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11/09/2009 17:10:00 (#251) - Downhill MTB La Cumbre - Coroico

Ontem, dia 10/09, fui fazer o famoso downhill de mountain bike La Cumbre - Coroico pela Estrada da Morte, ou como dizem os Bolivianos: La carretera mas peligrosa del mundo, uma antiga estrada que interliga o altiplano com parte da selva boliviana (hoje só frequentada por turistas e mountain bikers).

Acordei cedo, peguei minha mochila com roupa extra que havia deixado pronta no dia anterior e às 7hs o Martin, guia boliviano, me buscou no hotel e me juntei a mais outros 3 participantes: Mathias (um suiço gente boa que mal sabia falar inglês!), Hayley (australiana que estava vivendo no Reino Unido) e Ian (Inglês que falava em um inglês muito enrolado e de tudo que ele falava eu só entendia uns 10%).

Do hotel fomos até a Sagarnaga na agencia do passeio (Pacha - não recomendo muito, no final do post falo os prós e contras) onde tomamos nosso café da manhã e em seguida partimos em uma van até o local chamado de La Cumbre (o cume), a 4635m de altitude onde vestimos as calças e blusas que teoricamente seriam impermeáveis, colocamos capacete, luva e depois de alguns ajustes e trocas pegamos as bicicletas para começar a descida às 10h10.

O começo da descida é por asfalto muito bom e logo que começamos a descer deixamos o Sol para tras e entramos em uma núvem que ficava mais forte a cada metro que descíamos. Continuamos descendo com uma boa inclinação e como levei o GPS no bolso pude ver que ao final desse trecho de 21 km tinha chego a 61 km/h, uma boa velocidade para um local que eu não conhecia, clima horrível com asfalto molhado e bicicleta desconhecida com pneu dianteiro quase careca.

No final desse trecho compramos os tiquetes para a descida (Bs 25) e seguimos agora por uns outros 20 km na van até que saímos a direita da nova estrada asfaltada para a antiga estrada de terra. Lá uma breve pausa e novamente estávamos em cima das bicicletas descendo mais uma vez, agora sim na parte divertida da estrada.

Desde o final do trecho de asfalto continuaram a descer de bicicleta só eu, o Mathias, o Ian e o guia Martin. A Hayley disse estar com muito frio e resolveu então continuar a descida dentro da van que nos seguia e isso até que não foi ruim, todos nós descíamos praticamente no mesmo ritmo, alternando a ordem e sempre colados no guia que fez questão de soltar os freios e descer muito rápido (no final ele mesmo disse que poucas vezes desceu com clientes tão rápido).

A descida é simplesmente ALUCINANTE! Mesmo com o tempo muito fechado, o que fez com que não pudessemos curtir o visual da estrada, valeu muito a pena! Depois de começar a descer um pouco ela se parece muito com estradas de cidades serranas do interior de MG, ou seja, estrada estreita onde na maioria dos casos só da para um carro e meio, chão de terra batida com muitas pedras, vegetação para todos os lados, parede de um lado com precipício do outro e, no nosso caso, muito úmida por causa da neblina e garôa que nos acompanhou todo o caminho. E tudo isso sem contar muitas descidas bem inclinadas que na maioria das vezes terminavam em curvas fechadas.

Nesse trecho não conseguimos a mesma velocidade que no asfalto mas mesmo assim a descida foi muito rápida. A máxima registrada foi 50 km/l (tendo atingido também 49 km/h em outra sessão) e em muitos casos mantendo velocidade acima de 40 km/h, o suficiente para ultrapassar alguns poucos carros e algumas pessoas de outros grupos de bicicleta.

Fomos continuando a descida, sempre colados no guia e fazendo poucas pausas para fotografia (afinal não tinha muito o que ver e todos queriam é soltar os freios e descer) e algumas para lanche e água. Quase no final do trajeto, por volta das 13h50 e logo depois de atravessar um rio onde lavamos um pouco os freios para que voltassem a funcionar fui sair pedalando e simplesmente dividi o câmbio traseiro em duas partes (veja foto)! Como a bicicleta que tinha aguentado todos os trancos durante boa parte do passeio agora estava inutilizada continuei com outra os poucos metros até um local com alguns bares onde terminava o passeio e de onde seguimos de van até um hotel para um merecido banho e almoço (posso dizer que fiz o passeio usando duas bicicletas).

Depois do banho e almoço ficamos um tempo descansando e vendo que haviam mesas reservadas para outros grupos que ainda não tinham chegado (como comentamos entre nós, estavam reservadas para os loosers (perdedores) que desciam de bike bonitinha mas nunca chegavam). O local é baixo, apenas 992 m de altitude e parece muito com interior do Brasil, inclusive com flores iguais. De lá saímos às 15hs (enquanto alguns retardatários ainda chegavam) e às 18hs estávamos em La Paz pegando nosso CD com fotos e camiseta.

E sobre o que comentei da agência, tudo tem seus prós e contras. A agência que eu fui é uma das baratas, existem outras que custam praticamente o dobro e a diferença principal que notei são as bicicletas e as pessoas que vão nelas. Enquanto algumas agências oferecem bike full-suspension de marca conhecida com freio a disco hidraulico e capacete fechado para downhill nós descemos em bikes genéricas apenas com suspensão dianteira (e no meu caso ela não tinha nem folga, ela tinha mesmo um feriado de tanto jogo), capacete normal, selins ruins e freios a disco com cabo de aço muito duros e mal regulados. Mas descer com eles teve também sua parte boa: como éramos um grupo bem pequeno (no final 4 com o guia em vez de grupos com 12 ou 15 pessoas) e todos queriam adrenalina descemos muuuuuuito mais rápido que os outros grupos. Inclusive em um momento ao passar um dos clientes com bike top ele tentou manter o nosso ritmo mas, mesmo estando muito melhor equipado (dava para ver que eles desciam muito mais suaves que nós) o deixamos bem para trás rapidamente. Para mim, como importava muito mais descer correndo do que fazer um passeio no parque com bicicleta confortável o passeio foi excelente! Mas se você não quer cansar as mãos, costas e pernas de tanto segurar trancos, vá com os gringos top de linha passear no parque :-)

De volta à La Paz ontem a noite nem saí para jantar (estava morto de cansaço e tinha almoçado muito bem) então fiquei no quarto, comi um pacote de bolachas e fui dormir. Hoje acordei e depois do café da manhã fui comprar chave de fenda pequena e bateria para o relógio e agora, depois de trocar 2 vezes percebi que é algum problema com o relógio. Ele deu tilt ontem a noite, só não sei se foi por causa da umidade (sua lente chegou a ficar embaçada por dentro) ou por causa do calor da lâmpada onde o coloquei para secar, mas no final o resultado é o mesmo, você coloca bateria nele e ele diz que estão velhas e depois de alguns minutos apaga de vez, vamos ver se volta a funcionar ou se está na hora de eu comprar um novo e só guardá-lo de recordação por marcar tantas temperaturas negativas pelas montanhas por ai comigo.

E amanhã irei novamente para o Condoriri, vamos ver o que vai dar.

E já estão no ar as poucas fotos que eu tirei (e algumas do guia Martin) durante a descida de bike no link downhill la cumbre - coroico. - enviado por Tacio Philip às 17:10:00 de 11/09/2009.



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