Um outro modo de ver o mundo através da
MACROFOTOGRAFIA
Fotografias de Tacio Philip
www.macrofotografia.com.br
Nesta exposição, o fotógrafo e autor do livro Macrofotografia e Close-up, traz ao público 20 imagens resultado de técnicas pouco comuns neste ramo especializado e encantador que é a macrofotografia.
Pela primeira vez no Brasil são exibidas imagens obtidas a partir da técnica de empilhamento de foco onde, através da obtenção de dezenas e, por que não, centenas de fotografias combinadas, temos como resultado uma imagem com profundidade de campo e nitidez impossíveis de se obterem em uma macrofotografia simples.
Além disso, na 2ª metade da exposição são exibidos também os anaglifos macro - imagens 3D - que permitem a observação do efeito de profundidade com o uso de óculos com lentes coloridas, técnica antiga mas que desta vez foi aplicada às fotografias macro dos pequenos seres.
Sobre o autor Tacio Philip começou como autodidata na fotografia ainda jovem, com 16 anos, tendo seu primeiro contato com uma câmera reflex em meados de 94. Nessas quase 2 décadas fotográficas seu foco se manteve sempre na fotografia de natureza, normalmente acompanhada de suas viagens para práticas esportivas como montanhismo e escalada e na macrofotografia, o mundo quase oculto dos pequenos detalhes.
Sendo esta sua 9ª exposição individual e tendo participado de outra dezena de exposições coletivas, o fotógrafo que atualmente está para se graduar no curso de pós graduação em fotografia é o autor do único livro sobre o tema lançado por uma editora especializada no Brasil e o maior responsável pela popularização da macrofotografia no país com seus diversos cursos, palestras, artigos em revistas e por lançar e manter, há mais de 10 anos, o maior portal em língua portuguesa na internet sobre o tema, o site macrofotografia.com.br.
Atualmente seu tempo é dividido entre palestras, cursos, aulas particulares, venda de fotografias, loja virtual com acessórios específicos para macro, viagens para montanhas e muito estudo para se aprimorar a cada dia mais nesse grande mundo da fotografia.
Onde:
Salão da fotografia Consigo
Rua Conselheiro Crispiniano, 105 1º andar - São Paulo
Quando:
03 a 31 de Agosto de 2013
Todas as fotografias desta exposição podem ser obtidas assinadas e com certificado de autenticidade exclusivamente pela Galeria Macro
www.macrogaleria.com.br
Enviado por Tacio Philip às 10:38:00 de 04/08/2013
Para quem quer aprender a técnica de empilhamento de foco em macrofotografia (focus stacking), já está à venda a edição 95 da revista Photos e Imagens.
Nela, pela 1ª vez no Brasil, trago uma matéria que explica como fazer esse tipo de fotografias. Além disso, esta é uma boa oportunidade de ver algumas imagens feitas com essa técnica impressas em papel.
E, falando em fotografia em papel (por melhor que seja o monitor, a resolução é pequena se comparado à uma impressão em papel). No mês de Agosto, também pela 1ª vez no Brasil, trago uma exposição fotográfica em São Paulo com algumas imagens obtidas a partir desta técnica. Em breve mais informações.
No dia 23/06 às 22h30 um maldito câncer que chegou sem dar sinais tirou meu pai de mim e da minha mãe. Há muito pouco tempo (acho que uns 2 ou 3 meses) apareceram alguns sinais que não preocupavam muito quem fazia muita atividade física, como tosse e dor na perna. Os sintomas não melhoravam, foram algumas idas a médicos para diversos exames que não concluíam nada até que, há pouco mais de um mês, meu pai foi internado para não sair mais.
Meu pai fazia exames de rotina como se fosse uma planilha de treino e sempre os médicos elogiavam por estar TUDO perfeito. Mas essa maldita doença chegou de mansinho para destruir tudo de vez e quando descobriram (fato que ele e minha mãe acham que conseguiam esconder de mim, mas não sou tão tonto :-P) o câncer já tinha pego o pulmão, coluna e estava em metástase.
No começo da semana passada o vi e conversamos pela última vez, deu tempo de mostrar um pdf de uma matéria minha que ainda vai sair em uma revista, assim como algumas fotos novas e um beijo que acabou sendo de despedida. Acho que mais deprimente que a perda era ver meu pai em uma cama sem poder sequer mexer as pernas (por causa de uma cirurgia na coluna). Como nós sempre gostamos de atividade física imagino como deve ter sido isso. Meu pai e eu fizemos MUITAS caminhadas, escaladas e saíamos muito juntos para resolver as coisas pela cidade (ou apenas para passear) a pé. Única coisa que não fiz muitas vezes junto com ele foi correr, porque nunca gostei, tendo feito só umas 2 x na época que ele corria "só" uns 6 ou 8 km, não quando estava na linha dos 14! Não era justo ele estar preso em uma merda de uma cama de hospital.
Depois desse dia melhorei um pouco mas tive uma boa recaída logo em seguida. Nesse tempo com meu pai internado mais de uma garrafa de vodka secou no meu quarto: uma Viking que eu tinha comprado há uns 8 anos por causa da garrafa, uma Grey Goose porque tinha ouvido falar que é uma das melhores do mundo e a última uma Absolut, que falam bem mas achei uma merda que só tem gosto e cheiro de álcool, que agora está um pouco abaixo da metade. Essa última teve quase metade seca no Domingo, o pior dia da minha vida. E só para dizer, quem me conhece sabe que não sou de beber, no máximo gosto de uma cerveja importada na janta, Stout ou Weiss, mas depois de uma boa pesquisa vi que era a droga legal para inibição do funcionamento cerebral de acesso mais fácil e "adequada" para a minha situação, eu não aguentava mais ter meu cérebro funcionando racionalmente como ele sempre foi.
No Domingo acordei de mais uma noite mal dormida, levei a Aline no metrô para fazer uma prova, dei uma andada pela região do São Judas e de tarde, depois de alguns goles da Absolut conversava pelo chat do FB com o Pedro e o Parofes, que foram os primeiros a saber o que estava acontecendo (além do Lucas que tem mãe médica). Nessa mesma hora, depois de quase meia garrafa e vendo o mundo girar o Osvaldo me ligou indignado por saber que tinham roubado a roda do meu carro no dia anterior e falei que não estava bem (e o problema não era o álcool). Ele mora aqui perto e estava ainda mais perto, no Plaza Sul, então passou aqui e me "sequestrou" para um café no Franz e para conversarmos.
Depois disso ainda fomos juntos buscar minha mãe no metrô Sta Cruz (ela tinha me ligado enquanto estava no café e tinha acabado de sair do hospital, onde o médico disse que estava tudo "bem" e que ela podia ir pra casa), a Aline no São Judas e nos deixou em casa.
Os minutos foram passando e pouco antes da meia noite ligaram do hospital falando que o médico pedia para irmos para lá. Lembro que a única coisa que falei foi: "que merda!". Já sabia o motivo. Chegando no hospital falaram o que já sabíamos, meu pai tinha falecido às 22h34. A médica disse que foi tranquilo, que não sentia dor, que estava calmo mas isso não tira o peso da perda. Poucos minutos depois liguei novamente para "pertubar" o Osvaldo, que ajudou a mim e minha mãe na parte burocrática.
De volta em casa, já no meio da madrugada, não consegui dormir um minuto sequer, avisei os amigos por email, postei uma mensagem no FB e no dia seguinte dar prosseguimento a tudo. Depois de atrasos na locomoção cheguei ao crematório onde pude encontrar muitos grande amigos (como sou filho único eles são como irmãos), os que não puderam ir sei que foi por motivos reais e meu parentes, inclusive uma irmã e sobrinha do meu pai que eu não conhecia (não são de SP).
O velório não foi "triste" como um velório padrão. Mesmo com muitos momentos baixos conseguiam me animar um pouco com conversas e até algumas piadas, exatamente como meu pai sempre foi, fazendo piada de tudo! Com certeza era o velório que ele esperava com família e amigos.
As pessoas tem mania de falar que um ateu muda sua crença quando um avião está caindo ou essa hora, mais um ponto negativo para eles (eu nunca estive um avião caindo mas também nunca soube de um que estava caindo planar por oração). Mesmo muito triste naquela hora eu estava bem menos deprimido que no dia anterior. Ser ateu e saber que o que restava ali era só um corpo, que por uma doença muito grave que faz com que células com mutação se multipliquem pelo corpo, tinha parado de funcionar, ou seja, a resposta mais lógica nessa linha do tempo que vivemos, me consolava. Meu pai fez o que sempre gostou, fizemos TUDO que sempre quisemos fazer juntos e é só. Não precisei, nem nessa hora, de uma "vida após a morte", de uma "alma" ou de algum "deus" com plano diabólico para inventar uma resposta que, para alguns, é mais fácil de engolir.
Às 15h30, horário marcado para a cremação, depois de meus parentes e minha mãe se despedir pedi para a Aline chamar meus amigos e com todos eles redor do meu pai dei meu último adeus, agradeci a presença de todos, fechamos o caixão (obs. meu pai de óculos, foi o único pedido dele) e com a mão em uma das alças carregamos meu pai até o carro funerário. Esse foi o auge daquele processo, senti muito, muito, muito orgulho de ver 5 grande amigos me dando literalmente uma força naquele momento.
Depois disso mais um pouco de burocracia e a escolha de músicas para a despedida. Inclusive as opções eram muito ruins mas no final acho que escolhi as certas, músicas que meu pai sempre gostou e no momento lembrava de ouvi-las no toca fitas quando íamos para Itanhaém de carro: La Vie en Rose, Perhaps Love e Love Story, todas instrumentais e essa última meu pai ainda me ouvia tocar quando estudava órgão, há mais de 25 anos.
No final acabei achando essa cerimônia final desnecessária, são só 10 minutos em um salão com a música ao fundo e o caixão aparecendo e desaparecendo sob o chão, mas mesmo assim me emocionei muito e no final demos uma última salva de palmas para meu pai. Eu achava que a cremação era na hora e só não entregavam as cinzas no dia por estar quente. Ou vai ver que eu achava que colocariam o caixão sobre uma pira em um barco de madeira, matavam alguma mulher voluntária para acompanhar meu pai nessa viagem e com o barco à deriva o víamos queimar em meio à montanhas, chuva e vento frio. Mas disso só teve a imaginação, chuva e vento frio!
Para meu grande pai Elio Sansonovski de Oliveira um beijo, um abraço e uma porrada por ter me enganado falando que viveria pelo menos 350 anos. Você me enganou nisso seu fdp! Sempre te amei.
Não há mais o que falar. Estou muito triste e sentirei muita falta do meu pai e companheiro. Mas a merda da vida não para, pelo menos pra mim não ainda.
Há alguns meses recebi duas amostras de refeições prontas da empresa AlimentAção - www.alimentacaopronta.com.br para análise.
Como era época de chuvas demorou para que eu pudesse testá-las, as deixando reservadas para alguma viagem onde realmente o seu uso se justificasse, o que fiz há pouco mais de um mês em mais uma ida para o Parque Nacional do Itatiaia.
As refeições que recebi vem cada uma em dois pacotes separados e no meu primeiro contato experimentei a que vem uma porção de arroz (150 g) e uma de salpicão de frango (250 g).
Para aquecer a refeição usei "banho maria" direto nas embalagens (super resistentes). Depois de pronta foi só abrir, despejar em um prato e saborear. A comida tem uma aparência bem caseira, sem frescuras e pessoalmente achei o sabor muito bom. Só a quantidade (total 400 g) pode ser pouco para a maioria das pessoas que praticam atividades outdoor (pessoalmente acredito que por volta de 600 g o total seria uma boa quantidade).
Arroz e salpicão de frango servidos no abrigo Rebouças em Itatiaia.
Considerações finais:
Para viagens onde o peso não é um limitante já que as refeições são prontas e embaladas, não são desidratadas ou liofilizadas, é uma boa opção que oferece um preparo muito prático rápido - basta aquecer e colocar no prato. Os únicos inconvenientes que notei são o preço e a quantidade de cada refeição, que podiam ser invertidos com maior quantidade e menor preço.
Favor
Sabor;
Tempo de preparo;
Resistência da embalagem.
Contra
Peso;
Preço;
Quantidade por refeição.
Enviado por Tacio Philip às 22:06:09 de 11/06/2013
O PN Itatiaia é um dos parques que eu mais gosto devido sua grande quantidade de lindas e imponentes montanhas (veja essas dicas de acesso às montanhas do PNI para fugir do padrão "agulhas e prateleiras"). Além disso, ficar "hospedado" no abrigo Rebouças, dentro do parque, é uma oportunidade que nunca deve ser desperdiçada. Sendo assim, há pouco mais de um mês, quando o Valdecir e o Flávio Garcia me disseram que tinham feito algumas reservas e me convidaram para ir eu não pude negar!
Desde minha confirmação de presença passaram algumas semanas e, no dia 03 de Maio, Sexta-feira, a Aline chegou aqui em casa por volta do meio dia, almoçamos, acabei de arrumar as mochilas e logo pegamos estrada. A viagem foi bem tranquila, só com uma pausa já em Engenheiro Passos para um café e cocadas e pouco antes das 17h dávamos entrada no parque e seguíamos para o abrigo (dessa vez de carro já que o acesso estava permitido) onde parte do pessoal nos aguardava.
Com as últimas luzes do dia saí para algumas poucas fotos - minha meta principal nessa viagem era fotografar o parque com uma câmera recém convertida para infravermelho - e, com o final da luz e chegada do frio, foi hora de entrar para um esperado e merecido jantar. Nesse dia, além de lanchar alguns rap10, a Aline e eu aquecemos e comemos uma refeição da Alimentação Pronta, empresa que havia me fornecido algumas amostras há alguns meses mas ainda não tinha tido a oportunidade de provar. Adianto que é muito boa e em breve postarei um review completo com minhas considerações!
Com a chegada da noite, depois de um breve bate papo a Aline e eu saímos para fazer algumas fotos das estrelas (com um frio de 3,7ºC) e logo depois chegou a hora de entrar nos sacos de dormir e deitar, ainda sem ter ideia do que fazer no dia seguinte.
O Sábado amanheceu ensolarado, sem uma nuvem sequer e, mesmo com dores na coxa e tomando diclofenaco devido a sobrecarga da semana anterior no corcovado de ubatuba decidimos encarar a travessia Couto-Prateleiras. Essa é uma bonita, exigente, pouco frequentada e bem fechada caminhada que segue pela crista paralela à estrada unindo as duas montanhas.
Com a ideia definida tomamos café, arrumamos as mochilas e por volta das 9 h começamos a caminhada. A ida começou pela estrada sentido portaria e, assim que chegamos no estacionamento começamos a subida pela estrada até o cume do Morro da Antena. Durante a subida já aproveitava para diversas fotos de montanhas do parque e da Serra Fina, vista bem próxima de nós.
Do cume do Morro da Antena seguimos então para o Morro do Couto, outra montanha razoavelmente pouco frequentada e que muitas pessoas não fazem ideia que é a 2ª mais alta do parque e 8ª montanha mais alta do Brasil de acordo com o anuário estatístico do IBGE. No platô logo abaixo do cume encontramos com o Flavio Varricchio e a Isabelle, fizemos uma pausa para "almoço" e sem perder muito tempo subimos até seu cume para mais algumas fotos e ai sim começar a travessia.
Mesmo tendo alguns trechos onde é possível encontrar totens e alguma marca de passagem humana essa não é uma travessia com trilha aberta. Em muitos trechos é necessário um pouco de senso de direção e, principalmente, um pouco de faro para achar o melhor caminho para atravessar alguns trechos de mata mais fechada ou trepa pedras. Mesmo assim, se você gosta de um pouco de desafio (e até algum perrengue light) a recomendo!
Fomos seguindo pela travessia em seus zig-zag e sobe-desce sem muita pressa, parando diversas vezes para fotografias. O tempo foi passando, as pernas continuavam a sentir e acumular o cansaço e logo vimos que tínhamos calculado mal a quantidade de água. Da outra vez que eu havia feito essa travessia encontrei um ponto de água, só que o clima naquela vez estava bem mais nublado e úmido. Além disso, depois de mais da metade da travessia, ao olhar o GPS vi que não passaria pelo ponto que eu havia marcado já que, dessa vez, com o tempo bem mais aberto, tínhamos encontrado um outro caminho por onde seguir. Sabendo que não teríamos água até o final do dia (mas não morreríamos por isso) continuamos seguindo, sempre procurando um caminho melhor e próximo ao final da tarde chegamos no topo da última subida, de onde víamos abaixo o congestionado Prateleiras.
Depois de mais pausas para fotografias decidimos rumar direto para a trilha que leva ao Prateleiras e não à sua base, onde termina a travessia. Como não tínhamos mais água não subiríamos até seu cume e seguindo por esse atalho, conseguimos fugir do engarrafamento que se formaria na trilha em poucos minutos (tinha MUITA gente no Prateleiras, acredito que excursão de escola - tinha um ônibus no estacionamento!).
Continuamos nossa descida, poucos minutos depois estávamos na trilha e outros poucos nos levaram ao final da estrada que nos levou, já no final da tarde, até o abrigo onde já haviam chego também a Cristiane Gellert e seu namorado (esqueci o nome!) que procuravam a chave para poder entrar.
No abrigo, depois de saciar a sede e fazer um lanche a Aline preparou o esperado macarrão, jantamos e depois, mais uma vez saí à noite para algumas fotos noturnas, agora pegando algumas estrelas e o próprio abrigo (depois de ter roubado essa ótima ideia da Cristiane). Com o frio e cansaço aumentando voltei para dentro (onde a Aline já se escondia dentro do saco de dormir) e fui também para a cama para uma longa noite de sono.
No Domingo, dia que devíamos entregar o abrigo, acordamos cedo, tomamos café, arrumamos nossas coisas, demos uma geral na "casa" e às 9 h saímos. Como boa parte do pessoal já havia ido embora (só tinha sobrado um grupo com 6 pessoas) e eu era o único que havia encarado a estrada de carro até o abrigo dei uma carona para as mochilas até o estacionamento perto da portaria (não tinha como levar as pessoas, mas andar leve já faz uma bela diferença naqueles 2,2 km de estrada esburacada).
Poucos minutos depois todos chegaram, pegaram suas cargas e então segui com a Aline para algumas escaladas no Morro do Camelo. Lá logo chegaram também o Flavio e a Isabelle enquanto a Cris e seu namorado seguiam estrada. No Morro comecei guiando uma via bem tranquila sem nome (III), que levou ao platô na base da cabeça, de onde a Aline seguiu pela via Não me Xinga, uma via com um crux de VIsup que ela desistiu de passar depois de algumas tentativas.
Com a Aline de volta à base foi minha vez de subir e sofrer na passagem do seu crux (com o agravante de levar nas costas a mochila com a câmera fotográfica - e não era a compacta, mas sim 5D convertida para IR + lente 24-105mm!). Mesmo assim, depois de tentar me posicionar o melhor possível, apertar a rocha no negativo e puxar para cima, passei o lance e continuei por alguns lances delicados até próximo de seu final, que me levou ao cume do Camelo, onde logo a Aline chegou vindo pela trilha.
No cume um autorretrato e logo voltamos até a base onde escalamos mais um 3º grau, dessa vez a via Olho do Gato, antes de voltar ao carro, fazer uma breve pausa para ver o estado do abandonado Alsene e seguir estrada até a Garganta do Registro para comprar mel, geleia, cocada etc etc etc.
De volta ao asfalto começamos a descida da serra rumo Engenheiro Passos e então paramos no Restaurante do Juquinha, próximo do km 13, por recomendação do Flávio. A parada para almoço realmente valeu a pena e depois de comer muita salada e uma boa truta mais uma vez voltamos ao carro e agora com pausa só para um chá (para tentar espantar o sono) antes de chegar em São Paulo no começo da noite para o merecido descanso.
Como sempre, ir para Itatiaia é muito bom e, ficar no abrigo Rebouças, melhor ainda! Agradeço ao convite e parceria dos amigos e espero em breve nos encontramos novamente!
Além disso, aos poucos parece que a estrutura do parque está melhorando, as regras mais brandas e diferente de outras vezes, nessa ocasião não houve nenhum motivo de stress! Além disso, a viagem foi bem aproveitada fotograficamente e muitas das fotos podem ser vistas no link travessia Couto-Prateleiras e escalada no Camelo - PNI.
Montanhas do PN Itatiaia vistas no final da travessia Couto-Prateleiras
Enviado por Tacio Philip às 23:12:42 de 10/05/2013
No final de semana passado, aproveitando as férias do Leandro, no final da tarde de Sexta-feira (dia 26/04) passei em sua casa, depois na Aline, fomos juntos ao supermercado comprar o que faltava e em seguida pegamos estrada rumo Ubatuba.
Com preguiça e receio de pegar trânsito para atravessar a cidade ou pegar o rodoanel até a Carvalho Pinto decidimos ir pela Rio Santos. Como já estávamos em São Bernardo foi só seguir pela Anchieta e logo estávamos ao nível do mar seguindo pela interminável estrada com suas milhares de curvas e sobe-desce.
No caminho uma pausa para janta em São Sebastião e depois mais um longo tempo de estrada até chegarmos onde começa a trilha para o Pico do Corcovado de Ubatuba. De olho em possíveis locais para acampar achamos um bom campo de futebol onde logo montamos as barracas e ouvindo muitos latidos de alguns cachorros que não cansavam de reclamar fomos dormir.
No dia seguinte acordamos antes do despertador e, sem muita pressa, fizemos nosso café da manhã, separamos apenas o que precisaríamos na montanha, estacionei o carro em outro local e por volta das 9h começamos a caminhada.
O começo da trilha pode enganar um pouco por causa de diversas bifurcações mas om a ajuda de um track que havia baixado para o GPS no dia anterior foi bem tranquilo. Logo no começo a trilha já atravessa dois riachos e, depois de andar pouco mais de 1 km ela realmente começa a subir. A partir desse ponto a trilha é bem aberta e praticamente impossível de se perder. Na dúvida é só seguir sempre para cima e logo você verá que está subindo por uma bela crista com mata fechada e precipícios para os dois lados.
Continuamos a subida - que em alguns trechos é muito inclinada - fizemos algumas pausas rápidas para fotos em mirantes e depois nossa primeira pausa longa no último ponto de água, já a 730 m de altitude. Lá, sem pressa alguma e com muito tempo nos demos ao prazer de preparar sanduíches no tostex (acessório que sempre está na minha mochila) :-) Ficamos por volta de 1 h nessa pequena clareira até que decidimos pegar a água que precisaríamos para o resto do dia e começo do próximo, rearrumamos as mochilas e voltamos a caminhar.
A subida continua bem inclinada com lances parecendo escadas e outros em trepa-raízes, bem no estilo das trilhas da serra do mar, até que chega no topo da serra a mais ou menos 1000 m de altitude. De lá, onde há uma clareira onde é possível acampar, depois de uma virada de 90º para direita segue sempre pela crista da serra onde em alguns pontos podíamos ver muito melhor a nossa meta, o cume do Corcovado.
A parede rochosa dessa montanha é impressionante. Pelas nossas estimativas deve ter mais de 400 m de parede vertical, o que com certeza daria algumas belas vias de escalada, o único problema seria o acesso à base já que a mata fora da trilha é realmente muito fechada e com muitos precipícios.
Continuamos pela crista da serra fazendo só algumas pausas fotográficas e logo chegamos na subida final, que volta a ser bem inclinada e nos levou até o cume, a 1184 m de altitude, por volta das 15h.
No cume, antes mesmo de pensar em montar acampamento fizemos várias fotos e ficamos observando, a quase 1200 m abaixo de nós, o campo de futebol onde havíamos acampado e ao fundo o mar.
Algum tempo passou então, aproveitando que não havia mais ninguém na montanha, armamos as barracas bem no cume onde enquanto algumas nuvens nos cercavam ficamos esperando o tempo passar para jantar e depois ver a Lua nascendo sobre o mar antes de dormir.
No dia seguinte o Leandro e eu acordamos para ver o nascer do Sol enquanto a Aline nem se mexia no saco de dormir. Sem demorar muito tirei algumas fotos e logo voltei para a barraca para continuar a "noite" de sono, acordando de verdade mais de 1h30 depois.
Com o tempo mais nublado fizemos o café da manhã, desarmamos o acampamento, guardamos tudo nas mochilas e, por volta das 10h, começamos nossa descida. Logo que saímos do cume demos uma explorada em uma outra trilha bem mais aberta que segue pela crista (provavelmente a que é acessada de São Luiz do Paraitinga) e depois começamos a descida pelo caminho que tínhamos passado no dia anterior.
Durante a descida encontramos um grupo de 3 pessoas subindo e passo após passo, com a perna sentindo bastante o cansaço (no começo de temporada a perna sente bem) fomos descendo até que, finalmente, chegamos ao último riacho da trilha para um merecido banho. Ficamos por lá uns 30 minutos pelo menos e depois mais uns outros 30 minutos até chegarmos no carro por volta das 14h10 para a também merecida troca de roupa, tirar as botas e ir procurar nosso almoço!
Na estrada, sentido São Paulo, logo encontramos um restaurante e fomos almoçar. O preço era um pouco salgado (como tudo próximo ao mar, deve ser a maresia) mas a fome era maior. Sendo assim ficamos um bom tempo repondo as muitas calorias que tínhamos queimado nas últimas horas.
Já na metade da tarde seguimos então para a praia da fortaleza, local que eu ainda não conhecia e que, no seu pontão, tem muitos e muitos boulders. Sendo guiados pelo Leandro logo chegamos e ficamos então brincando um pouco em alguns blocos e fazendo algumas fotos até que o final da tarde, aliado com o cansaço, fez com que voltássemos para o carro e pegássemos nosso caminho de volta para São Paulo.
O retorno foi bem tranquilo, dessa vez pela Tamoios, pegando só um pouco de trânsito devido à obras. Em São Paulo uma pausa para jantar no Subway e, depois de deixar o Leandro em sua casa a Aline e eu voltamos para São Bernardo para uma merecida noite em uma cama.
Apesar de exigente graças ao desnível acumulado (+- 1300 m) a trilha é uma boa opção de trilha "bate-volta". Com certeza com uma mochila leve de ataque nas costas em vez de uma mochila com uns 13 kg + quase 4 kg de equipamento fotográfico a subida (e também a descida) seria bem menos sofrida e mais rápida. Além disso, mesmo sendo uma trilha que acredito que seja bem frequentada, não encontramos muito lixo pelo caminho, o que é um bom sinal (felizmente o povo mais mal educado, quando vai pro litoral, só sabe olhar para o mar). Com certeza é uma montanha que pretendo repetir. Inclusive agora com a ideia de conhecer seu outro acesso para uma travessia (se alguém tiver informações de acesso e puder enviar agradeço, sei que é obrigatório guia, mas quero uma opção sem essa obrigatoriedade). ;-)
Atualmente não tenho tido muito tempo, paciência e nem vontade de atualizar o blog. Então, só para não deixá-lo morrer, ai vai mais uma atualização abrangendo os principais acontecimentos desde a postagem anterior (há 1 mês):
No final de semana dos dias 23 e 24 de Março o Pedro Hauck, Aline e eu demos a 12ª turma do curso básico de escalada em rocha. Como tem sido há um bom tempo, essa turma também foi um sucesso e com uma boa quantidade de alunos (turma cheia). Mais uma vez pudemos passar um pouco do nosso conhecimento sobre escalada para novos praticantes desse esporte/modo de vida.
No feriado da páscoa (sem comer ovo de chocolate de preços ridículos, comendo carne e sem me preocupar se algum coelho que bota ovo ressuscitou) fiquei em São Paulo e no dia 31 a Aline e eu fomos no show do Alestorm. Essa é uma banda Escocesa de folk metal que tem em suas letras muito tema pirata. Eles mesmos se denominam "True Scottish Pirate Metal". O show foi muito bom e aconteceu no "Inferno Club", na Rua Augusta, um local que eu não conhecia e gostei muito. Diferente do que muita gente fala, me senti bem estando no inferno ouvindo rock, com temperatura agradável e boa companhia (além de tudo o show começou cedo e às 22h já estava em casa!). Algumas fotos podem ser vistas no link Show Alestorm.
No final de semana seguinte, Sábado, dia 06, novamente com o Pedro e Aline demos uma oficina de nós e procedimentos para escalada em rocha. Esta oficina foi desenvolvida pensando em funcionar como reciclagem para nossos ex-alunos, tanto é que, para eles, o preço é simbólico. A oficina foi bem legal e como sempre é bom ver o pessoal que está começando a escalar super empolgados.
No dia seguinte teve mais um show, dessa vez saindo da onda de folk metal que tem invadido (felizmente) o Brasil. Essa foi a vez do Paul DiAnno, primeiro vocalista do Iron Maiden, que se apresentou em São Paulo no Carioca Club em um turnê que, diz a lenda, será sua última. Apesar de eu ser absurdamente fanático por Iron Maiden, a fase do Paul está muito longe de ser a minha preferida e eu ainda o acho um otário. Ta certo que é legal ver músicas como Remember Tomorrow ao vivo, mas nada justifica ele ficar com piada ridicularizando o Iron Maiden sendo que, se não fossem essas músicas, ele provavelmente estaria passando fome. Mas apesar de tudo a Aline e eu nos divertimos e algumas fotos estão no link Show Paul DiAnno.
A semana seguinte foi tranquila e, no final de semana que eu não havia agendado nada, o guardando para viajar para escalar/subir montanha/pedalar em algum lugar, choveu! Assim acabei indo com a Aline em uma mostra do cidade invertida, grupo liderado por um dos meus professores do senac que trás para as pessoas informações sobre a origem da fotografia e seu funcionamento, foi divertido!
Na semana seguinte minha agenda passou a ficar mais lotada (pelo menos durante pouco mais de um mês): me inscrevi em um curso de fotografia na Riguardare. O que me atraiu no curso (assim como a pós graduação em fotografia que estou fazendo no senac) é não ter absolutamente nada de técnico. O curso, dado pelo Comodo e Armando, amigos e fotógrafos que conheço há muitos anos, é voltado à criatividade e linguagem, até agora foram 2 aulas e estou gostando bastante. Além disso, com esse curso às 2ª e 4ª feiras, a minha quilometragem rodade de pedal aumentou: dos cerca de 80 km das 3ª e 5ª no senac, agora a semana tem um total por volta de 130 km pedalados em 4 dias (cada vez mais vejo como é inviável andar de carro em São Paulo e, sempre que posso, estou com minha bike chegando nos meus destinos bem mais rápido do que se fosse de carro - além do bem estar, economia, diversão etc.).
Nesse final de semana, no Sábado cedo a Aline e eu levamos um grupo para uma saída para escalada em rocha no Visual das Águas, Bragança Paulista. Essa saída é exclusiva para ex-alunos do nosso curso de escalada e serve para dar mais uma oportunidade para quem quiser escalar com nossa supervisão/orientação. A saída foi ótima, acredito que todos gostaram e como era nossa meta, devem ter percebido que já tem a capacidade de escalar com independência, fato visto já que todos, além de escalar bem, realizaram todos os procedimentos de forma segura (inclusive guiando novas vias).
E, fechando o final de semana, no Sábado mesmo, assim que voltamos da saída de escalada a Aline e eu trocamos de roupa e fomos mais uma vez ver um show no Carioca Club. Dessa vez da banda inglesa Cradle of Filth. Apesar de não ser uma "banda de cabeceira", fazia um bom tempo que eu queria ver um show de uma boa banda de black metal (quem tiver interesse dê uma busca no youtube que você acha diversas músicas. Mas já aviso que, assim como música erudita, é necessário treinar o ouvido por um bom tempo até entender esse estilo musical).
Mesmo não conhecendo a fundo a banda e só reconhecendo algumas músicas o show foi bom, só o achei um pouco "deslocado" em relação ao local. Um show de black metal combina muito mais com um porão escuro do que com uma casa de show. Talvez esse tenha sido inclusive o motivo do público relativamente pequeno para uma banda relativamente bem conhecida. Mas valeu a pena e eu repetiria a dose. E algumas fotos já estão online aqui no meu site no link Show Cradle of Filth.
Hoje, dia 21 de Abril, foi dia de enrolar em casa, passear na Leroy, ver TV e agora no final da noite atualizar o blog. Amanhã volta a "rotina" de cursos de fotografia + pedal (inclusive tenho lição de casa para entregar amanhã)!
Enviado por Tacio Philip às 23:07:26 de 21/04/2013
As últimas semanas foram reservadas a algumas escaladas e cursos.
No dia 02 de Março a Aline, Osvaldo e eu fomos escalar no Visual das Águas, em Bragança Paulista, onde retornei novamente com a Aline, Dom e Robson dia 08. No primeiro dia a meta foi se "aclimatar" novamente com a rocha, fazendo o máximo de vias possível, sendo que fiz todas as vias da "parede da sombra".
Na segunda ida, até por causa do horário (mais tarde) e clima molhado, repeti algumas na sombra e depois me cansei um pouco na Tribal, entrando novamente em um 7a depois de quase um ano escalando bem pouco. Depois terminamos o dia com uma diagonal (que não lembro o nome) muito tranquila com visual bonito, que termina no topo da "pedra do visual".
No dia 10 de Março, Domingo, dei mais uma turma do Curso Operacional RPN hp48/49/50 para alunos de engenharia e durante a semana, além do trabalho "normal" tiver minhas aulas na pós, o que faz com que eu tenha também uma rotina de pedal, já que toda 3ª e 5ª são 40 km de pedal.
No final de semana passado, dia 16, a Aline, Guilherme, Carolina e eu fomos ao show do Turisas, banda finlandesa de folk metal. E com certeza foi o melhor show do ano até agora. Algumas fotos já estão disponíveis no link show turisas - sp.
E, logo no Domingo cedo, a Aline e eu pegamos estrada para Itatiaia. Depois dos quase 300 km chuvosos chegamos ao parque, nos encontramos com o Julio Spanner para buscar o recém lançado Guia de Escaladas de Itatiaia (lançado por ele e pelo seu filho Igor), ficamos um bom tempo batendo papo e depois subimos para casa do Hugo, onde o Flávio Varricchio e a Isabelle nos esperava.
No dia seguinte ficamos na casa só contemplando a natureza, fazendo algumas poucas fotos macro e no final da tarde fomos até a casa do Christian levar uma foto que eu estava devendo. Lá um bom bate papo, retorno para a casa, jantar, jogo de dominó (com dominó que vai até 12 em vez de 6) e depois uma noite de sono com o som da chuva.
No dia seguinte, 3ª feira, acordamos sem pressa, arrumamos as mochilas, demos um trato na casa e a Aline e eu pegamos estrada de volta pra São Paulo (na noite tive aula na pós, senão com certeza emendaria mais uns dias em Itatiaia).
E esse próximo final de semana será de trabalho com a 12ª turma do Curso Básico de Escalada em Rocha (próxima turma em Maio). Essa turma está quase lotada e, com a chegada do Outono, vai chegando também a temporada de escalada (final das chuvas). Espero esse ano ocupar boa parte do meu tempo livre nas paredes.
E, para quem quiser ver minhas macrofotografias, inclusive algumas feitas no PNI esses dias, use o link tacio.macrofotografia.com.br.
Enviado por Tacio Philip às 21:05:41 de 20/03/2013