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07/09/2010 21:48:15 (#350) - Subida do Pico Cabeça de Touro, Morro do Tartarugão e Pedra da Mina na Serra Fina

Com os incêndios no PN Itatiaia nas últimas semanas a reserva que o Alessandro havia feito para o Abrigo Rebouças no feriado foi cancelada. Com isso tivemos que partir para nosso Plano B, duas montanhas remotas e pouquíssimo visitadas na Serra Fina.

Com tudo acertado com a Paulinha, Parofes e Edson (que confirmou na última semana), na Sexta-feira, dia 03/09, pegamos estrada no começo da noite e às 0h45 passávamos pelo bairro do Paiolinho e estacionávamos o carro na Fazenda Serra Fina. Minutos depois arrumamos nossas coisas e o Edson e o Parofes bivacaram enquanto a Paulinha e eu dormimos no porta-malas do carro.

No dia seguinte acordamos com o despertador às 6h, tomamos nosso café da manhã, arrumamos as mochilas e às 7h começamos a trilha que leva ao cume da Pedra da Mina. Pouco tempo antes havia começado a subir um grupo grande de Virgínia (infelizmente) mas logo fomos alcançando os farofa-caipira e às 9h fazíamos uma pausa e carregávamos nossas garrafas no último ponto de água da subida.

Continuamos a subida e com receio de ter mais gente na trilha e não conseguirmos local para acampar no cume da Pedra da Mina (todos sabíamos que o feriado de 7 de Setembro é o mais procurado por farofeiros e ecoturistas guiados por empresas) o Edson e eu resolvemos ir na frente enquanto o Parofes e a Paula seguiam mais devagar. Fomos subindo fazendo algumas poucas pausas e às 12h50 chegamos ao topo da Pedra da Mina, felizmente vazio.

Ficamos um tempo descansando, 30 minutos depois chegaram o Parofes e a Paula e pouco depois outra pessoa vindo do Alto do Capim Amarelo. Nessa hora resolvemos então começar a montar nossas barracas e algumas horas mais tarde, quase junto com o pôr-do-Sol, chegou a lotação de Virgínia. Nessa mesma hora, após algumas fotos começamos a cozinhar nosso jantar e em seguida fomos deitar.

O começo da noite foi realmente um inferno! O bando de Virgínia, como é comum em boa parte do pessoal que vive ao redor de montanhas e tem zero de cultura, só havia subido para fumar maconha, beber conhaque (sei que era conhaque porque me ofereceram), fazer sujeira (deixaram lixo espalhado no cume) e baderna. Além da conversa alta tinha até babaca bêbado andando de um lado para o outro do cume com um radio de pilha no último volume. Realmente lamentável. Mas tirando esse incômodo o resto da noite correu bem, não fez muito frio e no dia seguinte novamente acordamos às 6h com o despertador.

Tomamos nosso café-da-manhã, arrumamos nossas mochilas de ataque, trancamos as barracas e às 7h25 começamos a caminhada para a meta mais difícil da viagem - e provavelmente a mais difícil do meu Projeto 2010 - o Pico Cabeça de Touro. Descemos rumo ao Vale do Ruah, o atravessamos aproveitando para pegar água, começamos a subida da crista pela trilha da travessia da Serra Fina e fomos em direção ao Cupim de Boi, onde chegamos às 10h55. No cume 10 minutos de descanso e lanche e começamos então a procurar um caminho viável para a descida para o colo entre ele e o Cabeça de Touro.

A descida foi quase toda desescalada em trepa-pedras mas logo chegamos em uma parte pior: o colo entre as montanhas. Esse trecho foi mais trabalhoso e como não havia trilha tivemos que atravessar abrindo caminho no meio de Capim Elefante (um capim que chega a mais de 2 metros de altura e se entrelaça tornando sua travessia um martírio). O tempo foi passando e às 11h50 vencíamos esse trecho e começávamos então a subida final para o cume da montanha, agora por lajes de pedra e escalaminhada, chegando ao seu cume às 12h40.

No cume do Pico da Cabeça de Touro fizemos uma longa pausa para lanche, fotos e para assinar o livro de cume que fica no totem do topo dentro de uma marmita. No livro, colocado lá provavelmente em 1992 (data do primeiro registro no mesmo), só haviam 6 relatos de grupos no cume até nossa chegada, sendo o mais recente em 2008. Deixamos também nossos nomes - por coincidência era também o 7º cume alcançado do meu Projeto 2010 - e às 13h20 começamos o longo caminho de volta.

O começo da descida foi tranquila e logo estávamos atravessando o colo entre o Capim Elefante (agora mais facilmente já que seguimos o mesmo caminho da subida). De lá o trepa-pedra e às 14h55 passávamos novamente pelo cume do Cupim de Boi e seguíamos pela sua crista novamente rumo à Pedra da Mina, nosso acampamento base.

O retorno foi bem cansativo, o Sol se pôs enquanto estávamos atravessando o Vale do Ruah e durante a subida final para o cume da Pedra da Mina passamos pelo grupo de turistas guiados pela Pisa Trekking. Acho que eles podiam até colocar em sua propaganda: "Inclusão Pisa: a única especializada em levar deficientes para a Serra Fina". Falo isso porque enquanto subíamos e passávamos por uma fileira de turistas um dos guias descia de braços dados com um deles, quase o carregando, e outra guia ainda justificava falando que ele tinha "problemas". Mas felizmente nosso contato com eles durou apenas uns 3 minutos (mais que suficiente para perceber como eles fazem qualquer coisa por dinheiro) e seguimos nosso caminho rumo ao cume, onde chegamos às 19h35 para o merecido jantar e tranquila noite de sono (os Virginianos já tinham ido embora - e deixado lixo por onde passaram).

A ida até o Cabeça de Touro é bem longa e cansativa. A distância da Pedra da Mina (nossa base) até ela é um pouco maior que a distância da Pedra da Mina até o Pico Três Estados. E para piorar, a travessia até o Três Estados é normalmente feita em um dia e existe trilha aberta, para o Cabeça de Touro por mais de 1 km não há trilha e ainda fizemos o caminho ida e volta, mas valeu a pena e graças ao cansaço tivemos uma boa noite de sono.

No dia seguinte acordamos mais tarde, por volta das 7h, tomamos nosso café da manhã e às 8h15, novamente com mochila de ataque e barracas trancadas, começamos a descida da Pedra da Mina rumo ao Morro do Tartarugão, nossa outra meta da viagem.

O começo da descida foi tranquila, passamos por mais um grupo de turistas, pegamos água no riacho e às 9h35 estávamos na Cachoeira Vermelha procurando um local para atravessar o charco e seguir por uma crista que possivelmente nos levaria até a base do Tartarugão. Fomos olhando e caçando o caminho até que conseguimos atravessar. De lá seguimos pela crista seguindo por rocha onde dava e atravessando mais um pouco de Capim Elefante quando éramos obrigados.

Com o cansaço do dia anterior pesando nas pernas a subida foi lenta e chegamos ao cume às 10h40. No cume mais uma longa pausa para lanche, fotos e infelizmente nenhum livro de cume. Há um pote com um papel estragado - impossibilitando saber de quando é o registro - e também não levamos papel ou caneta para deixar nosso registro por lá. Mas tudo bem, com tudo marcado no GPS e mais algumas fotos às 11h05 começamos a descida.

A descida foi bem rápida e em vez de voltar pela crista lateral voltamos pelas lajes de pedra em frente, caminho que o Edson havia feito para subir enquanto a Paula, Parofes e eu seguiamos pela crista. O Edson teve sorte e esse caminho é muito mais direto e com apenas um trecho de Capim Elefante (e facilmente atravessado). De volta à Cachoeira Vermelha mais uma pausa para lanche e fotos e de volta à trilha da travessia seguimos novamente para o cume da Pedra da Mina (o Edson acelerou na frente e ainda fez um bate-volta no Morro do Avião).

Chegamos no cume da Pedra da Mina às 13h15, almoçamos e enquanto arrumávamos as coisas o Edson também chegou. Como o clima estava piorando e a previsão do tempo realmente previa tempo ruim nossa decisão foi descer no mesmo dia para o Paiolinho - e com isso poderíamos pegar estrada mais cedo e evitar trânsito da volta do feriado para SP.

Arrumamos nossas coisas, desarmamos nosso Acampamento Base no Cume e às 14h40 começamos a trilha de descida. A descida foi longa e fizemos apenas uma pausa na água para lanche e às 19h30 chegamos no carro.

Bem cansados com os quilômetros horizontais e verticais acumulados nos últimos 3 dias (36 km percorridos e 3700 m de desnível acumulado pelos meus registros no GPS) mas realizados pela meta concluída preparamos nosso jantar e em seguida fomos dormir.

No dia seguinte acordamos sem muita pressa às 7h, arrumamos as coisas e logo começamos a descida para Passa-Quatro a procura de uma padaria para tomar nosso café da manhã. Em uma travessa da avenida principal da cidade (onde aconteciam desfiles de 07/Set) tomamos nosso café (que delícia um pão na chapa uma hora dessas!) e pouco tempo depois, às 9h, estávamos no carro pegando estrada de volta para São Paulo.

No caminho da volta só uma pausa para combustível e ducha no carro e por volta das 13h, depois de uma boa chuva na estrada - já era hora - estávamos em SP. Deixei o Edson no terminal Tatuapé, a Paula e depois o Parofes em suas casas e finalmente cheguei em casa para o merecido banho e descanso.

O ritmo dessa viagem, assim como as trilhas, foi bem intenso. Em 3 dias percorremos muito mais que a própria travessia completa da Serra Fina e com um bom trecho sem trilha aberta, mas valeu muito a pena e nosso objetivo foi alcançado: cume do Pico da Cabeça de Touro e Morro do Tartarugão, respectivamente as 17ª e 19ª montanhas mais altas do Brasil segundo o anuário estatístico do IBGE. Além disso, mesmo a travessia da Serra Fina sendo uma travessia já tradicional no Brasil (eu mesmo a percorri inteira pela 1ª vez em 2002 e fiz minha primeira subida até a Pedra da Mina em 2001), dessa vez fomos com foco nas montanhas esquecidas da Serra Fina, que são tão espetaculares (ou até mais) que os cumes alcançados durante a travessia em si.

Agora mesmo à tarde carreguei as fotos da viagem no link Cabeça de Touro e Tartarugao na Serra Fina e fiz upload dos vídeos para o Youtube.

Os vídeos podem ser vistos abaixo:

Subida do Paiolinho para a Pedra da Mina - Serra Fina

Cume do Pico Cabeça de Touro na Serra Fina

Como foi chegar no cume do Pico Cabeça de Touro na Serra Fina

Descanso no retorno da Pedra Cabeça de Touro na Serra Fina

Cume do Morro do Tartarugão na Serra Fina

Descida da Pedra da Mina depois da subida da Cabeça de Touro e Tartarugão na Serra Fina

- enviado por Tacio Philip às 21:48:15 de 07/09/2010.



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