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13/07/2009 16:09:00 (#230) - Subida de todas as montanhas do Parque Nacional do Caparaó

07/07/09 - Saída de São Paulo
Aproveitando as férias da Paulinha saímos de São Paulo na 3ª feira dia 7 de Julho bem cedo rumo ao Parque Nacional do Caparaó. Depois de 727 longos quilômetros e cerca de 12 hs no volante do meu super confortável carro por um caminho diferente que eu havia traçado em casa e transferido para o GPS - por sinal muito ruim passando dentro de várias cidades, inclusive uma com nome Porciuncula onde chamam lombadas de elevações transversais - fizemos uma pausa para descanso no Gran Palace Hotel na Praça da Matriz de Carangola, MG (R$70,00 o casal com café da manhã), jantamos um sanduiche em uma lanchonete e fomos dormir.

08/07/09 - Chegada ao PN Caparaó e subida da Tronqueira ao Terreirão
No dia seguinte acordamos tranquilos, tomamos nosso café da manhã, arrumamos as coisas e saímos em direção a cidade de Alto Caparaó, entrada mineira para o Parque Nacional do Caparaó onde chegamos por volta das 11hs. Na entrada do parque fizemos nosso check-in e logo subimos até a Tronqueira (1952 m de altitude) onde o carro ficaria estacionado depois de 795 km de estrada desde São Paulo.
Arrumamos as mochilas, deixamos no carro o que não seria necessário e começamos então a caminhada rumo ao Terreirão (2370 m de altitude). São 3,7 km de trilha super aberta e sinalizada com ascensão acumulada de 358 m e 20 m de descida, o que fizemos em 1h30 minutos.
Ao chegar ao Terreirão não havia ninguém e depois de algumas fotos e uns 30 minutos começaram a chegar outros grupos de pessoas. Armamos nossa barraca próximo a casa de Pedra, fizemos nosso jantar/café da tarde e logo fomos dormir enquanto ouviamos mais e mais vozes chegando.

09/07/09 - Subida do Pico da Bandeira, Calçado Mirim, Calçado, Pico 2 e Pico do Cristal
Na 5ª feira acordamos por volta das 3 hs da madrugada ouvindo outros grupos começando a subida do Pico da Bandeira, tomamos nosso café da manhã a uma temperatura amena de 8ºC e às 4h15 começamos também a subida ao 3º ponto mais alto do Brasil, com altitude de 2892 m sobre o nível do mar.
A subida até o cume foi perfeita. A trilha de subida é bem tranquila e aberta com uma extensão de 3,23 km com uma ascensão acumulada de 460 m e 60 m de descida. E como estava lua cheia nem precisamos usar nossas lanternas e às 6 hs da manhã chegamos ao cume do Pico da Bandeira onde outras pessoas também aguardavam o nascer do Sol a uma temperatura de 4ºC.
Ficamos no cume apreciando o nascer do Sol e fazendo algumas fotos e em seguida partimos rumo ao Pico do Calçado. Esse pico para mim não é uma montanha de verdade, apenas um ombro do próprio Bandeira mas estão tentando fazer com que seja considerado pelo IBGE como um dos pontos culminantes do Brasil (o que sou totalmente contra). Para piorar mais ainda fizeram 3 medições nesse ombro do Bandeira e chamaram de Calçado, Calçado Mirim e Pico 2. Se continuar assim logo vão empilhar uma pedra e chamar de cume só para amaciar o ego do "conquistador/medidor". Mas isso não vem ao caso, vá pra lá e faça a subida dessas 3 "montanhas" e tire suas próprias conclusões. Mas resumindo, depois de 1 hora que saímos do cume do Bandeira já tínhamos subido os 3 novos cumes do Calçado, fizemos um lanche e seguimos então para o Pico do Cristal.
O Pico do Cristal tem 2769 m de altitude de acordo com nova medição e é o 6º ponto mais alto do Brasil e, até o seu cume, contando a subida anterior ao Bandeira e cumes do Calçado deu um total de 6,60 km de distância com ascensão de 797 m e descida de 518 m. No seu cume fizemos uma outra longa pausa para lanche e fotos e depois começamos sua descida pela crista oposta (NO) na esperança de encontrar uma trilha mais direta até o Terreirão sem ter que voltar pelo mesmo caminho.
O começo da descida foi tranquila seguindo dezenas e dezenas de totens que chegam a poluir visualmente o terreno (ao montar um totem tenha certeza do caminho e pense se ele é útil na orientação e não monte a 5 m de outro!!!) mas depois de algum tempo desapareceram e não havia mais uma trilha definida a seguir indo ora sobre algumas pedras, ora no meio de mato.
Continuamos a descer rumo ao vale e depois de atravessar um dos rios por um local que parecia uma trilha começamos a subir meio que diagonalmente (rumo NE) em direção ao Terreirão, o problema é que no começo o caminho era aberto mas logo se fechou completamente. Nesse momento tinhamos duas opções: descer e procurar novamente uma trilha que provavelmente não existia ou continuar a subida. Optamos pela segunda opção e depois de muito trabalho chegamos a crista que nos levou até a trilha Tronqueira-Terreirão e às 16 hs da tarde, 11h45 minutos depois de nossa saída, chegamos exaustos ao acampamento onde tomamos um banho com água quase congelada (não tem aquecimento nos chuveiros), fizemos nosso jantar e fomos dormir depois de 12,92 km percorridos e 1287 m de desnível acumulado!

10/07/09 - Subida do Morro da Cruz do Negro, Tesourinho e Tesouro/Cabritos
Depois de uma noite mal dormida por causa da farofada que chegava ao Terreirão no dia seguinte acordamos, tomamos nosso café da manhã e às 7h15 começamos mais um dia de caminhada. Nesse dia nossa meta era o Pico do Tesouro, 14º ponto mais alto do Brasil que eu havia tentado alcançar sem êxito em Março de 2002.
O começo da subida é pelo mesmo caminho para o Bandeira mas logo que chega no primeiro platô segue reto em vez de virar para a direita pela trilha mais aberta. Pouco depois ao chegar a um poste de madeira vira rumo N e sobe quase que reto até o topo do Morro da Cruz do Negro, 12º ponto mais alto do Brasil onde chegamos após cerca de 1 hora de caminhada, 2 km de trilha meio aberta, 262 m de subida e 32 m de descida. No cume paramos por pouco tempo apenas para algumas fotos, atualizar os waypoints no GPS e seguimos então rumo NE pela crista em direção ao Tesourinho.
Continuamos seguindo a trilha que em alguns pontos era bem marcada e obvia enquanto em outros pontos não tinha nenhuma marcação, passamos por um outro pequeno cume (2570m de altitude) que aparentemente o povo local considera ser o Tesourinho mas seguimos a trilha para o verdadeiro Tesourinho de acordo com as coordenadas oficiais do IBGE, onde se encontra inclusive uma construção de paredes de pedra para abrigar do vento um possível acampamento.
No cume do Tesourinho, 2584 m acima do nível do mar (além da coordenada do IBGE a altitude pelo GPS bateu com a oficial) fizemos mais uma pausa para lanche e fotos. Até esse momento foram 5,20 km percorridos com 546 m de subida e 392 m de descida acumulada.
Do cume do Tesourinho avistavamos ainda longe o Tesouro mas nossa vontade de chegar até lá era muito maior que a distância então traçamos nosso caminho e começamos a descida pela crista NO da montanha até um vale onde recarregamos nossa água e começamos a sua subida. O caminho foi longo e cansativo e vimos que o melhor caminho teria sido descer pela crista NE (caminho que fizemos no retorno) e, depois de nos enganar duas vezes com cumes falsos no caminho, quase às 14 hs chegamos ao cume do verdadeiro Tesouro, 14º ponto mais alto do Brasil com 2636 metros de altitude de acordo com a medição do GPS (8,02 km de caminhada, 919 m de subida e 738 m de descida).
Ficamos no cume do Tesouro cerca de 20 minutos, tempo suficiente para um breve descanso, muitas fotos e preparo psicológico para o longo retorno, principalmente porque sabíamos que faríamos parte de noite. No cume vimos ainda que esse cume é chamado de Cabritos pelo povo local graças a uma antiga placa de metal. Mas esse é o verdadeiro Tesouro já que bateu com a coordenada oficial do anuário estatístico do IBGE.
Começamos então nosso retorno e saindo do Tesouro fizemos sua descida por onde havíamos subido, atravessamos pelo colo rumo SE passando por um cuminho a 2479 m de altitude e subimos o Tesourinho pela crista rumo SO. De lá o mesmo caminho da ida passando pelo Cume Pequeno (Tesourinho para os locais) e já no escuro fizemos a subida do Cruz do Negro e sua posterior descida até o Terreirão onde chegamos às 19h30, 12h15 depois de nossa saída. No total foram 15,86 km com um desnível acumulado de 1665m e depois de nossa chegada foi tempo só para preparar o jantar e deitar.

11/07/09 - Subida do Pico da Bandeira, Pedra Roxa e descida para Alto Caparaó
No dia seguinte, depois de uma péssima noite de sono já que a cada dia chegavam mais e mais farofeiros ao Terreirão que faziam baderna até altas horas, acordamos, comemos e às 8h15 começamos nossa caminhada embaixo de um tempo que parecia piorar (inclusive a noite tinha sido bem mais quente que a anterior, só não sei a temperatura porque o relógio com termômetro resolveu parar de funcionar). Mesmo estando mais cansados devido aos dias anteriores a subida foi mais rápida e depois de 1h35 min estávamos tentando nos equilibrar e nos abrigando de um vento absurdamente forte no cume do Pico da Bandeira.
Nossa idéia era subir a Pedra Roxa pelo mesmo caminho que eu havia subido ano passado, atravessando o Bandeira fazendo a descida sentido NE mas graças ao forte vento que estimo em pelo menos 80 km/h (eu tenho 1,82m, 74kg e ele quase me derrubou mais de uma vez) tivemos que abortar a idéia. Ficamos inclusive uma hora abrigados próximos ao cume esperando que o vento diminuisse mas nada, ele continuava forte como sempre então às 11 hs começamos a descida.


Vídeo do vento no cume do Bandeira

Durante a descida aproveitamos para fazer uma limpeza na trilha já que muitos porcos deixaram pelo caminho embalagens de bolachas, garrafa de água, luva de latex (me pergunto para que???) e até um par de botas furadas e, ainda com a idéia de subir a Pedra Roxa e assim subir todas as montanhas do Caparaó em apenas uma viagem, logo que chegamos na base do Bandeira decidimos fazer mais uma investida agora contornando o Bandeira até o colo entre ele e a Pedra Roxa, caminho que eu havia tentado em 2002 também sem êxito.
Aproveitando um pouco da lembrança que descendo o vale o mato era muito fechado começamos a contornar o Bandeira tentando manter sempre a mesma altitude que o colo onde pretendíamos chegar. O começo foi bem tranquilo por laje de pedra e depois por trechos que alternavam lajes inclinadas, trepa pedra e um pouco de mato. Um dos trechos que poderia ter complicado o caminho foi um vale de rocha que desce muito incluinado do Bandeira com abismos laterais mas felizmente conseguimos o contornar por baixo e assim chegar até o colo entre as duas montanhas a 2538 m de altitude e embaixo de forte vento.
Do colo foi só subir quase que em linha reta até seu cume (não há trilha aberta e me baseei no caminho que eu fiz ano passado) e, por volta das 14h15 chegamos ao cume do Pedra Roxa, 13º ponto mais alto do Brasil a 2649 m de altitude. No cume, brigando para nos equilibrar com o mesmo vento que fazia no Bandeira fizemos umas poucas fotos e 5 minutos depois de nossa chegada começamos a descer.
O retorno foi pelo mesmo caminho da ida alternando apenas em alguns trechos para lugares melhores e às 17 hs chegamos ao Terreirão, nesse dia foram 11,07 km percorridos com desnível acumulado de 1621 m.
No Terreirão logo cozinhamos um arroz semi-pronto, desarmamos a barraca já que não queríamos mais ficar acampados no meio de uma centena (sem exagero) de barracas e muitos baderneiros, arrumamos as mochilas e às 18 hs começamos a descida para a Tronqueira.
A descida foi bem rápida passando por mais grupos com dezenas e dezenas de pessoas e algumas mulas que ainda subiam a trilha e depois de 1h05 de caminhada estávamos colocando as mochilas no porta-malas do Defender, tirando as botas e nos preparando para descer para a cidade.
Começamos a descer, fizemos uma boa pausa na entrada do parque onde o atendente tirou diversas dúvidas sobre as montanhas (inclusive informando que a visitação nelas não é aberto), fizemos algumas reclamações sobre a farofada e descemos para a cidade para um merecido jantar e depois um banho quente e uma boa noite de sono no hostel de Alto Caparaó (R$70,00 o casal com café da manhã - albergue esta virando luxo, mesmo preço de pousada!).

12/07/09 - Retorno para São Paulo
Depois de uma noite bem dormida acordamos, tomamos nosso café da manhã no albergue, arrumamos as mochilas e às 9 hs estávamos no carro subindo até a praça central da cidade para comprar algumas camisetas de lembrança da viagem. De lá uma outra breve pausa para um sorvete e às 9h30 começamos oficialmente o nosso retorno.
A idéia inicial era parar no caminho em alguma cidade para dormir e fazer o retorno em dois dias como tínhamos feito na ida mas fui tentando esticar ao máximo fazendo só algumas pausas para banheiro e almoçar (inclusive recomendo muito o Alto da Serra próximo da entrada para Juiz de Fora) e quando vi já estava em Vassouras, Volta Redonda e finalmente na rodovia Pres. Dutra. De lá não valia a pena parar já que a estrada fica boa então segui direto e por volta das 21 hs estava em casa pronto para um merecido banho e noite de sono.

Considerações finais
O Parque Nacional do Caparaó é de longe o melhor parque para se visitar (para quem é montanhista). Ele tem diversas montanhas para todos os níveis e uma ótima estrutura para acampamento. O único inconveniente para mim é a distância: quase 800 km de São Paulo (na próxima vou ver quanto sai ir via aérea para Vitória - ES e de lá alugar um carro para ir ao parque).
Outra recomendação é: Não vá ao parque em final de semana ou feriado!!! Eu havia visitado esse parque outras 4 vezes em em todas elas fui durante a semana. Durante a semana o parque é vazio, tranquilo. Em finais de semana o parque é absurdamente lotado com barulho e baderna quase a noite toda. Realmente insuportável e não vou cometer novamente esse erro!

E dentro de alguns minutos (a quem sabe algumas horas) atualizarei os arquivos para GPS do Caparaó e farei o upload das fotografias para a pasta Todas montanhas do Caparaó. - enviado por Tacio Philip às 16:09:00 de 13/07/2009.



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