual ainda nem tive a oportunidade de provar. Mas de uma maneira dei minha colaboração, levando comigo algo daquele povoado e que os ajudará a enfrentar as adversidades de viver naquele tão inóspito local.
Nesse mesmo momento a tempestade que havíamos visto longe de nós realmente chegou, fazendo com que tivéssemos que ficar mais algum tempo provando especiarias locais em uma das vendinhas mas, vendo que a chuva não daria trégua tão cedo, nos pusemos novamente a andar e seguimos, tentando às vezes nos proteger sob algum toldo, até chegar de volta ao carro, cansados, molhados e felizes por termos comemorado o pré aniversário da Lorena com uma trilha em montanha.
De lá foi seguir novamente de carro serra abaixo até a cidade de Camanducaia, de volta à civilização e, de lá, pela BR-381, de volta até Bragança Paulista, onde chegamos ao final da tarde, para o merecido banho, alimentação e descanso depois dessa longa expedição aos picos isolados do povoado de Monte Verde.
E algumas das fotos (só fiz enquanto a tempestade não nos atingia) estão disponíveis em Montanhas de Monte Verde.
Obs: este texto é uma "novela" de uma viagem super tranquila para subir umas montanhas ao lado do bairro turístico de Monte Verde (sim, Monte Verde é um bairro de Camanducaia) inspirada em relatos de "expedições" e "trilhas difíceis" encontradas pela internet a fora. Se você conhece essas trilhas de Monte Verde você perceberá a ironia, se não, conheça, são caminhadinhas de poucas horas gostosas, tranquilas e bem bonitas ;-)
Enviado por Tacio Philip às 17:01:41 de 15/02/2017
Faz um "tempinho" que não atualizo o blog com notícias mas isso tem uma justificativa: tenho me dedicado basicamente à casa em Bragança Paulista, a pedalar (isso bastante, praticamente 2x por semana tendo até pedalado de Capivari até São Paulo uma vez - 144 km), namoro, a rotina "normal" de cursos presenciais e virtuais e, mais que tudo: não tenho tido saco para dar satisfação do que ando fazendo ;-)
Entretanto, na semana passada, fugindo um pouco da "rotina", na 3ª feira de feriado, dia 15, seguindo no contra fluxo das "pessoas normais" pegamos estrada rumo Sul, descendo para o litoral, dando uma passada em Itanhaém para ver se a antiga casa dos meus pais ainda existia, almoçamos em Peruíbe e seguimos então para Curitiba, onde pretendíamos chegar no dia seguinte mas, como não achamos nada com preço justo para nos hospedarmos no caminho, acabamos parando então em um hotelzinho em frente à rodoviária para o merecido jantar no Shopping Estação e depois a merecida noite de sono.
No dia seguinte acordamos, demos uma andada pelo Mercado Municipal, Rofo-ferroviária (ou é Ferro-rodoviária?) e quando deixamos o hotel pensando em deixar o carro no centro e passar o dia por lá, a chuva chegou. Sem querer tomar banho aquela hora voltamos então para o Shopping Estação (pelo menos é coberto) onde almoçamos, passamos no museu ferroviário e, felizmente, logo a chuva passou deixando que escapássemos de lá.
Voltando aos planos anteriores fomos então para a região central, estacionamos o carro e fomos então andar, passeando por museus, galerias, lojas até o final da tarde, quando pegamos o carro e seguimos ainda para o Parque Barigui onde aproveitamos para andar mais um pouco e eu fazer umas fotos para vender em banco de imagens.
Com o final da tarde chegando seguimos então para a casa da Regina, prima da Lorena, que nos hospedaria em seu apartamento nos 2 dias seguintes. Lá chegando muita conversa, uma saída pra pizza e depois mais conversa, banho e uma boa noite de sono.
No dia seguinte, dia 17, acordamos, tomamos café, almoçamos e logo a Lorena e eu nos arrumamos para o objetivo principal dessa viagem: assistir ao show do Guns N Roses, turnê Not in this lifetime latin america, em Curitiba, na Pedreira Paulo Leminski, local que há muuuito tempo eu queria assistir um show.
Devidamente arrumados e com lanche e roupas para frio na mochila, perto das 14h saímos e seguimos então para a Pedreira, estacionando o carro em uma rua há uns 5 quarteirões de distância (não tem estacionamento oficial e o pessoal estava cobrando R$ 50,00 para estacionar pelas casas mais próximas). De lá entramos na fila e rapidamente estávamos na pista comprando uma cerveja (com copo personalizado) e indo sentar na parte de trás da pista, na sombra, enquanto esperávamos o tempo passar (e de olho no céu que prometia chuva).
O tempo foi passando, a chuva não veio e, perto das 19h, com o Sol se pondo, nos levantamos e resolvemos ir mais para a frente na pista, onde poderíamos ver melhor o show, que estava programado para daqui a 1 hora.
O tempo foi passando, o público na pedreira parecia estar dormindo (pessoal que não agita nada!), começou o show da Plebe Rude e, com o chegar da noite, quase às 20h, a hora prevista para o início do show do GNR, a ansiedade aumentava. Foi perto dessa hora que, conversando com um pessoal que estava na nossa frente, quando um comentou sobre a "oportunidade única" de ver Axl, Slash e Duff juntos no palco, eu disse que eu já tinha visto isso, e ainda com o Matt e Izzy, em 1992 no Anhembi. Nessa hora até me senti importante vendo a cara de surpresa do pessoal (somada a cara de chapado de alguns deles) :-)
Mais uns minutos passaram e, finalmente, começou um PUTA DE UM SHOW! Diferente dos shows do GNR que vi também em 2001, 2010 e 2014, o Axl estava super animado e afinado. A banda então, nem precisa comentários, e foram quase 3 horas de show com músicas que eu nunca imaginava assistir ao vivo (ponto alto para Coma). O setlist foi:
- Its So Easy
- Mr. Brownstone
- Chinese Democracy
- Welcome to the Jungle
- Double Talkin Jive
- Better
- Estranged
- Live and Let Die
- Rocket Queen
- You Could Be Mine
- New Rose (with "You Cant Put Your Arms?")
- This I Love
- Used to Love Her
- Civil War
- Coma
- Speak Softly Love (Love Theme From The Godfather)
- Sweet Child O Mine
- Out Ta Get Me
- Wish You Were Here (Pink Floyd cover) (Slash & Richard Fortus guitar duet)
- November Rain ("Layla" piano exit intro)
- Yesterdays (preluded by Happy Birthday to Richard Fortus)
- Knockin on Heavens Door
- Nightrain
Encore:
- Patience (with "Angie" by The Rolling Stones intro)
- The Seeker
- Paradise City
(fonte: setlist.com.)
Com o final do show, sem termos nos molhado com a prevista November Rain, seguimos então de volta pro carro, conseguimos fugir do trânsito e logo estávamos novamente na casa da Regina para o merecido jantar, banho e cama.
No dia seguinte acordamos mais tarde, comemos e ficamos então batendo papo até logo em seguida almoçar, repondo as energias queimadas no dia anterior. Com muitos km ainda a rodar nos despedimos da Regina e então seguimos nosso caminho, saindo logo para procurar um capuccino para dar uma acordada. Foi nessa hora que o 2º ponto alto da viagem aconteceu: ao ver uma loja com uma pintura de xícara na parede paramos esperando que fosse uma padaria, mas não era, era apenas uma loja de chás e afins. Entretanto, bem ao lado da loja, tinha uma agencia de autos e, bem no meio dela, uma Ferrari amarela estacionada.
Entramos na agencia, dei uma volta ao redor da Ferrari, fui até o fundo olhar ainda um Porsche e depois, quando dava mais uma volta ao redor daquela maravilha amarela, veio conversar conosco quem deve ser o dono da agência. Batendo papo ele disse que estava a venda por R$ 499.000,00, era ano 2005 e então perguntei se podia ver ela por dentro. Vendo que ela ainda estava trancada ele buscou a chave, abriu o carro e então eu pude, pela primeira vez, entrar e sentar dentro de um "carrinho" daquele (não quero morrer antes de pilotar algum superesportivo como esses - ah! no dia anterior, voltando do show do GNR, tínhamos parado para olhar uma Lamborghini pelo lado de fora de outra agência). Se você tiver algum carro desses ou souber de alguma pessoa caridosa que possa me deixar dar uma volta e puder me ajudar, agradeço ;-)
De volta ao mundo real, na minha Weekend, seguimos então nosso caminho e logos achamos um lugar onde provavelmente teria um capuccino (lanches au-au). Foi um capuccino caro mas gostoso e então, mais acordado, pegamos estrada rumo interior do PR, fazendo apenas pausa em duas lojas de porcelanas, uma genérica e depois na loja da fábrica da porcelanas schimidt, onde compramos um kit de jantar/chá (sim, estou ficando velho comprando porcelanas pra casa) :-P
De volta a estrada seguimos então para Ponta Grossa, onde moram os avós paternos da Lorena, onde chegamos no final da tarde. Lá, como esperado, um banquete de pães, bolos, pudins - tudo isso poucos minutos antes do jantar. Com o chegar da noite e o cansaço batendo, fomos então dormir para, no dia seguinte, termos mais um dia de muitas comidas gostosas feitas pela vó da Lorena.
Durante esse dia, já dia 19, saímos só para dar uma volta pela Havan e pela cidade mas, como eu estava com ameaça de resfriado, resolvemos voltar pra casa pra me poupar para o logo dia de estrada que teríamos no dia seguinte.
No dia 20, Domingo, acordamos, tomamos café e logo começamos a arrumar nossas coisas. Perto das 11h nos despedimos e, novamente, estrada, agora sentido interior de SP, pegando uma estrada que eu ainda não conhecia.
No retorno fizemos pausa para almoço, pausa para fotos e um pequeno desvio em estradas dentro de uma plantação de eucalipto, pausa pra cafezinho, pausa pra mais fotos e então, umas 7h depois, chegamos, finalmente, em Capivari para o merecido descanso.
De lá, no dia seguinte estrada para São Paulo e o resto da semana "normal", sem nenhum evento excepcional, só aproveitando para colocar tudo em dia e fazer um "bate-volta" em Bragança Paulista na 4ª feira. E, agora que está chegando o final de semana, amanhã é mais dia de show, com a vez de assistir Heidevolk e Terra Celta (entre outros) em São Paulo.
Um dos grandes usos dado aos aparelhos GPS é para a medição de áreas. Seja um terreno urbano, um parque, uma área rural, você pode, percorrendo o seu perímetro, calcular a área tanto no próprio aparelho GPS (nos modelos que oferecem essa função) quanto salvando o trajeto (track/caminho) percorrido no GPS e posteriormente, calcular usando o seu computador.
No curso completo, além dessas funções serem abordadas mais profundamente, apresento mais de 5 horas de vídeo aulas ensinando como usar seu aparelho GPS e, principalmente, como baixar seus dados para o computador, como realizar o tratamento de dados usando o Trackmaker, como analisar resultados no Google Earth e, também, planejar roteiros no PC usando softwares para criar arquivos que podem ser enviados para o GPS para navegação. É um curso bem completo para todos os usos, desde o uso para lazer/esportivo quanto para uso profissional (sem esquecer o uso urbano, onde você aprenderá também como colocar mapasroteáveis detalhados e alertas de radar, polícia etc. no seu GPS usando os arquivos Tracksource e software Basecamp/Mapinstall).
Neste primeiro vídeo, para introdução, falo sobre os principais termos do mundo GPS: waypoint, track e rotas, mostrando o que são e quais suas diferenças.
Neste segundo vídeo ensino como calcular a área diretamente no GPS, usando os modelos etrex 30 e map60csx (o modo de calcular com outros modelos GPS Garmin é bem similar - quando oferecem essa função), podendo ainda, ao final, converter a unidade do resultado e salvar o trajeto percorrido.
Neste terceiro vídeo mostro como efetuar o cálculo de área, no seu computador, a partir de um trajeto (track/caminho) percorrido e salvo no GPS, sem a necessidade do uso de softwares pagos. Inclusive, ensinando uma das maiores dúvidas e maiores macetes para quem faz medições com GPS: como converter caminhos em polígonos do Google Earth, usando o GPS Trackmaker, para posterior cálculo de área de volta ao Google Earth.
Já está no ar mais um dos meus vídeo cursos, agora com um tema que sempre fui cobrado por diversos alunos ou pretendentes: o uso de aparelhos GPS, transferência de dados e planejamento de roteiros (além de abordar também algumas funções usadas profissionalmente como cálculo de área e desnível acumulado).
Há mais de 15 anos uso aparelhos GPS Garmin para mapear e planejar minhas atividades, principalmente viagens longas, ciclismo e montanhismo. Agora, depois de ter dado cursos e aulas particulares para mais de uma centena de pessoas, das mais diferentes áreas de interesse (offroad, viajantes, pescadores, pilotos, montanhistas, praticantes de voo, pessoas que usam o GPS profissionalmente etc. etc. etc.) sobre como usar seu aparelho, como planejar roteiros e como tratar os dados GPS e, depois de muita cobrança dos interessados, ai vem este novo curso no formato de vídeo aulas, podendo ser acessadas por qualquer um com um PC, notebook, tablet ou celular com acesso à internet.
Se o botão acima não funcionar ou se você preferir use estes links diretos do Pagseguro ou Paypal.
Para outros métodos de pagamento (mercadopago, transferência/depósito BB, Bradesco, Itau, Caixa ou Nubank) ENTRE EM CONTATO!
GPS compatíveis com o curso:
Garmin eTrex (todos), GPSmap (60, 62, 64, 72, 76, 78 séries C, Cx, CS, CSx, S, ST, STC etc.), Montana, Colorado, Oregon, Edge, Dakota etc.
Temas abordados em mais de 5 horas de vídeo aulas:
- Definições: waypoints, tracks e rotas
+ Softwares
- Basecamp (mapinstall)
- Tracksource
- GPS Trackmaker
- Google Earth
- USB Drivers
+ Uso do aparelho GPS
- Apresentação GPS e páginas
- Configurações coordenadas, datum e unidades
- Criar waypoint
- Procurar e navehar para waypoint
- Criando e navegando em rotas
- Navegar na tela de mapas
- Salvar track
- Navegar track
- Navegação Urbana com mapa roteável
- Cálculo de área
+ GPS Trackmaker (GTM)
- Edição de tracks e waypoints
- Inserção de imagens e mapas georreferenciados
- Planejamento de tracks e waypoints
- Integração com o Google Earth
+ Google Earth
- Planejamento de tracks e waypoints
- Onde encontrar arquivos para o GPS
- Perfil de elevação e desnível acumulado
- Cálculo de área
+ Google Maps
- Planejamento de tracks e waypoints
+ Transferência de dados
- Definições: formatos de arquivos
- Download de dados GPS e abertura de arquivos
- Transferência e tratamento de dados para GPS
- Atualização de mapas do GPS
- Inserção de pontos de alerta (radar, polícia, velocidade etc.)
São mais de 5h em vídeo aulas, com qualidade HD, que podem ser acessadas de qualquer dispositivo com acesso à internet (celular, tablet, PC, notebook) sem a necessidade de downloads pesados de vídeos.
O seu acesso à página do curso, onde estão todas as vídeo aulas separadas por tópicos, se dá via login e senha pessoal e você terá 365 dias (1 ano) de acesso livre a todo o conteúdo do curso, podendo acessar todas aulas, quantas vezes quiser, durante este período!
Investimento:
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Caso queira fazer uma aula prática em campo, também é possível! Qualquer dúvida ou para informações sobre os outros métodos de pagamento (transferência/depósito BB, Bradesco, Itau, paypal ou pagseguro) ENTRE EM CONTATO!
FAQ:
P: Este vídeo curso é como outros na internet onde uma apresentação powerpoint com texto é lida pelo professor?
R: Claro que não, este vídeo curso mostra realmente as ações explicadas, veja no final dessa página uma aula (resumida) do curso.
P: Por que fazer esse curso em vez de ler o manual do GPS?
R: Pode-se dizer que mais de 70% do ensinado neste curso não é ensinado no manual do aparelho!
P: Vou aprender a colocar mapas e alerta de radar no GPS?
R: Sim.
P: Acabei de comprar um GPS, o curso vai ser útil?
R: Sim. É ensinado tanto como usar diversas funções do GPS quanto funções avançadas de dados no computador.
P: Vou aprender a cálcular área?
R: Sim. Tanto direto no GPS quanto via software no PC.
P: Vou aprender a planejar uma viagem ou um caminho que não tenha trilha aberta?
R: Sim.
Resumindo:
Você vai aprender a visualizar seus caminhos percorridos ou criar novos sobre uma carta topográfica (mapa) no GTM ou relevo no Google Earth, vai aprender a atualizar seus mapas e pontos de alerta como radares e polícia (GPS que aceitem esses dados), vai aprender a cálcular área no GPS ou, a partir de waypoints ou de um perímetro percorrido com o GPS, calcular a área no computador, vai aprender a fazer download e upload de dados pro seu GPS, vai aprender a editar os arquivos crus do GPS de modo que fiquem muito mais "legíveis" e organizados, vai aprender a navegar com o aparelho GPS de diversas maneiras, vai aprender a criar caminhos no Google Maps e enviar para o GPS, vai aprender como colocar uma carta topográfica com curvas de nível sobre o relevo do Google Earth e poder planejar um caminho sobre ela, vai aprender a fazer download de arquivos para GPS, a editá-los e transferí-los para o GPS, vai ter o link para download dos softwares Basecamp, GPS Trackmaker, Google Earth Pro, mapas do Tracksource e muito mais!
Enquanto isso veja abaixo esses dois resumos de aulas do curso.
Definições waypoint, track e rota
Como calcular área a partir de perímetro percorrido com GPS - como converter caminho em polígono no Google Earth
Depois de uma quase roubada, no dia anterior, no Morro do Urubu, este último dia no PNI foi reservado para algo mais light.
Já era o 5º dia que estávamos no Abrigo Rebouças e chegara a hora de ir embora. De manhã tomamos café, arrumamos as coisas, limpamos o abrigo e logo seguíamos até a saída do parque.
Após acertar as formalidades (devolver fitas, assinar saída, devolver chaves...) saímos e seguimos caminho então até o antigo Alsene, onde paramos os carros e, enquanto o Flávio, Rogério e Alessandro (o chorão das pernas bambas que precisou dos meus bastões de caminhada emprestados e ainda quebrou um no meio) subiam para a Pedra Furada, a Lorena e eu fomos então fazer a travessia mais difícil, mais temida, que mais necessita de preparo físico e psicológico do Brasil, a Transcamelônica (leia isso com som de programas de sobrevivência da TV...).
Essa longa, difícil e perigosa travessia tem seu início na borda Noroeste da Pedra do Camelo e segue pelos seus muitos cumes e por suas longas e perigosas rampas de pedra até que, quando sobrevivem, os destemidos montanhistas que tem a coragem de enfrentar a verdadeira "travessia mais difícil do Brasil", saem, quebrados, cansados, com quilos corporais perdidos, em sua borda oposta, no Sudeste!!! (me deu uma vontade de voltar lá com tempo e fazer um filme...)
Abaixo panorâmica 360º do cume da Pedra do Camelo com montanhas identificadas - clique e arraste para rodar na panorâmica
Entretanto, a Lorena e eu não conseguimos terminar a travessia. Apesar de entrarmos pela face NO e seguir por seus cumes, acabamos parando para escalar uma de suas vias próximas da cabeça do camelo (esqueci o nome, um VIsup bem encrencado) e depois, em uma medida de desespero, sem completar o trecho final da travessia, descemos de rapel até a base de suas vias mais tranquilas, onde passamos mais alguns minutos escalando até que, perto da hora do almoço, o Flávio foi até lá nos avisar que eles já tinham descido da Furada.
Mesmo assim foi um ótimo dia, podemos dizer que fizemos pelo menos uns 4/5 da Transcamelônica e ainda algumas escaladinhas nas suas íngremes e longas e ameaçadoras paredes. E mais que isso, ainda fiz algumas fotos e pude espalhar o restante das cinzas do meu pai, que agora adubam as vegetações perto dos cumes do Agulhas Negras, Pedra do Altar, Morro do Massena, Prateleiras, Morro do Couto, Morro da Antena, Morro do Urubu e Pedra do Camelo além das proximidades do Abrigo Rebouças, Massena e o terreno da minha casa em Bragança.
De lá, alguns minutos de carro até as compras na Garganta do Registro e então seguir estrada (por uma escolha estúpida passando indo até Caxambu, antes de sair na Fernão Dias), para voltar para casa (e nessa viagem vi que acho que já estou morando em Bragança - como saí de viagem de lá e voltei para lá, acho que já posso considerar moradia oficial, mesmo ainda passando metade da semana lá e metade em São Paulo).
Como sempre, Itatiaia é ótimo (mesmo com roncos no abrigo) e o pessoal do nosso grupo, como sempre, nota 10. Outras oportunidades aparecerão e novamente estarei por lá!
E as fotos do último dia podem ser vistas em Pedra do Camelo.
Enviado por Tacio Philip às 16:06:34 de 13/07/2016
Depois da Travessia Couto-Prateleiras no dia anterior, no dia 7/7 acordamos com um vento muito forte e desanimador.
Ficamos um bom tempo no abrigo pensando no que fazer e, na minha cabeça, passavam duas opções. Tentar novamente emendar da Ruy Braga até a Pedra Assentada ou, se o tempo abrisse, descer até o Morro do Urubu, perto do abrigo Massena.
Sem o tempo melhorar e apostando nossas fichas, às 10h saímos a Lorena, Rogério e eu (a cada dia tínhamos uma perda na "equipe") pela estrada que leva até a travessia Ruy Braga (que vai até a parte baixa do parque) e então começamos a descê-la, com a esperança de melhoria do clima, até o abrigo Massena.
Neste dia Thor estava do nosso lado e, quanto mais descíamos, melhor ficava o clima. Durante a descida passamos do ponto onde tentei com o Rogério, há uns 2 anos, seguir até a Assentada mas, como para baixo estava bem aberto, preferi então seguir para o Urubu, montanha que eu havia subido duas vezes e as duas com tempo muito fechado.
No Abrigo Massena fizemos um lanche, espalhei mais cinzas, passeamos pelas suas ruínas e então seguimos até a bifurcação que leva até uma das casinhas de pedra e de lá pela crista rumo ao morro do Urubu.
No caminho, logo depois de descer até a base do Urubuzinho, vimos que a lagoa estava completamente seca e nela ainda achamos algumas pegadas de animais. De lá mais alguns minutos para cima chegamos ao cume do Urubuzinho, descemos novamente no lado oposto e então chegamos a subida final do Morro do Urubu.
No cume mais cinzas ao vento, mais lanche, mais fotos e então começamos a descer. Mas nada é tão simples assim. Do outro lado do rio, onde a crista sobe para a Assentada e Prateleiras, eu via algo que podia ser uma antiga trilha, então tentamos chegar até lá.
O começo do caminho, perto da lagoa, foi tranquilo, mas isso não durou muito. Depois de atravessar um charco seco e começar a subir em direção ao que podia ser uma marca, a vegetação fechava um pouco e, pior, duas matas de bambuzinho e capim elefante, por causa de riachos, para atravessar.
A primeira foi fácil, depois de uma tentativa frustrada direta seguimos a contornando por cima. A 2ª, de onde percebemos que não existia trilha lá (além de alguns vestígios de trilhas de animais), tinha que ser encarada de frente.
Fomos seguindo a passo de tartaruga, no riacho afundei a perna direita até a coxa na água mas aos poucos conseguimos atravessar e seguir até a crista de onde não devíamos ter saído, perto de uma das casinhas de pedra. Na casinha, olhando melhor onde estávamos e aproveitando para um lanche, vi que o que parecia ser uma trilha não era nada além da borda da vegetação, que muda com a altitude.
De lá, agora de volta a uma trilha "aberta", foi rápido seguir até encontrarmos novamente a Ruy Braga e então subir de volta para o abrigo, onde chegamos no final da tarde.
Apesar da roubada foi um bom dia, pela primeira vez consegui enxergar direito o Prateleiras e Assentada por baixo (quem sabe um dia não tentar chegar neles por lá) e andar no PNI sempre é bom. Agora era hora de mais um macarrão e mais uma noite mal dormida regada a uma sinfonia de roncos...
Depois do dia anterior no Circuito 5 Lagos, Altar e Massena, o 3º dia no parque, dia 06 de Julho, foi reservado para a travessia Couto-Prateleiras, uma travessia clássica do parque que foi aberta oficialmente há pouco mais de 1 ano (antes era uma bela de uma aventura).
Sendo assim, depois do café da manhã, às 9h saímos do abrigo a Lorena, Flávio, Isabelle, Rogério e eu rumo ao Prateleiras (o Ale, que finalmente consegui levar até algum cume - Agulhas Negras no 1º dia - continuava reclamando de dorzinha nas perninhas fracas e chorando, por isso não nos acompanhou - novamente!).
Fomos seguindo pela estrada até seu final, pegamos a trilha para o Prateleiras e, antes de chegar na base, o Flávio disse que ficaria ali por baixo porque queria fotografar. Seguimos nós quatro, logo chegamos na base onde deixei escondido os bastões de caminhada e então começamos o trepa-pedra, pela face Sul, que nos levou até o cume.
No cume uma tentativa frustrada de trabalhar (consegui receber emails no tablet mas não conseguia liberar o acesso de um aluno a um dos meus vídeo cursos), diversas fotos, mais cinzas do meu pai espalhadas e então começamos a descida, pelo mesmo caminho da subida, vindo a encontrar com o Flávio perto da bifurcação da travessia até o Morro do Couto (durante a descida, enquanto o pessoal seguia eu fiz uma pausa e então consegui liberar o acesso para meu aluno - muito interessante "trabalhar" em um lugar daqueles).
Após uma pausa para lanche fomos seguindo nosso caminho, o clima na direção que íamos não estava muito colaborativo e trazia um vento bem forte mas seguimos o caminho até que, algum tempo depois, com um vento bem forte, temperatura perto dos 9º e já vestindo os anoraks, chegamos ao cume do Morro do Couto.
Lá no Couto mais fotos, mais cinza espalhada e, fugindo do vento e frio, logo começamos a descida. Fomos seguindo na frente a Lorena, Rogério e eu e, quando chegamos na estrada que leva ao Morro da Antena, esperamos alguns minutos e, como o Flávio e Isabelle não chegavam, imaginei que tinham parado para fotografar.
Seguimos pela estrada até o Morro da Antena, demos a volta ao redor da casinha no seu cume e, com o pôr-do-Sol chegando, começamos a descer vendo que o Flávio realmente tinha parado para fotografar mais acima na trilha. Durante nossa descida fizemos ainda algumas pausas para fotos mas logo estávamos na estrada e seguindo para o abrigo, onde chegamos já de noite, famintos e pensando no que fazer no dia seguinte!
Depois de ter subido o Agulhas Negras, no primeiro dia de uma longa semana no PNI, agora foi a vez de conhecer o novo Circuito 5 Lagos no parque.
Depois do café da manhã, às 9h saímos do abrigo a Lorena, Flávio, Isabelle, Rogério e eu rumo a essa nova trilha aberta pelo parque. O começo é pela trilha que segue para o Agulhas Negras, pegando então a bifurcação que segue para a Pedra do Altar, onde fizemos questão de passar para algumas primeiras fotos e eu espalhar mais um pouco das cinzas do meu pai.
Antes da subida final do altar, ainda na trilha que segue para o Rancho Caído, tem a saída do circuito 5 lagos, que vai margeando as encostas rochosas até chegar à cachoeira dos 5 lagos (que estava bem seca por causa da estiagem deste ano).
Até a cachoeira a trilha segue praticamente toda por lajes de pedras, contornando as cristas e, para mim, sem muitos atrativos (se eu a tivesse aberto o teria feito pela crista, de onde se tem uma visão muito mais bonita - sim, já estive por lá e lá em cima vale a pena). Entretanto, logo que passa da cachoeira (onde fizemos uma pausa para lanche) a trilha começa a ter uma linda visão do vale onde estão os 5 lagos (que podem ser vistos do Morro do Massena) com o Agulhas Negras e Pedra do Altar ao fundo, realmente um lugar fotografável e que merece um retorno com melhores condições de luz.
Fomos então seguindo a trilha até que passávamos entre o Morro do Massena e o seu cume Noroeste, onde fizemos então um desvio entre rochas e para cima até o cume do Morro do Massena.
O Morro do Massena é um grande platô e, há alguns anos, havia o subido e feito algumas fotos em sua extremidade oposta, e foi isso que fizemos. Seguimos alguns minutos pela crista, começando a descer um pouco até que chegamos a um penúltimo platô rochoso com uma espetacular vista com mais de 270º (da esquerda para direita podíamos ver a Serra Negra, Pedra do Sino de Itatiaia, Pedra do Altar, Agulhas Negras, Morro do Couto e Morro da Antena). Lá ficamos literalmente algumas horas, o Flávio e eu com os tripés montados e fotografando, apreciando e capturando fotos das montanhas com luzes que mudavam a cada minuto (o que até dificultava fazer panorâmicas).
O tempo passou, quem não fotografava já estava impaciente, então voltamos pela crista, descemos quase que pelo mesmo caminho que subimos e, de volta ao trecho final do Circuito 5 Lagos, saímos perto da portaria do parque, de onde era só seguir a estrada até o abrigo.
No abrigo mais uma noite mal dormida depois de mais um macarrão no jantar e já pensando nos planos do dia seguinte.