Depois da minha longa temporada em Salinas, onde escalei 9 vias no Pico Maior e Capacete, no dia 28 à noite, o Pedro, Aline e eu fechamos nossas contas, jogamos todas as tralhas no porta malas, nos despedimos do Sérgio e da Rô e pegamos estrada rumo a Teresópolis, onde chegamos 1h30 depois.
Em terê ficamos hospedados no Camping 5a. da barra, onde é possível ficar em um trailer (confortável e barato) e, no dia seguinte, acordamos cedo, colocamos tudo no carro e fomos até as lanchonetes na estrada de acesso à Teresópolis onde deixamos o carro e começamos a caminhada rumo ao Dedo de deus.
Eu havia escalado o Dedo esse ano com o Victor há exatos 1 mês - pelas vias face Leste com Maria Cebola e Diedro Salomith - e, dessa vez, voltei para subí-lo pela via da sua conquista, em 1912, chamada Teixeira 3° III+ A1, nome de um dos conquistadores do início do século XX.
O início da subida é pela estrada, em uma pirambeira no meio da mata onde, após 40 minutos, chega-se aos primeiros lances com cabo de aço. De lá mais uns 40 - 50 minutos alternando mais trilha e mais cabos de aço até a base da via.
Na base nos equipamos e logo comecei a guiar a primeira enfiada da via, sendo seguido pela Aline e pelo Pedro, que logo guiou a 2a., e mais chata enfiada, uma chaminé super apertada, sendo logo seguido por nós dois. De lá continuei pela enfiada mais curta, feita toda em artificial puxando pelas costuras - e com as mãos sangrando por causa de muitos ralados na chaminé - onde dei seg para que também subissem.
De lá mais uma chaminé guiada pelo Pedro (que "adora" chaminés), só que essa bem mais tranquila que a primeira, e da 4a. parada segui direto até a base da escada que leva ao cume do dedo.
Logo que a Aline e o Pedro subiram seguimos pela escada até o cume, onde encontramos outros 4 escaladores que haviam subido pela face Leste, tiramos algumas fotos, comemos um lanche e, depois de ficar olhando de longe o Garrafão, Caledônia, 3 Picos e, de perto, o Dedo de Nsa Sra, Escalavrado, etc. começamos a descida de volta, feita pela mesma via.
A descida foi tranquila e, logo que chegamos no carro, aproveitamos para um bom pastel na lanchonete e depois seguimos caminho de volta para São Paulo.
O retorno foi bem cansativo, principalmente por causa de trânsito na saída do Rio de Janeiro e, depois de outras longas horas, passei o volante para o Pedro (quando saímos da Dutra para a Dom Pedro), sendo que só acordei quando já estávamos chegando na casa da sua mãe, em Itatiba, onde passamos a noite.
No dia seguinte acordamos sem muita pressa, tomamos café da manhã e, pouco antes do almoço, a Aline e eu pegamos estrada de volta pra São Paulo para um merecido descanso.
Essa subida do dedo foi bem interessante. Além de ser a via original da conquista, havíamos assistido o filme Caminho Teixeira, que ilustra a conquista, no dia anterior enquanto ainda estávamos em Salinas. Além disso foi, para todos nós, uma via inédita.
Algumas das imagens podem ser vistas no link Escalada dedo de deus - via Teixeira.
- enviado por Tacio Philip às 17:41:15 de 03/08/2011.
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