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17/08/2008 10:08:00 (#131) - Escalada da via Obra do Acaso no Pico do Baiano

No dia 13 de Agosto, depois de algumas escaladas próximas de Belo Horizonte (sítio do Rod) fui com o Pedro Hauck (http://pedrohauck.blogspot.com/) para a cidade de Catas Altas (MG), a uns 70km de Ouro Preto, onde pretendíamos escalar a via Obra do Acaso no Pico do Baiano.
Logo que estavamos chegando pudemos ver a grande parede que nos esperava, ela aparece bem imponente em uma parte da Serra do Caraça, com seus 2031m de altitude. Fomos seguindo, fizemos uma pausa no Morro da Água Quente ä procura de água (que não tinha pra vender na mercearia) e seguimos então para o centro da Catas Altas. Lá compramos água, tiramos algumas fotos e então voltamos para o Morro da Água Quente, estacionando o carro ao lado da igreja, de onde começa a caminhada para o Pico.
Às 14h30 já estávamos com as mochilas prontas com todo equipamento de escalada, comida, pelo menos 6L de água e algumas peças de roupa e saco de dormir mas não podíamos subir a trilha. Apesar de não ser proibido escalar o Pico do Baiano, para chegar até ele é preciso atravessar uma área de mineiração da Vale, e isso sim é proibido! Graças a isso tivemos ainda tempo de descer até a estrada, comer um lanche e voltar para iniciar a trilha de subida apenas às 18h08 depois que um caminhão que jogava água na estrada de terra da mineiradora desceu até próximo de nós e voltou a subir.
O início da trilha foi tenso, não sabíamos muito o que esperar já que nunca havíamos ido para esse local e tão pouco sabíamos como era o esquema de vigilância no local.
Começamos a subida passando a portaria da mineiradora e seguindo as dicas do guia de escalada da região logo saímos para uma trilha paralela acompanhando o cano que fornece água para o bairro. Fomos subindo, logo atravessamos o trilho do trêm e então pegamos um pedaço da própria estrada de terra da Vale. Fomos andando e logo chegamos na barragem dos resíduos da mineiradora, procuramos por alguns minutos a trilha e seguimos a caminhada, agora em local mais "seguro", em uma trilha fechada dentro da mata.
A trilha esta bem aberta e marcada em locais chave. Algumas poucas vezes paramos para ter certeza do caminho mas não chegamos a desviar da trilha principal por mais de 10m em nenhuma ocasião.
Às 19h27 chegamos na barragem de água da trilha, último ponto de água durante o inverno, fizemos uma pausa de uns 5 min e depois mais subida. Às 20h12 chegamos então em um "mirante", uma laje de pedra que parecia perfeita para bivacarmos e foi o que decidimos fazer. Como não sabíamos se haveria outro lugar bom como aquele para dormir e víamos que estavamos próximos da parede resolvemos ficar por ali mesmo. Comemos um lanche, batemos um papo e às 20h54 eu estava deitado dentro do saco de dormir olhando um céu estrelado onde de vez em quando ainda via uma estrela cadente.
No dia seguinte, 14 de Agosto, o celular despertou às 5hs mas ficamos dentro do saco de dormir até às 5h40. Fizemos nosso lanche, separamos só o equipo que precisaríamos para a escalada e 6h29 começamos a trilha final até a base da parede.
Nesse lugar durante a subida saimos da trilha algumas vezes, principalmente porque em alguns casos ela margeia a parede e depois volta a entrar no mato, o que acabava nos ocnfundindo. Mas foi tudo tranquilo e 7h20 estavamos na base de onde acreditavamos ser a via Obra do Acaso. Demos uma andada pelo local, olhamos croqui e realmente era o início da via. Agora só faltava a parte vertical.
Por volta das 7h50 o Pedro começou a escalar a 1a. enfiada e assim fomos seguindo alternando quem guiava as enfiadas. A via tem 650m de extensão, graduação de 5o sup com crux de VI e duas passagens que podem ser feitas em artificial A1, um 7c na 3a. enfiada e um 6sup na 6a. enfiada. Apesar desses números a escalada foi bem tranquila, o Pedro Guiou todas as enfiadas ímpares, fezendo inclusive o lance em artificial que eu passei jumareando de 2o. e eu as enfiadas pares, sendo que no 6o. sup que podia ser feito em artificial acabamos fazendo em livre mesmo.
A escalada continuou e continuou, a cada 30min escalavamos uma enfiada e só fizemos uma pausa um pouco mais longa, de 15min, na parada 8 para "almoçar" umas bolachas. Logo seguimos e 13h40 chegamos na última parada da via (P13), 650m de parede mais altos e 5h50 mais tarde.
Deixamos as cordas na parada, fomos caminhando até o cume e 13h50 achamos a caixa onde fica o livro de cume. Pegamos o livro, demos uma folheada e depois de assinarmos vi que o Pedro foi o 10. e eu o 11o. a chegar naquele lugar esse ano! Realmente é um lugar pouco frequentado e para poucos, o que fez essa escalada ter um gostinho a mais!
Como subimos em um bom ritmo e sem nenhum incidente ficamos alguns longos minutos parados no cume conversando, fotografando a espetacular paisagem que nos rodeava e só fomos começar o primeiro rapel às 14h30. Fomos 13 longos rapéis usando duas cordas até a base da via, onde chegamos ainda de dia às 17h13.
Na base mais lanche, deixamos uma garrafa d'água para uma eventual necessidade de alguém que for para lá, nos desequipamos e 17h36 começamos a descida.
A descida foi mais tranquila que a subida já que não saimos da trilha principal nenhuma vez e 18h09, quando começava a realmente ficar escuro estavamos no local de bivaque onde tinhamos deixado nossas coisas. Lá uma outra pausa para arrumar as mochilas, jogar muitos litros de água fora (levamos mais que precisamos e como a escalada foi feita com tempo nublado bebemos menos ainda) e seguimos a descida.
Fomos descendo e descendo levando algumas quedas e escorregões em uns rampões na trilha dentro da mata e logo chegamos no seu final onde tivemos que fazer um pequeno desvio já que havia um segurança na portaria. Para evitar aborrecimentos em vez de sair pela estrada principal contornamos então parte da cerca de arame farpado, a atravessamos e saimos por uma porteira em uma rua lateral às 20h07. Lá esperei com as mochilas o Pedro buscar o carro e logo em seguida pegamos estrada de volta a Ouro Preto, parando apenas no começo do asfalto para um lanche e um suco.
A escalada da via foi perfeita! É uma grande parede com 650m (a maior que escalei até hoje) com 13 enfiadas e uma boa graduação de dificuldade. Além disso a via é muito bem protegida. Apesar de alguns bosn esticões em alguns lances (no final inclusive esticando de parada pra parada direto), ela possui grampos nos locais mais arriscados, fazendo que a escalada seja bem segura.
A única reclamação fica por conta da proibição da Vale em atravessar parte de sua área para chegar a base da parede. O local é espetacular, essa via que fizemos muito bonita e graças a essa proibição os escaladores que querem fazer essa escalada tem que entrar na "marginalidade" para pode subí-la. E como a Vale é uma empresa muito grande onde duvido que uma conversa teria resultado, o que resta aos escaladores é escalá-la assim mesmo. Dentro de alguns dias inclusive colocarei os tracks e waypoints de GPS da subida aqui no meu site para download. Faça bom proveito mas é por sua conta e risco!
E além disso, veja no link escalada do Pico do Baiano as fotos feitas durante essa escalada.
- enviado por Tacio Philip às 10:08:00 de 17/08/2008.



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