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04/08/2019 13:47:54 (#594) - Mais uma vez na via Evolução em Pedralva e outras escaladas, canoagem, pedal etc.

Nos últimos meses a "rotina" que a Lorena e eu temos tido, além de cuidar de casa e de gatos (inclusive ontem a família aumentou em 6 gatos resgatador - logo estaremos procurando adotantes de gatinhos) tem sido ocupada com escaladas no Visual das Águas ("do lado" de casa), cursos de escalada (a Lorena também com seus atendimentos de psicologia), alguns pedais pela região e há pouco mais de dois meses também canoagem pela Represa Jaguari.

Depois de muito enrolar e há muito tempo pensando que eu devia ter um caiaque por aqui (inclusive fiz canoagem na faculdade) e, principalmente porque moramos a 5 km de um dos acessos à represa, finalmente compramos um caiaque (inflável para facilitar transporte e poupar o bolso) e, quando não está frio congelante como esses dias, temos ido remar, começando a explorar diversos braços da represa (e ainda muito a explorar).

Além disso, há quase duas semanas (dia 24 de Julho), aproveitando o final-emendado de férias do Juvenil pegamos estrada rumo Pedralva para, finalmente, fazer o Juvenil parar de falar que queria escalar a via "Evolução" :-P Saímos de Bragança cedo, depois de algumas horas estávamos com o carro estacionado no Sr. Tião Simão e logo seguindo a trilha até a base da via, que repeti algumas vezes e, até hoje, é uma das vias que acho mais significativas na minha "vida de escalador", tendo até a escalado em solitário há algum tempinho... em 2006!

Na base nos equipamos, deixamos o que não precisaríamos durante a escalada (ou o que achamos que não precisaríamos, como o lanche e mais água, que fizeram falta) e às 12h30 começamos a escalar, em um horário perfeito (perfeito para cozinhar na parede, não para escalar).

Tirando os esticões iniciais (bons para "aclimatar" o cérebro com a escalada) foi tudo tranquilo até chegarmos ao "forninho", a 4ª parada da via, antes do seu verdadeiro crux (a 5ª enfiada), quando vimos que a sapatilha do Juvenil estava descolando a ponta da sola.

Mesmo com esse "inconveniente" o Juvenil começou a guiar, seguindo por um bom trecho (inclusive pulando uma chapeleta que não tinha visto e desescalado um pouco), até que viu que não tinha condições de continuar por causa da sola aberta. O desci de "baldinho" de volta à parada, trocamos as pontas das cordas (para aproveitar o trecho que ele já havia guiado) e então assumi a guiada até a próxima parada (antes de mais uma enfiada crux da via).

Estando de top, mesmo com a sola detonada, o Juvenil conseguiu subir, mas seria arriscado tentar guiar com uma sapatilha que provavelmente estava tão confortável e precisa para escalar quanto uma pantufa, deixando para mim então o trabalho de guiar todas as outras enfiadas da via.

Fomos seguindo, lembro que nas últimas enfiadas, mesmo em lances de 5º, 4º e até 3º grau eu tinha que "trabalhar os movimentos" e pensar como se estivesse em um 7º grau, devido ao cansaço (isso que dá ficar muito tempo sem fazer vias longas!), mas no final da tarde e vendo o Sol começando a se pôr, chegamos finalmente ao final da via.

No topo um tempinho para descanso, algumas fotos vendo o Sol se pondo, beber os últimos mL de água e então começar os intermináveis rapeis (torcendo para a corda não enroscar em nenhum deles). Apesar de descermos já no escuro com as headlamps iluminando nosso caminho a descida foi tranquila, sem nenhum enrosco de corda e, oito rapeis depois (na descida dá para emendar alguns) estávamos, finalmente, no chão onde um pouco de água e lanches nos aguardava.

Sem pressa comemos, guardamos as coisas, puxamos as cordas e seguimos então caminho de volta ao abrigo onde um ótimo jantar (caseiro, com galinha caipira e no fogão à lenha) nos esperava. Jantamos, batemos papo e fomos então dormir, pensando se iríamos escalar algo no dia seguinte.

No dia seguinte, 25 de Julho, acordamos, tomamos nosso café da manhã, arrumamos as mochilas e subimos novamente para a base da parede, seguindo os planos iniciais de entrar na via "Castelo de Cartas", uma via que tenho vontade de escalar desde que foi aberta, há quase 10 anos.

Com o peso extra de um rack de móveis e do cansaço do dia anterior fomos subindo e, depois de mais ou menos 1 hora de caminhada estávamos na base da via, entre as vias "O Sabotador" e "Suanuarcu", que escalei há muuuuitos anos, em 2008.

Na base nos equipamos e então comecei sua primeira enfiada, toda em móvel, E3, sem rota de fuga e que justifica realmente o nome da via, parecendo um monte de cartas empilhadas prontas para desabar a qualquer momento. Juntando o cansaço do dia anterior, o psicológico abalado e que, depois de ter subido uns 10 metros na minha frente tinha um esticão de uns 15 metros sujo e sem locais para proteger (e se continuasse não teria como desistir depois) a melhor coisa que pude fazer foi desistir naquela hora, já bem adrenado por pensar que a última proteção era um bico de pedra e que teria que desescalar aquela fenda-chaminé.

Aos poucos fui desescalando, voltei ao topo da fenda (onde estava a proteção no bico), a tirei, joguei o rack de móveis (que pesava alguns kg) para o chão e então comecei a desescalar a fenda, que em si não é ruim porque tem pés e como se entalar, mas logo na sequência tinha o lance da saída, que subindo não era tão ruim, mas para descer era péssimo, tendo que fazer força e ainda confiar que, mesmo há alguns anos sem escalar nada sério em móvel, aquele camalot perto da base seguraria uma queda se eu escorregasse.

Ao final tudo correu bem, cheguei de volta ao chão sem nenhuma queda, mas com as mãos tremendo de tão adrenado por causa da escalada/desescalada naquele castelo de cartas. Com certeza é uma via que quero subir, mas não naquele dia, não com o psicológico daquele jeito e nem com aquele cansaço.

Felizes com desistência guardamos nossas coisa e então seguimos nosso caminho de volta, aproveitando para algumas fotos e para fazer um caminho melhor, para atualizar meus tracks de GPS da região. De volta ao abrigo acabamos de arrumar as coisas e logo pegamos estrada de volta a Bragança.

Mesmo não tendo escalado a via "Castelo de Cartas" a viagem valeu muito a pena e a via "Evolução" é uma via espetacular, realmente vale a pena ser repetida (inclusive pretendo voltar nela novamente, com a Lorena) e que é uma ótima via para quem quer realmente entrar na escalada tradicional.

- enviado por Tacio Philip às 13:47:54 de 04/08/2019.



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