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28/09/2011 22:45:44 (#432) - Escalada das vias K2, Coringa, Iemanjá, LSD e Cavalo Louco no Rio de Janeiro

No Domingo, dia 18 de Setembro, logo que o Felipe chegou aqui em casa, a Aline, ele e eu tomamos um café da tarde, jogamos as coisas no portal-malas e pegamos estrada rumo ao Rio de Janeiro.

Mesmo com a incerteza sobre onde ficaríamos hospedados (teve hotel que respondeu sobre preços mas não respondia como efetuar reservas) a viagem foi bem tranquila e, sem fazer nenhuma parada, por volta das 21h, passávamos por alguns albergues e hotéis até que encontramos vaga e resolvemos ficar exatamente no hotel que não havia respondido meus emails sobre reserva (indicado pelo Leo e localizado no Catete). Lá deixamos as coisas nos quartos e saímos para jantar, indo até uma lanchonete que servia refeições no mesmo quarteirão. Inclusive, acho que foi a primeira vez que consegui comer bem no RJ - e sem frescuras - sem ter que pagar R$30,00 por pessoa em um prato de comida - em compensação a Aline e o Felipe comeram um simples sanduíche natural (um pão de forma com queijo branco e tomate) que custou R$7,50, ai sim preço padrão no Rio. De lá voltamos para o hotel para a merecida noite de sono e pensando na semana de escaladas que estava por vir.

No dia seguinte, 2ª feira, acordamos antes do despertador programado para às 8h, enrolamos um pouco e depois descemos para o café da manhã. Em seguida nos arrumamos, pegamos os equipos e seguimos para o Corcovado onde deixamos o carro no estacionamento das Paineiras e subimos a trilha até a base da via K2 (4º IVsup E2 D1 150m - VI seguindo pela variante), via que eu já havia escalado com o Pedro e com o Osvaldo em duas outras ocasiões.

Chegando na base da via esperamos a fila andar (havia escaladores e fotógrafo de algum jornal fazendo alguma matéria) e, assim que tivemos espaço, o Felipe entrou guiando a primeira enfiada da via, fazendo a parada na 1ª parada antes da travessia para a esquerda. Em seguida subiu a Aline e logo depois eu.

Na parada ficamos mais um bom tempo esperando que a sessão de fotos terminasse e, logo que vi que já saíam da 2ª parada da via, comecei a guiar a 2ª enfiada pela variante em móvel que segue direto pelo diedro. Essa enfiada, para quem curte escalada em móvel devia ser obrigatória. Suas proteções ficam perfeitas em uma fenda lisa e a movimentação é espetacular com um crux chegando ao final do diedro (VI), de onde retorna para a linha original da K2.

Da parada dei segurança para a Aline e o Felipe que logo chegaram na P2 e em seguida a Aline saiu guiando a 3ª enfiada, emendando na 4ª, parando no final da via. De lá, depois de resgatar um boné perdido, uma caminhada de 3 minutos e então pulávamos o parapeito que nos levava junto às centenas de turistas que visitavam o Corcovado naquela tarde perfeita. Lá mais alguns minutos passeando, fazendo algum vídeo, algumas fotos então pegamos a van que nos levou de volta a Paineiras, de onde seguimos de volta para o hotel, jantar e noite de sono.

Na 3ª feira, dia 20, novamente acordamos antes das 8h, tomamos café e fomos escalar, dessa vez no Pão de Açúcar. Logo depois que estacionamos o carro seguimos pela pista Claudio Coutinho até quase o seu final onde entramos por uma trilha que nos levou à base das vias do setor Coringa, onde depois de procurar por alguns minutos o Felipe entrou guiando a 1ª enfiada da via que dá nome ao setor (Coringa 3º IIIsup E1 D1 110m).

Essa escalada foi bem tranquila e, logo que chegamos ao seu final, começamos a descer pela trilha à procura da verdadeira via que era a meta do dia, na face Leste do Pão de Açúcar (lado virado para o mar). A caminhada foi tranquila e, mais rapidamente do que esperava, encontramos a base da via Iemanjá (4º Vsup E3 D3 430m).

A via começa por uma travessia horizontal para a direita e, na 2ª enfiada, segue direto para cima após a 2ª ou 3ª proteção, local onde, sem prestar muita atenção, continuei pela travessia e só percebi bem isso quando o Felipe e a Aline já haviam se juntado a mim na parada (simples). De lá voltei novamente pela horizontal até uma proteção anterior e segui para cima torcendo para encontrar a verdadeira via (após uns 30m sem achar uma proteção sequer achei um grampo P e pude respirar novamente). Agora sim eu achava que estava de volta à via e dei segurança para que a Aline e o Felipe também subissem.

De lá segui guiando a maior parte das enfiadas (principalmente para ganhar tempo já que a escalada não é tão óbvia e tem alguns bons esticões) até que chegamos no final da 7ª enfiada, de onde a via continua por uma trilha inexistente no meio de uma floresta de bromélias, gravatás e pequenas árvores até que o Felipe achou um grampo P branco que achamos ser o começo da 9ª enfiada.

De lá, com o final da tarde chegando, segui guiando até a 9ª parada e logo que chegaram segui mais uma outra, sendo que nessa não encontrei mais nenhum grampo P na parede. Sem ter muito o que fazer já que o final da tarde chegava, não achava nenhuma proteção e já tinha esticado 60m sem uma proteção sequer, fiz uma "parada" psicológica nas raízes de alguns gravatás e esperei que a Aline e o Felipe subissem. Sem perder muito tempo, e já com headlamp na cabeça, estiquei mais quase 60m de corda e fiz outra "parada" em algumas raízes (felizmente mais confiáveis que a parada anterior). De lá, já com a última luz do dia, logo que todos chegaram nos desencordamos, guardamos as cordas e seguimos por uma sequência de trepa-pedras, alguma aderência e alguns trepa-matos até chegarmos em uma floresta próxima do cume do Pão de Açúcar.

Quando achávamos que o perrengue havia acabado (felizmente não tínhamos virado oferenda para Iemanjá) vimos que ainda havia uma longa floresta para atravessar. Aos poucos fomos procurando o caminho, em alguns trechos tendo que rastejar, mas depois de uns 10 minutos o Felipe chegou na mureta que nos levou de volta à civilização. De lá uns 5 minutos e estávamos no meio do luxo das lojas do cume do Pão de Açúcar matando a sede no banheiro (nossa água havia acabado há algumas horas) e depois um mate gelado antes de pegarmos o bondinho de volta à praia vermelha.

De volta ao carro seguimos para o hotel para o merecido banho e depois fomos jantar em Copacabana, onde aproveitei para ver se tudo estava ok usando a rede wireless que existe na orla da praia. Depois disso só pensávamos em voltar para o hotel para a merecida noite de sono.

No dia seguinte, 4ª feira e metade da nossa "temporada" no Rio, tínhamos pensado em descansar por causa do dia anterior mas sugeri escalarmos algo mais light e todos toparam. Sendo assim, depois do café fomos até a praia onde, enquantoa Aline dava um mergulho eu acessava internet em um quiosque enquanto bebia uma água de coco e, depois de um acaí na Nossa Sra de Copacabana, seguimos para a Floresta da Tijuca e logo começamos a subir a trilha rumo ao Pico da Tijuca, desviando após uns 10 minutos de caminhada até a base da via Vereda Tropical 4º IVsup (A1/VIIc) E2 D2 210m, sendo que na metade de sua 2ª enfiada, logo após o lance em artificial, segui pela via LSD - louvado seja deus 4º V E2 D2 185m. Mesmo com muito vento e frio (uma massa de ar frio chegava) a escalada foi tranquila, fomos alternando as guiadas e logo chegamos ao final da via, de onde seguimos pela trilha até o cume.

No cume, com o final da tarde chegando (já era umas 17h) uma breve pausa para fotos, filme e então começamos a descida para o carro> De lá voltamos para um banho no hotel e saímos então para jantar, nesse dia um ótimo rodizio de pizza e depois algumas cervejas importadas com o Léo em um bar que eu havia conhecido no Rio há alguns anos e não lembrava onde era (e nada de Ambev, o cardápio nosso começava pelo menos com Erdinger).

Na 5ª feira, último dia que teríamos para escalar e com previsão de tempo ruim (o que não se concretizou) fomos mais uma vez para o Pão de Açúcar. Logo depois de estacionar o carro pegamos a pista Claudio Coutinho e em seguida a trilha que leva à base da via Italianos, via que eu mais escalei no Rio (3x), onde encontramos 2 duplas de SC que aproveitavam o dia para escalar antes do começo do Rock in Rio no dia seguinte - inclusive, se alguém os conhecer peça para entrarem em contato comigo, tenho fotos legais deles escalando.

Logo que o último deles começou a escalar acabamos de nos equipar e comecei então a 1ª enfiada da via Cavalo Louco com Secundo 5º VI E2 D2 270m, sendo que a primeira enfiada é o verdadeiro filé da via, com uma linda fenda protegida em móvel em uma boa sequência de agarras. Da 1ª parada dei segurança para a Aline e Felipe se juntarem a mim e logo segui o crux da via, um VI grau técnico em pequenas agarras onde, por um descuido besta no equilíbrio, levei uma pequena queda, mas resolvido na 2ª entrada. Na sequência o Felipe e a Aline foram alternando a guiada e, na metade da tarde, chegávamos mais uma vez ao cume do Pão de Açúcar (dessa vez sem perrengue). Lá uma breve pausa e logo descemos de bondinho para o morro da Urca e de lá pela trilha para a praia vermelha onde o carro nos esperada. De lá, mais uma vez, jantar em Copacabana e depois a merecida noite de sono.

No dia seguinte, 6ª feira dia 23, acordamos um pouco mais cedo, tomamos nosso café da manhã, fechamos nossas diárias e pegamos estrada de volta pra São Paulo. O caminho foi bem tranquilo com apenas uma pausa e, pouco depois do horário do almoço chegávamos em casa.

Escalar no Rio de Janeiro é sempre muito bom e essa vez foi espetacular. Em 4 dias na cidade escalamos 5 bonitas vias e também curtimos um pouquinho da cidade (mais a Aline e o Felipe que não conheciam muito de lá). E, como fomos apenas em locais mais seguros, não tivemos que nos preocupar com assaltos e com os traficantes sustentados pelos fãs de baseadinho da cidade. Mas com certeza voltaremos para outras vias (só não sei se ainda nessa temporada que está no final).

O resto dos dias desde o retorno do Rio até hoje foram aqui pela selva de pedra (ou seria de merd@?). No final de semana coloquei minhas coisas em dia (inclusive dando mais um curso de manuseio de calculadoras hp48/49/50g para engenharia no Domingo), ontem a Aline e eu fomos no centro passear (aproveitei para comprar ingresso para o show do Cruachan) e hoje fomos no Jd. Botânico onde fiz algumas fotos macro (ainda não estão no ar). Amanhã acordo cedo para mais uma aula sobre escalada para os bombeiros que fazem o CSALT (Curso de Salvamento em Altura) e o resto dos dias uma incógnita, tirando um show no Sábado vamos ver o que mais aparece para fazer.

E veja também os vídeos das escaladas no Rio e também as Fotografias das escaladas.

- enviado por Tacio Philip às 22:45:44 de 28/09/2011.



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