Depois de uma curta noite de sono, no Sábado cedo por volta das 6h40 busquei o Parofes, às 7h a Paula e de lá seguimos estrada rumo ao Sul, seguindo pela Regis Bittencourt (depois de ter perdido a entrada na Marginal e entrado pela Castelo e Rodoanel) rumo ao Paraná.
O começo da viagem foi bem tranquila e animada mas logo que chegamos ao topo da Serra do Cafezal começou nosso martírio: um trânsito absurdo que fez com que levássemos mais de 1h30 para descer os 30km de serra. Como muita estrada ainda pela frente seguimos fazendo apenas uma pausa para almoço em um restaurante com vários caminhões parados (bom e barato) e de lá, para nos manter acordados e animados fomos ouvindo um bom som do mp3 player do Parofes (muito Megadeth), falando besteira (isso se manteve durante todo o feriado) e fazendo também algumas besteiras, como pagar um pedágio de R$1,50 usando uma nota de R$100 (vídeo feito pelo Parofes abaixo). :-)
Mais algumas horas se passaram então saímos da Regis e começamos a descer a Estrada da Graciosa - onde fizemos uma breve pausa para algumas fotos na sua base ao lado de uma linda ponte metálica. De lá mais alguns minutos, um pouco de estrada de terra e então chegamos ao estacionamento da Dona Isabel onde deixamos o carro, colocamos as mochilas nas costas e começamos a caminhada de cerca de 1h30 até a estação Marumbi onde encontramos com o Pedro Hauck, Camila Dias, Davi Marski, Cintia Marski, Camila Armas e seu namorado Rafael.
Lá armamos as barracas no acampamento e subimos leves para o abrigo de montanha do CPM onde fizemos nosso jantar e ficamos até a noite batendo um bom papo antes de descermos para nossas barracas no acampamento.
No dia seguinte acordamos antes das 7h, pegamos nossas coisas e subimos novamente até o CPM para tomar o café da manhã. Depois de alimentados e com mochilas nas costas começamos a caminhada do dia que nos levou até o cume do Boa Vista, a 1479 m de altitude (a estação Marumbi está a 494 m de altitude!), onde chegamos por volta do meio dia e fizemos uma boa pausa para lanche, fotografias e marcações nos GPS.
De lá a caminhada continuou e podíamos ver o cume do Olimpo, nosso próximo destino. O começo da travessia até ele foi tranquila, só demorando um pouco mais no final em uns lances altos de desescalada mas cerca de 1h depois estávamos fazendo outra longa pausa no seu cume, a 1546 m de altitude.
No cume, com o clima nublado, parte do grupo falava em descer pela frontal e o Pedro falava em continuar para outros cumes, fechando assim o circuito que ele havia planejado. A solução foi simples, como a Camila conhecia bem a frontal ela, a Paula, o Davi e a Cintia desceram por ela enquanto o Pedro, Parofes e eu seguimos para as outras montanhas.
Animados em fazer os outros cumes, saímos por volta das 14h do Olimpo e enquanto o resto do pessoal descia pela Frontal fomos em um ritmo forte rumo ao Gigante (1473 m), onde chegamos em menos de 30 minutos. De lá, sem parar seguimos então para a Ponta do Tigre (1382 m), onde encontramos o Jurandir (nick marumbinista82) e fizemos uma breve pausa para água e observar a estação a quase 1 km de desnível abaixo de nós.
Voltando a caminhada seguimos então para a Esfinge (1326 m), com certeza a montanha mais chata do dia devido a intermináveis rampas de lama (onde o Pedro voou na descida e o Parofes na subida), mas conseguimos também alcançá-la e aproveitar para fazer um vídeo (abaixo):
De volta a caminhada saimos do cume da Esfinge, seguimos pelo mesmo caminho da subida até o cruzamento da trilha Noroeste e de lá mais 1h20 até o CPM, onde chegamos às 18h. Como o restante do pessoal ainda não havia chegado fomos dar um passeio pela vila do Marumbi e depois descemos para a estação, onde o pessoal chegou uns 30 minutos depois.
Com o final da tarde chegando e a fome apertando subimos para o abrigo, tomamos o merecido banho e comemos um excelente macarrão com molho branco e gorgonzola feito pela Camila! Depois disso ficamos ainda muitas horas batendo papo, fazendo alguns vídeos (infelizmente alguns não podem ser divulgados pelo alto nível das conversas) :-) e dando muitas, mas muitas risadas.
A noite foi passando, o sono e o cansaço apertando então descemos de volta para a estação e fomos para as barracas dormir. No dia seguinte acordamos sem pressa, subimos novamente para o abrigo e depois de muito enrolar começamos sua limpeza e organização das mochilas. Com o abrigo quase pronto descemos também para desmontar as barracas (felizmente muito secas devido ao Sol que nos fritava), acabamos de guardar tudo então começamos o caminho de volta para o carro.
Como o Pedro havia ido com 4x4 e subido até a estação Engenheiro Lange ele ficou responsável em descer com todas as mochilas no carro (e com a Camila, Davi, Cintia e Paula) enquanto o Parofes e eu descíamos o restante da estrada a pé. Quase chegando ao posto do IAP o Pedro nos alcançou e poucos minutos depois estávamos no estacionamento colocando as mochilas no porta malas do meu carro e seguindo para Porto de Cima para nos decepcionar com o "famoso" barreado (uma sopa com carne desfiada que você mistura com farinha).
Depois disso um sorvete, despedida e seguimos então estrada de volta a São Paulo. No caminho, em uma das pausas para uso do banheiro encontrei o Tom (com quem havia trabalhado na semana passada pendurando coisas no shop tatuapé e voltava do Petar) e depois, novamente na estrada, tivemos uma boa dose de adrenalina vendo o ponteiro digital do combustível do carro chegar a zero enquanto tínhamos que andar mais alguns quilômetros para encontrar um posto de combustível (e ainda tivemos que fazer um retorno "estranho" pelo canteiro central).
Com o tanque reabastecido seguimos nosso caminho (fazendo novamente outro retorno pelo canteiro central) e pouco tempo depois o que era esperado e temido: trânsito durante toda a subida da Serra (mais de 1h para subí-la).
O tempo foi passando, o cansaço chegando e pouco depois das 23h consegui chegar em casa, morto de cansaço, depois de ter deixado o Parofes e a Paula em suas casas.
Essa viagem para o Marumbi foi espetacular. A última vez que eu havia subido algumas de suas montanhas tinha sido em 2003, quando fiz o curso de resgate do Cosmo, e poder retornar por lá com amigos, e não só com nativOs, é muito bom! Quero muito repetir a dose, a única coisa que desanima realmente é a estrada, que vai ser duplicada, mas com previsão de término em Maio de 2013! :-(