Seguindo a nova tendência internacional de serviços "pay-what-you-want" (pague quanto você quer), estou lançando o primeiro curso de fotografia no Brasil (talvez no mundo) onde você paga quanto você acha que ele vale.
Esse novo curso, com início dia 04 de Novembro, foi dividido em 2 módulos: uma primeira parte básica e uma específica sobre macrofotografia. Resolvi fazer nesse novo formato pelo fato de ter alunos interessados em aprender sobre macrofotografia que ainda não tem o conhecimento básico sobre fotografia, o que realmente atrapalha o aproveitamento do curso específico. Para esses casos recomendo muito que façam os dois módulos.
Também é possível fazer apenas um dos módulos, mas entre em contato antes para que possamos conversar, quero garantir que o aprendizado seja máximo neste curso.
CRONOGRAMA:
Módulo 1 - base fotográfica
5ª feira, 04/11 das 19h30 às 22h30 - aula teórica
- principios de fotografia
- fotometria manual
- introdução ao flash para uso na natureza
Sábado, 06/11 das 9h30 às 15h30 - aula prática
- fotometria manual
- flash durante o dia
- uso de lentes
- experimentando a macro
5ª feira, 11/11 das 19h30 às 22h30 - aula teórica
- revisão de fotos
- dúvidas
- apresentação da macrofotografia
Módulo 2 - macrofotografia e close-up
5ª feira, 02/12 das 19h30 às 22h30 - aula teórica
- introdução sobre macro (definições)
- equipamentos para macro e close-up
- iluminação em macro
- técnica para macrofotografia
Sábado, 04/12 das 9h30 às 15h30 - aula prática
- ganhando ampliação
- iluminação em macro
- técnica macro
5ª feira, 09/12 das 19h30 às 22h30 - aula teórica
- revisão de fotos
- dúvidas
Cada módulo tem duração de 12h entre teoria e prática.
Preferi também dar esse espaço entre os dois módulos para que os participantes que façam ambos tenham um bom tempo para praticar e fixar os conteudos abordados antes de continuar os estudos.
Este será o curso de macrofotografia mais completo existente no mercado mas é esperado que todos os alunos dominem fotometria manual, uso básico de flash, conheçam lentes e dominem a relação entre abertura e profundidade de campo etc. Para quem ainda não tem esse domínio, a oportunidade de aprender é no primeiro módulo!
LOCALIZAÇÃO:
Ambos os cursos serão em São Paulo - SP.
Aulas teóricas (A): Av. do Cursino, 3653 sala 23 - São Paulo/SP
Aula prática (B): Jardim Botânico, Av. Miguel Stefano, 3031 - São Paulo/SP
Veja os locais no Google Maps
CUSTOS:
Como dito no primeiro parágrafo, esse é um curso no formato "pay-what-you-want" (pague quanto você quer) e não há um valor definido. No término do curso haverá uma caixa cofrinho onde você depositará quanto você acha que o curso valeu para seu aprendizado em fotografia.
Apesar de estarmos em um país onde a maioria se vangloria - em vez de se envergonhar - do jeitinho brasileiro, estou apostando no bom senso e honestidade das pessoas, principalmente se tratando de alunos que tem interesse em aprender sobre fotografia e com bom nível cultural.
Cabe às condições e consciência de cada um dar o valor que acha justo para o meu curso. Minha parte eu farei, dar um bom curso.
PRÉ-REQUISITOS: Módulo 1 - base fotográfica
Para o módulo 1 é necessário que o aluno tenha câmera reflex (tipo de câmera que possibilita a troca de lentes) com flash incorporado e/ou flash externo.
Módulo 2 - macrofotografia e close-up
Para o segundo módulo o aluno deve ter câmera reflex com flash incorporado e/ou flash externo + algum acessório para macrofotografia (lente macro ou acessório que permita maior aproximação que a lente "sozinha").
INSCRIÇÕES:
Para mais informações e inscrições entre em contato pelo site www.macrofotografia.com.br informando seu nome completo, módulos de interesse, qual o seu equipamento fotográfico e suas expectativas para o curso.
As pré-inscrições já estão abertas e a turma será confirmada assim que tiver 6 alunos (e no máximo 12). Se você pretende participar me informe! Próxima turma? Só em 2011 (quem sabe...)
Faz alguns meses que estou ensaiando escrever um texto sobre o que é, pelo menos para mim, o verdadeiro crux no mundo do montanhismo e escalada: conseguir bons parceiros. Hoje em dia devo ter uma meia dúzia de verdadeiros parceiros para montanha e uns quatro para escalada - muitos quase-parceiros vem e vão mais rápido que o vento nos cumes (e acho que ainda chutei alto a quantidade). Para expor um pouco meu ponto de vista vou dividir esse texto em duas partes:
escalada
depois de escalada em solitário
A dificuldade de conseguir parceiros para escaladas começa no meu estilo preferido de escalada: vias tradicionais e big wall (artificial). Mesmo escalando há 10 anos, hoje em dia escalo vias de 7º grau confortavelmente e só escalei um 8a, não sendo a dificuldade de uma via pela sua graduação o meu foco, o que gosto são as grandes e desprotegidas paredes em móvel.
Apesar de haver um grande número de escaladores rodando por aí, é raro encontrar algum que goste de escalar vias tradicionais, principalmente protegidas em móvel, e muito mais raro ainda encontrar quem goste e pratique escalada artificial. É fato que a maioria absoluta prefere o boulder ou, no máximo, vias esportivas curtas e com acesso fácil.
Eu acho que o estilo da escalada reflete também muito a personalidade da pessoa, normalmente escaladores esportivos ou de boulder gostam de juntar galera e ir pra base da parede com bastante gente pra incentivar seus movimentos na parede. Eu sou de um tipo diferente, se tem 5 pessoas juntas já acho que é uma galera e acima disso já começo a achar desagradável. Além disso gosto de escalar em silêncio, me concentrar nos movimentos, e roubando uma frase do Eliseu: "gosto de esticar corda".
Além disso, outra coisa que simplesmente não tolero é viciado em drogas em base de parede. Últimamente não tenho encontrado muitos aqui em SP, nisso tenho experiência e no Rio é maioria absoluta o número de escaladores que param pra curtir seu baseadinho na base da parede depois da escalada. E quem me conhece sabe: eu não sou amigo de maconheiro (veja esse link para entender minha posição sobre o tema).
montanhismo
durante travessia Marins-Itaguaré solo
No montanhismo a maior dificuldade é encontrar parceiros que estejam dispostos a entrar em roubadas. Hoje em dia posso dizer que já tenho alguma experiência em montanha e subir o Pico da Bandeira, Agulhas Negras ou até fazer uma Serra Fina não passa de um passeio. Não é que eu não goste dessas montanhas, vivo as repetindo, mas meus projetos pessoais atuais incluem montanhas mais remotas e com acesso complicado, sem trilha aberta, carregando o mínimo possível (normalmente nem barraca levo) e sem a certeza de conseguir alcançar seu cume. Além disso muitas são montanhas desconhecidas, o que já desanima os novos montanhistas.
Outro fator é, como descrevi acima, o gosto e estilo dos meus parceiros de montanha. Acho que todos eles acham um grupo de 5 pessoas um grupo grande. Para mim o número ideal é entre 1 e 4 pessoas, sendo até 6 tolerável, acima disso para mim é farofa e raramente faço alguma montanha com esse número de pessoas (no exato momento nem lembro de alguma que fiz com tanta gente).
Outro limitante é o mesmo citado acima: drogados. Eu simplesmente não faço trilha com maconheiros e cachaceiros. Quando estou em casa gosto de beber uma cerveja durante o jantar (normalmente uma Guinness ou Erdinger) e se quiser comemorar a subida de uma montanha em um restaurante com uma cerveja até te acompanho, mas levar garrafinha com conhaque, pinga, whisky ou o que quer que seja não combina com o ambiente de montanha. Até porque em vez de cuidar de alguém bêbado em uma montanha eu simplesmente preferiria jogá-lo montanha abaixo.
Acho que daria para esticar esse texto até publicar um livro, meus amigos e parceiros de escalada sabem muito bem o quão seletivo eu sou (para não dizer chato, acho que eles mesmos diriam isso). Mas mesmo com isso prejudicando quantitativamente o número de parceiros, assumo que às vezes faltam parceiros para alguns projetos, isso me favorece qualitativamente. Eu sei que posso confiar totalmente neles e eles sabem que também podem contar comigo. Além disso, como costumo fazer escalada e montanhismo com as mesmas pessoas, nós já nos conhecemos e sabemos os pontos fortes e fracos um do outro e isso é de grande ajuda quando se está em um ambiente pouco amigável.
E falando nisso, no próximo final de semana estarei com alguns deles novamente pelas montanhas e quem sabe paredes. Mais notícias e fotos após nosso retorno!
Enviado por Tacio Philip às 21:56:06 de 05/10/2010
Dicas de acesso às montanhas do Parque Nacional do Caparaó
Tacio Philip ? www.tacio.com.br
O Parque Nacional do Caparaó está localizado na divisa dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo e lá se encontram boa parte das montanhas mais altas do Sudeste brasileiro, entre elas o super visitado e mega turístico Pico da Bandeira.
Eu conheci esse parque em Setembro de 2001, aproveitando um feriado prolongado na faculdade que felizmente não coincidiu com o feriado de 7 de Setembro, fazendo com que eu tivesse o privilégio de visitar algumas de suas montanhas e acampar sozinho.
Mesmo com a grande distância de São Paulo (800km) retornei a esse parque algumas vezes e no ano de 2009 tive a oportunidade de subir todas suas principais montanhas recentemente em apenas uma viagem.
Esse parque é muito procurado por montanhistas iniciantes pelo fato de ser lá que está localizado o Pico da Bandeira, 3º ponto mais alto do Brasil, assim como o controverso Pico do Calçado e Cristal. Além disso o parque também faz parte de um roteiro religioso e seu acesso por caminhada é curto e simples, fazendo com que aos finais de semana e feriados ele seja simplesmente um local para reunião de farofeiros e adolescentes em busca de alcool e entorpecentes.
Além disso, para quem gosta de montanhas, esse parque possui outros picos pouquíssimo divulgadas e de grande beleza. O acesso das montanhas é feito sempre por cristas, fazendo com que não só alcançar o cume seja só uma parte do prazer da caminhada, sendo ela em si muito bonita. Deve-se entretanto ter atenção quanto a nomenclatura das montanhas pelos guias locais, elas não batem com os nomes oficiais do IBGE.
Para quem está começando no montanhismo está sendo implantada uma idéia que é normal o acesso a uma montanha ser proibida e isso está acabando com a cultura do montanhismo no país. Afinal, após subir uma dúzia de montanhas permitidas e bem conhecidas, o novo montanhista fica sem opções para subir e acaba abandonando a prática.
Nesse breve relato tento mostrar as principais montanhas existentes no Caparaó e dar alguma dica sobre como é o seu acesso e, principalmente, mostrar que elas existem, estão lá e devem ser escaladas. E para quem está iniciando: não deixe de estudar ou fazer cursos sobre o tema, comece a prática aos poucos e aumente a dificuldade/riscos gradativamente. Esteja sempre preparado para imprevistos e pratique o mínimo impacto. Afinal, ninguém conquista uma montanha, apenas passamos brevemente sobre seus cumes e logo voltamos para a terra firme.
Algumas informações
Abaixo a lista das principais montanhas do Parque Nacional do Caparaó. Para essa lista foi usado como referência o Anuário Estatístico do IBGE com a inclusão de outra montanha popular do parque. É indicada também sua altitude (em metros sobre o nível médio do mar) e dica de acesso, em muitos casos apenas o acesso principal. Também classifiquei de acordo com:
Nível de dificuldade: Tenta classificar tanto a dificuldade de acesso à montanha em relação à navegação e existência ou não de trilha de acesso quanto sua dificuldade técnica (trepa-pedra, escalada etc.)
Tempo necessário: Indica o número de dias necessários para ida até o cume da montanha e retorno ao ponto inicial. Apesar de o tempo mínimo mostrado ser 1 dia, algumas podem ser alcançadas em poucas horas. Esse tempo pode também variar para mais e para menos de acordo com seu ritmo, mas foi levado em conta um tempo médio em ritmo normal.
Acesso: Indica o estado burocrático do acesso à montanha. Algumas das montanhas têm acesso permitido pelo parque nacional do Itatiaia enquanto outras requerem autorização prévia ou simplesmente tem seu acesso proibido. Cabe a cada um escolher a montanha a ser escalada e seus riscos inerentes.
PRINCIPAIS MONTANHAS
Pico da Bandeira (2892m)
Com certeza uma das montanhas mais visitadas do Brasil. Seu acesso é simples e o mais fácil é a partir do acampamento Terreirão, de onde segue por trilha bem aberta até o seu cume.
Nível de dificuldade: fácil.
Tempo necessário: 1 dia.
Acesso: permitido.
Pico do Calçado (2849m)
Montanha que na verdade não é uma montanha, apenas um "ombro" do Pico da Bandeira, seu acesso é o mesmo do Pico da Bandeira, sendo que ao chegar ao colo das montanhas no final da subida pelo vale, segue-se para a direita em vez da esquerda. Do Pico da Bandeira até o Calçado são cerca de 15 minutos.
Nível de dificuldade: fácil.
Tempo necessário: 1 dia.
Acesso: permitido.
Pico do Cristal (2770m)
Uma das montanhas mais bonitas do Brasil. Seu acesso mais curto é feito a partir do acampamento Casa Queimada mas também pode ser acessado a partir do Terreirão descendo a crista do Calçado em sua direção.
Nível de dificuldade: fácil.
Tempo necessário: 1 dia.
Acesso: permitido.
Morro da Cruz do Negro (2658m)
Montanha de acesso mais próximo do parque, fica localizada ao lado do acampamento Terreirão. Para seu acesso comece pela trilha qe leva ao Pico da Bandeira e, antes de chegar a grande laje de pedra, siga em trilha pouco aberta para a esquerda, alcançando seu cume em poucos minutos.
Nível de dificuldade: fácil.
Tempo necessário: 1 dia.
Acesso: proibido.
Pedra Roxa (2649m)
Montanha um pouco isolada do Caparaó que é vista do cume do Pico da Bandeira quando se olha sentido Nordeste. Para seu acesso pode-se descer a crista oposta a trilha normal de subida do Bandeira até o colo entre as montanhas, sendo esse o acesso mais fácil, ou contornar o Bandeira pela esquerda nas lajes de pedra antes de iniciar a subida pelo vale entre Bandeira e Calçado chegando da mesma maneira no colo entre o Bandeira e a Pedra Roxa.
Nível de dificuldade: médio.
Tempo necessário: 1 dia.
Acesso: proibido.
Pico do Tesouro (2620m)
Conhecido pelos guias locais como Pico Cabritos, é a montanha com acesso mais remoto do Caparaó. Para seu acesso deve-se subir o Morro da Cruz do Negro e seguir rumo ao Norte passando pelo Falso Tesourinho, Tesourinho e finalmente chegando nos dois cumes do Tesouro (onde há uma placa de metal). Para ir até essa montanha e retornar ao Terreirão, dependendo o ritmo da pessoa, pode levar 2 dias.
Nível de dificuldade: médio.
Tempo necessário: 1 a 2 dias.
Acesso: proibido.
Pico do Tesourinho (2584m)
Erroneamente chamado pelos guias de Tesouro, essa montanha é acessada também a partir do Morro da Cruz do Negro, sendo o 2º cume da crista da serra do Caparaó que segue rumo ao Norte. Até ela é metade do caminho até o verdadeiro Tesouro.
Nível de dificuldade: médio.
Tempo necessário: 1 dia.
Acesso: proibido.
Falso Tesourinho (2570m)
Montanha chamada de Tesourinho pelos locais, essa montanhas não está na classificação do IBGE entre as montanhas mais altas do Brasil. Nela se encontra também uma cruz antiga próxima ao seu cume, mesmo assim não é o Morro da Cruz do Negro pela coordenada oficial do IBGE. Seu acesso é feito a partir do Morro da Cruz do Negro seguindo a crista da serra rumo ao Norte.
Nível de dificuldade: fácil.
Tempo necessário: 1 dia.
Acesso: proibido.
Hoje, aproveitando que eu estava com 2 ingressos para a Adventure Sports Fair, chamei o meu parceiro de muitas montanhas Parofes e seguimos juntos para o Anhembi.
A primeira surpresa foi ao chegar: R$25,00 de estacionamento! Mas como não iamos pagar a entrada (que custaria normalmente R$20,00 por pessoa), tudo bem, estacionamos o carro no Holliday Inn (mesmo preço e com manobrista) e seguimos para a entrada da feira. Na entrada, enquanto preenchiamos o convite lembrei que eu havia me cadastrado como imprensa, então fomos até o guichê (que aparentemente estava fora do ar e não achava nenhum cadastro) mas poucos minutos depois estávamos com nossas credenciais para a feira, eu pelo meu site macrofotografia e o Parofes pelo site altamontanha.
Seguimos para dentro da feira e logo o Parofes notou um pequeno detalhe, que mostra como os atendentes de uma feira de aventura estão por dentro do assunto. Em sua credencial estava escrito "Auta montanha". Mas tudo bem, demos risada, tiramos foto (claro) e continuamos pela feira.
Quem tem um pouco mais de tempo em visita à essa feira e teve a oportunidade de conhecer as primeiras, que ocupavam os 3 andares do pavilhão da Bienal no Ibirapuera, esse ano foi uma decepção absurda! O espaço físico da feira é simplesmente ridículo: menos de 1/3 do Anhembi e ainda fazendo fronteira com outra feira de sei lá o que imobiliário. Mesmo decepcionados com o tamanho (e o Parofes disse que estava menor que ano passado, que eu já sabia que tinha sido ruim também) continuamos a andar e a passar por alguns stands que valiam a pena.
Como sempre, havia uma rua com as representações de cidades, estados e países na feira distribuindo panfletos sobre cachoeiras, arborismo, camping etc etc etc. Também havia stand da VW e Fiat com seus carros de plástico adventure para serem experimentados em uma "estrada radical". Perto disso também uma trilha para bike e uma piscina bem comprida para wakeboard (quem fazia exibição pelo menos se refrescava do calor absurdo).
Havia também stand da Kodak e da Samsung, mostrando que viajar e fotografar está sempre junto (isso para mim é inseparável). Da mesma forma estava lá a escola do Bruno Selmer (Techimage) e algumas exposições de foto espalhadas pelo Anhembi.
Das empresas mais relacionadas ao mundo do montanhismo e escalada encontramos a Curtlo, Kailash, escondidas em um mezanino a Solo, Trilhas e Rumos e Nômade. Também estava lá o stand da EcoHead que faz aqueles "tubos" de tecido que sempre uso como bandana em minhas caminhadas ou escaladas (e tive a oportunidade de conhecer seu dono, muito simpático, Adriano).
Fugindo da parte que colabora com os esportistas, também estava por lá a Pisa (especializada em levar turistas que querem conforto 5 estrelas para pisarem na terra - inclusive um palestrante frisou bem como é bom encontrar uma mesa com jantar com truta após uma caminhada e também mostrou foto do carregador que leva tudo que é "pesado" na caminhada sei lá onde). Também estava por lá a ABETA com suas normatizações para ecoturismo (que na verdade querem devorar o montanhismo como turismo de aventura) e nesse tema assisti uma palestra do Nativo que citando meu nome sabendo que eu estava o filmando, mais uma vez disse que ele e a ABETA são contra a obrigatoriedade de guias (veja parte do vídeo no final dessa postagem). Mas como todos, eu estou esperando um documento confirmando isso, não apenas uma promessa política. No mesmo nível, com suas promessas absurdas, achei também duas empresas com suas pulseiras quânticas para aumentar o equilíbrio e força. Se você acredita nisso, sinto muito, mas quem mandou não estudar!. Agora cai no papo de qualquer um e compra qualquer promessa. Acho que a ABETA podia até lançar uma pulseira quântica também, combina com suas propostas duvidosas.
De volta à feira, a melhor parte foi encontrar algumas pessoas que eu não via há algum tempo e conhecer pessoalmente outros que eu só tinha tido contato por internet. Vale destacar o Milton do Acampamento Base Marins, uma das pessoas que mais prezam pelo Marins e região e que realmente faz diferença no local, Bruno Selmer da Techimage, o figuraça Eliseu Frechou, o escalador e escritor de livro de escalada Dimitri Wuo, o fotógrafo André Dib e o Soldier, com quem quase fiz negócios esse ano entre diversas outras pessoas. Outro momento marcante foi um stand desabando, felizmente ninguém se machucou, mas com certeza foi o evento mais animado e lotado na feira, parecia stand de empresa sorteando brindes caros de tanta gente que apareceu ao redor.
Para quem procura uma feira com equipamentos para montanhismo, escalada ou simplesmente um camping selvagem, a feira é uma total perda de tempo. O que pode compensar um pouco são as palestras, mas também não espere um palco como nos primórdios da feira, agora o ambiente é muito mais tímido e com aparência informal. Se você conheceu as feiras no Ibirapuera e tem um pingo de esperança que essa possa ser similar: esqueça! A feira está muito menor (mas muito mesmo) e cada vez mais com menos empresas voltadas ao esportista. Entretanto, se você quer apenas fazer turismo, colocar uma roupinha com estilo adventure e sujar suas botas na terra antes de passear nas lojas do shopping a feira é um prato cheio! Lá você saberá onde ir se "aventurar" sem perder o conforto de sua casa! Infelizmente o ecoturismo chegou para ficar, só temos que tomar cuidado para que cada um tenha o seu espaço: o ecoturista com seus guias e carregadores e o esportista com sua liberdade de ir e vir sem a obrigação de horários, guias e normas técnicas. Afinal, quem é esportista é por opção e tem o direito de se arriscar, não precisamos de paternalismo para nos salvar dos nossos atos.
Quanto a próxima feira ou retornar por lá nos próximos dias, quem sabe? Afinal a parte boa é realmente encontrar alguns amigos e se divertir!
Abaixo NativO (Ronaldo Franzen) durante sua palestra na Adventure Sports Fair 2010 (23/Set/2010) falando que ABETA é contra obrigatoriedade de guia. Palavras voam no vento. Vamos ver se isso aparece de verdade em algum documento.
Enviado por Tacio Philip às 22:24:24 de 23/09/2010
Na Sexta-feira à noite a Paula e eu saímos de São Paulo, passamos por Itatiba onde buscamos o Pedro e de lá seguimos para Andradas, chegando no Abrigo Pântano no começo da madrugada.
No Sábado acordamos por volta das 7h, tomamos nosso café da manhã, então o Pedro e eu fomos escalar na Pedra do Pântano enquanto a Paula saia pra fazer uma caminhada pela região. O acesso à base da parede é muito tranquilo e começamos a escalada pela via Pão Frances (5ºVIsup E3 150m), via que comecei guiando a primeira enfiada e depois fomos alternando até o seu final.
De volta ao chão, depois de alguns intermináveis rapéis entramos na via Baguete Não (5ºVI A1+ E2 150m), sendo que só escalamos até sua 3ª enfiada, antes do lance em artificial que eu acabei desistindo por me sentir um pouco (ou melhor, bastante) inseguro (acho que um vestígio da minha última queda em artificial, em um A2+ onde saquei 3 peças da parede e me machuquei, tendo que ficar quase 2 meses sem escalar).
Mais uma vez no chão, uma boa pausa para lanche e mais um pouco de água que já estava chegando ao final então escalei a via Monstro do Pantano (6º E1 50m) em um esticão só até seu final. Essa via foi com certeza a mais bonita do dia, ela segue em movimentos constantes de 6º grau do seu início até o seu fim. E escalá-la inteira de uma só vez é um belo treino de resistência, foram ao total 15 costuras até que eu chegasse em sua parada a 50m do chão!
Com o final da tarde chegando juntamos nossas coisas e logo em seguida descemos de volta ao abrigo. Lá descansamos um pouco, logo a Paula também chegou de suas andanças e fizemos então nosso jantar: pizza de frigideira de calabresa com mussarela. Depois disso mais um bate papo, um merecido banho e fomos então dormir.
No dia seguinte acordamos, mais uma vez um café da manhã e fomos então escalar na Pedra do Boi. Subimos os 3 pelo pasto/cafezal/mata até a base da parede (realmente o crux é o acesso) e às 10h, enquanto a Paula arrumava um local para ficar lendo um livro, eu começava a escalar a 1ª enfiada da via Irmãos Rocha (6º VIa E1 150m) sendo seguido logo pelo Pedro. Fomos alternando a guiada sendo o filé da via as duas primeiras que são protegidas em móvel e pouco antes das 13h estávamos no cume da pedra fazendo algumas fotos e começando a montar os rapéis pela via Supreme à Cubana.
De volta à base arrumamos as coisas e então começamos a longa descida (e confusa) até o carro (com direito a uma boa pausa para lanche no riacho). De lá voltamos ao abrigo, juntamos as coisas e mais uma vez estávamos na estrada. Fizemos uma pausa no centro de Andradas para um açaí e de lá a próxima parada foi na casa do Pedro e depois em São Paulo.
Andradas é um local muito gostoso de escalar e só havia ido para lá uma vez há uns 4 anos (quando escalei no Elefante). As vias são de boa qualidade e tem uma característica que gosto muito: muita coisa protegida em móvel. O único inconveniente são os 270km da minha casa até lá, mas de vez em quando merece uma visita e com certeza voltarei!
Algumas das fotos feitas por mim e pelo Pedro já estão no link Escaladas em Andradas.
Enviado por Tacio Philip às 11:28:46 de 21/09/2010
No último Sábado, precisando de um relax e depois de ter negado no dia anterior alguns convites para escalar na Falésia Paraíso, Andradas etc, fomos o Patrick e eu para Pedra Bela escalar alguma via light na Maria Antônia.
A viagem foi tranquila e pouco antes do horário do almoço estávamos nos equipando e começando a escalar a via Chapéu do Padre (5º). Subi guiando e aproveitando que estou acostumado com a parede estiquei quase os 60m de corda e parei em um dos "P"s da via. De lá comecei a puxar a corda e, para minha surpresa, a corda não parava de vir! Olhei para baixo e o Patrick não tinha se encordado ainda e já tinha puxado muitos metros da corda acima do chão (normal acontecer isso, foi a 1ª vez que ele foi para uma via com mais de uma enfiada). Deixei a corda descer mas infelizmente ela não chegou ao chão então tive que rapelar até o chão para que o Patrick pudesse se encordar na outra ponta e novamente subir guiando até onde eu havia ido.
De lá dei a segurança, o Patrick chegou logo onde eu estava e de lá segui esticando novamente quase todo o comprimento da corda até uma outra parada dupla (se não me engano a 5ª, já emendando na via Febre Amarela). Novamente o Patrick subiu e de lá ele seguiu guiando a última enfiada até a penúltima parada da via Mãe de Ouro, de onde deu a segurança para que eu também chegasse ao final da parede.
A partir desse ponto existe ainda uma última parada a cerca de 10m de distância mas deixamos as cordas e subimos sem as cordas até o topo da pedra, onde fizemos uma pausa para lanche antes de começarmos a descer e fazer os 2 longos rapéis (com 2 cordas de 60m) até o chão (descemos por uma linha direta, não pela via de subida).
No chão, mesmo sendo ainda cedo, como estávamos torrando no calor resolvemos ir embora e então fizemos a pausa para o merecido Açaí no lago em Bragança Paulista. De lá mais um pouco de estrada e na metade da tarde estávamos de volta a São Paulo.
O Domingo foi dia de descanso mas o dia de hoje não foi muito diferente. Logo cedo nos encontramos o Bizu, Osvaldo, Dário e eu e seguimos estrada rumo a Campinas. Lá chegando uma pausa para comprar lanche no supermercado e logo estávamos na Pedreira do Jd Garcia para mais um dia de escaladas.
Seguimos para a parede direita da pedreira onde entramos em uma via que ainda não está no croqui do Davi Marski mas fica bem a direita da parede, depois da via Rala que Rola. A via é razoavelmente tranquila, um 5º VI, e logo depois que a escalei, aproveitando que o Osvaldo havia levado um jogo de friends, me animei com uma linha na direita dessa via e que oferecia boa possibilidade de proteção em móvel. Olhei a parede, pensei nas fendas onde podia ser protegida, peguei os móveis e em seguida estava começando a conquistar uma nova linha na rocha.
A via (ainda sem nome), ao meu ver é um 5º/5ºsup e foi toda conquistada em móvel de baixo para cima. Ela oferece boas opções de colocação de peças (friends pequenos e médios) e pretendo agora voltar para bater 2 proteções em sua parada (já está com local definido). Para descer, evitando abandonar equipamento e depois de jogar para baixo alguns blocos soltos que se empilhavam sobre o platô da futura parada, fiz uma travessia horizontal para a esquerda e alcancei a parada da via que havia escalado anteriormente. De lá mesmo fiz a segurança para que o Osvaldo a escalasse de segundo e a limpasse de duas maneiras: tirando as proteções que eu havia usado na conquista e também limpando mais algumas pedras soltas na linha da via. De volta ao chão e com o Sol começando a nos fritar guardamos as coisas e fomos então para a sombra da parede central.
Na parede central o Osvaldo entrou na via da Lu e enquanto a escalava pela n_ézima vez (ele tinha se enroscado no crux) o Dário e eu fomos para a parede da esquerda, que já estava na sombra, para escalar a via Homem Cobra (6ºsup/VIIa). O Dário entrou primeiro a equipando e depois que chegou ao chão foi a minha vez e depois o Osvaldo. Essa via é bem bonita e tem uma movimentação diferente e agarras bem variadas, vale a pena!
De volta ao chão e com o final da tarde chegando, enquanto o Osvaldo escalava a Homem Cobra e a Calangocídio dei segurança para o Bizu e escalei também a Cacaio, via que também foi escalada pelo Dário e novamente pelo Bizu, que havia levado uma queda na tentativa anterior mas fechou o dia também a encadenando.
Com as últimas luzes do dia guardamos nossas coisas nas mochilas, fizemos a curta caminhada de volta até o carro então fomos até o parque Taquaral comer um Açaí. De lá, no começo da noite, mais um pouco de estrada e o caminho de volta para São Paulo.
Hoje o dia foi bem aproveitado, foi o meu aniversário de 33 anos (espero que ninguém queira me pregar que nem um espantalho em uma cruz esse ano) e o comemorei com amigos escalando. E teve ainda um gostinho especial, a conquista de uma nova via (que logo espero finalizar).
Assim que eu colocar no ar as fotos estarão no ar no link nova via e escaladas no Jardim Garcia e abaixo um vídeo feito quando estávamos indo embora da pedreira no começo da noite.
Comemorando meu aniversário escalando em Campinas
Enviado por Tacio Philip às 23:54:09 de 13/09/2010
Hoje é dia de lembrar a estupidez daqueles que acham que são os gerentes do mundo. EUA não é o centro do universo. Qual será o próximo país que eles vão querer "catequisar"? Será que será a água ou as árvores da América do Sul?
Tente encontrar as 7 diferenças entre essas duas imagens:
Tire suas próprias conclusões e não se iluda com propagandas emotivas das torres gêmeas.
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Enviado por Tacio Philip às 21:01:38 de 11/09/2010