Hoje tanto o Alcides quanto o clima melhoraram muito e daqui a pouco (depois que jantarmos) começaremos a arrumar nossas malas para a ida ao Condoriri.
O Condoriri é um complexo de montanhas da Cordilheira Real com um ótimo acampamento base de onde se ataca o cume de diversas montanhas. Amanhã cedo sairemos de La Paz e em cerca de 2 horas de carro chegaremos em Tuni. Desse vilarejo começa a caminhada que leva até o acampamento base, a 4800m de altitude, onde ficaremos por 5 dias.
Do acampamento base pretendemos sair para escalar duas montanhas, o Pequeño Alpamayo (5370m), sendo que essa é a montanha mais bonita que eu vi em toda minha vida, e a Cabeza del Condor (5648m), a mais alta do complexo. Mas tudo dependerá também do clima (ontem choveu muito em La Paz e com certeza nevou por lá) e de nossas condições físicas, por isso não estamos muito preocupados e lá veremos o que será possível fazer, em caso de dificuldades em uma montanha, principalmente na Cabeza del Condor que tem passagens mais técnicas, teremos outras opções para subir.
Abaixo algumas fotos e um croqui do Condoriri (outras fotos podem ser vistas no link bolívia 2004) e assim que voltarmos a La Paz postarei as novidades!
Pequeño Alpamayo visto do Tarija
Cabeza del Condor à noite visto do acampamento base
Enviado por Tacio Philip às 20:59:00 de 03/09/2009
Hoje o dia foi mais que tedioso. Além do clima estar horrível (nesse exato momento esta chovendo e trovejando aqui em La Paz), o Alcides também teve da noite passada para hoje chuvas e trovejamentos no seu estômago e intestino, o que em outras palavras significa diarréa e vômitos.
Ontem fomos nos aclimatar no Chacaltaya e o que deve ter causado o problema foi um chocolate com leite que ele tomou no refúgio da montanha, única coisa que bebemos/comemos diferente durante todo o dia.
Agora estamos aqui no quarto, ele deitado dormindo se recuperando e eu sem ter o que fazer no computador. Temos que esperar o tempo melhorar (a previsão do tempo para amanhã ainda é chuva mas começa a melhorar na sexta e o final de semana deve ser bom) e também esperar o Alcides melhorar, o que deve acontecer nos próximos dias.
Assim que tudo melhorar pegaremos um taxi de La Paz para Tuni, um pequeno vilarejo quase aos pés das montanhas, e de lá uma caminhada de algumas horas até o acampamento base do Condoriri, a 4800m de altitude. Será desse acampamento que faremos provavelmente os ataques ao Pequeño Alpamayo e Cabeza del Condor.
Assim que tivermos mais novidades postarei por aqui! Aproveite ao lado a foto do Alcides moribundo na cama do hotel. :-)
Enviado por Tacio Philip às 20:40:00 de 02/09/2009
Hoje cedo, depois de um café da manhã com fila graças a algumas dezenas de adolecentes franceses no hotel saimos com o taxi que veio nos buscar às 7h30 da manhã (acabamos saindo só às 8hs) rumo ao Chacaltaya.
Nossa idéia inicial para essa viagem era passar uma noite no refúgio mas optamos por ir e voltar no mesmo dia para poupar um dia de viagem e ainda garantir uma noite melhor de sono, sem ter que dormir a 5200m de altitude.
A ida até o Chacaltaya foi tranquila (tirando que o taxi era um Toyota pequeno que mal cabia eu e o Alcides dentro) e às 10h30 estávamos bebendo um mate de coca dentro do refúgio do CAB (Club Andino Boliviano). Ficamos um tempo lá dentro, tiramos umas fotos próximas da entrada e depois de colocarmos mais roupas saimos para nossa caminhada.
Seguimos no início o caminho tradicional, saímos do refugio, subimos até o 1o. cume em 15 minutos (um bom tempo), fizemos algumas fotografias, descemos pela crista oposta e então subimos até seu cume mais alto com 5400m de altitude onde mais uma pausa para fotos, descemos pela sua crista oposta e seguimos então até as antenas de onde podíamos ver grandes núvens chegando e encobrindo o Huayna-Potosi, montanha bem próxima de lá com 6088m que escalei em 2004.
Como ainda era cedo e nossa idéia era caminhar bastante para acelerar o processo de aclimatação resolvemos então descer rumo a outra crista de pequenas montanhas que ao final leva (acreditamos) ao Charquini. Começamos então a descida e logo uma primeira subidinha até um cuminho onde paramos para um lanche e para esse vídeo abaixo:
Saindo do cuminho mais um pouco de descida e logo em seguida outra pequena subida até outro cumezinho. Nesse segundo nem paramos e seguimos direto a caminhada para baixo até um colo e agora sim uma subida maior, levando a outro cume com 5345m de altitude (Chiar Kherini) onde fizemos mais pausa para fotografias e na nossa frente, bem próximos, viamos uma outra montanha bem negra e ainda com um grande glaciar que é o Charquerini (o nome é praticamente o mesmo de onde estávamos, mas é isso que diz a carta topográfica que mostra esses cumes).
Olhamos a descida e como o desnível até o colo antes de iniciar a subida seria grande e, além disso, não vimos de imediato um bom caminho para descer mas sim vários penhascos resolvemos voltar de onde estávamos. Já eram 12h30 e as núvens que antes estavam longe já tinham nos alcançado deixando a temperatura bem fria e em alguns momentos até nevando e com um vento considerável que fazia a sensação térmica ir para alguns graus negativos (o relógio indicava 2o.C).
A caminhada de volta foi praticamente pelo mesmo caminho descendo e subindo pequenos cumes do complexo do Chacaltaya, a única diferença foi bem no final do caminho onde, em vez de subir e passar novamente pelos dois cumes mais visitados da montanha seguimos por uma trilha que a contorna e leva quase que direto até o refúgio, tudo isso sempre com o direito a mais fotografias (realmente é besteira levar uma câmera grande nessas montanhas/viagens, só tenho usado a compacta Canon G10 e estou muuuuuito satisfeito com o resultado das fotografias!).
No refúgio, cansados e sofrendo de dor de cabeça tomamos outro mate de coca, descansamos alguns minutos e depois encontramos com o Walter (motorista do taxi) e começamos nossa descida para La Paz. A descida foi bem, pedi apenas para fazer 2 paradas para tirar foto das 7 lagunas e de algumas lhamas e por volta das 17hs estávamos no hotel deitando para descansar e ver se a dor de cabeça melhorava (parecia que tanto eu quanto o Alcides tínhamos levado marteladas na nuca).
No início da noite passamos na agência do Juan e decidiremos amanhã se vamos amanhã mesmo ou na 5a. feira para o Condoriri. Como as núvens que chegaram nas montanhas não eram pequenas ficamos com receio de ir amanhã para lá e ter que ficar alguns dias presos dentro da barraca por conta do mal tempo. Além disso, fotos de satélite mostram núvens sobre a cordilheira Real nesse momento.
Depois ainda fomos na La Jungla comer um spaguetti, comprar mais batatas Pringles no supermercado e depois de andar algumas quadras para fazer a digestão um taxi até aqui no hotel onde já baixei as fotos e coloquei aqui no site.
Hoje o dia aqui em La Paz foi praticamente todo reservado para compras. Acordamos, tomamos nosso café da manhã e logo em seguida, depois de conversar com outros brasileiros que haviam acabado de chegar ao hotel fomos comprar alguns equipamentos de escalada que faltavam.
Logo que chegamos na loja (na mesma rua a duas quadras do hotel) encontramos o contato com quem eu havia trocado alguns emails e então peguei minha lista de compras e comecei a pedir o que precisava (na verdade precisar mesmo eram poucam coisam, mas como os preços estão melhores que no Brasil - como se isso fosse novidade, até na República da Birmânia e na Etiópia devem ser melhores - acabei comprando algumas - muitas - coisas a mais). No mesmo tempo o Alcides também fez suas compras e depois de algumas horas revirando a loja fechamos nosso pedido.
Com o pedido fechado, mesmo a loja aceitando dolares fomos até uma casa de cambio já que a cotação era melhor e em seguida voltamos para pagar e retirar nossas sacolas de compras. Já passava das 14hs e estávamos com fome mas, como crianças com novos brinquedos, ao chegar ao hotel descarregamos as sacolas e conferimos tudo que tinhamos comprado antes de sair e pegar um taxi até a La Jungla, um supermercado perto da Plaza Eduardo Avaroa que tem uma pequena mas boa praça de alimentação.
Almoçamos em um restaurante que haviamos comido outras vezes que estivemos aqui com direito a uma salada de entrada, sopa de legumes, lazanha e pudim de sobremesa, tudo isso a Bs 19 (equivalente a pouco mais de R$5!!) e depois descemos para o supermercado para mais compras, agora a comida que faltava para os dias que ficaremos acampados no base do Condoriri.
Saindo de lá fomos procurar gasolina para o fogareiro e no posto que passamos não nos venderam por estarmos com garrafas plásticas. Mas isso logo resolveremos em algum posto menos chique (existem poucos em La Paz e provavelmente compraremos em El Alto quando estivermos indo ao Condoriri). Depois disso um taxi de volta a rua do hotel, mais de uma hora na agência do Juan (www.hikingbolivia.com) com quem sempre tratamos nossos passeios, transportes etc. conversando e acertando os detalhes o transporte que nos levará amanhã para o Chacaltaya.
Nossa idéia inicial era passar uma noite no refúgio para acelerar a aclimatação mas, para ganhar um dia resolvemos apenas passar o dia lá (por isso a necessidade de um transporte privado, os passeios normais ficam no máximo uns 30 min no local). Sairemos 7h30 do hotel, em duas horas estaremos a 5200m e o taxista ficará nos esperando até quando decidirmos descer, creio que pela metade para o final da tarde. Com isso poderemos caminhar bastante para nos aclimatar melhor e chegar a 5395m de altitude e no mesmo dia voltar para La Paz para uma boa noite de sono antes de irmos para o Condoriri.
Hoje praticamente não fizemos fotos mas bem cedo acabei de atualizar a galeria com as últimas que faltavam e suas legendas. As fotos mais recentes estão nas últimas páginas do link Bolívia 2009 (G10).
Enviado por Tacio Philip às 23:00:00 de 31/08/2009
Nos últimos dois dias o Alcides e eu não fizemos nada demais. Ontem acordamos, tomamos nosso café da manhã aqui no hotel e fomos então andar um pouco pela cidade.
Saindo do hotel resolvemos subir para o lado da calle Uyustus (não sei se é assim que se escreve). Passamos por ruas que vendem todos tipos de eletrônicos (em 2004 comprei um som para auto aqui mas hoje em dia, apesar de preços melhores que no Brasil, não estão mais tão melhores como há alguns anos), ruas com móveis, comida, roupas até chegar na própria Uyustus, uma verdadeira 25 de Março só que mais apertada e com muito mais camelôs. Lá aproveitei para comprar protetor solar, uns cremes para minha mãe (ela sempre faz essas encomendas) e depois, já na hora do almoço, descemos de taxi até o Dumbo na Av. 16 de Julio.
Ficamos um bom tempo por lá e depois fomos andar mais um pouco pela cidade, agora indo sentido Sul onde a paisagem muda completamente. Enquanto que próximo as ruas das agências (Sagarnaga, Illampu) e mais acima onde fomos é tudo muito precário pra não dizer muitas vezes sujo, descendo para o Sul a cidade melhora a cada metro com ruas mais largas e bonitas, prédios, bons restaurantes, lanchonetes, hotéis e por ai vai. Fomos andando, andando, meio que sem rumo e fazendo algumas fotos até que voltamos para o hotel e só saímos então no final da noite para comer alguma coisa antes de dormir.
Hoje não foi muito diferente. Acordamos, tomamos café e saímos para andar pela cidade. Descemos para a Iglesia de San Francisco onde já começamos a fazer algumas fotos e de lá seguimos descendo. Desta vez, em vez de descer pela 16 de Julio fomos por uma paralela, meio que seguindo em direção do Illimani bem ao final da paisagem.
Algumas poucas centenas de metros abaixo achamos o mirante Simon Bolivar com uma visão espetacular de La Paz e do Illimani. De lá começava uma passarela elevada que seguia até longe então resolvemos ver onde iria dar. Até hoje é com certeza o melhor lugar para fotografar a cidade de La Paz que eu estive e aproveitei para uma boa quantidade de fotografias, inclusive panorâmicas. Essa passarela segue bem alta meio que paralela ao vale onde antes passava um rio (agora canalizado) e no final chega em um parque público muito bem cuidado e limpo voltado às crianças, o parque Laikacota. Pagamos a entrada, Bs 3.50 por pessoa, tomamos um refrigerante e então mais fotografias antes de sair e então seguir em direção a Puente de Las Américas, com direito a uma pausa para uma salteña.
Voltando a caminhar eu, curioso em saber se em algum prédio deixariam que subissemos até o seu terraço para fotografar parei em um deles para perguntar e, como era de se esperar, não podia. Entretanto, nos disseram para tentar no Edifício Santa Inês. Andamos alguns metros até ele e não encontramos nenhum porteiro então aproveitando uma porta aberta subimos até seu último andar (23o.) e depois de um lance de escada saímos em duas portas trancadas, não tinha dado certo.
De volta ao térreo perguntamos a um policial no prédio se era possível e ele disse para falarmos com o porteiro (que não estava lá). Fomos então fazer compras em um supermercado (Ketal) e depois de comermos uns doces na calçada voltamos ao prédio onde na entrada encontramos com o porteiro que nos disse muito educadamente que era proibido subir. Agradecemos e seguimos então nosso caminho fotografando pela rua. Nem dois minutos se passaram e o porteiro veio então até nós e disse que se dessemos uma propina (gorjeta) ele nos levaria até lá. Pensamos um pouco e resolvemos subir. Seguimos o mesmo caminho que tinhamos ido antes só que agora ele tinha as chaves das portas e tivemos acesso ao terraço, ou melhor, ao telhado já que não é um lugar para passeio do prédio (não tinha nenhum parapeito, chegando próximo a beirada dava para ver que era mesmo o final do prédio e só teria chão novamente 23 andares abaixo).
Lá demos uma pequena propina (Bs 10, o equivalente a uns R$3) e enquanto o Alcides o distraia (que já queria descer logo quando chegamos, principalmente porque a gorjeta não deve ter sido o que ele esperava) eu aproveitei para fazer umas fotos. A vista é realmente linda e para todos os lados que olhávamos percebíamos que estávamos mais altos. Acho que é o prédio mais alto de La Paz!
Saindo do prédio continuamos nossa caminhada agora de volta para o hotel. No caminho mais fotos, mais sorvete no Brosso (um restaurante no estilo do Dumbo que é outro mais antigo aqui) e depois mais algumas fotos e pequenas compras na calle Sagarnaga e na calle de las Brujas.
De volta ao hotel tomamos banho e agora a noite saímos para comer um hamburguer no Pollos Copacabana. Amanhã o dia será mais corrido e com metas mais definidas. De manhã vamos comprar alguns equipamentos de escalada que ainda nos faltam e depois comprar o restante da comida que vamos precisar nas montanhas. Se tudo correr bem acertamos tudo isso amanhã e na 3a. feira vamos para o Chacaltaya passar uma noite em seu refúgio a 5200m de altitude para acelerar um pouco o processo de aclimatação. Depois disso estaremos prontos para ir para o Condoriri escalar algumas de suas montanhas.
E como os dias de ontem e de hoje foram bem reservados para fotografias e passeios por La Paz já estão no ar duas pastas de fotografias aqui no site (pelo menos estou tentando acabar de fazer o upload e colocar as legendas já que a internet hoje está muito lenta e instável). Uma pasta contém as fotos feitas com a Canon EOS 5D (apenas algumas poucas fotos de Sta Cruz de la Sierra) e outra com as fotos feitas ontem e hoje com a Canon G10 aqui em La Paz (é muito menos intimador fotografar com a compacta e hoje rendeu!).
Ontem à tarde, com a chegada de outro voo da Aerolineas Argentinas a mochila desaparecida do Alcides apareceu! Ela chegou aberta, meio bagunçada mas aparentemente foi fiscalização da polícia federal de Buenos Aires (pelo menos não roubaram o salame) e esta tudo ok.
Do aeroporto passamos no residencial Bolivar onde o Alcides tinha dormido, pegamos as suas coisas, fomos para a rodoviária comprar passagem para La Paz, voltamos para o centro, almoçamos no Dumbo (mesmo restaurante onde já tinha comido em 2002) e depois finalmente rodoviária mais uma vez para embarcar para La Paz.
Apesar da distância entre Sta Cruz e La Paz ser menor de 500km o ônibus levou 16 infinitas horas para percorrer esse trecho! Houve uma parada oficial para um lanche antes de Cochabamba e depois várias outras onde o motorista devia descer para ir tomar café, para fiscalização de polícia e por ai vai. Mas tirando isso correu tudo bem, consegui dormir até 4hs seguidas (estava bem cansado) e depois passei o resto da noite no ritmo dorme, acorda, dorme, acorda. E para não perder o costume, assim como na outra vez que vim para La Paz de ônibus cheguei aqui vomitando (to sofrendo do famoso Sorojchi, o mal de altitude). Felizmente eu tinha pego uma boa reserva de saquinhos para vomito no voo da Gol e eles foram bem usados.
Agora estamos no hotel Copacabana na calle Illampu e a parte boa é que estou acessando internet do quarto. Chegamos aqui umas 9hs da manhã e fiquei um bom tempo com outro inseparável saquinho descansando na cama. Agora já estou começando a comer e beber algo e daqui a pouco sairemos para dar uma andada pela cidade.
A subida direta em 16hs de Sta Cruz (a 300m de altitude) até La Paz (a 3600m e tendo passado por um lance a 4100m) não é fácil. Até nosso corpo se aclimatar com o ar rarefeito é fácil sentir falta de ar para andar até a esquina (pior ainda foi subir com a mochila grande com 28 kg até aqui no 2o. andar por escada!). Mas logo nosso corpo se acostuma e poderemos então ir para as montanhas.
Apesar da previsão do tempo não ser das melhores, aqui o tempo esta razoavelmente bom. O Alcides - que saiu enquanto eu descansava um pouco - disse que encontrou um grupo que havia subido o Huayna-Potosi e pegaram tempo muito bom. Na chegada aqui também pudemos ver a montanha e estava bem aberto. Vamos torcer para que fique assim, principalmente porque na semana que vem, quando formos para o campo base do Condoriri será lua cheia e isso ajuda tanto para escalar quanto para as fotografias noturnas.
Condoriri iluminado pela Lua (foto de 2004)
Agora vamos ver o que fazer por aqui, provavelmente um tour pelas novas lojas de equipamentos de escalada na rua (que não existiam até minha última vinda para cá). Inclusive em uma delas já temos equipo reservado e com certeza vamos nos divertir um pouco mais fazendo compras!
Enviado por Tacio Philip às 15:31:00 de 28/08/2009
Ontem de madrugada, depois de um voo com escala em Campo Grande ao som de Iron Maiden (Flight 666) e Týr (By the Light of the Northern Star) no mp3 player cheguei em Sta Cruz de la Sierra (Bolivia).
Logo chegando e depois de passar pela aduana peguei minha mochila (26,5kg na despachada e 14,5kg na de mão - essa 2a. pesada aqui em Sta Cruz só por curiosidade já que não passei com ela pelo check-in ontem para evitar problemas e taxas) fiquei um bom tempo conversando com um casal de Campo Grande que esta a caminho de Macchu-Picchu e por volta das 4h da madrugada (horário local, 5hs no Brasil) subi para o primeiro andar do aeroporto para tentar dormir um pouco. Achei umas cadeiras boas e confortáveis, coloquei minhas mochilas próximas de mim, tirei as botas e consegui dormir um pouco, só acordando de vez em quando principalmente com o barulho de gente pegando balas naquelas máquinas que se coloca uma moeda e roda uma alavanca (muito barulhentas e do meu lado!).
Depois do dorme, acorda, dorme, acorda acordei mesmo por volta das 8h30 e agora estou esperando o Alcides aparecer aqui no aeroporto e se sua mochila aparecer (esta desaparecida desde ontem - espero que apareça) tentaremos pegar um ônibus para La Paz ainda hoje.
E só para descontrair, como não vou colocar nenhuma foto no post nem nada muito interessante, dois vídeos que fazem parte do que foi minha trilha sonora durante o voo.
Iron Maiden - Heaven Can Wait (live SP 2008 - Eu estava lá!)
Týr - Hold The Heathen Hammer High
Enviado por Tacio Philip às 11:08:00 de 27/08/2009
Acabo de arrumar minhas malas e daqui alguns minutos enfrentarei o trânsito em São Paulo até o aeroporto de Guarulhos onde, às 22hs10, embarco para Santa Cruz de La Sierra (Bolívia).
O Alcides, parceiro de escaladas em montanhas geladas, já está em Sta Cruz (chegou hoje na hora do almoço) e agora se descabela pelo fato de sua mochila ter desaparecido. Como seu voo fez escala em Buenos Aires ontem e só foi hoje para Sta Cruz a esperança é que chegue por Sta Cruz amanhã no próximo voo da Aerolineas Argentinas. Vamos torcer para aparecer mesmo e a minha não desaparecer hoje (mais difícil por ser um voo direto)!
Como chegarei em Sta Cruz de madrugada devo dormir no próprio aeroporto (tomara que tenha algum banco confortável) e amanhã cedo com a chegada do Alcides na caça da mochila perdida vemos o que fazer. Se tudo correr bem amanhã mesmo pegaremos um ônibus para a alta La Paz.
Em La Paz logo nos primeiros dias faremos compras do que precisamos para ir para as montanhas (algum equipo extra, comida, combustível), forçaremos nossa aclimatação subindo ao Chacaltaya (quem sabe passando uma noite por lá a 5200m de altitude) e logo partiremos para o acampamento base do Condoriri.
Esse acampamento é muito confortável e bem protegido de vento com banheiros montados sobre as rochas (agora com paredes) e água corrente. De lá saem as rotas de escalada do Tarija (que subimos em 2004), Pequeño Alpamayo, Piramide Blanca, Aguja Negra, Cabeza del Condor e suas duas asas e outras mais. Não temos ainda idéia exata do que subir mas vamos fazer o que o clima e nossas condições permitirem.
Abaixo uma desenho que mostra como é ao redor do acampamento base do condoriri.
Em breve posto mais notícias e imagens direto da Bolívia e enquanto isso curta as fotos das minhas outras idas para lá: Bolívia 2002 Bolívia 2004 Bolívia 2006
Enviado por Tacio Philip às 17:58:00 de 26/08/2009