Esse último mês não teve nada muito forte mas também não fiquei parado. Nos dias 17 e 18 de Março teve a 7ª turma do Curso básico de escalada em rocha em São Paulo, mais uma turma do curso formando novos escaladores de rocha (próxima data em breve, fique de olho no link acima).
Além dos cursos aproveitei vários dias para fotografar, o que rendeu mais algumas macrofotografias para minha galeria no site tacio.macrofotografia.com.br e para pedaladas por São Paulo, algumas sozinho, outras com a Aline, Dom, Jonas, William e Davi (não necessariamente nessa ordem). Entre elas uma foi na região da estrada velha de Santos, com o Davi, onde pretendo voltar para descobrir o caminho que leva até Cubatão (acho que é só seguir uma trilha que pegamos, na próxima vamos continuar descendo).
Mais recente teve um pedal, no Sábado passado, na região de Embu, com o Dom, Guilherme e Fernando. Foi um belo roteiro com 44 km e mais de 900 m de desnível acumulado (com direito a um belo tombo quando, depois de passar por umas erosões em uma descida, fui jogado para o canteiro e a bike caiu em uma vala, fazendo com que eu fosse ejetado por cima e aterrissasse uns metros depois - felizmente caí em local "macio" com bastante mato, se tivesse sido na estrada estaria totalmente ralado).
Além disso, no Domingo, fomos para para a Falésia Paraíso, em Pindamonhangaba, a Aline, Osvaldo, Rodrigo e eu, aproveitando o dia que ameaçava trazer chuva com diversas escaladas no setor "Seu Renato", que eu ainda não conhecia - e a chuva veio de verdade quando estávamos no carro indo embora para Pinda comer o merecido e esperado Açaí.
Esses dias foram aproveitados para deixar também meus sites em ordem, com adição de novos produtos no www.eportateis.com.br, alteração da barra superior aqui do meu site pessoal, dando um visual um pouco mais moderno (falta "só" modernizar o resto mas sou péssimo nisso - aceito help no design), novas fotos na minha galeria e novos produtos, inclusive uma camiseta, na loja virtual do site www.macrofotografia.com.br.
E os próximos dias estão com a agenda lotada. Hoje terá show do Sebastian Bach (ex vocalista do Skid Row) e, para os próximos dias, tenho na agenda uma visita na Adventure Sports Fair com o Parofes (sem muita esperança, essa feira prestava há 10 anos ou mais, hoje em dia devia se chamar "Ecoturismo Chato Fair"), um longo pedal com o Ale e retomar um projeto de travessia e exploração de montanhas, mas isso só para o começo de Maio, com o Parofes. Aos poucos vou postando o que rolar por aqui.
Depois de algum tempo e insistência de alguns alunos, chegou a camiseta macrofotografia.com.br.
Essa camiseta dry, feita em tecido 100% sintético (poliester), tem a grande vantagem de não acumular umidade como acontece com o algodão, mantendo uma sensação mais agradável ao corpo e aumentando o conforto durante a prática fotográfica em ambientes naturais.
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Enviado por Tacio Philip às 17:27:23 de 06/04/2012
Desde o carnaval não fiz viagem longa, só saí para pedalar uma dezena de vezes por São Paulo, algumas com a Aline, William, Dom e fui inclusive nas manifestações na Avenida Paulista, após o incidente que causou mais uma morte de ciclista na cidade, por mais segurança, educação no trânsito e respeito a quem usa a bicicleta na cidade como lazer e principalmente como meio de transporte.
Além disso, aproveitando que estou de volta ao pedal, fiz uma tatuagem com esse tema. No dia 28 de Fevereiro, depois de uma longa espera na agenda (1 mês), fui até a Exotic Art em São Bernardo do Campo, onde fiz a tatuagem de uma corrente de bike na perna. O tatuador foi o Eduardo, indicado pela Aline, e também o recomendo muito. Além de gente boa o trabalho ficou excelente.
Além disso, no último final de semana, saímos de São Paulo no Sábado cedo a Aline, eu, Davi Caetano e Osvaldo rumo a São Bento do Sapucaí. A ida foi tranquila, chegando na cidade fomos direto almoçar e depois subimos para o bauzinho onde, com ameaça de chuva, seguimos a trilha até o col, onde vimos que a chuva estava realmente perto e abortamos nossa ideia de escalar (a chuva caiu forte 3 minutos depois que chegamos ao carro).
Sem muito o que fazer voltamos para a cidade, tomamos um açaí e depois fomos comprar nosso jantar, um ótimo estrogonofe preparado pela Aline. No abrigo do Eliseu, como esperado, encontramos o Felipe Uzum e o Victor Germano, ex-alunos do curso de escalada em rocha que haviam escalado a Elektra na Ana Chata no período da manhã e depois ido até a Falésia dos Olhos.
Sem ter muito o que fazer fomos dormir cedo e, no dia seguinte, logo depois do Victor e Felipe irem embora tomamos café e seguimos mais uma vez para o bauzinho, refazendo a caminhada até o col e iniciando logo o rapel até o platô onde começa a via Gregos e Troianos (5ºVI E2 75m). Eu já havia tentado essa via mas por engano entrei na via na sua direita, a Pimenta Honesta.
Na base nos equipamos e, depois de eu me enfiar em um lance errado logo no começo da parede e ainda abalado psicologicamente pela queda em SC que me deixou com dores por mais de 2 meses e por um grande stress em outra escalada durante o carnaval em Pancas, acabei desistindo de subir e deixei que o Osvaldo fosse guiando até a primeira parada, sendo um belo começo para suas escaladas em móvel.
Na sequência fomos eu, o Davi e depois a Aline, enquanto o Osvaldo já subia a 2ª enfiada da via até sua 2ª parada, sendo novamente seguido por nós três.
No final da via há a opção de emendar pela Learning to fly, via que fiz em 2009 com o Pedro Hauck mas decidimos ir embora por causa da ameaça de chuva e o tempo que levaria para fazer mais uma escalada com 4 pessoas. Como sugestão, para ganhar tempo e poder escalar mais alguma coisa, comentei sobre a Normal do Bauzinho (3º), que começa logo no col e seria um "atalho" para voltarmos para o carro.
Assim, do final da Gregos e Troianos voltamos para o Col, o atravessamos e começamos a subir para a base da Normal. Eu era o único que havia a escalado e, devido a facilidade e conhecer meus parceiros, fui subindo até que perguntaram: "não estamos na via?", ai eu disse: "sim, e acabando, termina logo aqui". Assim, em poucos minutos, nós 4 solamos a via e chegamos ao cume do bauzinho para algumas fotos e depois voltar para o carro ouvindo o som dos trovões que se aproximavam (obs: não recomendo seguir meu exemplo, se errar vai morrer, é sério!).
De volta ao centro mais um açaí, um bate papo com o Eliseu Frechou que mostrou algumas fotos da escalada em Mali, uma passagem para banho no abrigo e depois estrada para São Paulo, onde chegamos por volta das 20h.
A via Gregos e Troianos é muito bonita mas acabei não aproveitando muito. Ainda estou receoso com a escalada por causa das últimas viagens e acho que preciso de uns meses de férias para me recompor. Enquanto isso vou continuar pedalando umas 3x por semana como tenho feito e, chegando mais próximo da temporada de escalada, volto para as paredes.
Enviado por Tacio Philip às 19:47:25 de 12/03/2012
Depois de decidir - na última hora como sempre - para onde iríamos, na Sexta-feira às 11h busquei a Aline na faculdade e seguimos caminho rumo à Fernão Dias (BR381).
O começo do caminho é o mesmo que estamos "cansados" de percorrer para ir escalar na região de Bragança Paulista, mas aos poucos fomos passando as cidades que mais visitamos e deixando São Paulo para trás. Os primeiros cerca de 600 km da viagem foram tranquilos, pela Fernão duplicada até Belo Horizonte e sem trânsito. De lá em diante que as coisas pioraram, já de noite e com trânsito na saída de BH que leva à Vitória (e nosso caminho).
Sem muita pressa (não havia o que fazer) fomos seguindo pela continuação da BR381, paramos no restaurante "Tia Eliana" para jantar (recomendo, uma ótima lasanha com molho de queijo por R$9,90) e depois seguimos mais alguns quilômetros até o Graal onde, de um lado uma fila imensa de carros para comer caro e comida sem graça, do outro muitos caminhões estacionados para passar a noite, e foi lá onde paramos. Já cansados arrumamos o porta-mala-cama do Defender e deitamos para dormir.
No dia seguinte, dia 18, acordamos por volta das 8h, fizemos nosso café da manhã e por volta das 9h pegamos novamente estrada. No primeiro dia tínhamos percorrido uns 700 km e nesse segundo foram mais uns 450 km, sendo que o tempo no volante foi quase o mesmo já que a estrada piora a cada quilômetro avançado.
Mesmo assim o tempo passou logo, cruzamos a "fronteira" de MG/ES (em 4 km de estrada de terra) até que, às 16h e embaixo de uma forte garôa, chegamos no nosso destino: Pancas. Cidade que eu penso em visitar há uns 8 anos (inicialmente pensando em fotografar e mais ultimamente para escalar).
A cidade é bem pequena e ainda sem muita estrutura para turismo. Na nossa volta pela cidade passamos na única pousada (que estava fechada, devem ter viajado para curtir o carnaval) e em dois hotéis, para saber os preços. Demos ainda uma boa rodada até que conseguimos gelo, necessário para nossa "geladeira".
Com o clima melhorando fizemos ainda algumas fotos e depois seguimos para o sítio cantinho do céu, indicação do Oswaldo Baldin (para mais infos sobre escalada em pancas veja seu blog: blogdobaldin.blogspot.com/). Lá falamos com a Dna. Joana e logo estacionamos o carro onde seria nosso "acampamento" nos próximos dias.
No local conhecemos ainda o Felipe e Simone (escaladores do Rio) e, depois de pegar umas dicas sobre acesso de via, com o começo da noite fizemos nosso jantar e fomos dormir.
No Domingo, dia 19, acordamos, fizemos nosso café da manhã, arrumamos as mochilas e saímos a pé até a base da Pedra do Jacaré, onde fica a via Casa da mãe Joana D3 4º VI E3/4 330m. Na base coloquei a cadeirinha e logo percebi que faltava algo na mochila: as costuras! No dia anterior tinha tirado da mochila e havia esquecido no carro! Sem perder tempo voltei até o carro para buscar e mais alguns minutos estava de volta à base da via (felizmente é muito, mas muito perto!) para começar a escalar a 1ª enfiada.
Chegando na parada a Aline seguiu guiando a 2ª enfiada e então segui guiando as seguintes, sem maiores problemas, a 3ª e 4ª enfiadas até a P4. De lá a Aline começou a guiar e, não se sentindo muito segura e sem achar o caminho, decidiu parar em uma árvore e me dar a segurança para que eu continuasse.
Fui até onde ela estava, peguei as costuras e continuei a subida, tentando farejar o caminho (não havia croqui). Segui então próximo a um diedro até que, depois de esticar uns 30m de corda sem uma proteção, cheguei em um lance difícil de prosseguir e impossível de desescalar.
Fiquei alguns muitos e muitos minutos parado tentando resolver o problema até que consegui fazer uma travessia para esquerda, chegar em uma sequência mais tranquila e, para cima, encontrei a 5ª parada da via, realmente um alívio. Fazer uma enfiada com uns 45m com lance de 5ºsup/6º e exposição E5 (ou seja, sem nenhuma proteção), não foi muito agradável.
De lá o restante da via segue mais tranquilamente e logo chegamos ao seu final, subindo na mata após o final da parede, onde achamos a caixa (marmita) com o "livro de cume". Lá cogitamos que nossa escalada tinha sido a primeira repetição da via, já que não havia outro nome além dos conquistadores no livro (e depois confirmamos isso com o Baldin) e logo começamos a descer.
Tirando o fato que, mesmo sem muito Sol, lá é muito quente e nossa água havia acabado a descida foi tranquila. Descendo da P5 encontramos o caminho correto da via (onde há 2 chapas) e mesmo com alguns enroscos e embolamentos de corda logo estávamos no chão caminhando de volta para o "cantinho do céu" para o merecido descanso e litros de água.
Croqui da via Casa da mãe Joana - D3 4º VI E3/4 330m - feito por mim e pela Aline enquanto descíamos (enquanto o Baldin não lança o oficial)
À noite encontramos no sítio com o Baldin, André e Soldado, mais tarde jantamos a comida da Dna. Joana e logo fomos dormir para, no dia seguinte, depois do nosso café da manhã seguirmos de carro até a estrada e começarmos a caminhada pelas rampas de pedra da "Pedra da Cara".
Sem saber exatamente onde começava a via, nem por onde seguir, fomos subindo até que chegamos, depois de um bom tempo, à uma árvore onde eu acreditava ser o começo da via, e realmente era. Logo nos equipamos e subi a 1ª pré-enfiada de 60m até uma chapeleta com malha rápida (pré-enfiada porque o croqui do Baldin não considera as 2 primeiras como a via), segui os outros 60m da segunda e ai sim começamos a via (de acordo com o croqui).
Na P1, logo que a Aline chegou, ficamos um tempo olhando algumas nuvens de chuva que ameaçavam nos alcançar até que decidimos subir o restante, chegando logo no cume da Pedra da Cara pela via Face Oculta D1 3º IV E3 170m.
Cume da Pedra da Cara em Pancas - ES
No cume, com um visual espetacular, vimos que a chuva desviou por trás do Camelo e de lá víamos dezenas de picos rochosos ao nosso redor. Fizemos algumas fotos, alguns vídeos e, depois de encontrar o livro de cume próximo à parada da via e assiná=lo, começamos nossa longa descida.
Até a base onde está a árvore se desce rapelando, de lá uma longa e infinita caminhada por rampões de pedra (alguns lances bem expostos) até chegar novamente à estrada, pegar o carro e ir para a cidade comer um merecido açaí. Lá aproveitamos para pegar o resto do gelo que havíamos comprado (só tinham pacote de 10kg mas aceitaram guardar metade até esse dia) e voltamos para o sítio para o merecido descanso.
No dia seguinte, 21 de Fevereiro, nosso dia de partida, tomamos o café da manhã, arrumamos as coisas e por volta das 9h pegamos estrada. Com sugestão do Baldin subimos até as rampas de voo livre para ver a cidade por cima e, quando seguíamos para a rampa Sul (ou depois dela, ainda não sei), fui passar por um trecho com lama e o carro literalmente afundou e atolou (e quando se atola um 4x4 que estava em reduzida e com bloqueio de diferencial a atolada é séria).
Defender 110 atolado na lama em Pancas - ES
Tentei algumas vezes sair para frente ou para trás colocando peso onde as rodas rodavam em falso mas nada, o jeito era usar os macacos, erguer o carro e com uma pequena pá cavar (o chassi e diferencial haviam encostado no chão), calçar as rodas e tentar sair. Escrevendo é rápido, mas isso tomou quase 4h de trabalho meu, da Aline e, nos 30 minutos finais, de dois caras de Pancas que apareceram de moto e nos ajudaram. Mas, no final, imundo de lama conseguimos tirar o carro e seguir caminho.
Depois de desatolar o Defender em Pancas - ES
Depois de atolar e desatolar o Defender, dirigir quase 1km de ré
O retorno foi longo e desgastante, com algumas poucas paradas, até que chegamos um pouco antes de BH e paramos no hotel que fica atrás do restaurante "Tia Eliana", onde chegamos por volta das 22h depois de pouco mais de 500 km rodados. Lá o merecido banho para tirar um pouco da lama encrustada (ainda não saiu toda), fazer um miojo (era o mais rápido e prático) e ir dormir.
Na 4ª feira, último dia da viagem, tomamos o café da manhã no hotel e logo pegamos estrada. Felizmente passamos por BH sem nenhum trânsito e logo estávamos na parte boa da BR381 seguindo de volta para São Paulo. Nesse dia rodamos os 650 km que faltavam e, no começo da noite já deixava a Aline em sua casa e seguia para a minha para o merecido descanso.
Pancas vista da Rampa de voo livre Sul
Pancas vista da Rampa de voo livre (rampa da colina)
Ao total foram 4 dias de estrada, somando no final pouco mais de 2400km, para dois dias de escalada em Pancas - ES, e valeu a pena! A cidade ainda conta com poucas vias, mas o potencial é grande para se tornar um novo centro de escalada tradicional do Brasil. Vale a pena voltar com um batedor, broca e chapeletas!
Para mais infos sobre as vias e dicas sobre o local veja o blog do Oswaldo Baldin: blogdobaldin.blogspot.com/.
Postagem com um mês devido a um projeto que ocupou meu tempo 24h por dia durante mais de 2 semanas mas, no dia 27 de Dezembro, depois de acordar com o despertador, logo a Aline e eu colocamos todas as tralhas no porta-malas do carro (o que ainda não estava lá) e logo pegamos estrada, por volta das 8h da manhã, rumo ao Sul.
1º dia de viagem - 27/12/11
O primeiro dia se resumiu a uma única coisa: estrada. A ideia desse dia era esticar o máximo possível para o Sul.
Depois de sair de São Paulo e pegar a Serra do Cafezal (eternamente em obras) sem trânsito (coisa rara), seguimos pela BR 116 e depois BR 101 sem parar até pouco depois de Curitiba, onde paramos para o almoço. De lá mais estrada e, como havíamos decidido passar de Floripa e, se fossemos escalar por lá deixar para a nossa volta, continuamos pela estrada até Torres, já no RS, completando 960 km de estrada com direito a trânsito, tempestade e cansaço, estacionando o carro próximo da praia por volta das 23h onde logo jantamos e fomos dormir com o barulho da chuva forte que caia no porta-mala-cama transformado do Defender.
2º dia de viagem - 28/12/11
No dia seguinte acordamos, tomamos nosso café da manhã no porta-malas-cama-cozinha e fomos dar uma passeada pela praia. Demos uma volta pela praia, subimos pelas trilhas até o topo das falésias (primeira vez que eu visitava uma falésia de verdade) e, depois de almoçarmos, pegamos nossas coisas e fomos escalar.
O local tem um potencial absurdo pra escalada, tendo várias vias grampeadas e muitas outras possibilidades. Os únicos poréns são: muitas proteções podres e agora é proibido escalar lá! Como se não bastasse outros lugares, agora Torres também está na lista de lugares onde não se pode escalar. Os políticos e orgãos ambientais não se preocupam com farofa, sujeira, desmatamento mas sempre inventam uma desculpa para que escaladores não acessem o lugar (talvez até com razão graças a alguns "escaladores" que usam a base da parede para se drogar). Com isso, escalei uma via, desci, e quando a Aline também a escalava vieram me dizer que não podia (até essa hora eu não sabia). Depois disso a única saída foi descer, guardar as coisas no carro e pegar estrada, deixando para trás uma cidade que não pretendo pisar outra vez (a menos que voltem a permitir a escalada, além disso não há mais nada que me atraia lá).
De lá seguimos de volta para a divisa de SC e entramos sentido Praia Grande, de onde continuamos por uma serra em estrada de terra até Cambará do Sul, de volta ao RS, onde ficamos em uma pousada.
3º dia de viagem - 29/12/11
Em Cambará acordamos, tomamos o bom café da manhã (Pousada Santos, recomendo, infelizmente o albergue que eu já havia ficado não existe mais) e saímos em direção ao PN Aparados da Serra, um parque nacional que deve se inspirar no PN Iguaçu, onde você consegue "passear" sem sujar a sola do sapato, se assim preferir. Mesmo sabendo das "todas" proibições (o que você imaginar além de andar na estrada é proibido) fomos até o mirante do canion itaimbezinho e depois do lado oposto olhar (de longe) umas cachoeiras. Lá perto inclusive achei um começo de trilha com u7ma placa do Ibama interessante, veja aqui a placa e meu recado para eles.
De lá saímos então rumo a outro parque nacional, o Serra Geral, onde fica o Canion Fortaleza. Mesmo embaixo de garôa e com visibilidade zero acabamos seguindo até ele, deixando o parque no final da tarde.
De volta à estrada seguimos agora rumo à Canela, seguindo por uma estrada alternativa onde atravessamos de carro um belo rio, chegando ao nosso local de acampamento (Refúgio Canastra, que estava vazio) com as últimas luzes do dia. Lá mais uma vez preparamos nosso jantar, arrumamos a cama e fomos dormir.
Atravessando riacho na região da Canastra Alta (RS) com o Defender
4º dia de viagem - 30/12/11
Depois de um bom café da manhã, com a companhia de dois cavalos, arrumamos as mochilas com o equipo de escalada e seguimos rumo à base do Pico da Canastra. O local é muito próximo e a trilha muito tranquila, tanto é que tive que percorrê-la duas vezes quando descobri que eu havia esquecido o freio no carro.
De volta à base a Aline começou a guiar a primeira enfiada da via Bugio Solando 6b, e fomos alternando as guiadas até chegarmos ao cume da agulha, depois de 4 enfiadas, para assinar seu livro de cume. De lá uma sequência de rapéis por outra linha e, como tínhamos ainda muito tempo e mais ainda disposição, subimos na sequência a via Ronco do Bugio 5º, guiando até o final da 3ª enfiada, de onde pode-se seguir pela via que tinhamos acabado de escalar.
De volta ao chão seguimos a trilha para o refúgio, preparamos nosso jantar e depois fomos dormir.
5º dia de viagem - 31/12/11
No último dia de 2011 acordamos no Refúgio Canastra, demos uma enrolada fazendo fotos, olhando a paisagem e, sem pressa, guardamos as coisas no carro, nos despedimos dos cavalos e seguimos estrada rumo à Canela.
Na cidade uma pausa no supermercado para repor os mantimentos e em seguida mais estrada, passando por Gramado e seguindo agora até próximo de Caxias do Sul, estacionando na famosa Gruta da 3ª légua, onde estão algumas das vias mais difíceis do Brasil (vários 11a entre muitas outras não muito mais fáceis que isso).
Na gruta, mesmo embaixo de chuva, descemos até onde ficam as vias e fomos "brincar", ou melhor, "levar um espanco" de duas vias. Resolvemos entrar em duas que já possuiam costuras, assim não sofreríamos para desequipá-las, então entrei em um 9b - que só consegui isolar os movimentos até a parada usando as costuras como auxílio - e depois um 8b (acho), que desistimos antes da 2ª costura.
Com os braços quase tijolando ficamos então fazendo algumas travessias na parede de basalto negativa, depois algumas fotos e então, no final da tarde, voltamos para o carro para nosso jantar, deixando apenas o despertador programado para 23h50, hora que acordamos para brindar a mudança de ano (para que comemorar um ponto de passagem da Terra em volta do Sol?) e depois voltamos a dormir.
6º dia de viagem - 01/01/12
No primeiro dia do ano acordamos com bastante chuva, tomamos o café da manhã e depois fomos brincar de travessias na gruta. Com as mãos e braços ainda cansados não rendeu muito então fizemos mais algumas fotos e antes do horário do almoço estávamos no carro seguindo nosso caminho.
Esse foi outro dia curto de estrada e nos levou até o Campo Escola Behne, que fica dentro de um camping com o mesmo nome, na cidade de Ivoti. Lá estacionamos, fizemos uma caminhada longa a procura da base da parede (depois a encontramos e vimos como é perto, menos de 5 minutos!) e fomos então escalar, procurando algumas poucas vias que não estivessem molhadas.
Escalamos alguns 6º graus, inclusive sem conseguir ir até o final por causa da parede molhada, e então voltamos para o acampamento (recomendo!) que possui toda a infraestrutura que precisávamos (chuveiro e local para acampar). Lá um banho, um lanche natural, uma sinuca com cerveja e depois mais uma noite de sono no porta-mala-cama.
7º dia de viagem - 02/02/12
Mais uma vez acordamos no carro, tomamos nosso café da manhã e, mesmo com uma forte chuva de madrugada, resolvemos ver como estaria a parede já que fazia muito Sol. Na base da parede vimos que havia algumas vias mais secas que no dia anterior e então fomos escalá-las, entrando em outros 6ºs e fechando a tarde com alguns 5ºs para dar um volume maior aos dedos.
O Campo Escola Behne é um lugar que com certeza que voltar. O arenito é de boa qualidade e tem muitas vias que merecem ser escaladas, só espero retornar em uma temporada mais seca.
De volta ao acampamento mais um banho (não sabia quando seria o próximo), as coisas no porta-malas e de volta à estrada. Durante a viagem toda não tínhamos um plano fixo, só algumas ideias, então pensamos em esticar até o Chuí. Depois de mais de uma hora passamos por Porto Alegre e seguíamos para o Sul quando percebemos que a estrada era muito ruim e já era tarde, o que faria que nossa ida se tornasse mais uma corrida de resistência do que curtição, então, depois de alguns quilômetros, resolvemos voltar.
Paramos o carro no acostamento, olhamos o GPS e o mapa no notebook então voltamos para Porto Alegre e de lá fomos para o litoral pela BR 290, fazendo uma pausa para lanche em Tramandaí e depois para "acampar" em um terreno vazio ao lado de uma casa em frente ao mar.
8º dia de viagem - 03/02/12
Acordamos na nossa residência em frente ao mar, tomamos o café da manhã e mais uma vez estrada, seguindo agora rumo ao Norte pela RS 389, passando sem sequer parar em Torres, indo parar para almoçar em Lauro Muller.
De lá subimos a Serra do Rio do Rastro (recomendo a visita) com muitas e muitas pausas para fotografias. No seu final, decidimos seguir por um caminho alternativo que nos levou até o Pico Monte Negro, ponto mais alto do RS ao lado do canion do mesmo nome. Depois de subir até seu cume mais um pouco de estrada e mais uma caminhada muito light até o cume do Pico da Cruzinha, que tinhamos visto no GPS.
De volta ao carro com muita ameaça de chuva e vento forte seguimos estrada e, depois de muitos outros quilômetros de estrada de terra e cruzando mais uma vez a divida SC/RS (Rio Pelotas) chegamos em São Joaquim, onde nos hospedamos na pousada de mesmo nome e depois, com a cidade parecendo uma fantasma, fomos até uma das praças jantar, fechando a noite dessa vez em uma cama de pousada (bem familiar).
Zig-zag em estradas de terra na fronteira RS/SC
9º dia de viagem - 04/02/12
No dia seguinte um café da manhã na pousada e logo em seguida mais estrada, agora indo até Urubici, parando para olhar algumas inscrições rupestres e de onde seguimos por uma trilha para 4x4 muito interessante e divertida que nos levou próximo ao Morro da Igreja, um dos pontos mais altos de SC e onde costuma nevar no inverno.
Próximos do Morro da Igreja uma placa dizendo o bla bla bla de proibido bla bla bla de sempre, então, como sempre, abri a porteira amarrada com cadarço velho de tênis e segui de carro até o cume da montanha. Só dá pra percorrer esse trecho de 4x4, mas fico me perguntando: por que eles proibem fazer a pé uma "trilha" que é uma estrada de manutenção de torre??? Não seria apenas "querer ser chato"??? "Institutos ambientais": VTNC!
Subida do Morro da Igreja em Urubici - SC
De volta ao carro depois de umas fotos no cume (ao lado do carro), seguimos a estrada para a cidade, almoçamos e fomos para mais uma serra que merece visita, a Serra do Corvo Branco, mais vazia e mais impressionante que a serra que havíamos visitado no dia anterior.
Ao final da descida mais alguns muitos quilômetros e chegávamos então, mais uma vez, à BR 101, seguindo agora rumo ao Norte. De lá continuamos pela SC 280 e, já de noite, encontramos um lugar para estacionar, preparar nosso jantar e dormir, já em São Francisco do Sul.
Início da descida da Serra do Corvo Branco
10º dia de viagem - 05/02/12
Como sempre acordamos sem muita pressa, fizemos o café da manhã e, depois de olhar o guia de escalada do local, seguimos para o Pão de Açucar. Quase na base estacionamos o carro, pegamos os equipamentos e, depois de indicação dos moradores locais, seguimos pela trilha que nos levou à base da parede.
Na base nos equipamos e a Aline começou guiando a primeira enfiada da via Desbravadores 5º Vsup E3. Na sequência fui eu, logo começando a segunda enfiada, e aí que as coisas começaram a ficar "interessantes". Depois de umas 4 proteções fixas a via chega a um pequeno platô onde, pelo croqui, continua com proteções fixas para a direita (onde não via caminho para passar por causa de mato e árvores) ou por uma fenda, bem óbvia e bonita, direto para cima.
Sem procurar muito a linha mais tranquila segui pela fenda, colocando uma proteção no começo da fenda e uma segunda no seu final, de onde eu não conseguir subir reto por causa de mato e via, bem na minha direita, uma chapeleta da linha original.
Tentei algumas vezes para todos os lados e a minha melhor opção era atravessar para a direita, de volta à linha original da via, de onde eu seguiria alguns poucos metros até a parada que devia estar quase na minha cabeça. O problema é que essa travessia foge completamente da graduação da via, com um movimento de confiança em pé totalmente chapado no nada e alto (para baixo esse trecho de pedra ficava negativo) e para as mãos, apenas um veio de cristais muito pequenos. Tentei e tentei algumas vezes e, quando decido de vez transferir meu peso para o pé direito e tirar o esquerdo da fenda, eu estava em um caminho sem volta, não havia mais como voltar.
Lá, com as mãos bombando me regletes horríveis, o pé ameaçando escapar e em uma posição horrível, muito encolhido, chegou o final das forças e tive que falar para a Aline: "Queda!", respirar fundo e me soltar.
Era para ser uma queda idiota, de uns 3m, e parar próximo do platô. Isso se a peça que estava no final superior da fenda não saísse com a minha queda. Logo que me soltei senti a corda esticar e em seguida o incomparável barulho de peça sendo sacada da parede, quando pensei: "que m*@!*". Além disso a peça abaixo não estava muito boa, mas, depois de ser jogado para fora da parede no platô e uns 8 metros de queda ela me segurou com um belo tranco, me atirando com força de volta à parede.
Na hora a dor foi muito forte, pensando depois, acredito que, quando eu bati no platô e fui jogado para fora da parede eu caí deitado. Quando a corda esticou tive uma superextensão na coluna (ou seja, ela virou pro lado que não devia) e na volta fui de ombro/cabeça na parede, o que deixou tudo preto por alguns instantes.
Com muita dor pedi para a Aline me descer até um platô de mato onde consegui deitar. Fiquei lá alguns minutos tentando me recuperar até que pude pedir para a Aline me descer até a parada onde ela estava. Lá muitos outros minutos com muita dor até que eu consegui dar a seg para que ela subisse para limpar a parede.
Com a Aline de volta à parada comecei a descida, chegando ao chão onde finalmente pude tirar a cadeirinha e mais uma vez deitar um pouco. Mais alguns minutos e, com as coisas guardadas e com auxílio de 2 troncos como bastões de caminhada, seguimos pela trilha de volta ao carro, onde deitei mais uma vez no chão esperando a dor diminuir.
Ainda com muita dor nas costas, uma mancha roxa grande no ombro mas começando a ter fome, seguimos pela estrada rumo a BR 101, retornando depois de um ponto onde havia caído uma ponte e o trânsito não andava, aproveitando então para almoçar.
De volta ao carro seguimos mais uma vez rumo ao trânsito que desviava por uma estrada de terra até que parou de vez por causa de dois caminhões que se travaram na estrada. Sem perder muito tempo demos meia-volta e, depois de uma indicação, seguimos por uma estrada que o morador local chamou de "estrada do inferninho", onde só dava pra ir de 4x4 e passaríamos por área indigena/rippie e por aí vai.
Esse trecho foi muito interessante em uma estrada que segue uma linha reta perfeita atravessando alguns atoleiros, buracos e riachos que inundavam o caminho. No começo placa de área de preservação federal e no final uma mineiradora, mais uma vez mostrando que o caminho dos institutos não é preservar, mas só encher o saco e permitir práticas pouco "ambientalmente corretas".
Icmbio proibe acampamento, caminhadas etc mas permite mineiradoras
Mais um pouco de estrada de terra e saímos então na BR 101, seguindo rumo ao Norte o máximo possível já que no dia seguinte queríamos chegar em São Paulo. Fomos seguindo até de noite, parando então para dormir na "casa-carro" pela última vez nessa viagem em um posto de caminhoneiros, já no vale do Ribeira.
11º dia de viagem - 06/02/12
No nosso último dia acordamos cedo, tomamos café e seguimos estrada, chegando em São Paulo na metade da tarde, quando deixei a Aline na 90 graus para um dia normal de trabalho, e voltei para a minha para o merecido descanso.
Fechamento de viagem
Essa viagem foi muito boa. Ao total rodamos mais de 3300 km em 11 dias na estrada, sendo que passamos 8 noites no "porta-mala-cama-cozinha" adaptado do Defender, o que tornou a viagem confortável (a cama ficou melhor que algumas pousadas que já fiquei) e mais barata do que se fossemos pagar hotel ou pousada todos os dias.
Final do "roteiro romântico de escalada" pelo RS/SC
De lá para cá passei muitos e muitos dias na frente do computador terminando um projeto, mais alguns outros dias me recuperando da lesão (que ainda dói) e, há pouco mais de 1 semana já pude ir assistir um show do Eluveitie e voltei a treinar e à prática esportiva com a Aline, tendo pedalado em São Paulo duas vezes, treinado na 90 graus algumas outras e ontem, ainda subimos a pé e escalamos na Pedra Grande de Atibaia. Aos poucos a dor vai diminuindo e vou voltando a colocar os músculos para ralar.
E que venha a próxima viagem no mesmo estilo (em breve!).
E abaixo um vídeo feito ontem mostrando mais um lugar que tem autorização ambiental para desmatamento. Veja fotos no link Desmatamento Pedra Grande - Atibaia.
Desmatamento na Pedra Grande - Atibaia
Enviado por Tacio Philip às 19:32:31 de 30/01/2012
Post "um pouco" atrasado (e curto), mas só para colocar em dia (e ter registrado, afinal esse blog serve como minha agenda quando quero lembrar o que fiz), no mês passado, dia 10 de Dezembro, depois de me encontrar com o Dom e o Fernando na frente da 90 graus (onde deixei o carro por ser perto da casa do Dom), seguimos de carro até onde começaríamos o pedal pela 3ª Rota Cicloturística Marcia Prado, roteiro que sai de São Paulo e vai até Santos, com cerca de 100 km.
O começo do pedal foi bem frio e úmido com uma garôa que ia e voltada a cada minuto. O tempo foi passando, aos poucos fomos saindo de São Paulo e, quando chegamos na região das represas, onde se atravessa 2 trechos em balsa, já estávamos bem molhados e sujos de lama (uns 20 km do trecho são em estrada de terra). De lá seguimos pedalando até a saída na Rod dos Imigrantes onde tivemos que esperar um bom tempo até liberarem nosso acesso pela rodovia até o ponto onde começa a descida da serra pela estrada de manutenção. No posto de controle no início da descida muita desorganização mas, depois de entregar uma ficha rasgada e molhada com nome, começamos a descida, ainda embaixo de garôa e bastante frio.
Eu havia feito esse trecho de descida há dois anos com o Ale, quando fizemos só o trecho de serra ida e volta, mas agora estava fazendo o percurso completo (e vale a pena!). Aos poucos e sem muita pressa fomos descendo, quanto mais baixo íamos melhor o clima ficava e, no começo da tarde, chegamos com um lindo céu azul e Sol na cidade de Santos (e finalmente secos). Lá a mulher do Dom nos buscou, bebi uma merecida água de coco na praia, almoçamos e depois de colocarmos as bikes no carro pegamos a estrada de volta para São Paulo.
Na semana seguinte, dia 13, depois da Aline e eu irmos patinar no gelo embaixo da Ponte Estaiada, começou a 6ª turma do Curso Básico de Escalada em Rocha, tendo aulas também nos dias 15 e 17 (com direito, após a aula prática e antes do retorno pra SP, a um voo panorâmico em Bragança Paulista), formando assim mais um grupo de escaladores e fechando o ano com 6 turmas e muitos novos escaladores que encontro pelo ginásio e vejo agitando saídas para a rocha.
Na outra semana teve mais um dia de pedal, em um final de tarde de uma quarta-feira, dia 21, quando a Aline e eu fomos até Paranapiacaba pedalar por algumas estradas de terra. No final não fizemos o roteiro completo que eu havia imaginado (ele era mais técnico e forte que eu pensava) mas mesmo assim foi bom para dar uma movimentada nas pernas. E agora ficou o gostinho de voltar para fazer o roteiro planejado por inteiro.
O resto dos dias do ano foram por São Paulo, sem fazer nada demais, só pensando no que fazer no reveillon (fato que foi decidido só na véspera da viagem) e que merece um post a parte em breve ;-)
E abaixo alguns vídeos:
Rota Marcia Prado 2011 - antes da 1ª balsa
Rota Marcia Prado 2011 - balsa lotada
Rota Marcia Prado 2011 - pausa para lanche na descida da serra
Patinação no gelo - São Paulo - SP
Voo panorâmico em Bragança Paulista
Aline pedalando em Paranapiacaba
Enviado por Tacio Philip às 20:24:16 de 09/01/2012
CRONOGRAMA: Sábado, 11/Fev/2012 das 13h às 17h
- como nosso cérebro enxerga uma imagem 3D;
- o que é um anaglifo;
- como fotografar um anaglifo (com prática no local);
- cuidados ao fotografar;
- como montar um anaglifo (prática com software Photoshop);
Este é o 1º workshop fotografias 3D (anaglifos) do Brasil. Para fazer esse curso você pode ter qualquer modelo de câmera digital (recomendamos modelos que tenham ajuste manual). É recomendável, para o curso, que o aluno leve sua câmera e notebook com software Photoshop para os exercícios práticos. Óculos para visualizar anaglifos serão fornecidos.
LOCALIZAÇÃO:
Curso em São Paulo - SP.
Local: Av. do Cursino, 3653 sala 23 - São Paulo/SP
INCLUSO NO WORKSHOP:
Treinamento teórico sobre funcionamento das imagens 3D (anaglifos);
Treinamento prático para fotografar imagens 3D;
1 par de óculos plástico para visualizar/montar suas imagens 3D;
5 pares de óculos cartão para presentear amigos;
Certificado.
CUSTOS:
R$ 150,00 à vista ou em 2 x R$85,00
PRÉ-REQUISITOS:
Para o Workshop Fotografias 3D (anaglifos) o aluno deve ter câmera digital e é recomendável que leve para o curso também notebook com software Photoshop instalado. Caso tenha alguma dúvida entre em contato.
Tentando colocar o blog em dia, depois de alguns dias de escalada em Los Gigantes e mais alguns em La Ola, ambos na região de Córdoba, aproveitando a hospedagem e companhia do grande Cidão que hoje em dia mora em Villa Carlos Paz, no dia 10 de Novembro o Victor e eu pegamos um voo bem cedo de Córdoba para Mendoza.
Logo chegando em Mendoza fomos até um hostel e logo em seguida saímos para comprar comida, guia de escalada, gás e tudo que precisaríamos para os próximos 15 dias em Los Arenales. A compra só não foi melhor porque não encontramos nenhum macarrão estilo "miojo" (que seria nosso café da manhã), mas que foi muito bem substituído por alguns quilogramas de aveia e leite em pó. Além disso tivemos um pouco de trabalho para efetuar todas as compras já que quase tudo fecha no período das 14 h às 17 h (nesse horário nossa única opção foi voltar para o hostel e dormir um pouco).
Com tudo comprado, no dia seguinte cedo embarcamos na rodoviária rumo a Tunuyan, cidade a 1h10 de Mendoza. Logo que chegamos na rodoviária e começávamos a pensar no transporte para Arenales conhecemos o Jaro, eslovaco com quem escalamos alguns dias depois. Com tudo negociado com o Yagua, morador de Manzano Histórico que faz o traslado de escaladores, por volta do meio dia seguíamos até o refúgio, a cerca de 2 h de Tunuyan.
Logo chegamos fizemos uma caminhada pelo local, impressionados com a quantidade de agulhas e fendas nas paredes, com uma infinidade de vias e outra infinidade a ser aberta (é simples, pra quem quiser é só olhar uma parede e abrir uma via ou variante). Depois disso voltamos para a barraca e ansiosos com o próximo dia fomos dormir (acabamos ficando na barraca só uns 3 dias, depois nos mudamos definitivamente para o refúgio).
Os próximos 14 dias, tirando os poucos dias de descanso (que felizmente coincidiram com poucos dias de chuva), foram praticamente iguais, acordando não muito cedo (normalmente por volta das 9 h), tomando café da manhã, saindo para escalar, voltando para a janta e indo dormir para no dia seguinte escalar mais. Dessa maneira escalamos as seguintes vias/agulhas durante a nossa permanência em Arenales (graduação francesa):
11 a 26/11/11 - Cajon de los Arenales, Mendoza, Argentina
Ya te Guaverigua (Pilar Oeste) 6b 230m - Aguja Charles Webis
Armónica (Espolon Oeste) 225m 5+/6a - Aguja Campanille Alto
Mejor no Hablar de Ciertas Cosas (Canal y Pilar Norte) 500m 6b - Aguja El Cohete
Il Patagonico (Espolón y cresta Noroeste) 460m 5+/6a - Aguja Casemiro Ferrari
Pilar y Cresta Noroeste 180m 5+ - Aguja Alta Nuez
Deja ya de Joder 280m 6a / Kamikase 20m 6b - Aguja Carlos Daniel
Mujeres , Tequilas y Otras Yerbas 180m 5+- Aguja Nuez
El Zorro (Pared Oeste) 200m 5+ - Aguja Cara del Inca
Patricia 200m 6a+ - Muralla Central
Historietas 22m 6a+ / Running 23m 6b+ / Bolzano 23m 5+ / Strip Tease 23m 6a+ - Pared de La Mitria
No nosso último dia em Arenales, dia 26 de Novembro, acordamos no horário de sempre, tomamos nosso café da manhã, arrumamos nossas coisas (conseguimos comer praticamente tudo que havíamos comprado, acertamos nas contas e só sobrou um pouco de óleo, alguns sachês de mate, sal e 250g de macarrão) e seguimos nosso caminho nos despedindo de todos que conhecemos por lá e que ainda ficariam alguns dias. Ao meio-dia, conforme combinado, o Yagua nos buscou e seguimos então para Tunuyan onde, depois de um bom e barato almoço seguimos para Mendoza para o merecido banho depois de 17 dias à seco (meu record até agora).
Em Mendoza, com a sensação de "trabalho feito" passeamos pela cidade onde aproveitamos para experimentar algumas cervejas artesanais e, no dia seguinte à noite embarcamos em mais um voo de volta à Córdoba, sendo mais uma vez recebidos pelo Cidão.
No nosso último dia na Argentina só passeamos por Carlos Paz, fizemos compras e arrumamos nossas malas, embarcando de volta para São Paulo na madrugada seguinte.
Essa viagem foi bem proveitosa e, se não me engano, pelos cálculos do Victor, escalamos 52 vias. Mas mesmo assim eu esperava um pouco mais de Arenales, acho que devido a minha primeira ida pra escalar na Argentina ter sido para Chalten, tirando as aproximações chatas em moraina de Arenales o restante é bem tranquilo, tanto é que é o local de escalada de final de semana de quem mora em Mendoza, não tem nada do que os brasileiros fazem de mistificação do lugar. Mas vale a pena a visita.
E, durante essa permanência usamos como guia o Escaladas en Mendoza - Mauricio Fernandez, recomendo (inclusive o meu foi autografado pelo autor, que passou alguns dias por lá).
E, para quem quiser uma referência, abaixo lista de comida que levamos para 15 dias em Arenales:
8 latas 250 g de sardinha
10 latas 170 g de atum
1 L óleo
4 kg macarrão diverso
4 pacotes de sopa
4 pacotes de molho desidratado
1 pacote de molho pronto
1 caixa de extrato de tomate
1 peça de salame (1 kg)
200 g de queijo ralado
1 pacote de mostarda 200g
1 pacote de orégano
0,5 kg de amendoim salgado
1,6 kg de aveia
1 kg açucar
500 g sal
0,5 kg uva passa
1 geléia de morango
1 pote doce de leite
1 caixa de chá (50 pacotes)
0,5 kg capuccino
2,4 kg leite em pó
30 pacotes de suco
6 barras de chocolate
4,7 kg bolachas doces
540 g bolachas salgadas
240 g torrones
22 barras de cereal
20 alfajores
1 sabonete
1 detergente
1 abridor de lata
1 pacote 6 rolos de papel higiênico
3 cilindros gás (450 g cada)
E as cervejas degustadas durante o mês na Argentina:
Quilmes stout
Quilmes gold
Quilmes bock
Andes gold
Andes porter
Duff gols
Duff Strawbeer
Aldea Gala porter
Jagger oatmeal stout
Don Otto negra bock
Don Otto negra stout
Don Otto roja
San Antonio de Arredondo negra
Enviado por Tacio Philip às 19:55:06 de 19/12/2011