No dia 17 de Junho, depois de acordar por volta das 4h30 da madrugada, às 5h15 a Lorena e eu saímos de casa, em Bragança Paulista e, logo depois do pedágio da Fernão Dias, sentido MG, nos encontramos com o Juvenil e a Renata, para subirmos a Serra do Lopo, via Joanópolis (ou ali é Vargem?), um caminho que eu ainda não conhecia. O motivo de irmos tão cedo era o Juvenil ter que voltar cedo por causa de trabalho e isso foi bom, ainda no escuro, com as headlamps na cabeça, já tínhamos estacionado o carro e começávamos a caminhada serra acima.
Pouco tempo depois de começarmos a andar o Sol começou a nascer, as lanternas não foram mais necessárias e logo paramos em um dos riachos do caminho, onde o Juvenil preparou um café para podermos acordar de verdade. De lá, junto com muita conversa fomos subindo, subindo, subindo até que saímos em uma bifurcação na trilha entre a Pedra das Flores e a Pedra do Cume, na Serra do Lopo. De lá, poucos minutos e estávamos no cume, sentados apreciando a vista da represa e cidades bem abaixo de nós.
Depois de um bom tempo enrolando e fazendo algumas poucas fotos (que podem ser vistas no link Serra do Lopo via Joanópolis seguimos nosso caminho, agora só para baixo, chegando no carro perto das 11h da manhã. Essa foi uma trilha bem legal por um caminho que eu não conhecia. Ao total deu por volta de 9 km com uns 800 metros de desnível acumulado, inclusive já está passando pela cabeça uma travessiazinha da serra, subindo (ou descendo) pela trilha do Pinheirinho e emendando nessa (e, quem sabe, ainda voltando pela estrada até o início, o que vai dar um circuito de uns 30 km).
E, saindo de lá, a Lorena e eu aproveitamos para voltar para casa por Joanópolis, fazendo uma merecida pausa para um "leve" almoço de PF-feijoada, em um restaurante na praça principal (quase tivemos que deitar nos bancos da praça pra dormir um pouco antes de seguirmos caminho...). Na volta passamos ainda por Piracaia e logo estávamos em casa para um merecido cochilo, à tarde.
A semana seguinte foi totalmente urbana, em São Paulo, e reservada a shows. O primeiro, no Sábado, foi do Fernando Anitelli, vocalista do Teatro Mágico, em uma apresentação "voz e violão" em um Teatro (já dá pra imaginar que a escolha foi da Lorena, certo?) :-P
Antes do show nos encontramos com o Tiago (que estudou com a Lorena), que já tinha ido ao teatro retirar os ingressos e, na busca por comida, acabamos parando em uma quermesse-gourmet no Tatuapé (onde você comprava um cartão onde era inserido crédito para debitar nas barraquinhas). De lá, ainda faltando um tempo para o show, voltamos para o teatro onde ficamos conversando e esperando um casal de amigos do Tiago, antes de entrarmos para a sala para o devido show.
Apesar de eu não gostar muito de sons "leves" e muito menos cantados em português (principalmente estilo "voz-violão", MPB eu odeio, prefiro pregos no ouvido e nas têmporas), esse foi bem divertido, animado (no que pode-se chamar animado um show que você assiste em um teatro, sentado e em cadeira marcada) e realmente valeu a pena conhecer/assistir (inclusive talvez repetiremos a dose, em show aberto, em Bragança, esse mês).
Saindo do show dei uma carona para o Tiago (que ficou no metrô) e pro casal (que não lembro o nome) que moram perto de casa e logo estávamos em casa. O dia seguinte seria minha vez de escolher o show, em um festival que teria nada menos que Carcass (pesado até para meus padrões) e King Diamond. Mas esse merece uma postagem à parte. ;-)
Enviado por Tacio Philip às 10:41:19 de 04/07/2017
Tentando colocar o blog em dia (realmente não tenho tido muita paciência para postar), há quase 2 meses, no dia 27 de Maio, depois da Lorena e eu esperarmos e procurarmos por algum tempo, finalmente fomos assistir um show do Terra Celta, banda de Londrina que a Lorena já tinha assistido algumas vezes mas eu só tinha visto, durante um show curto, na abertura do festival folk odinskriegerfest. E, mostrando que a espera valeu a pena (sempre ficávamos de olho na agenda deles esperando por um show "próximo" de nós), esse show foi no "Galpão Busca Vida", a distantes 6 km de casa, em Bragança Paulista :-)
Sendo assim, lá pelas 23h (só esse horário me mata, gosto de show "matinê"), já estacionando o carro no "Galpão", a Lorena e eu nos encontramos com o Borelli e a Joice para o show que começaria por volta da meia-noite. No local demos uma andada (eu tinha ido lá, uma só vez, com o Borelli, há pelo menos uns 15 anos, época que conheci Bragança Paulista), tomei uma cerveja (e eles uma pinga artesanal) e ficamos então esperando o início do show.
O show em si foi excelente e, diferente do que eu tinha visto anteriormente, que tinha sido bem curto, esse teve umas 2 horas de duração/animação, regado com suas músicas que misturam sons folclóricos celtas com música brasileira, um show que realmente vale a pena (apesar da maioria das músicas serem cantadas em português, o que eu não gosto muito - acho que a letra "atrapalha" a sonoridade). No final, por volta das 3h da madrugada, já tendo virado abóbora há muito tempo, pegamos estrada e 6 km depois estávamos em casa.
E, aproveitando a chegada do inverno (e com ele, teoricamente, a diminuição das chuvas - o que não tem acontecido de verdade), desenterrei uma boa dose de motivação (inclusive pensando em futuras escaladas) e voltei a treinar pesado na 90 graus. E também tenho ido algumas (muitas vezes) para o Visual das Águas (do "lado" de casa) desenferrujar meus dedos na escalada em rocha, aproveitando que conheci novos parceiros para escaladas em Bragança, principalmente o Juvenil que, com sua escala de trabalho, consegue dias livres durante a semana.
E a rotina está essa: escaladas, pedais (mantenho os pedais praticamente semanais com o Alessandro em Itu), trabalho (cada vez menos nesse mundo falido e sem sentido de jogar minha vida fora vendendo meu tempo e conhecimento para os outros), show e montanhas.
No final de semana passado (dia 10/06/2017) terminei de ler o livro 17 Equações que Mudaram o Mundo de Ian Stewart.
O livro é basicamente dividido em capítulos "quase-independentes" (falo "quase" porque em alguns, mais para o final, eles faz alguma referência aos anteriores) onde mostra a história de onde veio a base para que alguém desenvolvesse tal equação, sua relevância na época e sua utilidade e derivações no mundo atual (o que achei hiper-mega-super interessante).
A leitura, pensando nos conceitos matemáticos, não é fácil. Os primeiros capítulos foram bem mas logo começou a complicar e, nos capítulos finais, assumo que não entendi quase nada da matemática implícita nas equações. Entretanto, mesmo com isso, o livro vale muito a pena. Como disse no parágrafo anterior, o que achei mais interessante mesmo foi o histórico que mostra a base que foi necessária para se chegar à equação, sua implicação na época e seu uso atual.
Tanto para quem gosta de matemática (eu!), quanto para quem gosta de história da ciência (eu também!), eu recomendo muito esse livro. Serve inclusive como livro de consulta sobre alguma fórmula em si, já que elas são abordadas de forma quase totalmente independente.
Essa semana comecei e já terminei de ler o livro Leia isto se quer tirar fotografias incríveis de lugares, de Henry Carroll, lançado pela Editora Gustavo Gili Brasil.
Este é o 3º livro de uma série (4º se considerarmos um que é um diário), de Henry Carroll, que tem como grande diferencial não se prender à técnica, mesmo a abordando quando necessária e como lembrete, mas sim, à imagem em si, o porquê de diversos exemplos, dos mais diferentes fotógrafos, serem consideradas "boas fotografias" e qual seus diferenciais.
Este terceiro livro segue o formato dos títulos anteriores (Leia isto se quer tirar fotografias incríveis, Leia isto se quer tirar fotografias incríveis de gente e Use este diário se quer tirar fotos incríveis), com uma leitura leve e agradável, agora com ênfase na fotografia de "lugares", sejam paisagens naturais, urbanas, interiores ou o que for, sempre através da leitura da imagem, fato que me lembrou muito algumas das aulas que tive na pós graduação em fotografia.
Sem dúvida é um ótimo livro para quem não quer ficar no "tecnicismo" das centenas de livros que abordam com palavras novas o que o manual da câmera já diz (como regular a câmera) e quer dar um passo adiante. Realmente é um livro que faz você pensar a imagem, o que ela representa e o que você quer transmitir. RECOMENDO!!!
Já faz um tempo que eu penso em escrever esse texto e, agora que completou mais de 1 ano que estou vendendo imagens em alguns bancos de imagem internacionais (desde jan/2016), acho que dá pra colocar minha opinião e experiência com isso.
A primeira coisa que eu penso sobre o tema é: eu devia ter começado antes! Certamente, se eu tivesse começado a postar imagens tão cedo quanto eu comecei a fotografar, hoje em dia teria muito mais imagens disponíveis (com isso teria mais vendas), teria mais experiência (então postaria fotos mais vendáveis) e no final, estaria ganhando mais.
Neste um ano e meio de "trabalho" com banco de imagens não ganhei uma fortuna, ainda estou longe de viver só disso, mas também não posso reclamar muito. Uma das coisas que fazem diferença é você "acertar na veia" com alguma imagem que não seja muito fácil de se encontrar e que tenha procura. Eu, por exemplo, tenho uma foto de um Aedes aegypti que é responsável por mais de 50% de TODAS minhas vendas (dá-lhe Dengue!).
E, falando em valores, muita gente desanima quando fica sabendo das comissões de venda sobre cada imagem, mas você têm que pensar em atacado (venda em quantidade, por isso penso que devia ter começado antes). Esse valor varia de um banco de imagem para outro e varia também de acordo com o uso da imagem. A maioria das vendas (normalmente imagens baixadas por pessoas que tem assinaturas no banco de imagens) realmente pagam pouco, ficando em torno de US$0,20 - US$0,50 por download (em alguns sites esse valor sobe se você vender acima de determinada quantidade). Entretanto, é comum também ter algumas vendas com valores maiores, de pessoas que compram apenas uma (ou algumas) imagens no site, com esse valor podendo variar de US$1,00 até (no meu caso) US$62,50 (sim, US$62,50 em uma única venda, o que não é nada mal).
Outra coisa, todos os valores (nesses sites que indico) são em dólares. Para sacar o valor ganho a maneira mais fácil é usando paypal e é necessário "juntar" uma quantidade de vendas antes de poder sacar (esse valor varia entre US$30 e US$100, depende o site).
Na imagem abaixo usei como referência para o comparativo a quantidade de downlods/ganhos da minha imagem mais vendida, que enviei logo que me cadastrei em todos os sites que listo abaixo, durante um período de quase 1 ano e meio. Está ordenado por ganho - note que um dos bancos de imagem, mesmo com menos downloads, está acima na lista, então foi pago melhor valor por ele. Para esse "resumo" estou usando o programa Microstockr (ainda testando, instalei esses dias para poder controlar melhor as vendas).
Sobre o tema das imagens a serem postadas, pode-se dizer que tudo tem potêncial para venda (natureza, pessoas objetos, animais, abstratas, esportes, editoriais e o que você imaginar), desde que seja uma foto tecnicamente bem feita (quando você envia uma imagem ela é analisada e às vezes rejeitada se não condizer com os padrões do banco de imagem - mas uma imagem rejeitada em um site muitas vezes é aprovada em outro, não tem um padrão universal).
Entretanto, o que aumenta o potencial de venda de uma fotografia é sua exclusividade (aí que entra o olhar diferenciado do fotógrafo). Mas às vezes uma imagem que você não dava sequer valor acaba tendo uma boa saída e outra imagem, que você achava que venderia milhões, fica encalhada sem vendas. Acredito que se você tiver alguma experiência com publicidade/propaganda ficará mais fácil saber o que o mercado está procurando. Para ajudar nisso, muitos sites têm blogs onde eles dão dicas das tendências atuais de imagem, vale a pena ficar de olho nisso. E lembre-se: fotos de pessoas necessitam de termo de autorização - os sites já fornecem um modelo - e para uso publicitário não pode aparecer nenhuma marca ou logotipo na fotografia (esses são motivos comuns para rejeição).
Fechando o texto, para não ficar muito longo, abaixo links para cadastro nos bancos de imagem que participo atualmente. Estão listados em ordem de "retorno financeiro" que tive até hoje (mas não pode ser uma referência absoluta porque não enviei para todos a mesma quantidade de imagens). Inclusive, aqui uma coisa interessante: alguns deles tem opção para você ser vendedor exclusivo, tendo comissões mais altas, mas não exigem isso. Então, tendo a imagem ajustada, nada impede que você a envie para diferentes sites.
ATUALIZAÇÃO
Essa postagem teve os nomes reais e dados pessoais dos envolvidos removidos no dia 15/03/2018 depois de uma "conciliação frutífera", amigável, no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (sim, eu fui processado por "danos morais" e queriam R$ 10 mil por eu simplesmente ter narrado os fatos sobre o ocorrido, citando os envolvidos em uma postagem que, pasmem, teve 201 acessos (171 acessos únicos) no período de quase 1 ano!).
Como sempre falo: o sistema funciona, o que estraga são as pessoas que jogam e querem sempre tirar vantagem em benefício próprio.
O texto continua abaixo, alteradas as partes devidas para eu não ter mais que sofrer no calor das ruas de São Paulo tendo que colocar uma calça no verão, tendo sido obrigado a ocultar quem já se esconde atrás do "poder" que acham que tem. E a vida continua.
Ontem deixei um comentário sobre o que aconteceu no dia 22/03/2017, no Channard Institute, em sua página no Facebook mas, como o comentário foi denunciado (provavelmente por algum(ns) desses médicos e "amiguinhos de classe") o mesmo foi excluído da página e eu fui bloqueado para publicações, comentários ou o que for por 3 dias. Para evitar que isso ocorra novamente e poder contar o ocorrido resolvi então postar aqui no meu blog, onde eles não podem "clicar em denunciar" e apagar (afinal, só estou postando o que aconteceu, não estou inventando histórias).
Se você precisa (ou pode vir a precisar) do atendimento do Hospital São Paulo ou dos médicos Chatterer e Butterball, dê uma lida e tire suas conclusões.
Resumo:
No dia 22 de Março de 2017 minha mãe acordou passando mal, sem sentir o lado esquerdo do corpo e foi levada até o Channard Institute (laboratório dos cenobitas) por alguns de seus amigos vizinhos (eu estava fora do estado no momento do ocorrido).
Conforme me contaram, o pronto atendimento do hospital foi ok, tudo conforme o esperado e no caso minha mãe tinha sofrido um AVC, sendo prontamente atendida e fazendo diversos exames imediatamente (tomografia, hemograma, eletrocardiograma etc.) de acordo com o protocolo para o caso.
Neste meio termo, eu que estava em Ponta Grossa - PR, retornava para São Paulo, chegando ao hospital por volta das 15 h, quando minha prima já acompanhava minha mãe e, para nossa surpresa, já tinha recebido alta e podia voltar para casa com uma simples receita de AAS para afinar o sangue e sinvastatina para colesterol.
Mesmo surpreso com essa liberação (após umas 6 horas da entrada no hospital) retornamos para casa onde eu conversei com diversas pessoas (da área de saúde) e todos comentavam que o padrão para AVC era ficar em observação por 72 horas pois a reincidência é muito comum.
Com o chegar da noite e minha mãe sofrendo de dor de cabeça (como o médico que a liberou disse: "se sentir algo volte") resolvemos voltar ao Channard Institute.
Novamente o pronto atendimento foi ok, em casos assim o atendimento é razoavelmente rápido e, após sermos atendidos por uma provável residente, o "neurologista" veio também dar uma olhada, disse ter olhado a tomografia (tinha uma imagem na tela do computador), fez uns testes de reflexos e disse pra irmos para casa descansar (!!!).
Felizmente minha mãe não teve nenhum outro AVC mas no dia seguinte, como garantia, passamos por consulta (em médicos particulares - não temos convênio) com clínico geral e neurologista, ambos confirmando que no caso de AVC era (na palavra de um dos médicos) "ridículo terem liberado assim".
Hoje, passadas duas semanas, minha mãe está se recuperando bem, fez uma grande quantidade de exames, está medicada, fazendo fisioterapia e logo devemos voltar ao ritmo de vida normal.
Fica aqui então essa minha indignação (bem resumida para que as pessoas leiam) com o Channard Institute mas, mais ainda, pelo tratamento de "manda pra casa" dos "doutores":
- Chatterer (1º médico a liberar no período da tarde)
- Butterball (médico do atendimento noturno)
Tire suas conclusões sobre esses "médicos".
E, para poder ajudar mais pessoas que possam ter problemas com médicos, usem este link para informações e formulário sobre como fazer uma denúncia ao CRM (conselho regional de medicina), é super simples e nos próximos dias estarei enviando a minha.
http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_denuncia&Itemid=61.
Email recebido através do contato do site no dia 14/08/2017
Mensagem enviada 14/08/2017 21:12 por Chatterer - chatterer.cenobite@lament.configuration
contato
Conteúdo da mensagem:
Prezado Tácio,
Me chamo Chatterer, sou cenobita residente que trabalha com o Pinhead no Channard Institute e escrevo também em nome do Butterball, outro cenobita que trabalha com o Pinhead.
Recebi um comunicado do Hospital sobre uma reclamação feita na internet em relação ao atendimento prestado a sua mãe, Ilda, no mês de março. Quis te escrever para explicar um pouco o que foi feito.
No Hospital, todos os atendimentos de Neurologia são feitos, inicialmente, por dois (...) (na ocasião eu estava no (...) e fui um dos que a atendeu e preencheu sua receita, por isso era o meu nome e CRM aos quais você teve acesso), um (...) e um (...) . Em seguida, o caso é discutido com um chefe, neurologista, que também examina a paciente, checa conosco os exames e então propõe a conduta a ser seguida.
Me lembro bem de sua mãe quando a atendemos. Estava com um moletom azul claro e acompanhada de mais duas senhoras; e me marcou bastante.
Entendo que tenha havido uma discordância entre o que fizemos no Hospital e o que os médicos particulares disseram após. Como houve essa divergência, pensei que seria bom explicarmos nossa conduta. No Channard Institute, as condutas que tomamos são baseadas nas recomendações de estudos científicos, para otimizarmos o cuidado, além da experiência dos chefes do serviço, tentando adequar as necessidades dos pacientes do SUS ao melhor tratamento disponível. Realizamos o primeiro atendimento com os melhores recursos de exames complementares de que dispomos e, após o diagnóstico, iniciamos o tratamento farmacológico com as medicações que são fornecidas nos postos públicos de saúde.
A dona Ilda teve o que chamamos de AVC lacunar - um AVC isquêmico com área de infarto pequena, muitas vezes (como foi o caso) não visualizada na tomografia inicial, que causa algumas síndromes típicas, entre elas uma perda de força isolada em um lado do corpo, que foi o caso de Dona Ilda.
Nesses casos, as medidas a serem tomadas são: estabilização clínica imediata, realizar prontamente uma tomografia de crânio, exames de laboratório e exame clínico - medidas que foram tomadas logo na chegada ao pronto-socorro. Em casos de AVC isquêmico, devemos internar e observar atentamente o paciente nas primeiras 24 horas após o início dos sintomas, período em que há maior risco de evolução ou piora do quadro. Após passadas as 24 horas iniciais, especialmente em caso de infartos pequenos, o paciente não tem necessidade de permanecer internado para observação, sendo possível prosseguir o tratamento em regime ambulatorial. Quando Dona Ilda chegou para a avaliação, já se encontrava com 24 horas do início do quadro (notou a perda de força no horário do almoço do dia anterior ao atendimento). Portanto, nosso chefe ponderou conosco que a internação poderia ser mais prejudicial do que benéfica, pelos riscos inerentes à mesma. Dessa forma, tomamos as medidas necessárias para o momento, com pronta realização de exames laboratoriais, eletrocardiograma, tomografia de crânio e início de terapia medicamentosa com ácido acetilsalicílico e sinvastatina, duas medicações disponíveis na rede pública de saúde com evidência de benefício na prevenção de novos eventos vasculares cerebrais. Após a realização dos exames iniciais e confirmação do diagnóstico, foi optado pela alta hospitalar, com encaminhamento ao Ambulatório de Neurologia Vascular e realização de outros exames a serem agendados, como ecocardiograma e estudo de vasos. Dona Ilda continuaria sendo acompanhada pelo nosso serviço de Neurologia em regime ambulatorial.
Acredito que poderíamos ter sido mais claros nas recomendações que passamos. Gostaria que você pudesse ter acompanhado a consulta inicial para que esse tipo de desencontro de informações não tivesse ocorrido.
Entendo a frustração que o senhor possa sentir em relação ao sistema público de saúde, que muitas vezes nos deixa desamparados, mas a personificação dessa frustração com exposição de nosso nome e CRM não resolve a questão. Nós, como médicos em formação e especialização, nos sentimos também muito frustrados em diversas situações que vivenciamos, com a falta de materiais, medicamentos, locais dignos para acomodação do paciente dentre tantos outros problemas.
Espero que possamos chegar a um entendimento e que esse e-mail seja o primeiro passo para isso. Caso você queira nos encontrar pessoalmente no Hospital para conversarmos um pouco mais, será um prazer recebe-lo.
Grande abraço.
Chatterer e Butterball
Email respondido ao Chatterer no dia 28/08/2017:
Ok, entendo sua posição e a do hospital, sei da falta de recursos, lotação etc. etc. etc. mas, da mesma maneira como ouvimos suas recomendações, também ouvimos de outros médicos (inclusive, a necessidade de ir até um atendimento particular é devido à fila de espera do Channard Institute). Eu já fui tratado aí e meu pai também e, nesses casos, não tenho o que reclamar.
E, da mesma maneira como essa minha indignação/desabafo no meu simples blog pessoal teve algum efeito (pelo menos chegou à você e você entrou em contato me explicando o ocorrido), te recomendo fazer o mesmo sobre o que não te agrada: abra um blog, reclame nas redes sociais, compartilhe reclamações, poste vídeos etc. etc. etc., como você é dá área médica, divulgar sobre as dificuldades poderá surtir bem mais efeito que apenas comentar sobre isso em um email (se uma postagem minha, de alguém que não é da área, teve algum efeito/alcance, imagine a diferença que você pode fazer).
Abraços e continuamos todos lutando/esperando por um mundo melhor para todos.
Tacio Philip
(Obs: publiquei seu email e essa minha resposta na página da minha postagem)
Enviado por Tacio Philip às 21:54:03 de 07/04/2017
Se eu fosse escrever um texto com um linguajar como o visto no mercado de arte (e que vi durante minha pós em fotografia), eu poderia falar que estou "re-significando a função mecânico-estética de um aparato inorgânico em um sistema habitacional moderno". Mas, como cansei desse papo blá blá blá que fala, fala e não diz nada, esse vídeo mostra "apenas" uma dica sobre o que pode ser feito com antigas cordas de escalada (as que não servem mais para se escalar) :-)
E não deixe de seguir meu canal para mais vídeos (sobre este e muitos outros temas). Acesse youtube.com/macrofotografia.
Não esqueça de curtir o vídeo e compartilhar com seus amigos que possam achar essa dica interesante!
Enviado por Tacio Philip às 22:16:07 de 20/02/2017
Como já faz um bom tempo que tenho esse site e, há muito tempo, posto tracks e waypoints de GPS de trilhas (além de ter também cursos de GPS presenciais e online), quase toda semana recebo mensagens perguntando: "Que modelo compacto de GPS devo comprar para uso em trilhas (trekking, montanhismo, escalada etc.)?". Então resolvi fazer essa postagem.
Em primeiro lugar, pensando em caminhadas (seja de um dia ou mais) temos que levar em consideração:
- equipamento compacto (pequeno e leve);
- boa duração de bateria (e uso de bateria substituível);
- boa recepção de sinal dos satélites (para uso em trilhas mais fechadas em mata);
- boa capacidade para mapas (hoje em dia existem mapas que já possuem trilhas neles);
- boa capacidade de armazenamento de waypoints/tracks (pontos/trilhas);
- bússola e altímetro barométrico independentes do sinal GPS;
- à prova d´água, poeira, resistente;
- fácil e prático de usar.
O meu primeiro modelo de GPS, comprado em uma viagem pra Ciudad del Este (Paraguai) em 2001, foi um antigo Garmin eTrex Vista. Na época era até um exagero comprar um GPS que aceitasse mapas (os mapas do Brasil eram MUITO precários) mas, hoje em dia, não recomendo ninguém a comprar um GPS que não aceite mapas. Usei esse GPS por um bom tempo até que ele literalmente começou a desmontar de tanto uso (mas durou uns bons anos).
Depois dele peguei um map60csx, um modelo com características "funcionais" semelhantes mas com tela maior, tela colorida, recepção melhor (a Garmin tinha lançado essa nova linha de GPS com um sensor melhor), memória expansível para mapas (o que já passava a valer a pena por causa de mapas do tracksource) e uma configuração que achei muito interessante: poder salvar os tracks a medida que os dias se passavam, em formato gpx, no cartão de memória, o que acabava com a limitação de memória do número de pontos em um track a serem armazenados no aparelho (o que significa poder fazer uma viagem de 1 ano e ter armazenado no aparelho todos os caminhos percorridos, por exemplo).
O Garmin map60csx eu uso até hoje, só que agora só no carro (com o tempo e muito uso a carcaça dele começou a abrir e, para não arriscar pegar uma chuva e ele "morrer" de vez, o aposentei das trilhas e agora ele é meu guia no painel do carro (onde não chove) :-)
E agora chegamos à recomendação final da postagem. Depois de contar esse meu histórico chegamos ao GPS que uso atualmente (há uns 3 anos), o eTrex 30, que veio em uma série nova (etrex 10, 20 e 30) para substituir os etrex antigos.
Essa linha de GPS, além de muitas funções úteis para quem faz caminhada, veio com mudança de sistema operacional, o que foi estranho para mim que estava acostumado com o sistema anterior mas, hoje em dia, vejo que é muito prático e funcional. Ele tem uma excelente recepção (inclusive pegando sinal tanto dos satélites americanos GPS quanto dos russos Glonass), é pequeno, mais leve que o map60csx (mas tem todas as funções do outro modelo - e mais), a bateria dura bastante (usa 2 baterias AA - eu uso recarregáveis mas você pode usar qualquer pilha AA, o que é bom no caso de fazer alguma viagem muito longa e sem acesso a carregadores), em média, dois dias longos de caminhada (umas 20 horas de uso), aceita mapas tanto na memória interna quanto em cartão de memória e realmente nunca me deixou na mão (mas é importante saber usar e nunca esquecer baterias extra).
Tela do computador de viagem do eTrex 30 depois de abrir a trilha para o Pico da Gomeira
Lembro inclusive, uma vez, em Nova Friburgo, quando subia o Pico Médio e acabaram minhas baterias. Sem muitas opções fiz uma adaptação com papel alumínio e consegui ligar duas pilhas AAA que peguei com um parceiro de caminhadas. As baterias não duraram muito, mas foi o suficiente para eu conseguir mapear a trilha da montanha (isso é quase um vídeo para mim, gosto muito de mapear os caminhos que faço a pé, de bike, para escalar, de carro e depois poder vê-los sobre um mapa, uma carta topográfica ou até sobre o Google Earth). Esse tipo de uso, mais avançado, é o que eu ensino nos meus cursos de GPS. Atualmente existe até uma versão em vídeo curso, assim a pessoa pode acessar (e aprender) de onde estiver, dê uma olhada no que é abordado.
Mas voltando ao tema, concluindo a postagem, hoje, 15 de fevereiro de 2017, se eu fosse comprar um novo GPS, sem dúvida, seria um eTrex 30x. Agora qual a diferença do eTrex 30 (que eu uso) para o eTrex 30x? Tela com maior resolução e mais memória. Operacionalmente é igual.
Então, fechando a conversa, se você quer um GPS Garmin (nem cogito em outra marca ou app para celular) ótimo para caminhada, montanhismo, escalada e até para uso na bike (por não ter um específico eu uso o meu também na bike), pode ir sem medo no eTrex 30x. Além disso, ele é um modelo com um bom custo quando comparado a outros modelos, da mesma marca, com as mesmas funções.
Onde você encontra o eTrex 30 (ou outros modelos) com bom preço e garantia:
- ePortateis.com.br
E se quiser aprender a explorar realmente o potencial que um aparelho GPS te proporciona, dê uma olhada no meu Vídeo Curso GPS: Operação, tratamento de dados e planejamento de roteiros. Garanto que ensino mais coisa do que você imaginava ser possível com um simples aparelho GPS em mãos e um computador ;-)
Espero que essa dica seja útil. Não esqueça de dar uma curtida na postagem, se tiver dúvidas deixe aí embaixo nos comentários e compartilhar com seus amigos que possam estar precisando desse tipo de informação.
Vídeo Curso GPS: Operação, tratamento de dados e planejamento de roteiros
Enviado por Tacio Philip às 17:59:27 de 15/02/2017