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19/02/2013 14:31:48 (#470) - Cicloviagem do começo do ano - 360 km de sobe-desce entre interior-litoral-interior

Entre os dias 05 e 09 de Janeiro estive com alguns amigos fazendo uma viagem de bicicleta pelo interior e litoral de São Paulo / Rio de Janeiro. O roteiro foi planejado e organizado pelo Alessandro e teria início em Salesópolis-SP.

Dia 01 - São Paulo - Mogi - Salesópolis
No dia 05, por volta da hora do almoço, me encontrei com o Wagner em frente ao Shop Plaza Sul e de lá, já em cima das bikes, seguimos até a estação Brás, completando os primeiros 18 km de pedal, onde o Waldon e Perine nos aguardavam. Às 14h, horário que é liberado o acesso de bikes aos trens, embarcamos sentido Mogi, indo até a estação Estudantes, em uma longa viagem de mais de 1h.

Em Mogi uma pausa para lanche, recarregar as garrafas de água e voltar para cima das bikes, seguindo agora por estrada até Salesópolis, interior de São Paulo, onde chegamos na pousada onde acamparíamos no final da tarde, completando 66,2 km de pedal nesse primeiro dia.

Em Salesópolis nos encontramos ainda com o Alessandro, mentor da ideia da viagem (e organizador também, responsável tanto pelo roteiro quanto pelas reservas no caminho) e com o Marcos. Com o cair da noite um bom jantar em uma pizzaria e depois uma noite de sono não muito boa porque onde estava acampado tinha uma lâmpada mais clara que o Sol, mas tudo bem...

Dia 02 - Salesópolis - Caraguatatuba
No segundo dia acordamos cedo e por volta das 6h30 nos encontramos em uma padaria para o café da manhã. Depois de um bom café e comprar algumas balas (que duraram a viagem inteira) subimos na bike e começamos nosso caminho, com uma grande subida que passa próxima do parque da nascente do Tietê antes de iniciar umas longas e alucinantes descidas.

Fomos seguindo nosso caminho e algum tempo depois estávamos na Rod Tamoios, seguindo por um curto trecho plano antes de iniciar a descida até o litoral.

Chegando ao nível do mar mais alguns km e, já de tarde, chegamos na pousada em Caraguá (que eu faço questão de não recomendar, leia aqui porque).

Nesse dia foram 92 km de pedal e, depois de um banho fomos até a praia para o merecido jantar, novamente uma pizza (e esse dia me fez lembrar porque eu odeio o litoral, principalmente em temporada de verão: uma pizza sem vergonha por R$30,00 e um simples copo de suco por R$6,00). Depois disso foi voltar para a pousada para o merecido descanso.

Dia 03 - Caraguatatuba - Paraty
No dia 07, nosso 3º dia de pedal, começamos procurando um modo de cortar a corrente que prendia a bike do Waldson, já que ele havia perdido as chaves! Depois de desistirmos e já termos nos despedido com a ideia dele conseguir algo mais tarde (era 7h da manhã) e nos encontrar em Paraty, conseguimos um alicate para cortar cabo de aço e assim o libertamos de sua prisão naquela pousada tosca!

Com nós 6 de volta às bikes, seguimos pela estrada à procura de um local para café da manhã, o que não encontramos tão cedo (pedalar em jejum não é agradável).

De volta às bikes continuamos nosso caminho, sendo castigados pelo calor e Sol. Aos poucos o grupo começou a se dividir e, depois de nos encontrarmos em uma lanchonete, o Waldson e o Marcos decidiram ficar e conseguir um transporte que os levasse para Paraty, nosso destino nesse dia.

Com a ideia de chegar logo em Paraty e também ajudar na procura de transporte para os desertores, seguimos então na frente o Alessandro e eu e logo atrás, em outra dupla, o Perine e o Wagner. Esse com certeza foi o trecho mais desgastante psicologicamente da viagem. A Rio Santos, apesar de não ter buracos, tem um asfalto péssimo que mais parece concreto que asfalto e o calor realmente nos desgastava muito, fazendo com que fizéssemos praticamente uma parada a cada bica de água na beira da estrada para nos refrescar (até porque, além do calor, atravessamos duas cristas de serra com um bom desnível nesse trecho, uma delas onde fica a divisa SP/RJ).

O tempo foi passando, o corpo se desgastando e fritando mas finalmente chegamos em Paraty onde logo depois de começar a buscar uma alternativa de resgate para o Waldson e Marcos soubemos que eles já haviam conseguido e estavam chegando à Paraty.

Sendo assim, depois de 114 km de pedal chegamos à pousada para o merecido banho e, no final da tarde, sair para procurar um almoço-janta, uma sobremesa e uma breve caminhada pelas ruas "cult cheias de intelectuais de final de semana" de Paraty antes de voltarmos para a pousada para a merecida noite de sono.

Dia 04 - Paraty - Cunha
No 4ª dia, depois das duas baixas do dia anterior tivemos mais duas: o Alessandro não continuaria porque o Marcos, do RS, estava hospedado em sua casa e o Perine, por falta de "macheza" mesmo, resolveu também abortar a continuidade da viagem.

Depois de muito pensar (ou melhor, não pensar muito já que não há uma justificativa racional) o Wagner e eu decidimos seguir nossa viagem, agora com o verdadeiro "crux" da viagem, a subida de Paraty para Cunha.

Assim, por volta das 10h, depois do café da manhã e arrumar as tralhas deixamos a pousada e seguimos pelo caminho plano (que durou pouco) sentido serra do mar.

Os quilômetros foram passando e logo começamos a subir para não ter uma pausa sequer. A estrada começa em asfalto mas mesmo assim, em alguns muitos trechos, tivemos que descer da bike e empurrar um pouco. Ora pela inclinação absurda da estrada, ora só de ver que a estrada não aliviava nem um pouco para cima, jogando o psicológico no chão algumas vezes.

Mesmo com o empurra-pedala continuamos a longa subida, entrando agora no PN Bocaina, onde a estrada passa a ser de terra e fomos subindo, subindo, subindo sem parar.

Mais e mais km rodados, as pernas cansadas e ganhando a cada metro mais altitude, já depois do horário do almoço chegamos ao topo da serra, onde volta o asfalto na divisa RJ/SP, a 1500 m de altitude (lembrando que tínhamos saído do nível do mar!).

Lá, com o clima bem mais ameno mas ameaçando chover uma pausa para fotos, vídeo e logo seguimos nosso caminho, com uma descida alucinante (responsável pelo meu record de velocidade na viagem: 70,3 km/h) e em seguida a última, e matadora subida final, com mais de 1 km de extensão.

Do topo da subida, agora chegando em Cunha, aceleramos o pedal (na medida do possível) e, embaixo de uma tempestade que iniciava chegamos e paramos em um mercado na cidade, onde comemos um lanche e ficamos por mais de 1h esperando o céu parar de cair para buscar uma pousada (o planejamento inicial era ir até Campos de Cunha, onde tínhamos reserva, mas não tínhamos mais perna para isso e o clima também não colaborava).

A tempestade diminuiu e então saímos à busca de uma pousada, encontrando então o "Hotel Belvedere" próximo da saída da cidade, depois de "apenas" 48,5 km de pedal mas com cerca de 1800 m de desnível acumulado! Lá guardamos as bikes e então comecei a não me sentir muito bem, com fraqueza e enjôo.

Com o chegar da noite o Wagner saiu para jantar enquanto eu fiquei no hotel, bem indisposto, tentando descansar para me recuperar, o que só consegui depois de vomitar.

Dia 05 - Cunha - Guaratinguetá - São Paulo
A noite foi bem mal dormida, com direito a levantar para vomitar outra vez, e no dia seguinte acordei como se tivesse sido atropelado por um trem com rolos compressores.

Levantei, tomei o café da manhã e meu estômago já estava melhor, mas ainda me sentia bem fraco - depois soube que o Alessandro também passou muito mal nessa noite, tendo que ir para o hospital de Paraty tomar soro, ou seja, o que nos derrubou deve ter sido alguma bica de água na estrada (pouco provável), nosso jantar econômico em Paraty (muito provável) ou a sobremesa na rua (com certa possibilidade).

Devido a minha fraqueza agora chegava a minha vez de "pedir para sair", mas ainda com alguma tentativa de terminar mais um trecho com alguma honra :-) Sendo assim saímos do hotel e seguimos pedalando rumo à Guaratinguetá, sendo que não consegui terminar o trecho mas consegui uma carona em uma caminhonetinha na estrada depois de uns 20 km de pedal, que me deixou a 200 metros da rodoviária.

O Wagner, último sobrevivente em cima da bike, seguiu pedalando e algum tempo depois chegou à rodoviária onde compramos as passagens para São Paulo, guardamos as bikes no porta-malas do ônibus e seguimos nosso caminho.

Chegando à rodoviária do Tietê, me sentindo um pouco melhor e com mais energia (provavelmente por conta do açaí que tomei na rodoviária de Guará) pegamos as bikes e seguimos cada um seu caminho, de volta para casa, onde cheguei com as últimas luzes do dia, completando 42,5 km de pedal nesse 5º e último dia.

Considerações finais
Não tem muito o que falar dessa viagem além de: foi excelente! Além do pedal em si, bem exigente, conheci novos amigos e parceiros de pedal e, como sempre acontece nessas viagens, pude expandir um pouco mais minha zona de conforto, me deixando pronto para as próximas "roubadas"!

No final dos 5 dias foram 363 km pedalados, o que dá uma média de mais de 70 km diários, velocidade máxima de 70,3 km/h e com um desnível acumulado de 4438 m para cima e 4942 m para baixo!

Algumas fotos dessa viagem estão no link Cicloviagem Interior-litoral-interior .

- enviado por Tacio Philip às 14:31:48 de 19/02/2013.



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