Ontem às 7hs da manhã saímos de São Paulo o Osvaldo e eu e logo estávamos na Carvalho Pinto como se estivessemos indo para São Bento do Sapucaí mas parando um pouco antes em Pindamonhangaba, onde fica a Falésia do Zé Vermelho, um campo escola de escalada esportiva que eu ainda não conhecia.
Algumas horas se passaram e por volta das 10 hs já tínhamos deixado o carro na estrada de acesso a Pinda e andado os 2 km de trilha até a base da parede que iríamos escalar. A trilha é extremamente tranquila, quase que totalmente plana e, mesmo um pouco desanimados de ver que em muitos lugares a parede estava molhada nos equipamos e logo o Osvaldo entrou em uma primeira via, uma via nova
??? (VI sup) que ainda não está nos
croquis encontrados na internet.
De volta ao chão puxamos a corda e enquanto eu também a escalava molhando a mão em algumas de suas agarras e sem poder confiar em aderências chegou na base da parede um pessoal que conheço da 90 graus (
www.90graus.com.br), eram o Michael, o Eduardo e mais dois que só conhecia de vista. Terminando a via voltei ao chão e depois de descansar um pouco resolvi entrar então na
Sobe Mas não cai (7a), uma via bem vertical com crux na saída final da sua parede negativa. É uma via extremamente bonita mas também cansativa. Apesar de boas agarras, como da metade para cima a parede é negativa o tempo todo você está com as mãos fazendo força, mesmo com um bom trabalho de pés para não se sobrecarregar e isso vai drenando sua energia.
De volta ao chão o Osvaldo também a escalou e fizemos na sequência outras vias:
Olho de Thundera (VI sup), Maldita Mutuca (VI sup) - essa também nova e ainda não está no croqui - e fechamos o dia com a
Treta certa (7a), uma outra via realmente linda e com movimentos atléticos em boas agarras.
Todas as vias que escalamos são muito bonitas com boas agarras, parede começando levemente positiva passando a vertical e final negativa e bem atléticas. É um estilo de via que não estou muito acostumado a fazer mas gostei muito, realmente voltarei lá em breve para repetir algumas vias e entrar em outras. A reclamação fica só para o tempo que deixou algumas vias com trechos molhados (em duas delas tinha goteira caindo literalmente na cabeça e ombro por causa de bromélias) e estão muito sujas merecendo uma escovada ou pelo menos uma varrida com uma vassoura dura, de algumas delas saímos bem sujos de musgo seco.
Saindo da parede mais alguns minutos de trilha até o carro - aproveitando para fazer algumas poucas fotos no caminho já que não tinha feito nenhuma enquanto escalávamos - pegamos o carro e fomos para Pinda procurar um açaí para comer. Depois disso, já no final da tarde, foi só pegar estrada e voltar para São Paulo.
Hoje para compensar o local novo de ontem fui em um lugar que já fui algumas dezenas de vezes: Visual das Águas em Bragança Paulista. Pouco antes das 10 hs chegaram na minha casa o Luciano (que mantem o
blogdescalada.blogspot.com) e logo depois o Victor e o Ricardo (um amigo dele que eu ainda não conhecia). Saímos de lá e enquanto eles iam direto para o Visual eu e a Paulinha passamos no metrô para buscar a Camila e o Sanhudo e depois buscamos o Gabriel.
Mais algumas horas de estrada e, depois de parar para comprar uns lanches na estrada que sai da Fernão em direção a Piracaia, por volta das 13 hs estávamos pegando as coisas no carro e subindo a trilha até a base das vias.
Lá entrei na
Água que Passarinho Bebe (VI) e depois do seu crux, em vez de ir para a parada conjunta com a Água que Passarinho não Bebe fui para a
Água Dura (V) onde deixei armado um top rope e dei segurança para que o Sanhudo, Paula e Camila a escalassem.
Subi novamente a parede, fiz uma travessia vertical e montei então o top rope na
Água Mole (IV) enquanto o Luciano escalava no setor da sombra e o Ricardo, Victor e Sanhudo na
Água que Passarinho não Bebe (7a).
A Paula e a Camila entraram na Água Mole e o Sanhudo, animado em ver a parede mais vertical e com menos agarras entrou na Água que Passarinho não Bebe depois de ver o Victor e o Ricardo a escalar. Eu nesse dia estava lá mais pelo social e para montar top ropes mas mesmo assim no final da tarde aproveitei para entrar nela para não perder viagem e gastar um pouco mais os dedos nos seus pequenos regletes.
Com o final da tarde chegando e o tempo ameaçando fechar juntamos todas as tralhas e fomos embora. Fizemos ainda uma pausa para esfiha no Califa em Atibaia e depois de algum trânsito na Fernão Dias e entrada de São Paulo chegamos em casa.
O final de semana rendeu bastante, ontem conheci um lugar novo com muitas vias de 7º grau em parede levemente negativa e hoje mais uma visita no Visual, deu para manter os dedos e braços cansados.
Tirei poucas fotografias (uma meia dúzia no Zé Vermelho e nenhuma no Visual) mas logo posto alguma coisa. Também colocarei essa semana para download os arquivos de GPS com o acesso a Falésia do Zé Vermelho.
- enviado por
Tacio Philip às 22:07:00 de 31/05/2009.
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