Hoje, dia 16/04, saímos de São Paulo o Tiago, Bizu, Dário e eu novamente rumo à Campinas, para um dia de escaladas na Pedreira do Jd Garcia.
A viagem foi tranquila, fizemos uma pausa para comprar lanche no supermercado e antes das 11h já estava na base da parede equipando a via Cantil na Cabeça (5º Vsup) para dar uma aquecida. Na sequência a via foi também escalada pelo Bizu, Dário e Tiago e na sequência entrei pra brigar com a via Da Lu (ou Lua, sei lá!), um 7a (pelo croqui, mas que para mim tem um lance que deve ser no mínimo 7b/c!
De volta ao chão e com a sombra chegando na outra parede migramos para lá e o Dário entrou então na via Xnoide (7c VIIc), parando logo depois da 2º costura, onde ele não estava se encaixando e conseguindo fazer o movimento. Foi então a minha vez de respirar fundo, pegar as costurar e entrar na via. Para mim o lance que ele estava brigando saiu até que fácil, mesmo com regletes muito pequenos consegui acertar os pés e subir até uma boa agarra de onde costurei a 3ª proteção.
Fiz uma pausa para descanso, mais uma sequência de pequenos regletes, agarras laterais, troca de pés e cheguei na 4ª proteção. E fui repetindo isso até que, depois de uns 30 min (pelo menos, não olhei no relógio), consegui chegar até o final da via. Não consegui encadenar a via, mas já foi um bom avanço, até hoje o máximo que encadenei foi 7b (em rocha) e esse é o 2º 7c que isolo todos os movimentos até sua parada. E o melhor de tudo, acho que dá pra encadenar, pretendo voltar lá em breve!
Da parada o Dário me desceu e novamente entrou na parede, conseguindo passar o lance e também chegando até o final da via (no mesmo esquema: descanso, regletes, pés, regletes, pés, descanso...). Ao mesmo tempo o Tiago e o Bizu escalavam as vias 12 de Outubro (7a VIIb) e Cacaio (7a VIIa), vias que eu havia feito no Domingo.
Com os dedos começando a falhar, fomos então repetir umas vias mais tranquilas que eu e o Dário haviamos escalado no Domingo: Espressolândia (4º Vsup), Fendolândia (5º V) e São Piton (IV 5sup), sendo que desescalamos (como parte do treino no final do dia) a via São Piton, o que foi o tiro de misericórdia em nossas mãos, braços, ombros, pernas etc.
Arrumamos as coisas e logo estávamos no carro à procura de um lugar para comer. Acabamos parando no shopping, comi um pastel e depois estrada de volta pra São Paulo.
Em breve (muito breve) pretendo voltar por lá! Vou na próxima semana fazer um treino mais específico na 90 graus e quero retornar na pedreira para encadenar aquele 7c!
Para quem sempre teve vontade de colocar a mochila nas costas e viajar no mais livre e puro estilo mochileiro (barato mas com segurança e conforto), agora dia 26 e 27 de abril,o Victor Carvalho (http://victorcarv.blogspot.com/) e eu estaremos dando um Curso de Backpacking voltado a viajantes em geral. Esta idéia não é nova e agora com novo espaço para as aulas e após solicitações, resolvemos abrir uma turma.
As informações do curso seguem abaixo.
Abraços!
Curso de "Backpacking" voltado à viajantes em geral
Turma limitada a 20 participantes.
Dias 26 e 27 de abril. Das 20:00 às 23:00h.
Endereço: Av. Cursino, nº 3656, sala 23, Saúde, São Paulo/SP.
Interessados entrar em contato por:
fone 11 7679-1685 / 11 9350-5464
victorcarv@terra.com.br
página de contato
Valor: R$ 190,00 à vista ou em 2x R$ 100,00
Conteúdo programático e descrição do curso:
- Leitura de Currículo dos instrutores e apresentação pessoal dos cursandos,
- Apresentação do conceito filosófico do que é "viajar de mochila" e quais as suas facilidades e dificuldades,
- Requisitos básicos para uma viagem de mochila bem-sucedida,
=> Horários flexíveis (como assim?),
=> Capacidade de se alojar em locais com a privacidade prejudicada,
=> Capacidade de abdicar de confortos (que confortos?),
=> Facilidade para relacionamento social (ou se não facilidade ao menos
interesse em diminuir a dificuldade),
=> Capacidade de adaptação à eventos inesperados (que eventos? quais os mais comuns?).
- Equipamentos típicos de mochileiro,
=> Mochilas (de hidratação, de ataque, cargueira). Análise da melhor litragem/tipo pelo perfil do interessado ou pelo perfil da viagem,
=> Câmera fotográfica (qual?),
=> Kit de medicamentos (o que levar?),
=> Saco de dormir (qual?),
=> Kit de higiene pessoal (o que levar?),
- Vestimentas típicas de mochileiro,
=> Calçados (o que levar e análise da melhor opção de acordo com a viagem e com o perfil do interessado),
=> Calças, camisetas e correlatos (que tipo?),
=> Roupas íntimas (que tipo?),
=> Acessórios de interesse (coberturas, óculos de proteção solar, e afins),
=> Roupas técnicas (quais?).
- Aeroportos, terminais de ônibus e correlatos,
=> Quais os cuidados.
- Albergues da Juventude,
=> Quais as vantagens, desvantagens e cuidados.
- Campings,
=> Quais as vantagens e desvantagens,
=> Quais os equipamentos "a mais" necessários e como utilizá-los.
- Manuseio de dinheiro e planejamento,
=> Quais as melhores opções de manuseio e obtenção,
=> Como calcular gastos e planejar a viagem.
- Demonstração real de equipamentos,
- "Causos" ocorridos (explanação da experiência pessoal dos instrutores com problemas já ocorridos em viagens),
- Cuidados gerais com viagens de mochila,
- Esclarecimento de dúvidas.
- Entrega de CD aos cursandos com o conteúdo programático.
Ontem, dia 11/04, depois de me encontrar com o Osvaldo, Edu e sua namorada Tati no Jabaquara às 8h pegamos estrada e na Marginal Pinheiros nos encontramos também com o Dário. De lá seguimos pela Anhanguera e antes de chegar na Pedreira do Jardim Garcia, em Campinas, fizemos uma pausa em um mercado para comprar lanches.
Antes das 11h já estávamos na base da parede e começando a nos equipar e entrei primeiro na via Linha Vermelha (6ºsup VIIb), uma linha muito bonita e com boas agarras que vai limando a energia e bombando os braços durante sua subida. De volta ao chão o Osvaldo também a escalou então fomos para uma via a sua direita, pelo croqui (encontrado no site do Davi Marski) é um projeto que segue até uma parada temporária com uma chapeleta e correntes sendo um 7a e de lá continua como 8º. Eu segui até quase essa parada sendo que, ao quase chegar nela, depois de fazer um movimento errado indo para esquerda em vez de direita, só tive tempo de falar pro Osvaldo: "trava!", esperar 3 segundos e me soltar, o que rendeu em uma queda de uns 8 m de acordo com o Dário, que me via de longe quando voei (e até me perguntou se eu gostava de bungee jump!) :-D
Mais uma tentativa do movimento e já sem braços acabei descendo, sendo depois a via escalada também pelo Edu, Dario e Osvaldo, sendo que fizeram ainda algumas tentativas no movimento de 8º grau que segue pela diagonal direita.
Enquanto o Osvaldo ainda tentava o final da via Projeto eu e o Edu fomos para a 1ª parede na esquerda da pedreira, onde logo em seguida se juntaram a nós e alternando todos nós fizemos as vias Fendolândia (5ºV), Expressolandia (4º VIsup), Cocalzinho (6ºsup VII), 12 de Outubro (7a VIIb), Cacaio (7a) e São Piton (4º Vsup).
Com o final da tarde chegando, e o final dos braços já tendo chego há algumas vias atrás, guardamos nossas coisas e mais um pouco de estrada até São Paulo, onde chegamos no começo da noite.
Essa foi minha primeira vez nessa pedreira e gostei bastante. Minhas outras experiências em pedreira foram quase todas na Pedreira do Dib em Mairiporã e lá é bem diferente: sem rapeleiros e sem farofeiros arrumando encrenca (o que faz com que eu não vá mais escalar no Dib). Realmente essa pedreira merece outras visitas. Além disso, mesmo com os pedágios (R$24,40 ao total), dá pra encarar tranquilamente um bate-volta e é uma ótima opção para sair de São Paulo sem ter que enfrentar a Fernão Dias interditada a caminho das escaladas na região de Bragança.
Depois das escaladas na patagônia durante esse mês e vendo que esse é um esporte com muito risco, estou em aposentando de algumas modalidades da escalada (leia-se escalada tradicional, big-wall, artificial e alta montanha) e resolvi me dedicar mais ao boulder, esportivas curtas e só trilhas mais tranquilas.
Graças a isso, alguns equipamentos que eu tenho não serão mais usados, então vou me desfazer deles:
- Haulbag Black Diamond 70L
- 2 jogos friends Rock Empire
- cliffs diversos, camhooks, copperheads
- Mochilas cargueiras 75L Deuter e 75L Curtlo
- 1,5 Jogo de Nuts, 1 jogo de excentrics, 1/2 jogo de tricams
- Cadeirinha Petzl Calidris tamanho 1 + rack BD
- Bota dupla Asolo AFS 8000
- Crampons e par de piolet técnicos BD + piolet de travessia Charlet Moser
- diversos mosquetões, freios, fitas, costuras longas 60/120cm (só vou ficar com as de 12cm)
- Peitoral BD, mosquetão Omni Petzl screwlock e Wren Soloist (para escalada solitária)
- 2 cordas duplas Edelweiss 60m 8,2mm + 1 corda simples Stearling 60m 9,3mm (nova) + 1 corda 60m 9,8mm (bem usada)
- outros itens que não me lembro agora, mas tenho bastante coisa à venda.
Obs: aceito trocas por saco de magnésio que caiba as duas mãos juntas e pelo menos 1kg de MgCO3 e crash-pad de diversos tamanhos, cores, marcas etc. Preferência por algum na cor e formato do Bob Esponja.
Negociações aceitas só por hoje, dia 1º de Abril.
Enviado por Tacio Philip às 19:00:00 de 01/04/2010
To aqui no hostel em Calafate (Argentina) esperando dar 17h10 pra ir pro aeroporto (o Victor e eu contratamos serviço de minibus que vai nos levar, sai mais barato que taxi).
Hoje o dia foi bem saudável, diferente de ontem: acordamos 9h, tomamos nosso café da manha, tiramos as mochilas do quarto (tinhamos que liberar até às 10h), jogamos pega-vareta, dei uma olhada rapida em emails, alugamos duas bikes e fomos pedalar às 12h. Andamos uns 16 - 20km pela cidade, foi bem legal. Depois paramos para almoço/lanche umas 13h20 e voltamos com as bikes pro hostel agora pouco, às 14h.
E essa rotina de hoje foi bem diferente de ontem: à noite, por volta das 21h saimos para jantar, comemos um lanche bebendo uma cerveja espetacular (Otromundo red Ale), experimentamos tambem a Otromundo pilsener e depois mais uma Otromundo red Ale. Pelo cardapio existia ainda a negra só que nao tinham, entao saimos para procurá-la e a achamos em um outro restaurante, a "Otromundo Nut Brown Ale", uma das melhores cervejas que já tomei! Tomamos duas dela e no final, para comparar com uma outra que gostamos bastante também, pedimos uma Gulmen porter, outra excelente ceveja negra.
Saindo de lá fomos entao em um Cassino e resolvemos tentar um pouco a sorte: juntamos 50 Pesos de cada um de nós e pegamos 100 pesos em fichas. Olhamos os jogos (roleta, black jack, caça-níquel etc.) mas o que mais nos agradou, que nao é só pura sorte, voce precisa saber jogar pelo menos um pouco e tem um pouco menos chance de perder dinheiro simplesmente por azar foi o poker, entao fomos jogar. Eu fiquei na mesa com as cartas e fichas e o Victor atras de mim (duas cabeças pensam melhor que uma). Jogamos juntos e depois de mais de 1h jogando, em uma jogada final onde sai com 2 pares e a mesa com um par, fechamos nossa meta e estávamos com 220 pesos em fichas! (a meta era chegar em 200 pesos e parar ou até perder os 100 pesos). Ai trocamos 200 pesos em fichas por dinheiro novamente, guardamos 2 fichas de 10 pesos cada de recordacao e voltamos pro hotel onde, antes de dormir, só pra arrematar e dormir bem, bebemos uma Sholken negra e desmaiamos na cama (muito felizes por termos dado prejuizo no cassino!).
Como fechamento de viagem tudo ficou em um saldo bem positivo: 14 dias de viagem, cume de uma montanha em escalada em Chalten (Aguja de la S pela rota austriaca), 21 tipos/marcas de cervejas argentinas (a maior parte artesanal) e 120 pesos ganhos no poker no cassino de Calafate!
Agora é só enrolar aqui no hostel e daqui 2h ir pro aeroporto, espero que nao mudem mais nada nos voos, é um saco isso!
Enviado por Tacio Philip às 14:53:00 de 28/03/2010
Hoje às 12h45 o Sebastian do hostel nos deu uma carona até o terminal de onibus e às 13h nosso onibus partiu rumo a Calafate. A viagem foi bem tranquila e às 16h já estavamos por aqui indo até o hostel onde fizemos nossa reserva.
Logo após o check-in largamos as coisas no quarto e descemos para a avenida principal da cidade para buscar algo para comer. Acabamos comprando uns paes doces, suco e empanadas no supermercados e comemos na rua, em um banco entre as duas faixas da avenida.
Na sequencia andamos por algumas lojas, principalmente as que aparentavam ter equipamentos mais tecnicos de escalada (só aparentavam mesmo, nao tem muita coisa por aqui) e depois de trocar mais alguns dolares para os gastos de hoje e amanha voltamos para o hostel.
Agora estamos aqui nos PCs absurdamente lentos mas com internet com uma velocidade muito melhor que Chalten, e como é incluso na diária nao tenho o que reclamar.
Mais tarde sairemos para jantar e amanha 19h pegamos nosso primeiro voo, de Calafate para Bariloche. Em seguida, amanha mesmo outro voo, agora Bariloche - Buenos Aires e depois quase 8h de espera no aeroporto de Buenos Aires, na 2ª cedo o voo até Sao Paulo.
Apesar da viagem nao ter sido muito longa, 14 dias, foi bem proveitosa. Consegui escalar uma das agulhas no compexo do Fitz Roy (a Aguja de la S) fazendo o seu cume (o menor que eu estive até hoje, no cume mesmo só cabe uma pessoa sentada!) e curti a minuscula cidade de Chalten e duas diversas cervejas artesanais (e hoje aqui em Calafate espero aumentar um pouco mais a lista).
Nao sei se postarei algo até minha chegada no Brasil, internet em aeroporto é absurdamente cara e agora, o que mais quero, é chegar logo.
Enviado por Tacio Philip às 18:50:00 de 27/03/2010