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14/08/2013 13:03:43 (#480) - Volta do Ruah - roteiro exploratório na região da Pedra da Mina - Serra Fina

Aproveitando um final de semana prolongado (pelo menos para nós dois), a Aline e eu pegamos estrada na 5ª feira dia 25 de Junho rumo a Passa-Quatro (MG), com a ideia de subir para a Pedra da Mina pelo Paiolinho e explorar umas montanhas ao seu redor.

A ida foi tranquila, jantamos um lanche na estrada e logo pegamos a estrada que leva até a Fazenda Serra Fina, onde fica o início da trilha. Só que, como soubemos depois, tinha chovido dois dias em seguida sem parar e a estrada era uma poça de lama!

Fomos subindo em meio a atoleiros e muitas derrapagens até que chegamos em um local onde o carro começou a enroscar. Como já era por volta das 19h30, preferi estacionar por ali mesmo em uma parte mais larga e plana e logo armamos nosso "acampamento" (eu tinha retirado o banco de trás do carro então rebatendo o encosto traseiro a weekend virou um furgão/trailer) e fomos dormir.

Na Sexta-feira acordamos umas 8h e como a madrugada seca e o Sol ajudavam a secar a estrada conseguimos seguir caminho até onde fica uma igrejinha no bairro do Paiolinho. A subida seguinte estava muito escorregadia então nem perdi tempo de ficar tentando subir (já que eu sabia que o "crux" da estrada era mais pra frente ainda). Com o carro estacionado fizemos nosso café da manhã, conversei com alguns moradores sobre deixar o carro lá e às 10h30 começamos a caminhada até a Fazenda, onde chegamos às 11h25, começando então, oficialmente a trilha de subida, às 11h30.

Com o céu totalmente aberto seguimos nosso longo caminho, sem muita pressa, parando para fotografias, olhar a paisagem e alguns lanches, sempre pensando no que viria nos dias seguintes já que, para nós, a trilha do Paiolinho era apenas a trilha de acesso para o que realmente queríamos fazer.

Quase chegando na Pedra da Mina, na última crista antes de descer para sua base, encontramos duas pessoas descendo que com certeza passaram um pouco de perrengue: tinham entrado pela Toca do Lobo e pegaram os dias de chuva enquanto estavam no Ruah, ficando presos lá por dois ou três dias. Já era Sexta-feira e eles estavam pela região desde 2ª (e por estar escurecendo levaria mais 2 dias pelo menos para chegarem de volta à civilização), mas estavam bem, apesar de notadamente estressados com a situação mas felizes por encontrarem alguém por lá. De lá mais uns 10 minutos de caminhada e, já quase no escuro, às 18h em ponto chegamos onde pretendíamos acampar (na base da Mina). Com a mochila no chão e apostando que encontraria água por causa da chuva (aposta certeira) fui encher algumas garrafas, montamos o acampamento, fizemos a janta e fomos deitar.

A noite foi bem fria com o relógio marcando -4,2ºC por volta da meia noite (fora da barraca - dentro outro termômetro vi marcar 1ºC) e no dia seguinte, Sábado, acordamos, fizemos nosso café da manhã e logo fomos observar as possibilidades de caminho para os cumes que queríamos explorar. Apesar de um pré planejamento com a carta topográfica do local, fotos de outras idas para a região e Google Earth, nada melhor que estar lá ao vivo olhando os vales, cristas, lajes de pedra e muito mato que encontraríamos pela frente.

Às 9h30, depois de decidir fazer a tentativa só com uma mochila de ataque, começamos a caminhada descendo para o vale a NE de onde estávamos. Apesar de íngreme a descida foi tranquila, por pedras, até que chegamos depois de apenas 30 min em um riacho com várias placas de gelo devido ao frio da noite (inclusive é uma boa opção para pegar água). De lá foi seguir pelo caminho que tínhamos observado, alternando entre alguns vara-capim e lajes de pedra até que, às 10h40, muito mais rápido do que nossa expectativa, chegamos ao cume do primeiro morro, que no GPS indicou 2696m de altitude.

No cume algumas fotos, marcação do local no GPS e mais uma vez um planejamento visual. Como a face que pensava em descer tinha muito mais vegetação e era bem íngreme, decidimos seguir por um bom trecho pela crista que descia levemente continuando para NE até chegar quase ao seu final, descendo então em quase linha reta (atravessando um trecho mais fechado e íngreme) até o último ponto de água de quem faz a travessia da Serra Fina sentido Pedra da Mina - 3 Estados.

No riacho uma pausa mais longa para tirar o capim de dentro das botas, um lanche, pegar água e confirmar o caminho a seguir, que tínhamos visto da crista antes de descer. Como não queríamos pegar a trilha da travessia a cruzamos e logo seguimos diretamente rumo ao Sul entre alguns Capim Elefante até chegar em um primeiro platô de rocha. De lá até o cume fomos alternando entre vara-capim, laje, capim, laje, capim, laje até que, às 13h30 alcançamos nosso 2º cume do dia, com o GPS marcando 2657m.

No cume mais uma pausa e hora de uma decisão crítica: seguir por um caminho para tentar fechar o circuito neste dia ou voltar para a trilha da travessia e tentar os outros cumes no dia seguinte? Como ainda era cedo e a Aline não imaginava que no final ainda teríamos que passar pelo cume da Pedra da Mina antes de chegar ao acampamento decidimos seguir, descendo então rumo SO para o fundo do vale do Ruah.

Na base do vale encontramos um grande charco com bastante água corrente, o que consumiu um pouco de nosso tempo até que conseguíssemos o atravessar mas logo seguíamos para cima rumo S, novamente alternando mato e lajes (dessa vez muito mais lajes).

Chegando à crista seguimos um pouco para Leste para algumas fotos (o Pico da Cabeça de Touro visto de lá é impressionante) e depois seguimos pela crista até um cume mais frequentado, o Pico do Avião, onde chegamos às 15h com o GPS marcando 2701m de altitude. Como sempre, pausa para algumas fotos, marcação no GPS, um lanche e logo começamos a descê-lo pelo caminho comumente utilizado como acesso, subindo em seguida a Pedra da Mina pela sua face Leste.

No cume da Pedra da Mina, já às 16h40, encontramos umas 10 pessoas acampadas e fizemos uma pausa rápida para assinar o livro de cume (essa seria minha 7ª vez no cume, alcançando o número de vezes que eu estive no Pico dos Marins - que deve aumentar em breve), algumas fotos e logo começar a descida para o acampamento, onde chegamos com as últimas luzes do dia, às 17h30, para o merecido jantar, algumas fotos noturnas e uma boa noite de sono (bem mais quente que a anterior).

Este roteiro que fizemos acredito ser inédito e a Aline e eu o nomeamos de "Volta do Ruah" por ele circundar este famoso vale por onde passa a travessia da Serra Fina. Ao final foram pouco menos de 7km de caminhada, cerca de 800m de desnível acumulado, passando por 4 cumes e 3 riachos, o que mostra realmente o porque do nome "Pedra da Mina" (minas de água). Para quem estiver pela região com um dia livre para gastar (e boa disposição para varar um pouco de mato já que não há trilha aberta) é uma ótima opção!

No Domingo acordamos sem pressa, comemos, desarmamos o acampamento e depois de alguns grupos que estavam acampados no cume da Mina ou próximos passarem por nós e começarem a descer também colocamos às mochilas nas costas e seguimos nosso caminho às 10h da manhã.

Pelo fato da trilha do Paiolinho sem longa (cansativa e entediante) cheguei a pensar em dividir a descida em dois dias já que tínhamos comida suficiente para isso (e para poupar os joelhos) mas no final descemos super bem, fizemos só uma pausa de uns 10 minutos no riacho (último da subida) passando os outros grupos e chegando na fazenda Serra Fina às 14h20. Mas nossa caminhada não acabava ali (onde os outros carros tinham conseguido chegar no Sábado cedo), então mais um pouco de caminhada, com direito a umas belas fotos na estrada o que já justificou esse trecho extra, até que, às 15h15 finalmente tiramos as mochilas das costas, tirar as botas e descer para Passa-Quatro para o merecido almoço no "restaurante da dona filhinha" (para mim a melhor atração de Passa-Quatro depois de suas montanhas!).

Como tínhamos tempo livre (a ideia inicial seria descer na 2ª e era Domingo) resolvemos ficar uma noite em Passa-Quatro, nos hospedando no Hotel Serra Azul, mas essa hospedagem em si dará uma postagem por si, reformaram o local para parecer moderno mas o local ficou totalmente desfuncional (além de termos tido bastante problema técnico, de respeito com TV alta de madrugada e atendimento péssimo). Resumindo: Não fique neste hotel se quer uma noite de sono tranquila!

De qualquer maneira de noite comemos um lanche, dormimos e no dia seguinte de manhã, após o café da manhã, saímos para algumas fotos pela cidade antes de pegar estrada de volta para São Paulo, onde chegamos no final da tarde.

As fotos dessa viagem podem ser vistas no link Volta do Ruah - Serra Fina.

Se preferir assista aqui o playlist dos vídeos feitos durante a Volta do Ruah

- enviado por Tacio Philip às 13:03:43 de 14/08/2013.



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